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1 DIREITO PREVIDENCIÁRIO – ANDRÉ STUDART (2016.2) I. METODOLOGIA DE ESTUDO .................................................................................... 10 II. SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO.......................................................... 10 1. PREVISÃO LEGAL .............................................................................................. 10 2. SUBSISTEMAS .................................................................................................... 10 2.1. Subsistema Contributivo ...................................................................................... 10 2.2. Subsistema Não-Contributivo ............................................................................... 10 3. PRINCÍPIOS (OBJETIVOS) CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL .... 10 3.1. Princípio da universalidade da cobertura e do atendimento ................................. 11 3.2. Princípio da Seletividade e Distributividade na prestação dos benefícios e serviços 12 3.3. Universalidade e Equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais 12 3.4. Irredutibilidade dos benefícios .............................................................................. 12 3.5. Princípio da diversidade da base de financiamento .............................................. 13 3.5.1. Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada ........................ 13 3.5.2. Do trabalhador e dos demais segurados ........................................................ 14 3.5.3. Concursos e prognósticos .............................................................................. 14 3.5.4. Do importador ou equiparado a ele ................................................................ 14 3.6. Princípio da equidade na forma de participação e custeio .................................... 14 3.7. Princípio da gestão quadripartite .......................................................................... 15 3.8. Princípio da Solidariedade.................................................................................... 15 4. CONTRIBUIÇÕES ............................................................................................... 16 4.1. Contribuição para seguridade social X contribuição para previdência social ........ 16 4.2. Competência tributária ......................................................................................... 17 4.3. Capacidade tributária ativa e orçamento diferenciado .......................................... 17 4.4. Anterioridade nonagesimal ................................................................................... 18 4.5. Regra da contrapartida ......................................................................................... 18 5. IMUNIDADES NA SEGURIDADE SOCIAL .......................................................... 18 5.1. Imunidade sobre aposentadorias e pensões do RGPS ........................................ 18 5.2. Imunidade sobre as receitas decorrentes de exportação ..................................... 19 5.3. Imunidades das entidades beneficentes de assistência social ............................. 19 III. TEORIA GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ......................................................... 20 1. RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA ............................................................ 20 1.1. Filiação................................................................................................................. 20 1.2. Inscrição ............................................................................................................... 20 2. FILIAÇÃO ............................................................................................................. 20 2 2.1. Filiação obrigatória ............................................................................................... 20 2.2. Filiação facultativa ................................................................................................ 21 3. SEGURADOS ...................................................................................................... 21 3.1. Segurado obrigatório ............................................................................................ 21 3.2. Segurado facultativo............................................................................................. 21 4. SEGURADO FACULTATIVO ............................................................................... 21 4.1. Conceito e previsão legal ..................................................................................... 21 4.2. Exceções ............................................................................................................. 22 4.3. Síndico remunerado X sindico não remunerado ................................................... 22 4.4. Filiações simultâneas e regimes diversos ............................................................ 23 5. SEGURADO OBRIGATÓRIO ............................................................................... 23 5.1. Conceito e previsão legal ..................................................................................... 23 5.2. Segurado empregado (art. 11, I) .......................................................................... 23 5.3. Empregado doméstico (art. 11, II) ........................................................................ 25 5.4. Contribuinte individual (art. 11, V) ........................................................................ 25 5.5. Extraterritorialidade .............................................................................................. 26 5.4. Trabalhador avulso (art. 11, VI) ............................................................................ 26 5.5. Segurado especial (art. 11, VII) ............................................................................ 27 6. LIMITES HETÁRIOS PARA A FILIAÇÃO ............................................................. 33 6.1. Idade máxima....................................................................................................... 33 6.2. Idade mínima ....................................................................................................... 33 6.2.1. CF x Lei 8.213/91 ........................................................................................... 33 6.2.2. Trabalhador doméstico................................................................................... 34 6.2.3. Flexibilização judicial ...................................................................................... 34 7. MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO ............................. 34 7.1. Espécies de período de graça .............................................................................. 35 7.1.1. Quem está em gozo do benefício ................................................................... 35 7.1.2. Quem deixa de exercer atividade remunerada ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração .................................................................................................................. 35 7.1.3. Quem for acometido por uma doença de segregação compulsória ................ 35 7.1.4. Quem tiver sido retido ou recluso ................................................................... 35 7.1.5. Quem for incorporado às forças armadas ...................................................... 35 7.1.6. Quem for segurado facultativo ....................................................................... 35 7.2. Prorrogação do período de graça ......................................................................... 35 8. DEPENDENTES .................................................................................................. 36 8.1. Previsão legal.......................................................................................................36 8.2. Classes de dependentes ...................................................................................... 