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AULA 6 M ESQUELETICO E LISO

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Transmissão neuromuscular 
 
Contração dos músculos 
esquelético 
 
Contração do músculo liso 
Prof. Fabrício Luiz Assini 
Objetivos da aula: 
•  Identificar as partes e o funcionamento da 
junção neuromuscular; 
•  Conhecer as estruturas da fibra muscular 
que proporcionam a contração; 
•  Descrever os filamentos de actina e 
miosina dos músculos esquelético e liso; 
•  Conhecer o movimento de ponte cruzada; 
•  Descrever o acoplamento excitação-
contração. 
Transmissão neuromuscular 
Os músculos esqueléticos são 
inervados por grandes fibras 
nervosas mielinizadas, que se 
originam nos grandes motoneurônios 
das pontas anteriores da medula 
espinhal. 
A terminação nervosa forma com a 
fibra muscular uma junção, chamada 
de junção neuromuscular, ou placa 
motora, aproximadamente no ponto 
central da fibra muscular, de modo 
que o potencial de ação nesta fibra 
trafega nas duas direções. 
Transmissão neuromuscular 
Motoneurônios 
 
Unidade motora = Motoneurônios + fibras musculares 
 
Movimento voluntário 
Transmissão neuromuscular 
O espaço entre as terminações 
nervosas e a membrana da fibra é 
denominada de FENDA 
SINAPTICA; 
A sinapse tem largura de 20 a 30 
nanômetros e é ocupada por uma 
membrana basal, através da qual se 
difunde o líquido extracelular. 
As mitocôndrias fornecem energia 
para a síntese do neurotransmissor 
excitatório ACETILCOLINA. 
Depois de formada a acetilcolina é 
armazenada em vesículas, existem 
cerca de 300.000 nos terminais de 
placas motoras. 
Transmissão neuromuscular 
Etapas: 
1)  P.A.; 
2)  Entrada de cálcio; 
3)  Libera ACh; 
4)  ACh age na placa motora terminal; 
5)  Abrem-se canais de Na; 
6)  Potencial da placa motora (EPP); 
7)  P.A. nas células adjacentes; 
8)  ACh degradada. 
 
Transmissão neuromuscular 
Neurotransmissor responsável: Acetilcolina 
Síntese: 
Colina + Acetil-CoA Acetilcolina 
Degradação: 
Inativação por ação da enzima acetilcolinesterase; 
Outas ações além da contração muscular: 
Redução da freqüência cardíaca; 
Broncoconstrição 
Vasodilatação (via óxido nítrico) 
 
CURIOSIDADES: 
•  Cada vesícula armazena por volta de 10.000 moléculas de acetilcolina; 
•  A cada potencial de ação cerca de 300 vesículas fazem exocitose no terminal pré-
sinaptico. 
Rigor mortis 
Contração do músculo esquelético 
Hipertrofia muscular 
Contração do músculo esquelético 
Actina 
Miosina 
A musculatura esquelética constitui 
cerca de 40% do corpo. 
Na maioria dos músculos, as fibras 
se estendem por toda a extensão 
do seu músculo. E cada uma delas 
é inervada por uma única 
terminação nervosa localizada 
próximo ao seu centro. 
Contração do músculo esquelético 
Célula de músculo esquelético = FIBRA MUSCULAR 
Sarcolema 
[Membrana celular] 
Núcleo Retículo sarcoplasmático 
Cisterna terminal 
Mitocôndrias 
Miofibrilas 
Sarcoplasma = citoplasma 
Contração do músculo esquelético 
Cada fibra muscular contém de várias 
centenas a muitos milhares de 
miofibrilas. 
Cada miofibrila apresenta, dispostos 
lado a lado, cerca de 1.500 filamentos 
de miosina e 3.000 filamentos de actina, 
que são moléculas proteicas 
responsáveis pela contração muscular. 
Os filamentos de actina e miosina se 
interdigitam parcialmente e determinam 
a existência de faixas claras e escuras 
alternadas nas miofibrilas; 
A porção da miofibrila que localiza-se 
entre dois discos Z, chama-se 
sarcômero. 
 
