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1 Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Tecnologia Departamento de Física Física geral e Experimental B Relatório Unidade II – Lei de Ohm e Resistividade Elétrica. Discente: Jéssica da Fonseca Corrêa – 21600613 Manaus – AM 2017/01 2 Universidade Federal do Amazonas Graduação em Engenharia Química Faculdade de Tecnologia Departamento de Física Física Geral e Experimental B Unidade II – Lei de Ohm e Resistividade Elétrica. Manaus – AM. 2017/01 Relatório referente a Unidade II, de Física Geral e Experimental B, a respeito da Lei de Ohm e Resistividade Elétrica, ministrado em laboratório pelo Professor Dr. Oleg Grigorievich Balev. 3 Sumário 1. Introdução.......................................................................................04 2. Fundamentação teórica..................................................................04 3. Parte experimental: 3.1 Materiais utilizados...................................................................05 3.2 Procedimentos experimentais...................................................05 4. Resultados......................................................................................06 4.1 Tratamento de dados................................................................09 5. Conclusão.......................................................................................10 6. Referências.....................................................................................11 4 Unidade II – Lei de Ohm e Resistividade Elétrica 1. Introdução: O relatório a seguir documenta a atividade experimental verificada em laboratório, que consistia em observar o comportamento resistivo de um condutor linear em relação ao seu comprimento e área de sua seção transversal. Para determinar tal resistividade, foram observados valores de tensão obtidos a partir do fornecimento de diferentes intensidades de corrente elétrica no sistema, em diferentes comprimentos do fio. A partir da Lei de Ohm, será possível entender o comportamento e determinar a resistividade elétrica para o fio em variados tamanhos. 2. Fundamentação Teórica: O físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854), através de seus experimentos, chegou a conclusão de que todos os materiais sujeitos a uma diferença de potencial apresentam uma resistência de valor constante à passagem de corrente elétrica. De fato, sendo a resistência elétrica uma constante, a intensidade da corrente elétrica cresce proporcionalmente ao valor de tensão aplicado. A partir de seus estudos, Ohm definiu que a resistência elétrica de um material é diretamente proporcional à tensão aplicada no sistema, e inversamente proporcional à intensidade da corrente elétrica. Matematicamente: R = 𝑉 𝑖 R: resistência elétrica (dada em Ω) V: tensão (dada em Volts – V) i: intensidade da corrente elétrica (dada em Ampère – A). Trata-se portanto da Primeira Lei de Ohm. A partir desta primeira lei, foi possível tomar conhecimento de uma nova grandeza física: a resistência elétrica. Ohm verificou a partir de seus estudos que a resistência de dado condutor depende essencialmente de quatro variáveis: comprimento, área de seção transversal, material que compõe o elemento e temperatura. Através de seus procedimentos experimentais relacionados à resistência elétrica, Ohm pôde deduzir, em relação a resistência elétrica de um determinado condutor mantido a uma temperatura constante, três afirmações importantes: A resistência elétrica (R) é diretamente proporcional ao comprimento (L) do fio; A resistência elétrica (R) é inversamente proporcional à área de seção reta transversal (A); A resistência elétrica (R) depende do material que constitui o elemento em análise. À essa dependência em relação ao material constituinte do resistor dá-se o nome de resistividade do material, representado pela letra grega ρ (rô). 5 Com base em tais informações, é possível definir: R = ρ 𝐿 𝐴 Esta é portanto a Segunda Lei de Ohm, que diz apresenta os fatores a que está relacionada a resistência elétrica. De acordo com esta lei, é possível afirmar que a resistência depende da forma do condutor (espessura e comprimento), e do material de que o condutor é feito. A resistividade elétrica ρ do material é considerada uma constante. No sistema internacional de unidades (SI), a unidade da resistividade é o ohm.metro (Ω.m). Esta igualdade pode ser verificada através da expressão: ρ = 𝑅×𝐴 𝐿 → [ρ] = Ω × 𝑚2 𝑚 = Ω.m. 3. Parte experimental: 3.1. Materiais utilizados: - 1 fio de constantan, com 0,2mm de diâmetro - 2 fios de conexão - Régua milimetrada - 2 garras de montagem - 1 fonte de CC variável - 2 isoladores 3.2. Procedimento experimental: I) Inicialmente, prendeu-se dois isolantes na borda da mesa, distantes 0,60m um do outro, medidos com o auxílio da régua, e foram conectados um ao outro com o fio de constantan. II) Montou-se o circuito conforme o sistema indicado na unidade II do Manual de Física III. III) A corrente da fonte foi ajustada de acordo com os valores de intensidade iguais a i=0,10 A; 0,20 A; ... até o valor de 0,50 A, e anotando seus valores de tensão correspondentes. IV) O procedimento anterior foi repetido aumentando o comprimento do fio de constantan, alterando a posição de somente um dos isoladores para os valores de L=0,70 m, 0,80 m, 0,90 m e 1,0 m. V) Com o isolador fixo na posição de 1,0 m, repetiu-se novamente o procedimento III para 2, 3 e 4 pernas(m) de fio, enrolado em paralelo, para obter os valores de sua área de seção transversal. 