37 3 8.2.1. Classe um (art. 16, I) ...................................................................................... 37 8.2.2. Classe dois (art. 16, II) ................................................................................... 41 8.2.3. Classe três (art. 16, III) ................................................................................... 42 8.3. Comprovação e presunção da dependência econômica ...................................... 42 8.4. Rateio de reversão de cotas ................................................................................. 43 9. CARÊNCIA .......................................................................................................... 45 9.1. Conceito ............................................................................................................... 45 9.2. Prazo de carência ................................................................................................ 45 9.2.1. Doze contribuições mensais........................................................................... 46 9.2.2. Cento de oitenta contribuições mensais ......................................................... 47 9.2.3. Dez contribuições mensais ............................................................................ 48 9.3. Isenções de carência ........................................................................................... 49 9.3.1. Auxílio doença e aposentadoria por invalidez ................................................ 49 9.3.2. Salário-maternidade ....................................................................................... 49 9.3.3. Serviço social e reabilitação profissional ........................................................ 49 9.3.4. Pensão por morte e auxílio-reclusão .............................................................. 49 9.3.5. Salário-família e auxílio-acidente ................................................................... 49 9.3.6. Benefícios concedidos aos segurados especiais............................................ 49 9.4. Carência de reingresso ........................................................................................ 50 9.5. Resumo ................................................................................................................ 51 IV. BENEFÍCIOS POR INVALIDEZ ............................................................................... 51 1. AUXÍLIO-DOENÇA............................................................................................... 51 1.1. Conceito e previsão legal ..................................................................................... 51 1.2. Qualidade de segurado ........................................................................................ 52 1.3. Carência ............................................................................................................... 52 1.4. Fato gerador ........................................................................................................ 52 1.5. Perícia médica ..................................................................................................... 53 1.6. Doença preexistente ............................................................................................ 53 1.7. Exercício de atividade .......................................................................................... 53 1.8. Diferenças devidas ............................................................................................... 54 1.9. Presunção do estado de incapacidade ................................................................. 54 1.10. Previsão de limitador ............................................................................................ 55 1.11. Alta programada ................................................................................................... 55 2. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ .................................................................. 57 2.1. Qualidade do segurado ........................................................................................ 57 2.2. Carência ............................................................................................................... 57 2.3. Fato gerador ........................................................................................................ 57 4 2.4. Volta ao trabalho .................................................................................................. 58 2.5. Invalidez e incapacidade preexistente .................................................................. 58 2.6. Grande invalidez .................................................................................................. 59 2.7. Questão processual ............................................................................................. 60 2.8. Deveres do segurado ........................................................................................... 61 2.9. Cálculo do benefício (Súmula 557 STJ) ............................................................... 61 3. AUXÍLIO-ACIDENTE ............................................................................................ 64 3.1. Conceito ............................................................................................................... 64 3.2. Titulares do benefício ........................................................................................... 64 3.3. Fato gerador ........................................................................................................ 65 3.4. Irreversibilidade da lesão ..................................................................................... 65 3.5. Lesão mínima....................................................................................................... 65 3.6. Perda auditiva ...................................................................................................... 66 3.7. Auxílio-acidente e aposentadoria ......................................................................... 66 3.8. Cálculo do benefício ............................................................................................. 66 4. QUADRO COMPARATIVO DOS BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE ............... 67 5. ACIDENTE DE TRABALHO ................................................................................. 68 5.1. Abrangência ......................................................................................................... 68 5.1.1. Acidente típico ............................................................................................... 68 5.1.2. Equiparações legais ....................................................................................... 68 5.2. Segurados ............................................................................................................ 70 5.3. Comunicação de acidente do trabalho ................................................................. 70 5.3.1. Competência .................................................................................................. 71 5.3.2. Prazo ............................................................................................................. 71 5.4. Consequências .................................................................................................... 71 5.4.1. Estabilidade provisória ................................................................................... 71 5.4.2. Majoração do FAP (elevação do SAT) ........................................................... 72 5.4.3. Outras ............................................................................................................72 V. BENEFÍCIOS PROGRAMÁVEIS ............................................................................. 73 1. APOSENTADORIA POR IDADE .......................................................................... 73 1.1. Previsão legal....................................................................................................... 73 1.2. Fato gerador ........................................................................................................ 