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Turbinas a vapor Turbinas a Vapor São Máquinas Térmicas que utilizam a energia térmica do vapor que é convertido em energia cinética. A turbina deve transformar a energia cinética em energia mecânica. O elemento básico da turbina é a roda ou rotor, que conta com palhetas colocados ao redor de sua circunferência. O fluido em movimento produz uma força tangencial que impulsiona a roda, fazendo-a girar. A energia térmica do vapor é inicialmente convertida em energia cinética e depois em energia mecânica Classificação de turbinas pela exaustão Turbina de Reação - a energia mecânica é obtida a partir da aceleração do vapor em expansão. As turbinas deste tipo têm dois grupos de lâminas (ou palhetas), algumas móveis e outras fixas. As lâminas fixas são posicionadas de modo que cada par funciona como um bocal através do qual o vapor passa à medida que se expande, atingindo as lâminas das turbinas de reação, que são montadas em um tambor que atua como o eixo da turbina. Ocorre uma grande queda de pressão em um grupo de bocais e a velocidade mais alta de vapor resultante é usada para reorientar o vapor de saída de uma etapa para outra. Turbina a vapor de ação: Uma turbina a vapor de ação com variação de velocidade consiste basicamente em: - Um distribuidor fixo, com um ou vários bocais, cuja missão é transformar a energia térmica do vapor à sua disposição, total (ação) ou parcialmente (reação), em energia cinética. -Uma coroa móvel, fixada em um eixo, cujas lâminas localizadas na periferia destinam-se a transformar a energia cinética em energia mecânica de rotação. A operação consiste em impulsionar o vapor através dos bocais fixos até atingir as lâminas, que absorvem uma parte da energia cinética do vapor de expansão, que gira o rotor e o eixo ao qual está preso. As turbinas de ação usuais têm vários estágios, em que a pressão diminui passo a passo em cada uma deles. Pode possuir um ou múltiplos estágios. Turbina de fluxo axial: é o método mais utilizado, a passagem de vapor é feita seguindo um cone que tem o mesmo eixo que a turbina. -Turbina de fluxo radial: a passagem de vapor é feita seguindo todas as direções perpendiculares ao eixo da turbina. -Turbina com extração de vapor: é realizada em estágios de alta pressão, enviando parte do vapor de volta para a caldeira para sobreaquecer e enviá-lo de volta aos estágios intermediários. Em algumas ocasiões, o vapor também pode ser extraído de algum estágio para derivá-lo para outros processos industriais. Turbina de contrapressão: a pressão do vapor na saída da turbina é superior à pressão atmosférica, geralmente é conectada a um condensador inicial que condensa o vapor, obtendo água quente ou superaquecida, o que permite o uso térmico subsequente. -Turbinas de condensação: o vapor sai abaixo da pressão atmosférica, neste projeto há um maior uso de energia do que a contrapressão, a água de resfriamento é obtida a partir da sua condensação. Este projeto é usado em turbinas de alta potência que procuram alto desempenho. Principais elementos de uma turbina a vapor Uma turbina consiste em três partes principais: -O corpo do rotor, que contém as coroas rotativas das lâminas. - A carcaça, contendo as coroas fixas dos bocais. -As lâminas. Além disso, tem uma série de elementos estruturais, mecânicos e auxiliares, como rolamentos, válvulas de regulação, sistema de lubrificação, sistema de refrigeração, sistema de controle, sistema de extração de vapor, sistema de controle de óleo e sistema de vedação de vapor Classificação de mercado: Turbina de Baixa Pressão – vapor na entrada a 22bar e 320°C Turbina de Média Pressão – vapor na entrada a 45 bar e 450°C Turbina de Alta Pressão – vapor na entrada de 65 a 140 bar e de 480 a 540°C – tipo em expansão no mercado brasileiro de geração de energia Princípio de funcionamento Em uma turbina a vapor a transformação de energia do vapor em trabalho é feita em duas etapas: inicialmente, a energia do vapor (térmica) é transformada em energia cinética. O vapor é obrigado a escoar através de