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AS MAIORES REVOLUÇÕES DO MUNDO

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ILUMINISMO
O iluminismo  foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.
O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características asestruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.
Montesquieu, um dos principais filósofos do Iluminismo. Obra de autor desconhecido.
Os principais pensadores iluministas foram:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.
A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.
:
Contra-iluminismo
Contra-iluminismo, "conservadorismo de trono e altar" ou "conservadorismo latino" foi o nome dado a um movimento conservador que existiu entre os séculos XVIII e XX, cujo objetivo era reverter as mudanças políticas, sociais, religiosas e filosóficas associadas ao Iluminismo e à Revolução Francesa. Tal filosofia é associada também aos termos "contra-revolucionário" e "reacionário". O nome "contra-iluminismo" surgiu de uma definição do filósofo Isaiah Berlin, e estava intimamente associado a outros movimentos políticos e culturais que também se opunham ao iluminismo, como as teorias políticas de Rousseau  e o movimento romântico nas artes. A essência do pensamento contra-iluminista remonta, pelo menos em parte, à cultura europeia medieval e à ideia de cristandade.
Os pilares desta ideologia são o trono e o altar: o trono representa o governo autoritário do monarca hereditário sobre uma sociedade hierarquicamente estruturada. Os súditos não desfrutam dos direitos civis concebidos a partir das ideias iluministas, como a liberdade de expressão, liberdade de reunião ou mesmo a liberdade de imprensa. O altar representa a Igreja, quase sempre a Igreja Católica, como uma instituição política e social, que tem o apoio do Estado. O rei seria um defensor da igreja e uma pessoa sagrada em si própria. A pregação e a prática de formas heréticas da religião seriam proibidas.
Os contra-iluministas muitas vezes atribuíam o advento da moderna civilização liberal a uma conspiração, ao invés de mudanças sócio-econômicas graduais. A teoria de uma conspiração maçônica ganhou terreno após a Revolução Francesa de 1789, e no final do século XIX eles divulgam o mito da conspiração judaica mundial.
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Seus simpatizantes se opunham inicialmente ao nacionalismo, que era em sua essência um movimento liberal e progressista (até o final do século XIX, no entanto, as ideias nacionalistas criaram raízes na extrema direita). Um dos autores mais importantes desta corrente foi o francês Charles Maurras, cuja obra tornou-se uma base ideológica para o fascismo. Destacaram-se ainda como proeminentes intelectuais contra-iluministas Joseph de Maistre, Louis de Bonald, François- René de Chateaubriand e Augustin Barruel.Eles têm fortes afinidades com a ideologia francesa de Maurras e o "catolicismo nacional" do general Franco.
O contra-iluminismo surge na última parte do século XVIII, e entra em declínio a partir de 1870. Suas ideias, contudo, levaram bastante tempo para morrer. O último regime representante fiel de tal filosofia foi o do general Franco na Espanha, que terminou em 1975. Hoje em dia, o contra-Iluminismo deixou de existir efetivamente como uma força política viva, embora seja celebrada por movimentos políticos de extrema-direita como a Frente Nacional Francesa e por católicos ultra-tradicionalistas.
AS PRINCIPAIS REVOLUÇÕES DO MUNDO!!!!!
Em meados do século XVIII, principalmente entre 1750 e 1800, surgem por todo o Mundo inúmeras revoluções. Um novo período de agitações sociopolíticas tem o seu início no Ocidente, agitações estas atribuídas à proliferação das ideias que marcaram o Iluminismo. Estas ideias surgiram dos novos conhecimentos científicos do século XVII que levaram a uma nova esperança na razão e no progresso, para além de terem conduzido à negação da autoridade e à declaração dos Direitos do Homem, bem patente na declaração de Rousseau.
O surgir destas novas ideias levou os monarcas a tomadas de posição. No final do século XVII, começaram a concentrar o poder nas suas mãos e a governar por meio de burocratas escolhidos por si.
Os governantes iluministas, centralizadores, como é o caso de D. José II, da Áustria, e de Frederico II, da Prússia, basearam os seus projetos nas ideias dos filósofos racionalistas, para quem governar era uma ciência que levava à plena satisfação das necessidades. Contudo, este centralismo viria a ser combatido pela velha aristocracia, clero e burguesia, que se sentiam lesados com a centralização. Estas reivindicações, juntamente com o desejo de autonomia manifestado pelas províncias, deram origem a uma onda de revoluções.
Este tipo de manifestação ocorria mais facilmente em zonas onde a aristocracia tinha o apoio das massas rurais. No entanto, há que salientar que na Europa de Leste os camponeses ainda permaneciam numa condição servil, o que tornava difícil revoltarem-se, apoiando os proprietários das terras, os homens que os oprimiam.