74 1.3. Carência ............................................................................................................... 74 1.4. Qualidade de segurado ........................................................................................ 74 1.5. Trabalhador rural .................................................................................................. 75 2. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ...................................... 77 2.1. Previsão legal....................................................................................................... 77 5 2.2. Restrições de titularidade ..................................................................................... 78 2.2.1. Segurados especiais ...................................................................................... 78 2.2.2. Segurados que aderirem ao plano simplificado de previdência social ............ 79 2.3. Tempo de contribuição ......................................................................................... 80 2.4. Carência ............................................................................................................... 81 2.5. Idade .................................................................................................................... 81 3. FATOR PREVIDENCIÁRIO .................................................................................. 81 3.1. Conceito ............................................................................................................... 81 3.2. Aplicação ............................................................................................................. 81 3.3. Variáveis .............................................................................................................. 81 3.4. Flexibilização do fator previdenciário .................................................................... 82 4. APOSENTADORIA ESPECIAL ............................................................................ 83 4.1. Previsão legal e conceito ..................................................................................... 83 4.2. Pressuposto de concessão .................................................................................. 84 4.2.1. Titularidade .................................................................................................... 84 4.2.2. Carência ........................................................................................................ 85 4.2.3. Fato gerador .................................................................................................. 85 4.3. Enquadramento da atividade ................................................................................ 85 4.4. Agentes nocivos ................................................................................................... 86 4.5. Exposição habitual e permanente ........................................................................ 86 4.6. Comprovação da atividade especial ..................................................................... 87 4.7. Conversão de tempo especial .............................................................................. 88 5. APOSENTADORIA HÍBRIDA ............................................................................... 89 6. DESAPOSENTAÇÃO ........................................................................................... 90 6.1. Conceito ............................................................................................................... 90 6.2. Cabimento ............................................................................................................ 90 6.3. Posição do INSS .................................................................................................. 91 6.4. Posição do STJ e da TNU .................................................................................... 91 6.5. Posição do STF .................................................................................................... 91 6.5.1. Art. 18, § 2º da Lei nº 8.213/91 ....................................................................... 92 6.5.2. Alegação de que o art. 18, § 2º da Lei nº 8.213/91 seria inconstitucional ....... 92 6.5.3. Princípio da solidariedade e contribuição dos aposentados ........................... 93 6.5.4. O argumento de que a desaposentação é uma "renúncia" à aposentadoria não foi acolhido 93 6.5.5. Resultado da votação: 7 x 4 ........................................................................... 94 6.5.6. A desaposentação possui vedação constitucional? A CF/88 proíbe a desaposentação? .................................................................................................................. 94 6 6.5.7. Tese firmada pelo STF ................................................................................... 94 6.5.8. O que acontecerá com as pessoas que ganharam na justiça o direito à desaposentação? Terão que devolver os valores recebidos? ................................................ 94 6.5.9. Provável modulação dos efeitos ..................................................................... 95 7. ADICIONAL DE 25% E SUA EXTENSÃO ............................................................ 96 VI. BENEFÍCIOS DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA .............................................................. 96 1. PENSÃO POR MORTE ........................................................................................ 96 1.1. Previsão legal....................................................................................................... 96 1.2. Pressupostos ....................................................................................................... 98 1.2.1. Qualidade de segurado do instituidor ............................................................. 98 1.2.2. Qualidade de dependente do requerente ....................................................... 99 1.2.3. Óbito .............................................................................................................. 99 1.2.4. Carência ...................................................................................................... 100 1.3. Cessação da pensão por morte ......................................................................... 100 1.3.1. Em quatro meses ......................................................................................... 100 1.4. Duração da pensão por morte para o cônjuge ou companheiro ......................... 102 1.5. Valor do benefício de pensão ............................................................................. 103 2. AUXÍLIO-RECLUSÃO ........................................................................................ 104 2.1. Conceito e previsão legal ................................................................................... 104 2.2. Qualidade de dependente .................................................................................. 104 2.3. Cálculo do benefício ........................................................................................... 104 2.4. Pressupostos para concessão ........................................................................... 104 2.4.1. Qualidade de segurado do instituidor ...........................................................104 2.4.2. Qualidade de dependente do requerente ..................................................... 104 2.4.3. Não recebimento de remuneração da empresa, de auxílio, de aposentadoria ou de abono de permanência ................................................................................................... 105 2.4.4. Baixa renda .................................................................................................. 105 2.5. Fato gerador ...................................................................................................... 105 3. SALÁRIO-FAMÍLIA ............................................................................................ 106 3.1. Previsão legal..................................................................................................... 