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Minerais e Rochas / Sedimentos e Processos Sedimentares / Deformação das Rochas Profa M.Sc. Márcia Falcão – Doutoranda em Biodiversidade e Conservação – MPEG/PA 1 marciatfalcao@oi.com.br O que vamos falar! Minerais e Rochas Conceito e Propriedades dos Minerais Rochas Tipos de Rochas (Magmáticas; Sedimentares e Metamórficas) Sedimentos e Processos Sedimentares Transporte e deposição de sedimentos Do sedimento à rocha sedimentar Transporte químico transporte mecânico marciatfalcao@oi.com.br 2 marciatfalcao@oi.com.br 3 marciatfalcao@oi.com.br 4 Minerais Definição: são elementos químicos naturais que surgem como resultados de processos físicos-químicos, que ocorrem no interior ou na superfície terrestre. marciatfalcao@oi.com.br 5 Mineral - Princípios Ocorrer naturalmente; Resultantes de processos inorgânicos; Ocorrer em estado sólido; Ter composição química definida; Possuir estrutura cristalina tridimendisional; Ser homogêneo quanto as propriedades. marciatfalcao@oi.com.br 6 Fatores que influenciam a formação de minerais: Disponibilidade de material pra a formação do mineral (elementos químicos) Condições de pressão e temperatura do meio Processos geológicos (magmatismo, metamorfismo, entre outros) marciatfalcao@oi.com.br 7 Propriedades Forma ou Estrutura: é uma propriedade herdada a partir da estrutura cristalina tridimensional ordenada; é a “arquitetura construtiva” pela qual o mineral cresce. Podem ser: triclínico, monoclínico, hexagonal, trigonal, tetragonal e cúbico. marciatfalcao@oi.com.br 8 marciatfalcao@oi.com.br 9 Propriedades Clivagem: É a propriedade que os minerais possuem de dividirem-se em planos paralelos às possíveis faces dos retículos cristalinos. Existem minerais que possuem uma clivagem excelente ou proeminente, é o caso da muscovita. marciatfalcao@oi.com.br 10 marciatfalcao@oi.com.br 11 Um mineral do grupo das micas que lembra um “bloco de papéis celofane” (antigamente, a muscovita era utilizada como “resistência” em ferros de passar roupa), cada “folha de celofane” é um plano de separação do mineral; ou seja, é o plano de clivagem marciatfalcao@oi.com.br 12 Clivagem Exemplo de clivagem romboédrica na calcita Micas Exemplo de clivagem laminar Moscovita marciatfalcao@oi.com.br 13 Dureza: É a resistência que um mineral oferece à abrasão; a qual é obtida pelo grau de dificuldade oferecida ao tentarmos riscá-lo com outro material. Na prática, a dureza de qualquer mineral pode ser medida através da comparação por equivalência com a dureza de um dos minerais da Escala de Mohs marciatfalcao@oi.com.br 14 marciatfalcao@oi.com.br 15 Cor do Traço: Ao esfregarmos um mineral qualquer sobre uma superfície abrasiva (porcelana não polida, por exemplo), deixaremos seu pó fino incrustado entre as asperezas da superfície. A importância desse experimento simples reside em que a cor do pó fino de um mineral nem sempre será a mesma que o mineral ou seus fragmentos (Ex. Hematita) marciatfalcao@oi.com.br 16 Cor: A cor de qualquer substância depende da absorção seletiva do feixe de ondas luminosas incidente. Portanto a cor de uma substância é aquela não absorvida e sim refletida. marciatfalcao@oi.com.br 17 Tenacidade: é a resistência oferecida por um mineral ao ser esmagado, quebrado ou torcido. É importante não confundir tenacidade com dureza: o diamante, por exemplo, é muito duro trata-se do mineral mais resistente a risco, mas tem baixa tenacidade, pois pode ser quebrado com relativa facilidade. marciatfalcao@oi.com.br 18 Brilho: consiste na forma como os minerais refletem a luz; pose ser metálico (típico de metais como ouro e prata) e não-metálico (como é o brilho dos minerais transparentes). marciatfalcao@oi.com.br 19 Transparência: trata-se da capacidade de deixar, ou não, passar a luz. Os minerais podem ser: transparentes (pode-se ver um objeto através deles); translúcidos (deixam passar a luz, mas através deles os objetos não são vistos com nitidez) ou opacos (não permitem a passagem da luz). marciatfalcao@oi.com.br 20 Piezeletricidade: fenômeno que consiste na geração de energia elétrica nas faces de um cristal submetido a pressão. marciatfalcao@oi.com.br 21 Quartzo Fórmula Química - SiO2 Composição - 46.74 % Si, 53.26 % O Hábito - Granular, prismático, compacto. Dureza - 7 Densidade relativa - 2,65 Fratura - Conchoidal Brilho - Vítreo Cor - Incolor, branco, púrpura, preto, cinza, leitoso, etc. Associação - Feldspato, piroxênios, anfibólios, micas etc. Propriedades Diagnósticas - Brilho, fratura conchoidal, forma dos cristais, transparência e propriedades óticas. Ocorrência - É gerado por processos metamórficos, magmáticos, diagenéticos e hidrotermais. Usos - Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras óticas, pulseiras, pequenas esculturas etc. marciatfalcao@oi.com.br 22 Rochas marciatfalcao@oi.com.br 23 ROCHAS: Classificação Uma das principais classificações das rochas é a genética na qual estas são agrupadas de acordo com seu modo de formação na natureza. Assim, temos três