6 4. Resultados: A partir dos valores observados, torna-se possível construir uma tabela com os dados de tensão obtidos a partir de determinadas intensidade de corrente elétrica referentes à variação de comprimento do fio condutor ou de sua área de seção transversal. i(A) 0,60m 0,70m 0,80m 0,90m 1,0m 2pernas 3pernas 4pernas 0,10 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 0,5 0,3 0,2 0,20 1,2 1,4 1,7 1,9 2,1 1,1 0,7 0,5 0,30 1,9 2,2 2,5 2,9 3,2 1,6 1,1 0,8 0,40 2,6 3,0 3,4 3,9 4,3 2,2 1,4 1,1 0,50 3,3 3,8 4,3 4,8 5,4 2,7 1,8 1,4 Com base nos dados tabelados, obtêm-se os seguintes gráficos referentes a cada comprimento do fio: Voltagem (V) 7 Com base nesses valores, torna-se possível também observar a resistência para cada comprimento do fio, a partir das inclinações de cada reta. Em razão disso, segue abaixo uma tabela para melhor visualização dos valores de resistências obtidos para cada comprimento e área de seção do fio: Consequentemente, é possível construir dois gráficos distintos: um para a resistência em função do comprimento do fio, e outro para a resistência em função da área de seção transversal do fio: Comprimento do fio (m); Área da seção transversal Resistência (Ω) 0,6 6,8 Ω 0,7 7,8 Ω 0,8 8,7 Ω 0,9 9,8 Ω 1,0 11,0 Ω 2 pernas 5,5 Ω 3 pernas 3,7 Ω 4 pernas 3 Ω 8 Para a área de seção transversal, calculou-se: 𝑆 = 𝜋𝑟2, Onde r = 𝑑 2 , e d = 0,2mm. Portanto, os valores correspondentes de área são: 1 perna S = 3,14 x 10-8 2 pernas S = 6,28 x 10-8 3 pernas S = 9,42 x 10-8 4 pernas S = 1,26 x 10-7 Relacionando o valor da área com suas resistências equivalentes, estabelecendo R = f(A), graficamente tem-se:A fim de determinar a resistividade ρ do fio de constantan, foi feito um gráfico de R = f(1/S), onde ρ equivale à inclinação da reta deste gráfico. 9 O valor da resistividade ρ obtido através da inclinação da reta acima foi de ρ = 3 x 10-7 Ω.m. 4.1. Tratamento de dados: A partir dos resultados obtidos, é possível argumentar a respeito das seguintes questões abordadas: Comportamento da relação V/i: A resistência elétrica, determinada por V/i, demonstra que quanto maior a tensão aplicada no circuito elétrico, maior será a resistência do mesmo. Através do experimento realizado, foi possível confirmar que a resistência é diretamente proporcional à tensão gerada, e seus respectivos gráficos apresentaram comportamento linear, obedecendo assim a Primeira Lei de Ohm. Variação da resistência de um fio em função de seu comprimento e da sua área e seção transversal: Como observado nos resultados obtidos, é possível afirmar que a resistência aumenta conforme o tamanho do fio condutor cresce. No entanto, a resistência tende a decrescer caso a área da seção transversal aumente. Conforme mostrado graficamente, os valores de resistência obtidos e suas respectivas áreas geraram uma curva decrescente, o que leva a concluir que são grandezas inversamente proporcionais, se adequando dessa forma à Segunda Lei de Ohm. Aplicações das observações para exemplos cotidianos, como linhas de transmissão, ou instalações elétricas em geral: A partir do pressuposto que todo fio condutor dissipa energia elétrica, perda essa relacionada à resistência que esse fio apresenta, o que faz com que o mesmo também consuma energia, é possível dizer que o ideal para instalações elétricas em geral consiste em materiais com baixa resistência, a fim de evitar a perda da energia e consequentemente promover a economia e os gastos relacionados a mesma. Ou seja, fios mais grossos poderiam ser utilizados para promover tal fato, uma vez que a resistência diminui conforme a área de seção transversal do fio de condução aumenta. No entanto, isto não ocorre devido à grande quantidade de material utilizado, gerando assim um alto custo. Uma solução encontrada a fim de amenizar a situação é a 10 utilização de fios menores em paralelo para diminuir a resistência elétrica, fato comprovado neste experimento realizado com 1, 2, 3 e 4 pernas do fio de constantan. 5. Conclusão: Após os resultados apresentados, pode-se avaliar a dependência da resistência do fio com seu comprimento e área de seção transversal. Foi possível também determinar a resistividade do fio de constantan utilizado no experimento. Em relação ao fio e sua resistência elétrica, foi possível notar que, quanto mais longo o fio, maior sua resistência, enquanto que em áreas de seção transversal menores também aumentam a resistência. O que leva a concluir que a resistência é diretamente proporcional à extensão do fio e inversamente proporcional à sua área. Por fim, obteve-se o valor da resistividade do fio utilizado no experimento (ρ = 3x10-7) a partir da inclinação da reta a partir do gráfico R = f(1/S). Com base nos dados apresentados, torna-se possível compreender os princípios fundamentais em que se baseiam as Leis de Ohm, essenciais para estudos relacionados à eletricidade. 11 6. Referências: TIPLER, P. Física – Volume 3 – Eletricidade e magnetismo. 3a edição. LTC. Rio de Janeiro, 1995. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física 3. 5a edição. LTC. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/leis-de-ohm-resistencia-eletrica- resistividade-e-leis-de-ohm.htm. Acesso em 24/04/17, às 21:57. https://mundodaeletrica.com.br/lei-de-ohm/. Acesso em 24/04/17, às 22:54. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/amp/fisica/segunda-lei-de-ohm.htm. Acesso em 26/04/17, às 09:28.
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