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AULA 6 Elem Rochas PARTE 1

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Universidade de Pernambuco – UPE
Fundamentos de Geologia
Profª Stela Fucale
ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
DAS ROCHAS
(1a PARTE)
PERTUBAÇÃO DAS ROCHAS
l A Geologia Estrutural é o ramo da Geologia que estuda a forma e 
a relação entre os corpos rochosos. É, sem dúvida, um dos ramos 
mais complexos. 
l Interessa à Geologia Estrutural, particularmente, o estudo dos 
corpos deformados (seja por translação, rotação ou distorção), bem 
como a investigação de suas causas, processos e aspectos 
geométricos.
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PERTUBAÇÃO DAS ROCHAS
l O interesse em estudarmos algumas das estruturas geológicas 
reside no fato de que dobras e falhas, por exemplo, podem por 
lado a lado materiais líticos de composição, origem e idade 
diferentes. Lembrando que um dos fatores de formação do solo 
é o material de origem, essa relação espacial, além da 
composição mineralógica e da textura, é muito importante. Além 
do que, em obras de Engenharia Civil, como estradas, túneis e 
barragens, esta condição pode ser decisiva no traçado da 
mesma. 
l As causas da formação de estruturas como dobras, falhas e 
fraturas podem ser tectônicas (de origem interna) ou atectônicas.
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Exemplos de Estruturas Geológicas
l Em Estradas
l Em Túneis
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DEFORMAÇÕES DAS ROCHAS
As deformações podem ser elásticas, plásticas e por ruptura.
l Elástica: uma vez cessada a causa que o deforma, o corpo 
retorna à forma e volume primitivos
As rochas estão constantemente sob a ação de forças que se 
originam no interior da Crosta. Estas forças causam vários tipos de 
deformações.
l Deformação: qualquer variação de forma ou volume ou de ambos, 
que um corpo experimenta quando sujeito à ação de pressões, 
tensões, variações de temperatura, etc.
l Plástica: uma vez ultrapassado o limite de elasticidade de um 
corpo e se este não voltar mais à forma e volume primitivos 4
DEFORMAÇÕES DAS ROCHAS
l Ruptura ou fratura: se o esforço for tal que é ultrapassado o 
limite de plasticidade do corpo, este se rompe.
l Obs: O efeito de variação de T (°C) nas rochas poderá causar 
deformações elásticas, que, contudo, não podem ser 
facilmente observadas. A formação de dobras, falhas, fraturas 
e diaclases são exemplos das deformações plásticas e de 
rupturas.
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ZONA DE PLASTICIDADE E DE FRATURA
i. Zona de Plasticidade (a grande profundidade)
l Em grandes profundidades da Crosta à sob enormes pressões 
e temperaturas 
à Tendência maior à plasticidade do que à fratura.
l Abaixo da profundidade de 18 km, as rochas se manifestam 
como plásticas ante uma deformação; 
Ø Plasticidade: mudança gradual na forma e na estrutura interna de 
uma rocha, efetuada por reajuste químico e por fraturas 
microscópicas, enquanto a rocha permanece essencialmente rígida. 
Durante este processo não se produz a fusão. A rocha não chega a
fundir-se.
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ZONA DE PLASTICIDADE E DE FRATURA
i. Zona de Plasticidade (a grande profundidade)
l Originam-se dobras, estruturas gnáissica, xistosas, etc. (Ex: 
folhelhos, calcários);
l Deformação dúctil, sem perda de continuidade, porém a rocha 
sofrendo distorção.
l Próximo da superfície à rochas mais propensas à ruptura
l Máxima profundidade em cerca de 18 km.
l As estruturas produzidas são as falhas, fraturas e fendas. (Ex: 
quartzito)
l Deformação rúptil, marcada por planos de descontinuidades.
ii. Zona de Fratura (próxima à superfície)
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ROCHAS COMPETENTES E INCOMPETENTES
Certas rochas possuem mais facilidade para se 
dobrarem e transmitirem os esforços recebidos, 
enquanto outras possuem maior tendência a se 
fraturarem.
As primeiras são chamadas de rochas competentes e 
as segundas as incompetentes.
§ Rochas competentes – folhelhos e calcários
§ Rochas incompetentes – arenosas (quartizito)
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DOBRAS
DOBRAS
Ø São ondulações (deformações dúcteis) existentes 
corpos rochosos da crosta terrestre. 