pequenos orifícios, de formato especial, denominados expansores. Devido à pequena área de passagem o fluido adquire alta velocidade, aumentando sua energia cinética, mas diminuindo, em consequência, sua entalpia (energia). Em um expansor, além do aumento de velocidade e da diminuição da entalpia, ocorrem também queda na pressão, queda na temperatura e aumento no volume específico do vapor. Classificação De ação (ou de Impulso) – a queda de pressão ocorre no estator ou bocal, somente converte a energia cinética do vapor em potência de eixo. De Reação – a queda de pressão ocorre no estator e no rotor, ou seja existe expansão pela diminuição de área de escoamento entre as pás do rotor da turbina Ação Reação Ação Ação Ação Ação Ação Turbinas de reação Comparação entre turbinas de ação e de reação Ação Em ambos os casos a energia do vapor foi transformada em energia cinética no expansor e esta energia cinética, então, convertida em trabalho. Principais componentes de uma turbina a vapor Uma turbina a vapor é composta basicamente dos seguintes componentes: - Estator (roda fixa); - Rotor (roda móvel); - Expansor; - Palhetas; - Diafragmas; - Disco do rotor; - Tambor rotativo; - Coroa de palhetas; - Aro de consolidação; - Labirintos; - Deflectores de Óleo; - Carcaça; - Mancais de deslizamento e escora; - Elementos de controle (periféricos) ESTATOR (RODA FIXA) É o elemento fixo da turbina (que envolve o rotor) cuja função é transformar a energia potencial (térmica) do vapor em energia cinética através dos distribuidores. ROTOR (RODA MÓVEL) É o elemento móvel da turbina (envolvido pelo estator) cuja função é transformar a energia cinética do vapor em trabalho mecânico através dos receptores fixos. EXPANSOR A função do expansor é orientar o jato de vapor sobre as palhetas móveis. No expansor o vapor perde pressão e ganha velocidade. Podem ser convergentes ou convergentes-divergentes. São montados em blocos com 1, 10, 19, 24 ou mais expansores de acordo com o tamanho e a potência da turbina e consequentemente terão formas construtivas específicas, de acordo com sua aplicação. Lâminas fixas Lâminas fixas Lâminas móveis Lâminas móveis Estator, eixo do rotor e palhetas móveis. PALHETAS Palhetas móveis são aquelas fixadas ao rotor, enquanto que palhetas fixas são fixadas no estator. As palhetas fixas (guias, diretrizes) orientam o vapor para a coroa de palhetas móveis seguinte. Podem ser encaixadas diretamente no estator (carcaça) ou em rebaixos usinados em peças chamadas de anéis suportes das palhetas fixas, que são, por sua vez, presos à carcaça. As palhetas móveis tem a finalidade de receber o impacto do vapor proveniente dos expansores para movimentação do rotor. São fixadas ao aro de consolidação pela espiga e ao disco do rotor pelo “malhete” e, ao contrário das fixas, são removíveis. Fixação das palhetas móveis. DIAFRAGMAS São constituídos por dois semicírculos, que separam os diversos estágios de uma turbina de ação multiestágio. São fixados no estator, suportando os expansores e “abraçando” o eixo sem tocá-lo. Entre o eixo e o diafragma existe um conjunto de anéis de vedação que reduz a fuga de vapor de um estágio para outro através da folga existente entre diafragma-base do rotor, de forma que o vapor só passa pelos expansores. Estes anéis podem ser fixos no próprio diafragma ou no eixo. Este tipo de vedação é chamado de selagem interna. Diafragma com anel de palheta Diafragma DISCO DO ROTOR É a peça da turbina de ação destinada a receber as palhetas móveis. TAMBORROTATIVO É basicamente o rotor da turbina de reação, que possui o formato de um tambor cônico onde são montadas as palhetas móveis. COROA DE PALHETAS São as palhetas móveis montadas na periferia do disco do rotor e dependendo do tipo e da potência da turbina pode existir de uma a cinco coroas em cada disco do rotor. LABIRINTOS São peças metálicas circulantes com ranhuras existentes nos locais onde o eixo sai do interior da máquina atravessando a carcaça. A sua função é evitar a saída de vapor para o exterior nas turbinas não condensantes e não permitir a entrada