Contração do músculo esquelético 
MECANISMO MOLECULAR DA CONTRAÇÃO MUSCULAR 
O mecanismo básico da contração 
muscular está representado ao lado. Ela 
mostra o estado relaxado de um 
sarcômero (acima) e o estado contraído 
(abaixo). 
No estado contraído os filamentos de 
actina são tracionados para dentro, entre 
os filamentos de miosina. 
Os discos Z também são tracionados 
pelos filamentos de actina até as 
extremidades dos filamentos de miosina. 
Desta forma, pode-se dizer que a 
contração muscular ocorre por um 
mecanismo de deslizamento de 
filamentos. 
Contração do músculo esquelético 
? 
Em condições de repouso, as forças de atração entre os filamentos de actina e 
miosina estão inibidas, mas quando o potencial de ação se propaga sobre a 
membrana da fibra muscular, determina a liberação de grandes quantidades de 
íons cálcio para o sarcoplasma que circunda as miofibrilas. Esses íons cálcio 
ativam as forças de atração entre os filamentos e dão origem à contração. A 
energia necessária para que o processo ocorra é derivada de ligações de alta 
energia do ATP, que é degradado a ADP. 
Contração do músculo esquelético 
Filamento de Actina O filamento de actina é um complexo que compõe-se de três partes diferentes: actina, 
tropomiosina e troponina. 
Várias actina-G formam polímeros de actina-
F. Duas actina-F enrolam-se em dupla hélice 
formando o arcabouço de actina. 
O filamento de tropomiosina está frouxamente 
ligado a uma actina F e, em estado de 
repouso, cobre de forma física os locais ativos 
da actina, de modo que a interação entre a 
actina e a miosina não ocorra. 
A troponina é formada por 3 tipos diferentes 
de proteínas: a troponina I (que tem grande 
afinidade pela actina) a troponina T (que tem 
granda afinidade pela tropomiosina e a 
troponina C (que tem grande afinidade pelo 
cálcio) 
Este complexo fixa a actina a tropomiosina. 
Contração do músculo esquelético 
Filamento de Miosina 
O filamento de miosina é formado por 
numerosas moléculas de miosina 
A molécula de miosina é formada por 
seis cadeias polipeptídicas (2 pesadas e 
4 leves). 
As duas cadeias pesados enrolam-se 
uma em torno da outra formando uma 
dupla hélice. Todavia, uma das 
extremidades de cada uma dessas 
cadeias pesadas é dobrada, formando 
uma massa globular proteíca chamada 
de cabeça. A outra ponta da hélice é 
chamada de cauda. As quatro cadeias 
leves tbém fazem parte da cabeça de 
miosina, duas para cada cabeça. 
O filamento de miosina é formado por 
cerca de 200 moléculas de miosina. 
Contração do músculo esquelético 
Interação dos filamentos de actina e miosina 
Contração do músculo esquelético 
Interação dos filamentos de actina e miosina 
Um filamento de actina puro. Sem a presença do 
complexo troponina-tropomiosina, prende-se 
fortemente as moléculas de miosina na presença de 
íons magnésio e ATP, ambos os quais são 
abundantes na miofibrila. 
Porém, se o complexo troponina-tropomiosina é 
adicionado ao filamento de actina, essa ligação não 
se realiza. Dessa maneira, sugere-se que o complexo 
troponina-tropomiosina bloqueie fisicamente a 
interação actina-miosina. 
Em presença de grade quantidade de íons cálcio, o 
efeito inibitório da troponina-tropomiosina é inibido. 
Os íons cálcio fixam-se com a troponina C e desloca 
a molécula de tropimiosina para trás. 
Isto “descobre” os locais ativos da actina, permitindo 
que a cabeça da miosina se ligue a actina e 
proporcione a contração. 
Contração do músculo esquelético 
Interação dos filamentos de actina e miosina 
Tão logo o filamento de actina fique ativado com os íons cálcio, as cabeças das pontes 
cruzadas dos filamentos de miosina são atraídas para os locais ativos do filamento de 
actina e produzem a contração. 
Quando a cabeça se prende ao local ativo, essa fixação causa uma alteração nas 
forças intramoleculares da cabeça e no braço da ponte cruzada. O novo alinhamento 
das forças faz com que a cabeça se incline sobre o braço, puxando junto consigo o 
filamento de actina. 
Imediatamente após o fim deste procedimento a cabeça se solta da actina e retorna a 
sua posição normal, podendo se ligar novamente a outro sítio da actina e reiniciar o 
processo.Contração do músculo esquelético 
Contração do músculo esquelético 
Acoplamento excitação-contração 
Cisterna terminal 
Contração do músculo esquelético 
Acoplamento excitação-contração: túbulo T 
Acoplamento excitação-contração 
Contração do músculo esquelético 
Contração do músculo esquelético 
Fonte de energia para a contração muscular 
 