106 3.2. Titularidade ........................................................................................................ 107 3.3. Baixa renda ........................................................................................................ 107 3.4. Fato gerador ...................................................................................................... 108 3.5. Carência ............................................................................................................. 108 4. SALÁRIO-MATERNIDADE ................................................................................. 108 4.1. Previsão legal..................................................................................................... 108 4.2. Titularidade ........................................................................................................ 110 7 4.3. Carência ............................................................................................................. 110 4.4. Duração ............................................................................................................. 110 4.5. Fato gerador ...................................................................................................... 110 4.5.1. Parto ............................................................................................................ 110 4.5.2. Aborto não criminoso ................................................................................... 111 4.5.3. Adoção ou guarda judicial para adoção ....................................................... 111 4.5.4. Óbito da titular .............................................................................................. 112 4.6. Afastamento do trabalho .................................................................................... 112 4.7. Sistemática de pagamento ................................................................................. 113 4.8. Valor .................................................................................................................. 113 VII. TEMAS CORRELATOS (ACUMULAÇÃO, PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA) .......... 114 1. ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS ...................................................................... 114 1.1. Previsão legal..................................................................................................... 114 1.2. Vedações ........................................................................................................... 114 2. DECADÊNCIA NO BENEFÍCIO ......................................................................... 115 2.1. Previsão legal..................................................................................................... 115 2.2. Aplicação ........................................................................................................... 116 2.3. Direito intertemporal ........................................................................................... 116 2.4. Entendimento da TNU ........................................................................................ 116 2.5. Decadência para Administração ......................................................................... 116 3. PRESCRIÇÃO NO BENEFÍCIO ......................................................................... 117 VIII. SALÁRIO-CONTRIBUIÇÃO ............................................................................... 117 1. CONCEITO ........................................................................................................ 117 2. APLICAÇÃO ...................................................................................................... 117 3. VALOR ............................................................................................................... 118 3.1. Segurado empregado e avulso .......................................................................... 118 3.2. Empregado e empregador doméstico ................................................................ 118 3.3. Contribuinte individual ........................................................................................ 118 3.4. Contribuinte facultativo ....................................................................................... 119 4. LIMITES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO..................................................... 119 4.1. Limite mínimo ..................................................................................................... 119 4.2. Limite máximo .................................................................................................... 119 4.3. Análise de casos hipotéticos .............................................................................. 119 5. PARCELAS QUE INTEGRAM O SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ...................... 119 5.1. Gorjetas ............................................................................................................. 119 5.2. Utilidades habituais ............................................................................................ 119 5.3. 13º salário .......................................................................................................... 120 8 5.4. Salário-maternidade ........................................................................................... 120 5.5. Diárias ................................................................................................................ 120 6. PARCELAS QUE NÃO INTEGRAM O SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ............. 120 6.1. Verbas claramente indenizatórias ...................................................................... 120 6.2. Participação nos lucros (PLR) ............................................................................ 121 6.3. Verbas de direitos autorais ................................................................................. 121 6.4. Diárias ................................................................................................................ 121 6.5. Vale-transporte ................................................................................................... 121 6.6. Parcela in natura ................................................................................................ 121 7. ALÍQUOTAS APLICÁVEIS ................................................................................. 122 7.1. Segurado empregado ......................................................................................... 122 7.2. Segurado empregado doméstico........................................................................ 123 7.3. Segurado contribuinte individual ........................................................................ 124 7.3.1. Alíquota de 20% ........................................................................................... 124 7.3.2. Alíquota de 11% ........................................................................................... 125 7.4. Segurado contribuinteespecial .......................................................................... 125 8. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DO CUSTEIO ................................................. 125 IX. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA ............................ 126 1. CONCEITO ........................................................................................................ 126 2. CARACTERÍSTICAS .......................................................................................... 126 2.1. Dispensa contribuição ........................................................................................ 126 2.2. Valor .................................................................................................................. 126 3. TITULARES ....................................................................................................... 127 4. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA ................................................................... 