de ar para o interior nas turbinas condensantes. Esta vedação é chamada de selagem externa. DEFLECTORES DE ÓLEO Tem por finalidade evitar que um possível vazamento axial de óleo, venha a contaminar o sistema de alimentação por intermédio da drenagem do engaxetamento. Outra função é evitar que o vapor venha a se condensar no mancal, causando a contaminação do óleo que ali trabalha. CARCAÇA A carcaça de uma turbina nada mais é que o suporte das partes estacionárias, tais como diafragmas, palhetas fixas, mancais, válvulas, etc. A grande maioria das turbinas são de partição horizontal, na altura do eixo, o que facilita a manutenção. MANCAIS DE APOIO (RADIAIS) São distribuídos, normalmente, um em cada extremo do eixo da turbina com a finalidade de manter o rotor numa posição radial exata. Os mancais de apoio suportam o peso do rotor e também qualquer outro esforço que atue sobre o conjunto rotativo, permitindo que o mesmo gire livremente com um mínimo de atrito. São na grande maioria mancais de deslizamento MANCAIS DE ESCORA O mancal de escora é responsável pelo posicionamento axial do conjunto rotativo em relação às partes estacionárias da máquina,ou seja, pela manutenção das folgas axiais. VÁLVULAS DE CONTROLE DE ADMISSÃO Após estabilizada, a turbina opera entre condições de vapor estáveis, nas quais as variações da carga devem ser atendidas por meio do controle da vazão de vapor admitida na máquina. Esta função é executada, automaticamente, pelas válvulas de controle de admissão, sob controle de um dispositivo chamado regulador (governador). O regulador é ligado ao eixo da turbina, diretamente ou por meio de uma redução, girando, portanto, a uma rotação igual ou proporcional à rotação da turbina, e sente as flutuações da carga por intermédio de seu efeito sobre a velocidade da turbina. Assim, quando ocorre, por exemplo, um aumento de carga, se a vazão do vapor permanecer inalterada, haverá uma queda da velocidade da turbina. VÁLVULAS DE CONTROLE DE EXTRAÇÃO Algumas turbinas possuem uma retirada parcial de vapor, em um estágio intermediário, e portanto a uma pressão intermediária entre a de admissão e a de descarga, conhecida como extração. Como a pressão em um ponto qualquer ao longo da turbina varia, quando variam as condições de carga da turbina, se a extração consistir simplesmente em um flange, através do qual poderemos retirar vapor, após um determinado estágio da máquina, a pressão do vapor extraído será influenciada pelas condições de carga da turbina. As válvulas de controle de extração funcionam de maneira semelhante às válvulas de controle de admissão, só que controladas pela pressão do vapor extraído, através do controlador de pressão de extração, e não pela velocidade da turbina, através do regulador. VÁLVULAS DE BLOQUEIO AUTOMÁTICO A maneira usual de parar uma turbina a vapor é pelo fechamento rápido de uma válvula, chamada válvula de bloqueio automático, colocada em série com a válvula de controle de admissão, o que corta totalmente a admissão de vapor para a turbina. Esta válvula é também conhecida como válvula de desarme rápido e como válvula de "trip". O dispositivo de desarme por sobrevelocidade protege a turbina, impedindo que opere em velocidades superiores à velocidade de “trip”, onde as tensões poderiam ser perigosas para a resistência mecânica do conjunto rotativo da turbina. labirintos Vantagens de turbinas a vapor: Tem imensa capacidade de carga Altamente confiável O custo de manutenção e lubrificação da turbina é baixo A turbina a vapor trabalha com qualquer tipo de caldeira, desde que gere pressão suficiente. Desvantagens da turbina a vapor: Existe uma quantidade específica de tempo para partida e parada da turbina Necessita de caldeiras caras que gerem alta pressão de vapor Aplicação: Utilizadas em plantas de potência. https://www.youtube.com/watch?v=lFmwjxFCw6o Turbina a vapor componentes https://www.youtube.com/watch?v=okGjfdhMz28 Turbinas em tandem https://www.youtube.com/watch?v=BwV1J4nI66U Turbina a vapor definição e funcionamento
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