Por outro lado, tal como aconteceu no Leste, mais concretamente na Rússia, os camponeses não eram adeptos das inovações, tendo muitas vezes que entrar em lutas para defender o seu modo de vida. Foi o que aconteceu na Rússia, com a revolta de Pugacheve na Hungria (contra D. José II).
A revolução a partir dos ideiais iluministas apareceu em primeiro lugar na América do Norte, quando os colonos recusaram ser tributados por um parlamento que estava em Londres e no qual não tinham representantes. Assim, em 1775, nas colónias inglesas deflagrou uma guerra com o objetivo da sua independência, a qual atraiu todas as classes. Foi a chamada Revolução Americana.
Outras revoltas e revoluções ocorreram neste período, em locais distintos e por razões diversas, como, por exemplo, em:
. 1755: Pascal Paoli (espécie de déspota esclarecido), general da Córsega, liderou grupos revoltosos contra o governode Génova, estabelecendo um governo democrático e independente. Contudo, esta revolta foi esmagada pela França, que adquiriu, em 1768, a ilha à República de Génova.
. 1757: em Portugal, mais concretamente no Porto, iniciou-se um motim contra a criação da Companhia das Vinhas do Alto Douro.
. 1768: em Génova, deu-se a revolta dos cidadãos da classe média contra o domínio de algumas famílias nobres. Neste mesmo ano, na Ucrânia, verificou-se uma insurreição camponesa contra os nobres e judeus.
. 1770: surgiram sublevações contra os Turcos na Grécia.
. 1771: iniciou-se um movimento nacionalista e popular no Vietname, conhecido pela insurreição de Tây Son (rei) e dos seus apoiantes.
. 1773, no Sudoeste da Rússia, tribos asiáticas, camponeses e cossacos, sob a chefia do cossaco Pugatchev, revoltaram-se na zona do Volga e na região do Ural, mas os revoltosos foram vencidos, após a intervenção do exército russo em 1774.
. 1774: iniciaram-se as revoltas antimanchus na China.
. 1776: no Chile estalou uma revolta dos índios Mapuches.
. Entre 1779 e 1780: ocorreu a primeira guerra "cafre", isto é, os Negros oposeram-se à expansão dos Boeres.
. 1780: surgiram sublevações camponesas na Noruega, no Massachusetts, na Roménia, na Ucrânia e no Japão, entre outros locais, que visavam os especuladores e os mercadores. Ainda neste ano surgiram também, na Holanda, conturbações que deflagraram em revolução republicana. No Peru, eclodiu o movimento Tupac Amaru (1780-1782), considerado a maior revolução social da história ibero-americana.
. 1781: deu-se o massacre dos espanhóis pelos índios da Califórnia, ao mesmo tempo que surgiram movimentos antiespanhóis na Venezuela e na Colômbia.
. 1784: nos Países Baixos, travou-se uma luta pelo poder entre o governador, famílias da aristocracia que controlavam os Estados Gerais e o Partido Patriota das classes médias, que tinha como objetivo a democratização do governo.
. 1787: a Prússia derrotou o exército Patriota, pondo de novo o governador no poder. Também neste ano, nos Países Baixos austríacos, isto é, na atual Bélgica, iniciou-se uma revolta contra a política centralizadora de D. José II da Áustria, que levou à proclamação da República das Províncias Belgas Unidas, em 1790. Surgiram também lutas entre os aristocratas rebeldes e membros da classe média. D. José II da Aústria conquistou esta região em 1790. 
Em 17 de setembro de 1787 surgiu a nova Constituição americana, que só entrou em vigor a 4 de março de 1789, que propunha organizar os três poderes segundo as ideias de Montesquieu e Locke, estabelecendo um regime presidencialista.
Em França, em 1787, iniciou-se uma fase pré-revolucionária que iria durar até 1789, ano em que se deu a Revolução Francesa, quando foram convocados os Estados Gerais por Luís XVI, com o intuito de resolver os problemas financeiros. Mudaram o nome para Assembleia Constituinte, que, mais tarde, proclamou os Direitos do Homem e emitiu a primeira Constituição em 1791. A Revolução, propriamente dita, estalou a 14 de julho de 1789, com tomada da Bastilha pelo povo.
No decurso desta revolução, deu-se a revolta dos camponeses e dos parisienses que derrubou o sistema feudal social e político e à qual se opôs Luís XVI. A sua tentativa de fuga levou à abolição da monarquia, em 1792. A partir desta data, a revolução tornou-se sanguinária e o terror atormentou todos os setores sociais. O rei e a rainha foram guilhotinados como traidores, em 1793. Foi eleita uma nova Assembleia, a Convenção, que deu início à terceira fase da Revolução. Neste período, foi decretada a República. Como consequência da execução dos monarcas, verificaram-se levantamentos em França, como a Revolta da Vendeia que procurou proclamar de novo a monarquia.
