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Plano de Aula: Apresentação da Disciplina e Contextualização da 
Contabilidade de Custos 
CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL - GST1398 
Título 
Apresentação da Disciplina e Contextualização da Contabilidade de Custos 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
Apresentação do Plano de Ensino e Contextualização da origem da Contabilidade de Custos 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
- Conhecer o plano de ensino da disciplina; 
- Compreender a evolução da contabilidade financeira à contabilidade de custos; 
- Compreender a importância das informações de custos no processo decisório; 
Estrutura do Conteúdo 
Inicialmente, é importante que você conheça a metodologia de Ensino/Aprendizagem utilizada no 
Modelo Estácio de Educação Superior. 
OS PLANOS DE ENSINO FORAM CONCEBIDOS ELENCANDO: 
- A contextualização da disciplina no curso 
- A ementa 
- Os objetivos Geral e Específico 
- Os conteúdos divididos em unidades 
- A indicação do material didático 
- Os procedimentos de ensino 
- Os procedimentos de avaliação 
- A bibliografia básica e complementar 
- O mapa conceitual 
O estudante deve utilizar o Plano de Ensino da disciplina como um instrumento que roteiriza e 
acompanha o seu desenvolvimento. 
OS PLANOS DE AULA foram concebidos com o objetivo de criar o HÁBITO DO ESTUDO 
PRÉVIO, elencando: 
- O tema da aula 
- Os objetivos a serem atingidos pelo estudante, ao final da aula 
- A estrutura de conteúdo 
- Os recursos físicos necessários 
- A articulação teoria e prática ? Aplicação 
- Considerações adicionais e anexos. 
O MÉTODO DE ENSINO/APRENDIZAGEM 
- O estudante deve conhecer e acompanhar o desenvolvimento dos Planos de Ensino das 
disciplinas. 
- O estudante deve ler os Planos de Aula das disciplinas antes de cada aula, como 
preparação. 
- Os casos concretos e exercícios propostos nos Planos de Aula devem ser resolvidos 
pelo estudante antes das aulas e seu resultado postado na WebAula da disciplina. 
- Caso haja indicação para a aula de material didático, referências bibliográficas, te xtos, 
vídeos etc, estes devem ser lidos/assistidos, também, antes de cada aula. 
- O professor deve conduzir as aulas na parte expositiva, partindo da premissa de que os 
estudantes se prepararam para as mesmas estudando os conceitos básicos. 
- As aulas devem ser interativas com a participação dos estudantes em debates, 
exposições, apresentações, resolução de casos e exercícios etc. 
No primeiro encontro será apresentado o Plano de Ensino da disciplina Contabilidade de Custos e 
alguns tópicos que serão abordados nos encontros seguintes. Leia o Plano de Ensino que roteiriza a 
disciplina Contabilidade de Custos e acompanhe o seu desenvolvimento ao longo do período letivo. 
Seguem os primeiros conceitos importantes para a compreensão da disciplina: 
 
Reflexão ! 
 
Você alguma fez já se confundiu com as expressões : Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos 
e Contabilidade Gerencial ? Será que existe diferença entre estas três expressões ? Será que são 
conceitos que se assemelham ? Completam -se ou são antagônicos? Essas dúvidas serão sanadas 
mediante a explanação a cerca da cronologia do aparecimento de cada expressão. 
 
Introdução 
 
Esta aula tem como objetivo levar o aluno ao conhecimento de como surgiu e evoluiu a Contabilidade de 
Custos, apresentando o momento do surgimento de expressões como: Contabilidade Financeira, 
Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial. Tem -se ainda a preocupação de demonstrar o papel 
da Contabilidade Custos no fornecimento de informações para planejamento de novos produtos e 
também de avaliá-los. Assim, a Contabilidade de Custos fornece aos administradores as informações 
necessárias para tomarem decisões permitindo melhor entendimento das atividades dos administradores 
e contadores dentro da organização. Deste modo, a preocupação desse capítulo está em guiar os alunos 
a conhecerem os desafios que os administradores/gestores enfrentam no processo de tomada de decisão 
e como a Contabilidade Gerencial utiliza as informações advindas da Contabilidade de Custos para 
enfrentar os desafios no seu cotidiano. 
 