A contração muscular depende do ATP, a primeira fonte de 
energia que é utilizada para a reconstituição do ATP é a 
fosfocreatina. 
A fonte seguinte é a energia liberada pelos nutrientes: 
carboidratos, gorduras e proteínas. 
X 
Contração do músculo liso 
O músculo liso de cada órgão 
quase sempre é diferente 
daquele da maioria dos outros 
órgãos, em vários aspectos 
distintos: dimensões, 
organização dos feixes e 
lâminas, resposta a diferentes 
tipos de estímulos, 
características de sua 
inervação e função. 
 
Contração do músculo liso 
Processo contrátil no músculo liso 
O músculo liso contém filamentos tanto de 
actina quanto de miosina. O músculo também 
contém tropomiosina porém não troponina. 
Estudos químicos revelaram que a actina e a 
miosina derivadas do músculo liso interagem 
entre si da mesma forma que o fazem quando 
provenientes do músculo esquelético. Além 
disso, o processo contrátil é ativado por íons 
cálcio e o ATP é degradado a ADP para o 
fornecimento de energia. 
Por outro lado, há importantes diferenças entre 
a organização física do músculo liso e do 
esquelético, bem como diferenças em outros 
aspectos da função do músculo liso, tais como 
o acoplamento excitação-contração, o controle 
do processo contrátil pelos canais de cálcio, a 
duração da contração e a quantidade de 
energia requerida para o processo contrátil. 
Contração do músculo liso 
Processo contrátil no músculo liso 
O músculo liso não apresenta a mesma 
distribuição estriada dos filamentos de actina e 
miosina que é encontrada no músculo 
esquelético. 
Os filamentos de actina estão aderidos aos 
corpusculos densos. 
Alguns destes corpusculos estão fixados na 
membrana, outros ocorrem dispersos por toda 
a célula, mas são mantidos imóveis por 
proteínas estruturais que une os curpusculos 
densos entre si. 
Apesar da menos quantidade de filamentos de 
miosina, estes têm pontes cruzadas suficientes 
para atrair numerosos filamentos de actina, 
causando contração pelo mecanismo de 
deslizamento da mesma maneira que no 
músculo esquelético. 
Contração do músculo liso 
Processo contrátil no músculo liso 
Percebam a sequência de reações que acontecem dentro da célula após a 
entrada do cálcio e que levarão a contração do músculo liso. 
Contração do músculo liso 
Processo contrátil no músculo liso 
Inervação do músculo liso 
por um neurônio pós-
ganglionar do SNA. 
 
O neurotransmissor é 
liberado a partir das 
varicosidades e se 
difunde até encontrar o 
receptor. 
 
Tanto simpático quanto 
parassimpático seguem 
este padrão. 
Contração do músculo liso 
Processo contrátil no músculo liso 
Uma única fibra nervosa 
comunica-se com poucas 
fibras musculares. 
 
A atividade elétrica é 
conduzida através das 
fibras musculares graças a 
presença das junções 
comunicantes (gap-
junctions). 
Contração do músculo liso 
Atividade 
 
Comparar os músculos esquelético 
e liso quanto: 
 
a)  Presença de actina e miosina 
b)  Presença de sarcomeros 
c)  Presença de túbulos transversos 
d)  Presença de retículo sarcoplasmático 
e)  Presença de junções comunicantes 
f)  Lugar de regulação do cálcio 
g)  Velocidade de contração 
h)  Efeito da estimulação nervosa 
Relembrando os objetivos da aula: 
•  Identificar as partes e o funcionamento da 
junção neuromuscular; 
•  Conhecer as estruturas da fibra muscular 
que proporcionam a contração; 
•  Descrever os filamentos de actina e 
miosina dos músculos esquelético e liso; 
•  Conhecer o movimento de ponte cruzada; 
•  Descrever o acoplamento excitação-
contração.

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