Entre setembro de 1793 e julho de 1794, os Jacobinos de "esquerda" assumiram o governo, dando início a um clima de terror.
A França foi ameaçada de invasão pela Áustria, o que contribui ainda mais para este reinado de terror. Robespierre iniciou a sua ditadura em 1794. Com a sua queda e execução, no mesmo ano, acabou o chamado período de terror.
Os Girondinos (partido maioritário e hostil à guerra revolucionária, mas adepto da guerra com outros países) assumiram de novo o poder e, em 1795, surgiu uma nova Constituição.
Sob a sua vigência, deu-se a quarta e última fase da Revolução Francesa: o Diretório. Após o governo fraco e corrupto do Diretório (1795-1799), que constituiu uma fase de transição entre o governo republicano e a fase napoleónica, Napoleão Bonaparte assumiu o poder após um golpe de Estado, conhecido como o "18 de brumário", que pôs termo ao processo revolucionário francês e deu início à época napoleónica.
. 1788-1789: deu-se uma conspiração antiportuguesa no Brasil.
. 1789: o sultão da Turquia, Selim III, iniciou as grandes reformas contra os tradicionalistas. Neste mesmo ano assistiu-se ao golpe de Estado real antinobiliárquico na Suécia, e, em Liège, os cidadãos da classe média, com o apoio dos camponeses e trabalhadores, expulsaram o príncipe-bispo e aboliram o sistema feudal. Em 1790, o bispo foi reposto no seu lugar pelos austríacos.
. 1790: os nobres da Hungria puseram de lado os éditos imperiais de D. José II e pediram maior independência para a Hungria dentro do império dos Ausburgos. Porém, ameaçados pelos distúrbios dos camponeses, acabaram por aliar-se à monarquia.
. 1791: na Polónia, o rei Estanislau II Poniatowski, apoiado pelos nobres, adotou a Constituição com o intuito de fortalecer e modernizar o governo. Porém, Catarina II da Rússia organizou uma contrarrevolução, apoiada por alguns nobres, para reestabelecer o antigo regime, invadindo a Polónia e dividindo-a com a Prússia. Uma tentativa de sublevação por parte da nobreza contra os invasores foi repelida sendo a Polónia partilhada entre a Rússia, Áustria e Prússia, deixando de existir como estado independente.
Ainda em 1791, no Haiti francês, deu-se a revolta dos escravos, que teve como resultado a ascensão do líder negro Toussaint L'Ouverture, que, em 1801, conseguiu conquistar o resto da ilha de S. Domingos aos espanhóis (parte oriental) assegurando a sua independência.
. 1792: Gustavo III, rei da Suécia, foi assassinado.
. 1793: na Córsega, Pascal Paoli desencadeou uma segunda tentativa revolucionária para conseguir a independência da França, que levou à ocupação britânica. A ascensão de Napoleão Bonaparte poria fim a este movimento separatista. 
Na Sardenha, os habitantes da ilha exigiram a sua autonomia dentro dos limites do reino de Piemonte, em troca da expulsão dos invasores franceses. Esta só foi concedida em 1796, quando a ameaça francesa diminuiu.
Ainda em 1793 iniciou-se a repressão dos movimentos antimanchus na China que durou até 1802.
. 1795: deu-se a terceira partilha da Polónia.
. 1798: ocorreu a revolta da União dos irlandeses adeptos da independência em relação à Inglaterra, a qual foi anulada pelo exército britânico.
. A partir de 1800: os movimentos revolucionários continuaram a registar-se um pouco por todo o Mundo. É de salientar a independência da América Latina, a partir de 1804, que se prolongaria até 1825.
Em resumo, pode-se dizer que, por um lado, a Revolução Francesa constituiu um acontecimento muito importante e decisivo na história europeia ou no processo revolucionário ocidental, embora tivesse influenciado povos como os do Haiti e as instituições e ideias em todo o mundo; e que, por outro, a Europa Ocidental e a América do Norte foram responsáveis por todo um processo revolucionário a nível mundial.
REVOLUÇÃO FRANCESA
Pode se dizer que a Revolução Francesa  teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época, além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.
Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor domundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.
Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos comerciantes, camponeses (estes, tinhamque pagar tributos à nobreza e ao clero).
Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1ºestado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
Clero
Alto clero (bispos, abades e cônicos)
Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
Povo
Camponeses
Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
Média burguesia (profissionais liberais)
Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza.
O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.
O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero.
A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.
Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.
Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero e a nobreza.
Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei para convocar a Assembléia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos.
OBS: A Assembléia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.
Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.