Ø A compressão do material pode resultar em um 
dobramento de dimensão variada. A princípio, é
possível que o relevo fique movimentado, como é o 
caso de cadeias de montanhas. Porém, a erosão 
subseqüente, é capaz, como nas falhas, de por lado a 
lado materiais diferentes. 
Ø Dimensões: podem variar de mm, cm, m e até mesmo 
km. 9
DOBRAS
Ø O termo estilo é usado para descrever dobras, à
semelhança do seu significado em arquitetura. 
Traduz uma identidade de um mesmo grupo de 
estruturas.
Elementos geométricos de uma superfície dobrada cilíndrica (a), e plano 
de perfil de uma borda (b).
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DOBRAS
Ø Classificação:
à Tectônicas: resultam de forças que operam 
dentro da crosta da Terra (esforço, temperatura e 
pressão).
São formadas por dois tipos de mecanismos:
§ Flambagem
§ Cisalhamento
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DOBRAS
§ Flambagem 
Promove o encurtamento das camadas perpendicular 
à superfície axial das dobras, preservando porém 
a espessura e o comprimento das mesmas
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DOBRAS
§ Cisalhamento 
Os planos de deslizamentos são ortogonais ou 
oblíquos às mesmas
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DOBRAS
Ø Classificação:
à Atectônicas: resultam de movimentos localizados 
(deslizamentos, acomodações, escorregamentos, 
avanço do gelo sobre sedimentos inconsolidados, 
etc) sob a influência de gravidade e na superfície 
terrestre.
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Atectônicas 19
PARTES DE UM DOBRA
Ø Plano ou superfície axial: é o plano ou superfície que divide a 
dobra tão simetricamente quanto possível. Pode ser vertical, 
horizontal ou inclinado.
Ø Eixo: é a interseção do plano axial com uma camada qualquer.
Ø Flancos ou limbos: são as partes da dobra separadas pelo plano 
axial.
Ø Crista: é a porção mais elevada de uma dobra, podendo ser ao 
mesmo tempo o eixo da dobra.
Ø Plano de superfície de crista: é o plano que passa pelo ponto 
mais alto da dobra.
PARTES DE UM DOBRA
Plano ou superfície axial
Eixo
Flancos ou limbos
Crista 
ZC - Zona de Charneira AI – Ângulo Inter-flancos
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
Terminologia para descrever o aspecto geométrico de dobras
i. ANTICLINAL
- É uma dobra convexa para cima (a concavidade é voltada para 
baixo)
- Pode ser definido como uma dobra com rochas mais velhas na sua 
porção interior.
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
ii. SINCLINAL
- É uma dobra com sua parte côncava voltada para cima.
- Pode ser definido como uma dobra com rochas mais 
jovens na sua parte interior.
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
iii. SIMÉTRICA
- É uma dobra em que os dois flancos têm o mesmo ângulo 
de mergulho.
iv. ASSIMÉTRICA
- Qunado ops flancos mergulham com ângulos diferentes.
v. DEITADA
É uma dobra em que o plano axial é essenciamente 
horizontal. Dobras desse tipo são comuns nos Alpes.
vi. ISOCLINAL (IGUALMENTE INCLINADO)
Refere-se a dobras em que os dois flancos mergulham a 
ângulos iguais na mesma direção
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
ANTICLINAL SIMÉTRICA - O traço 
vertical representa o plano axial 
da dobra
ANTICLINAL ASSIMÉTRICA
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
SINCLINAL SIMÉTRICA - As 
camadas mais jovens são 
mais nternas 
SINCLINAL ASSIMÉTRICA - O 
eixo representado pela 
linha não é vertical
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
ISOCLINAL - Os dois flancos tem 
o mesmo ângulo de 
inclinação e a mesma direção 
ISOCLINAL DEITADA
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
Terminologia para descrever superfície das dobras
Esta classificação leva em consideração o ângulo inter-flancos de 
uma dobra. Isto é determinado a partir de duas tangentes que 
passam nos pontos de inflexão da superfície dobrada. As 
dobras são assim classificadas:
Suaves - 180O – 120O
Abertas - 120O – 70O
Fechadas - 70O – 30O
Apertadas ou cerradas - 30O – 0O
NOMENCLATURA DAS DOBRAS
Classificação das dobras com base no ângulo inter-flancos
Dobra fechada de gnaisse

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