127 4.1. Previsão legal..................................................................................................... 127 4.2. Quem é hipossuficiente? .................................................................................... 128 4.3. Estatuto do Idoso (art. 34) .................................................................................. 129 4.4. Como comprovar a miserabilidade? ................................................................... 129 X. PREVIDÊNCIA PRIVADA ...................................................................................... 130 1. CONCEITO ........................................................................................................ 130 2. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................ 130 3. CARACTERÍSTICAS (PRINCÍPIOS) .................................................................. 130 3.1. Complementariedade ......................................................................................... 130 3.2. Autonomia .......................................................................................................... 130 3.3. Facultatividade ................................................................................................... 130 3.4. Contratualidade .................................................................................................. 130 4. FINANCIAMENTO ............................................................................................. 131 9 5. REGULAMENTAÇÃO ........................................................................................ 131 6. TRANSPARÊNCIA ............................................................................................. 133 7. CONTRATO DE TRABALHO ............................................................................. 133 8. ESPÉCIES ......................................................................................................... 133 8.1. Previdência privada aberta ................................................................................. 133 8.1.1. Sujeitos ........................................................................................................ 133 8.1.2. Observações ................................................................................................ 134 8.2. Previdência privada fechada .............................................................................. 134 8.2.1. Sujeitos ........................................................................................................ 134 8.2.2. Observações ................................................................................................ 135 9. INSTITUTOS OBRIGATÓRIOS.......................................................................... 135 9.1. Previdência fechada ........................................................................................... 135 9.1.1. Benefício proporcional diferido ..................................................................... 135 9.1.2. Faculdade de autopatrocínio ........................................................................ 135 9.1.3. Portabilidade ................................................................................................ 136 9.1.4. Resgate total ................................................................................................ 136 9.1.5. Devolução de valores (Dizer o Direito) ......................................................... 137 9.2. Previdência aberta ............................................................................................. 139 9.2.1. Portabilidade ................................................................................................ 139 9.2.2. Resgate ....................................................................................................... 140 10. PENHORABILIDADE ......................................................................................... 140 11. PRAZO PARA DEVOLUÇÃO DE VALORES ..................................................... 140 XI. PROCESSO PREVIDENCIÁRIO ........................................................................... 141 1. NOÇÕES BÁSICAS ........................................................................................... 141 2. COMPETÊNCIA ................................................................................................. 142 2.1. Regra Geral ....................................................................................................... 142 2.2. Demandas acidentárias ...................................................................................... 142 3. COMPETENCIA DELEGADA ............................................................................. 144 10 I. METODOLOGIA DE ESTUDO Será analisada a seguridade social na Constituição, bem como a teoria geral da previdência social (segurados, dependentes, carências). Posteriormente, analisar-se-á os benefícios previdenciários (os dez), o salário de contribuição, além de temas como decadência, etc. Importante fazer a leitura da legislação, tendo em vista que muitas questões são literalidade da lei. Não esquecer de estudar a jurisprudência, ganhou mais importância em razão do NCPC. Por fim, não esquecer as súmulas do STF e STJ, bem como os boletins da Turma Nacional de Uniformização. O professor destaca a importância de resolver questões anteriores, eis que as questões acabam sendo repetidas em diversas provas. II. SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO 1. PREVISÃO LEGAL O art. 194, caput da CF traz o conceito de seguridade social. Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Percebe-se pelo conceito que a seguridade social é um sistema composto por três subsistemas, quais sejam: PREVIDÊNCIA, ASSISTÊNCIA SOCIAL E a SAÚDE. 2. SUBSISTEMAS 2.1. Subsistema Contributivo A previdência possui caráter contributivo. Ou seja, dependem de contrapartida. Por exemplo, para ter direito à aposentadoria é necessária a comprovação de contribuição com a previdência. ATENÇÂO! A previdência integra a estrutura da seguridade social, não é seu sinônimo. 2.2. Subsistema Não-Contributivo Saúde e assistência social possuem caráter não contributivo. Ou seja, garantem benefícios ou prestam serviços independentemente de uma contrapartida. Por exemplo, para o direito à bolsa família não é necessária a comprovação de contribuição. O mesmo vale para o acesso à saúde. 3. PRINCÍPIOS (OBJETIVOS) CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL Previstono art. 194 da CF. Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 11 Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 3.1. Princípio da universalidade da cobertura e do atendimento O princípio da universalidade divide-se em: a) Universalidade da cobertura: considerado o prisma objetivo. Ou seja, são os riscos abrangidos pela seguridade social, como se percebe todos os riscos são abrangidos. b) Universalidade do atendimento: considerado o prisma subjetivo. Refere-se aos titulares do direito à proteção da seguridade social. # Quem está sujeito à proteção da seguridade social? Segundo a melhor doutrina, todos os residentes em território nacional. ATENÇÃO! Há discussão acerca do benefício assistencial em relação ao estrangeiro. O RE 587970, pendente de julgamento no STF, irá analisar a questão. Por enquanto, há decisões nos dois sentidos: admitindo e não admitindo. O parecer do PRG é pela possibilidade, desde que haja reciprocidade no país do estrangeiro. Princípio da universalidade Cobertura (prisma objetivo) Relacionado aos riscos sociais Atendimento (prisma subjetivo) Relacionado aos titulares da proteção 12 3.2. Princípio da Seletividade e Distributividade na prestação dos benefícios e serviços O princípio da universalidade visto acima é uma meta ambiciosa, pois visa proteger indistintamente todas as pessoas de todos os riscos. O Brasil não tem como garantir a proteção universal por conta da máxima da reserva do possível. Ou seja, o Estado encontra-se limitado no seu agir, tendo em vista as questões orçamentárias. Diante disso, selecionam-se as demandas mais emergenciais (idade avançada, doença incapacitante), e, ainda, é preciso selecionar os titulares do direito. Por exemplo, não é toda a morte que será pensão. É necessário o preenchimento de alguns requisitos. Por outro lado, a distributividade é considerada o critério que deve nortear o legislador no momento que faz as escolhas, a fim de que ampare o maior número de pessoas necessitadas. Em suma, a ideia é selecionar para depois distribuir. 