Em maio de 1789, após a reunião da Assembléia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.
A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.
Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais.
Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembléia Nacional Constituinte.
O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da Bastilha".
O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.
No dia 26 de agosto de 1789 a Assembléia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:
O respeito pela dignidade das pessoas
Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
Direito à propriedade individual
Direito de resistência à opressão política
Liberdade de pensamento e opinião
Em 1790, a Assembléia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado “Constituição Civil do Clero”. Porém, o Papa não aceitou essa determinação.
Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.
Sair da França
Lutar contra a revolução
Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução.
Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembléia Constituinte.
Principais tópicos dessa constituição
Igualdade jurídica entre os indivíduos
Fim dos privilégios do clero e nobreza
Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
Proibição de greves
Liberdade de crença
Separação do estado da Igreja
Nacionalização dos bens do clero
Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)
O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contra-revolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta (veja Absolutismo na França).
Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância.
Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792).
Com a proclamação, a Assembléia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.
Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:
Girondinos: alta burguesia
Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.
Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.
Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).
Esse período ficou conhecido como “Terror”, ou "Grande Medo", pois os não-jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.
Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares.
Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.
Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:
Direito ao voto
Direito de rebelião
Direito ao trabalho e a subsistênciaContinha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.
Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuiram, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794.
Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra constituição para a França.
A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da burguesia sobre o país.
Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando a situação.
Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou um golpe.
Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado. Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.
Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução.
Arquivado em: História, História da Europa | Fazer os exercícios
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Liberalismo
A sociedade capitalista foi gestada em meio à dissolução da ordem feudal. Inicialmente as utopias construídas a partir da idéia de abolição da servidão preconizavam uma sociedade organizada sob a égide do interesse coletivo, de cunho socialista. No entanto, as revoltas populares inspiradas nessa idéia foram derrotadas (das guerras camponesas européias à liquidação dos Levellers na Inglaterra) e acabou se implantando um processo diametralmente oposto: a eliminação das terras comunais através dos cercamentos e sua transformação em propriedade.
Como resultado desse processo, os servos foram libertados dos liames da servidão e da terra de onde tiravam seu sustento. Para eles, liberdade passava a significar vender livremente sua força de trabalho para os detentores dos meio de produção, tornando-se assalariados. Para os donos das terras –à época, o principal meio de produção–, liberdade era dispor de sua propriedade como bem lhe aprouvesse. A nova organização social baseava-se nesse duplo conceito de liberdade: liberdade do trabalho –assalariamento– e livre uso da propriedade dos meios de produção – capital.
Após a revolução burguesa (Inglaterra, 1640-60) as instituições foram sendo adaptadas à nova organização baseada na propriedade e um conjunto de idéias cooonstituiiindo uma ideologia  foi produzida para justificar a nova ordem (Locke, 1690, Smith, 1776), ressaltando sua diferença da anterior (a servidão). Dos pilares constitutivos da ordem capitalista, propriedade e liberdade, foi esse último que deu nome a esse ideário. E liberalismo tornou-se a ideologia da sociedade capitalista, ou burguesa.
Liberalismo pode ser resumido como o postulado do livre uso, por cada indivíduo ou membro de uma sociedade, de sua propriedade. O fato de uns terem apenas uma propriedade: sua força de trabalho, enquanto outros detêm os meios de produção não é desmentido, apenas omitido no ideário liberal. Nesse sentido, todos as homens são iguais, fato consagrado no princípio fundamental da constituição burguesa: todos são iguais perante a lei, base concreta da igualdade formal entre os membros de uma sociedade. Em uma extensão dessa, uma segunda idéia propõe o bem comum (o Commonwealth), segundo a qual a organização social baseada na propriedade e na liberdade serve o bem de todos. Um corolário dessa proposição é que não havendo antagonismo entre classes sociais, a ação pode ser orientada simplesmente pela razão -- donde racionalismo. Essa é a cerne da proposição ideológica, que visa a dominação consentida dos trabalhadores, através da operação de identificar o interesse da classe dominante (a manutenção da ordem social vigente) com o interesse da sociedade como um todo -- a nação.
Adam Smith deu um suporte ao enaltecimento das liberdades individuais (sem querer com isso desqualificar o Estado como representante do bem comum, como seria feito posteriormente) na idéia que as ações individuais movidas exclusivamente pelo interesse próprio seriam guiadas infalívelmente por uma 'mão invisível' no sentido da realização do bem comum. Um dos últimos ‘clássicos’ a recapitular a doutrina liberal é von Mises da escola de Viena, em uma reação à onda de revoluções socialistas do início do século passado (Mises, 1927). Depois disso o liberalismo ficou em segundo plano ofuscado pela social-democracia, para renascer no ocaso desta no final do século como neo-liberalismo.

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