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Direito Processual Penal

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Direito Processual Penal 
11/05/2018
Desarquivamento do inquérito policial: o delegado não pode proceder o desarquivamento do inquérito policial. O MP pode proceder o desarquivamento, porem só pode recorrer nas hipóteses em que ocorre a ausência de provas. 
Trata-se de medida privativa do ministério público (parquet) cabível em casos em que houve o arquivamento por ausência de provas. Como titular da ação penal e uns dos destinatários principais do inquérito policial apenas este órgão pode desarquivar o inquérito já arquivado judicialmente. 
O delegado de polícia?! Nos termos do artigo 18 do CPP, uma vez ordenado o arquivamento do inquérito policial com base na falta de provas por exemplo, em que pese o delegado de polícia não poder proceder ao desarquivamento do inquérito anterior, este poderá proceder há novas diligencias e investigações.
O ato de arquivamento: trata-se de um ato complexo, ou seja, o ato que envolve a vontade de dois órgãos, qual seja o MP e o poder judiciário. 
Cabe recurso contra o arquivamento do inquérito policial? Não. A decisão do arquivamento é ato complexo e recorrível, salvo em três casos: no jogo do bicho, cabe recurso de sentido estrito. Crimes contra a saúde pública, cabe recurso de oficio. Crime contra a economia popular, cabe recurso de oficio.
Há uma única hipótese em que o arquivamento não é ato complexo, sendo ato único e exclusivamente do próprio MP. Trata-se da hipótese em que a análise do arquivamento ou do oferecimento da denuncia, cabe diretamente ao procurado geral de justiça, por exemplo, crimes em que há foro de prerrogativa de função. 
Ação civil ex delito (ação civil em função do delito): 
É a ação que cuida das ações previstas no artigo 63 e 64 do CPP.
- Tem duas modalidades: ação de execução e ação de conhecimento. A de execução está no artigo 63 (trata-se de hipótese em que na própria sentença penal condenatória já haverá a fixação de um valor indenizatório) e a de conhecimento do artigo 64 (trata-se de hipótese em que a ação para o ressarcimento do dano e sua fixação de valor é inteiramente discutida na área civil). 
- Quais as espécies de dano que pode ser cobrada?! Dano moral e dano material. 
- Quem pode pleitear a ação civil?! O ofendido, o representante legal e os herdeiros.
- O valor obtido através da sentença do artigo 63 do CPP, trata-se de um valor MÍNIMO. Só há fixação de valor mínimo na sentença condenatória se houver por parte da acusação o pedido expresso para esse tipo de decisão.
- Na ação penal privada: trata-se de fácil situação pois o próprio autor da queixa crime já pleiteia a sua própria reparação. 
- Ação penal pública: haverá a necessidade da vítima contratar um advogado para atuar como assistente da acusação, porém e se a vítima não possui assistente de acusação, pode o MP fazer o pedido expresso de danos materiais e morais?! Prevalece que não, salvo em duas situações excepcionais: quando tratar-se de ente público e no caso de vítima pobre, previsto no artigo 68 do CPP. 
O artigo 68 do CPP trata-se de norma em transito para a inconstitucionalidade (é a norma que deveria ser considerada inconstitucional porem por falta de recursos não consegue-se rotulá-la como inconstitucional.
Existe na ciência profissional brasileira a independência de instancia, porem nesse caso no artigo 63 do CPP, há uma mitigação do princípio de separação de instancia.
Prescrição: tem duas espécies: 
-Prescrição da pretensão punitiva: relacionada a apuração do fato. Trata-se da prescrição mais relacionada ao início do processo indo até sua finalização. Não há possibilidade de execução dos danos morais e/ou materiais reconhecidos. 
-Prescrição da pretensão executória: ocorre quando já está na fase de execução de penal. Trata-se da prescrição relacionada a sentença já transitada em julgado para ambas as partes. Há sim a possibilidade de execução de valor dos danos morais e/ou materiais reconhecidos.

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