3.3. Universalidade e Equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais Apesar de ser um princípio da seguridade social, sua incidência é maior na previdência social. É a consagração do princípio da isonomia, visando que os trabalhadores rurais e urbano tenham o mesmo tratamento, garantidas através: a) Uniformidade: é mesmo rol de prestações. Ou seja, os benefícios previstos para os trabalhadores urbanos devem ser os mesmos previstos para os trabalhadores rurais; b) Equivalência: é a mesma sistemática de cálculo. A razão deste princípio é histórica, pois antes da CF/88 havia dois modelos de proteção distintos, um para os trabalhadores rurais e outro para os urbanos. Por exemplo, o benefício era de apenas meio salário-mínimo para os urbanos. Ressalta-se que a isonomia é a material: pessoas iguais são tratadas de forma igual e as desiguais de forma desigual. Por isso, a CF prevê que a aposentadoria por idade dos trabalhadores rurais ocorrerá cinco anos antes (60 H e 55 M), em razão de o trabalho rural ser muito mais desgastante do que o trabalho urbano (65 H e 60 M) – pelo menos por enquanto! 3.4. Irredutibilidade dos benefícios O serviço está vinculado a uma obrigação de fazer; o benefício a uma obrigação de pagar. Divide-se em: a) Irredutibilidade nominal: o benefício não pode ser reduzido em seu valor nominal. Assim, uma pessoa que ganha R$ 1.000,00 em 2016 não poderá ganhar R$ 999,00 em 2017. b) Irredutibilidade real: refere-se à qualidade do benefício. Assim, uma pessoa que ganha R$ 1.000,00 em 2016 não poderá ganhar a mesma coisa em 2020, pois haverá nítida diminuição do poder aquisitivo. Garante-se o reajuste. O STF já entendeu que este princípio, previsto no art. 194, indica apenas a irredutibilidade nominal. Entende que a irredutibilidade real possui previsão no art. 201, §4º da CF. O problema é 13 que o art. 201 trata apenas da previdência social, já o art. 194 trata da seguridade social. Segundo este entendimento do STF, o bolsa família, não precisaria ser reajustando, bastando que conservasse o seu valor nominal. Art. 201, § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar- lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. # O reajuste dos benefícios previdenciários é feito com base em qual índice de correção? R: Em regra, o índice responsável é o INPC (índice nacional de preço do consumidor), conforme entendimento do STF. Não é o índice do salário-mínimo. Nos últimos anos, o salário-mínimo cresceu muito mais do que o INPC. Em razão disso, uma pessoa que se aposentou com oito salários, hoje recebe cinco salários. 3.5. Princípio da diversidade da base de financiamento Pode-se começar o estudo do referido princípio com a seguinte indagação: # Quais contribuições financiam a seguridade social? R: é financiada por várias pessoas (diversidade subjetiva), através de contribuições que decorrem de fatos gerados diferentes (diversidade objetiva), nos termos do art. 195 da CF. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201. III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar Vamos analisar cada uma delas. 3.5.1. Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada Podemos sintetizar da seguinte forma: a) Ter empregado, gera contribuição; b) Auferir receita, gera contribuição; c) Ter lucro, gera contribuição. Percebe-se, claramente, a diversidade objetiva da base de financiamento, pois vários fatos geradores, geram contribuições. 14 3.5.2. Do trabalhador e dos demais segurados Trata-se de diversidade subjetiva, pois várias pessoas irão gerar a contribuição. 3.5.3. Concursos e prognósticos Sempre que houver o pagamento de prêmios, por exemplo mega-sena, haverá a incidência de contribuição. 3.5.4. Do importador ou equiparado a ele Mais um exemplo de diversidade subjetiva. ATENÇÃO! O art. 195, § 13 daCF mitiga o princípio da diversidade da base do financiamento. § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Substituição gradual, total ou parcial refere-se à contribuição sobre a folha, a qual pode ser substituída pela contribuição sobre a receita/faturamento para determinado seguimento da indústria. Isto ocorre porque a contribuição sobre a folha onera, demasiadamente, as empresas. Em determinados casos, situações de desemprego (por exemplo), substitui-se pela contribuição sobre a receita, visando a desoneração da empresa, a fim de que se incentive a contratação de mão-de- obra. 3.6. Princípio da equidade na forma de participação e custeio Previsto no art. 195, § 9º da CF. § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. A seguridade social visa o bem-estar e a justiça social, por isso as contribuições devem observar a máxima da equidade. Segundo a doutrina, este princípio repousa, basicamente, em dois pilares: a) Capacidade contributiva: quem pode mais, irá pagar mais. Por isso, as alíquotas dos segurados são progressivas (8%, 9% e 11%), quanto maior o salário do empregado maior será a alíquota de contribuição. Ademais, as empresas são tributadas de forma diferente dos segurados (uma contribuição), tanto que suporta três contribuições. Além disso, as contribuições dos empregados sujeitam-se a um teto, o que não ocorre com as contribuições das empresas. Por fim, há diferenças entre as empresas. Quem possui maior poder econômico paga mais contribuição. b) Risco social: é compreendido pela seguinte máxima: “quanto maior o risco, maior é a contribuição”. 15 Por exemplo, atividade laboral em mina subterrânea e atividade laboral em escritório. É óbvio que a primeira possui um risco muito maior, portanto, a empresa deverá suportar uma contribuição mais elevado. As alíquotas e base de cálculo serão diferenciadas em razão de quatro variáveis, são elas: Atividade econômica; Utilização intensiva de mão-de-obra; Porte da empresa Condição estrutural do mercado de trabalho. 3.7. Princípio da gestão quadripartite Refere-se aos agentes que possuem interesse em participar da seguridade social, são eles: a) Trabalhadores b) Empregados c) Aposentados d) Governo Por isso, se diz que é modelo de gestão é quadripartite. Além disso, é descentralizado, visto que a previdência social é conduzida por uma autarquia (INSS). E, dentro do INSS, há as agências, a fim de que a proteção chegue a um maior número possível de pessoas. Como exemplo, podemos citar o CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) que é formado por seis membros representantes do Governo e por nove membros representantes da sociedade civil (três aposentados e pensionistas, três trabalhadores e três empregadores), totalizando 15 membros. Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes são nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandado de dois anos, podendo ser reconduzido, de imediato, uma única vez. 3.8. Princípio da Solidariedade Previsto no art. 195, caput da CF, de forma implícita. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: Verifica-se pela expressão “financiada por toda a sociedade”, significa que todos irão financiá-la, seja de forma direta ou de forma indireta. O financiamento poderá ser: a) Direito: é aquele que provém das contribuições da seguridade social, tributo de natureza vinculada, são as previstas nos incisos do art. 195 da CF. Art. 195, I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 16 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. b) Indireto: é aquele que provém dos recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. Por exemplo, ao comprar um carro haverá a incidência de IPVA, o qual alimenta o orçamento do Estado. Como se sabe parte do orçamento do Estado deve ser destinado à saúde, que faz parte da seguridade social. Em relação ao financiamento indireto, é importante observar o § 1º do art. 195, o qual prevê que as receitas provenientes do orçamento dos Estados não integrarão o orçamento da União, não haveria lógica. § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. # É possível a criação de novas contribuições, não previstas nos incisos do art. 195 da CF? R: Sim! O fundamento encontra-se na própria CF, no §4º do art. 195. Assim, lei complementar poderá dispor de nova contribuição, devendo observar a não cumalatividade. Ou seja, a base de cálculo e o fato gerador da contribuição residual devem ser diferentes dos das contribuições já previstas no art. 195. § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Por exemplo, nenhuma contribuição residual poderá incidir sobre a receita, sobre o lucro, tendo em vista que já incide contribuição sobre estes fatos. 