grandes grupos de rochas: Ígneas ou magmáticas, Sedimentares e Metamórficas. marciatfalcao@oi.com.br 24 marciatfalcao@oi.com.br 25 ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS Resultam do resfriamento de material rochoso fundido, chamado magma. Quando o resfriamento ocorre no interior do globo terrestre, a rocha será do tipo Ígnea Intrusiva. (Ex: Granito) Se o magma chegar a superfície, a rocha resultante será do tipo Ígnea Extrusiva. (Ex: Basalto) marciatfalcao@oi.com.br 26 marciatfalcao@oi.com.br 27 ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS A cor das rochas ígneas é bastante variável. As mais escuras são mais ricas em ferro e magnésio, daí o nome de rochas máficas. Já as rochas ricas em feldspato e sílica são as félsicas. marciatfalcao@oi.com.br 28 ROCHAS SEDIMENTARES OU ESTRATIFICADAS São formadas a partir da composição e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes do intemperismo e pedogênese sobre uma rocha pré-existente. Tudo isso após serem transportados pela ação dos ventos, água ou gelo Forma-se em camadas. (Ex: Arenito) marciatfalcao@oi.com.br 29 marciatfalcao@oi.com.br 30 ROCHAS SEDIMENTARES OU ESTRATIFICADAS Podem ainda serem formadas por material orgânico, como resto de vegetais, conchas de animais, excrementos de aves, etc. Por compactação acabam gerando trufa, guano e coquina. São pseudo-rochas, porque as partículas agregadas não são de minerais. marciatfalcao@oi.com.br 31 ROCHAS METAMÓRFICAS Resultam do metamorfismo (transformação) de outras rochas. Isso se deve as condições de pressão e temperatura de rochas pré-existentes no interior da crosta terrestre. (Ex: Mármore) Quando a temperatura ultrapassa um certo limite (700-8000C), produz novamente o magma). marciatfalcao@oi.com.br 32 CICLO DAS ROCHAS marciatfalcao@oi.com.br 33 marciatfalcao@oi.com.br 34 Sedimentos e Processos Sedimentares marciatfalcao@oi.com.br 35 INTEMPERISMO Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos, operantes na superfície terrestre. Ocasionam a alteração dos minerais das rochas devido a ação de agentes biológicos e atmosféricos. marciatfalcao@oi.com.br 36 INTEMPERISMO É um dos processos mais importantes para o desenvolvimento da vida sobre a terra. Os nutrientes inorgânicos disponíveis no solo ou nas águas superficiais são obtidos a partir do intemperismo das rochas e minerais. marciatfalcao@oi.com.br 37 FATORES QUE CONDICIONAM O INTEMPERISMO Clima (temperatura, precipitação) Relevo (inclinação do terreno) Constituição dos minerais (composição química) Estrutura das rochas (porosidade, fraturas) Tamanho das partículas Temperatura marciatfalcao@oi.com.br 38 INTEMPERISMO FÍSICO Processos físicos fragmentação e desagregação das rochas – Variação de temperatura Variação diária (insolação)e sazonal (climática) → termoclastia Minerais de coloração e coeficientes de dilatação distintos – Alívio de pressões Alívio do peso de rochas erodidas Expansão e fendilhamento paralelo a superfície Ação física → tensões internas por aumento de volume de certos minerais. Ex: esfoliação de folhelhos – Processos físico-biológicos Ação mecânica das raízes e de organismos marciatfalcao@oi.com.br 39 INTEMPERISMO FÍSICO marciatfalcao@oi.com.br 40 INTEMPERISMO QUÍMICO Processos químicos Decomposição química dos minerais Principais agente água de infiltração levemente ácida + gás carbônico + colóides quimicamente ativa Reações químicas → água + substâncias dissolvidas e minerais Fator importante → clima marciatfalcao@oi.com.br 41 Óxidos de ferro vermelhos e marrons colorem as rochas alteradas no Monument Valley, no Arizona (EUA) marciatfalcao@oi.com.br 42 Padrões de juntas alargadas e alteradas, desenvolvidas em duas direções Na Reserva Estadual de Ponto Lobos, California (EUA) marciatfalcao@oi.com.br 43 Atividade de Organismos: raízes de árvores, penetram nas fraturas das rochas, alargando-as e promovendo ainda mais as alterações químicas e físicas marciatfalcao@oi.com.br 44 FRAGMENTAÇÃO PELA AÇÃO DO GELO marciatfalcao@oi.com.br 45 Matacão de ganaisse de 3 m de altura, fraturado pelo acunhamento do gelo. Antártida. marciatfalcao@oi.com.br 46 Processo de esfoliação. Parque Nacional de Yosemite, California marciatfalcao@oi.com.br 47 Alteração Esferoidal Da mesma forma que as folhas de um repolho se desprendem em camadas, um núcleo rochoso permanece, mantendo a forma original da rocha numa escala menor marciatfalcao@oi.com.br 48 PRODUTOS DO INTEMPERISMO Regolito (manto do intemperismo): material mineral inconsolidado na superfície da crosta. Solo: é a superfície inconsolidada que recobre a rocha e mantém a vida animal e vegetal. Sedimento: material que foi transportado por qualquer processo da dinâmica externa. marciatfalcao@oi.com.br 49 marciatfalcao@oi.com.br 50 EROSÃO Processo geológico pelo qual o produto final do intemperismo é removido por ação de um agente natural. PROCESSOS EROSIVOS: Gravitacionais (energia potencial) Hidrodinâmicos(ondas,correntezas, deflação) marciatfalcao@oi.com.br 51
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