4. CONTRIBUIÇÕES 4.1. Contribuição para seguridade social X contribuição para previdência social As contribuições previstas no art. 195, I, a e II são destinadas exclusivamente à previdência social, nos termos do art. 167, XI da CF. Consequentemente, não podem ser destinas à saúde e à assistência social. Por isso, recebem o nome de contribuições previdenciárias. Art. 167, XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. As demais contribuições previstas no art. 195 da CF podem ser destinas à saúde, à assistência social e, ainda, à previdência social. 17 4.2. Competência tributária Refere-se à aptidão para criar o tributo. Em regra, a CF não é o veículo normativo adequado para instituir os tributos. Em verdade, seu papel é dividir os tributos entre os entes competentes, União, Estados, DF e Municípios. A competência para a instituição de contribuições sociais é da União, nos termos do art. 149 da CF. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previstono art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Caberá aos Estados, DF e Municípios, nos termos do art. 149, §1º da CF, instituir as contribuições que serão cobradas em razão dos seus regimes próprios de previdência social. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003). 4.3. Capacidade tributária ativa e orçamento diferenciado ATENÇÃO! Competência tributária (quem pode instituir) não se confunde com a capacidade tributária ativa que se refere a quem poderá arrecadar, fiscalizar a arrecadação. Em relação à capacidade tributária ativa das contribuições sociais, nos ternos do art. 33 da Lei 8.212/91, ficará a cargo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Lei 8.212/93 Art. 33 À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao reconhecimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. O art. 165, §5º da CF prevê um orçamento diferenciado para a seguridade social, é chamado pela doutrina de princípio do orçamento diferenciado. Diante disso, indagou-se se a competência tributária ativa, conferida à Receita Federal, seria constitucional. O STF, na ADI 1.417, afirmou que NÃO compromete a autonomia do orçamento da seguridade social (...) a atribuição, à Secretaria da Receita Federal de administração e fiscalização da contribuição em causa. 18 4.4. Anterioridade nonagesimal O art. 195, § 6º da CF determina que as contribuições sociais só poderão ser exigidas 90 dias, após a publicação da lei que criou ou modificou (aumentou) determinada contribuição. Ressalta-se que não se aplicam às contribuições a regra da anterioridade geral (ano do exercício). § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". Destaca-se que a mudança de prazo de recolhimento, não caracteriza instituição e nem modificação, por isso não há necessidade de observância do prazo de 90 dias. O STF, inclusive, possui entendimento sumulado acerca do tema. SV 50 Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. STF: (...) 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a alteração do prazo para recolhimento das contribuições sociais, por não gerar criação ou majoração de tributo, NÃO ofende o Princípio da Anterioridade Tributária [artigo 195, § 6º, CB/88]. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 295992 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 10/06/2008, DJe-117 DIVULG 26-06-2008 PUBLIC 27-06- 2008 EMENT VOL-02325-05 PP-00893) 4.5. Regra da contrapartida Também chamada de princípio da preexistência de custeio. Possui previsão no art. 195, § 5º da CF. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Prega a necessidade de uma atuação responsável do gestor. Assim, será permitida a criação e majoração de benefícios, mas deve indicar a fonte de custeio para isso, a fim de que se mantenha o equilíbrio do sistema (benefícios em manutenção e benefícios futuros. 5. IMUNIDADES NA SEGURIDADE SOCIAL Imunidade significa não incidência qualificada na constituição. Ou seja, é uma limitação constitucional ao poder de tributar. Portanto, a imunidade é prevista na CF. São situações em que não se poderá tributar. Não se confunde com isenção, que é prevista por lei. É um favor. 5.1. Imunidade sobre aposentadorias e pensões do RGPS Está prevista no art. 195, II da CF. Art. II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 19 Ressalta-se que nos regimes próprios de previdência o inativo irá contribuir, nos termos do art. 40, §§ 18 e 20 da CF. A imunidade existe APENAS no regime geral de previdência social. Além disso, destaca-se que a imunidade incide sobre o benefício e não sobre o beneficiário. Para melhor entendimento, utilizaremos o seguinte exemplo: “A” recebe aposentadoria pelo RGPS, a qual goza de imunidade. Caso “A” exerça seu direito de voltar ou de continuar trabalhando, irá contribuir, na condição de trabalhador, com a previdência social. Nota-se que “A” irá receber a aposentadoria e mais o salário pelo desempenho de sua atividade, apenas na última hipótese haverá contribuição, fazendo jus ao salário-família, a reabilitação profissional e ao salário-maternidade apenas. Nota-se que o art. 195, II da CF faz referência apenas à aposentadoria e à pensão. Em relação aos benefícios de auxílio doença, auxílio-alimentação, auxílio-reclusão e salário-família há isenção, com fundamento no art. 28 da Lei 8.212/91. Contudo, em relação ao salário maternidade haverá a incidência de contribuição, este é o entendimento atual do STF (existe recurso repetitivo pendente de julgamento sobre o assunto. 5.2. Imunidade sobre as receitas decorrentes de exportação Previsto no art. 149, §2º, I da CF. Art. 149, § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; Imagine a seguinte situação hipotética: Empresa A vende mercadoria no Brasil, por conta disso, possui receita. A mesma empresa faz a exportação de seus produtos, consequentemente, também haverá receita sobre a exportação, sobre a qual não incidirá contribuição. Visa estimular exportações, a fim de que o Brasil possa vender mais do que comprar. 5.3. Imunidades das entidades beneficentes de assistência social Está previsto no art. 195, §7º da CF. Art. 195, § 7º São isentas IMUNES de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Apesar de o artigo fazer referência à isenção, o correto, segundo o próprio STF, é imunidade, visto que isenções são previstas em lei. Há na doutrina e na jurisprudência controvérsia sobre o tipo de lei, complementar ou ordinária, que irá regulamentar as imunidades das entidades beneficentes de assistência social. Atualmente, há repercussão geral, no RE 566622, que irá discutir o assunto. Segundo o professor, até a decisão do RE, a lei é ordinária (Lei 12.101). 20 Outro ponto relevante, diz respeito a expressão “assistência social”, se trata de toda e qualquer entidade de assistência social ou apenas de uma. A dúvida é sanada pelo art. 1º da Lei 12.101/09, que garante a imunidade as entidades beneficentes de assistência social, de saúde e de educação. Art. 1o A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidadede prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei. Indaga-se o direito à imunidade é direito adquirido? R: o STF entende que não existe direito adquirido em relação à imunidade tributária. No mesmo sentido, a Súmula 352 do STJ. Súmula 342 STJ – III. TEORIA GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 1. RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA 1.1. Filiação De forma muito simples, podemos dizer que o segurado possui o dever de contribuir com o RGPS que, em contrapartida, possui o dever de garantir a cobertura em face de determinados eventos fixados na legislação, o qual é chamado de filiação (vínculo jurídico). Há, ainda, os dependentes, os quais possuem um vínculo indireto (reflexo) com o RGPS. Nota-se que o dependente possui um vínculo de dependência econômica com o segurado filiado ao RGPS. A filiação será vista de forma mais detalhada em tópico próprio. 1.2. Inscrição A inscrição é o ato formal de cadastro. Importante tanto para o segurado quanto para o dependente. OBS.: o dependente não se filia, mas precisa estar inscrito. A inscrição poderá ser feita pelo próprio segurado (por exemplo, segurado facultativo) ou por um terceiro (empregado de uma empresa). A inscrição do dependente é feita por ele mesmo (não pelo segurado, como 90% das pessoas afirmam). Por exemplo, esposa dependente do marido segurado solicita o recebimento do benefício. 2. FILIAÇÃO Há duas espécies de filiação: obrigatória e facultativa. 2.1. Filiação obrigatória É a regra, prevista no art. 201 da CF. 21 Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: É o exercício de atividade remunerada (pressuposto de fato), em regra, que leva a filiação obrigatória. Obs.: a atividade não precisa ser formal. Assim, por exemplo, o camelo, que exerce atividade informal, é segurado obrigatório da previdência social. 2.2. Filiação facultativa É subsidiária. Em regra, é aquele que não exerce atividade remunerada e voluntariamente filia-se à previdência social. 3. SEGURADOS Assim como a filiação poderá ser obrigatória ou facultativa, os segurados também possuem duas espécies: obrigatórios e facultativos. 3.1. Segurado obrigatório Em regra, é aquele que exerce atividade remunerada. Há, aqui, cinco espécies de segurados, são eles: a) Empregado b) Avulso (pouca relevância em provas) c) Doméstico d) Contribuinte individual e) Segurado especial 3.2. Segurado facultativo É aquele que não exerce atividade remunerada e que manifesta vontade em aderir a previdência social, em regra. A seguir, por questão de didática, analisar-se-á primeiro o segurado facultativo. 4. SEGURADO FACULTATIVO 4.1. Conceito e previsão legal Conforme já visto, é aquele que, em regra, não exerce atividade remunerada e manifesta a vontade de aderir ao regime geral de previdência social. Está previsto no art. 11 do Decreto 3048/99. Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. § 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros: I - a dona-de-casa; 22 II - o síndico de condomínio, quando não remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº6.494, de 1977; VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. § 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28. § 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. 4.2. Exceções As exceções são os casos em que o segurado facultativo exerce uma atividade remunerada, mas não se enquadra como hipótese de segurado obrigatório. São elas: a) Estagiário: é remunerado por uma bolsa. Havendo interesse, poderá filiar-se como segurado facultativo. b) Bolsista pesquisador: mesmo caso do estagiário. c) Presidiário trabalhador: 4.3. Síndico remunerado X sindico não remunerado Há duas espécies de síndico, quais sejam: remunerado e o não remunerado. O primeiro é segurado obrigatório. O segundo, caso queira, poderá ser segurado facultativo. 23 Atenção! A isenção do pagamento do condomínio pelo síndico caracteriza-o como segurado obrigatório, pois seria uma forma de contribuição individual. 4.4. Filiações simultâneas e regimes diversos Para melhor compreensão, analisar-se-á duas situações hipotéticas. 1ª HIPÓTESE: determinado indivíduo é servidor público titular de cargo efetivo, participando do regime próprio. Além disso, é professor em uma faculdade particular, gerando sua filiação ao RGPS. Não há nenhum problema em ser filiado ao regime próprio e ao RGPS. 2ª HIPÓTESE: determinado indivíduo é servidor público titular de cargo efetivo, participando do regime próprio. Como deseja obter, no futuro, duas aposentadorias deseja filiar-se como segurado facultativo. É possível? A resposta está na própria CF (art. 201, § 5º), a qual veda a filiação facultativa ao segurado filiado ao regime próprio. Art. 201, § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. 5. SEGURADO OBRIGATÓRIO 5.1. Conceito e previsão legal Apenas para relembrar: em regra, é aquele que exerce atividade remunerada. Previsto no art. 11 da Lei 8.213/91 A seguir veremos as cinco espécies de segurados obrigatórios: empregados, avulsos, domésticos, contribuinte individual e segurado especial. 5.2. Segurado empregado (art. 11, I) Art. 11. São seguradosobrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 24 previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ; i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; O segurado empregado não se confunde com o empregado celetista. Todos os empregados celetistas enquadram-se como segurados empregados da previdência social. Porém, nem todos os segurados empregados são empregados celetistas. Há casos em que a legislação enquadra um segurado como empregado, mas não se trata de empregado celetista, são exemplos: a) Servidor ocupante de cargo em comissão, exclusivamente É um segurado obrigatório empregado que não é empregado celetista. Como exemplo, pode-se citar o assessor de desembargador. Não confundir com o caso de o servidor analista do TJ, por exemplo, que é nomeado como assessor de desembargador. Neste caso, o servidor já possui vinculação ao regime próprio, não será considerado segurado empregado. Destaca-se que para ser considerado empregado segurado, o servidor deve ocupar, EXCLUSIVAMENTE, o cargo em comissão, não tendo qualquer outro vínculo com a Administração. Neste sentido, o art. 40, §13 da CF: § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. b) Servidor ocupante de outro cargo temporário O exemplo emblemático é o caso de professor substituto em universidade pública, que não é celetista. c) Exercente de mandato celetista 25 São exemplos os parlamentares. d) Extraterritorialidade São os casos em que o empregado trabalha fora do Brasil, mas é vinculado é considerado como empregado segurado. Por questões de didática, será visto mais adiante de forma detalhada. 5.3. Empregado doméstico (art. 11, II) Art. 11, II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos; Considerando a regulação da EC 72/13, pela LC 150/15, passou a ter grande importância. O conceito está previsto no art. 1º da LC 150/15. LC 150/15 Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Nota-se que o conceito da LC define o que é continuidade, sendo o exercício da atividade por mais de dois dias por semana, isto é, por três dias na semana, no mínimo. Assim, aquele que trabalha dois dias será considerado diarista. 5.4. Contribuinte individual (art. 11, V) V - como contribuinte individual: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou 26 administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; Foi uma categoria criada a partir da reunião de três antigas categorias de segurados: empresário, trabalhador autônomo e o equiparado a trabalhador autônomo (eventual, ministro de confissão religiosa, médico residente, garimpeiro, síndico remunerado). Quando as categorias foram reunidas, denominou-se contribuinte individual, pois é a própria pessoa quem tem o dever de pagar a própria contribuição. É uma sistemática diferente do empregado, em que a contribuição será paga pela empresa, por exemplo. A Lei 10.666/2003 trouxe uma pequena modificação na sistemática das contribuições individuais. Atualmente, temos duas possibilidades: 1ªSITUAÇÃO: contribuinte individual, por exemplo médico, e o tomador de serviço, por exemplo paciente. A obrigação de recolher a contribuição será do próprio médico. São os casos em que o contribuinte individual presta serviço à pessoa física. 2ªSITUAÇÃO: contribuinte individual, por exemplo médico, presta serviço a um hospital, tomador de serviço. Aqui, o recolhimento da contribuição caberá ao hospital. São os casos em
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