1.1 Histórico da Contabilidade de Custos 
 
 
Se você imagina contabilidade como um universo de números a serem somados, selecionados e 
acompanhados, você ficará surpreso! Pois a moderna Contabilidade de Custos é mais do que números, 
mas antes disso veremos que o advento da Contabilidade de Custos deu-se após a Revolução Industrial 
no século XVIII, pois até esse momento quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, 
desenvolveu-se na Era Mercantilista, a qual estava bem estruturada para servir as empresas comerciais 
(MARTINS, 2010). 
A contabilidade se desenvolveu há muito tempo atrás, quando fazendeiros pré -históricos usavam pedras 
para contarem seus bens. Historiadores demonstraram que informes contábeis têm sido pre parados há 
milhares de anos. Registros contábeis, remontando às antigas civilizações, foram encontrados gravados 
em blocos de pedra. Os sumérios, por exemplo, usavam cilindros ou esfera ou outra forma, para contar e 
especificar o bem, o dono e o número de bens, guardando esses cilindros/esferas em bolas ocas de argila 
rotulando do lado de fora com símbolos quem eram os donos, o número e o tipo de produto em questão. 
No século XV, Luca Pacioli escreveu o primeiro livro, publicado em Veneza em 1494 (Summa de 
Arithmetica, Geometria, Propostioni et Proportionalita), didático sobre contabilidade, desenvolvendo as 
partidas dobradas, ou seja, tudo que for registrado de um lado deve ter sua representatividade em outro, 
são os débitos e os créditos. Pacioli descreveu os fundamentos de um sistema contábil de partidas 
dobradas bastante funcional (para cada débito(s), um crédito(s) correspondente). A necessidade de 
registrar informações sobre transações comerciais tem existido sempre que as pessoas têm 
comercializado entre si nos mercados de troca. Isso demonstra que a Contabilidade Financei ra surgiu 
através de organizações comerciais com principal intuito de avaliar permutas, e, na realidade, teve grande 
avanço na chamada Era Mercantilista (LEONE, 2000). 
A necessidade de registrar informações sobre transações comerciais tem existido sempre que as pessoas 
têm comercializado entre si nos mercados de troca. Isso demonstra que a Contabilidade Financeira surgiu 
através de organizações comerciais com principal intuito de avaliar permutas, e, na realidade, teve grande 
avanço na chamada Era Mercantilista (LEONE, 2000). 
De acordo com Martins (2010), até a Revolução Industrial (século XVII), praticamente só havia a 
Contabilidade Financeira, também conhecida como Contabilidade Geral, como já dito. O consumo de 
bens e serviços são necessidades inerentes a condição humana e ocorrem desde os primórdios da 
civilização. Antes da Revolução Industrial, o tipo inicial de empresa que se desenvolveu foram as 
empresas comerciais ou de manufatura. Tais empresas tinham como principal negócio a comercialização 
de produtos produzidos de forma manufatureira por outras famílias. Por exemplo: compra e revenda de 
tapetes, artesanatos, vasos de cerâmicas etc. Estas mercadorias eram compradas de tais famílias e 
revendidos em feiras ou em viagens marítimas. 
Nesta época, de empresas artesanais, a apuração do resultado de cada período tinha como foco o 
controle de inventário ou estoque físico e elaboração e fechamento do Balanço Patrimonial. O resultado 
de cada período para a elaboração do balanço em seu final era dado pelo levantamento dos estoques em 
termos físicos; quanto aos valores monetárioseram obtidos pelo montante pago por item estocado. 
Assim, pela diferença de quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e com 
o estoque existente, apurava o valor da aquisição das mercadorias vendidas, ou Custo da Mercadoria 
Vendida (CMV) da seguinte maneira: 
 
Em que: 
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 
EI = Estoques iniciais 
C = Compras 
EF = Estoques Finais 
 
Desse modo, era possível elaborar a Demonstração de Resultados da empresa comercial pela 
confrontação do resultado com as receitas obtidas pelas vendas chegando ao lucro bruto, do qual deduzia 
as despesas necessárias para manutenção da entidade. 
 
Vendas líquidas XXX 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (XXX) 
Estoques iniciais XXX 
(+) Compras XXX 
(-) Estoques Finais (XXX) 
(=) Lucro Bruto XXX 
(-) Despesas (XXX) 
Comerciais (Vendas) (XXX) 
Administrativas (XXX) 
Financeiras (XXX) 
(=) Resultado Antes do Imposto de Renda XXX 
Tabela 1: Cálculo da Demonstração de Resultados em empresas de Manufatura 
Segundo Martins (2010), os bens ou os serviços eram produzidos por pessoas ou grupos de pessoas, 
dentro das quais, poucas se constituíam como entidades jurídicas. As empresas da época sobreviviam do 
comércio, e não da fabricação, por isso a facilidade em verificar e acompanhar o valor de compra dos 
bens existentes. Era uma verificação objetiva e comprovável, bastava verificar os documentos da 
aquisição. 
Vamos resolver um exemplo de cálculo do Custo da Mercadoria Vendida (CMV): A empresa EcoMad que 
tinha 10 mesas que custaram 50$ cada uma. Comprou mais 4 mesas a 50$ cada uma e ficou no estoque 
final com 3 mesas. Qual o custo da mercadoria vendida? Qual a Demonstração de Resultados da 
EcoMad se cada mesa é vendida a R$70? 
O Custo da Mercadoria Vendida seria: 
 Qtd Valor Total 
Estoque Inicial 10 $ 50 $ 500 
(+) Comprar 4 $ 50 $ 200 
(-) Estoques Finais -3 $ 50 $ -150 
(=) Custo da Mercadoria Vendida 11 $ 50 $ 550 
 
A Demonstração de Resultados seria: 
 Qtd Valor Total 
Vendas Líquidas 11 $ 70 $ 770 
(=) Custo da Mercadoria Vendida 11 $ 50 $ (550) 
Estoque Inicial 10 $50 $ 500 
(+) Comprar 4 $ 50 $ 200 
(-) Estoques Finais 3 $ 50 $ (150) 
(=) Lucro Bruto $ 220 
(-) Despesas $ (170) 
Vendas $ 70 
Administrativas $ 60 
Financeiras $ 40 
(=) Resultado Líquido $ 50 
 
 Esta era a Contabilidade Geral da era Mercantilista. 
De acordo com Martins (2010), desde a Revolução Industrial, a Contabilidade de Custos sofreu uma 
evolução considerável devido à necessidade de realinhamento de seus objetivos e à expansão do campo 
de atuação. 
Com a Revolução Industrial do século XVIII, houve um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo 
impacto no processo produtivo em nível econômico e social e aumento da necessidade de um sistema 
contábil financeiro. Com o incremento do processo produtivo e conseqüente aumento da concorrência 
entre empresas e a escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de 
planejamento e controle das empresas. Neste sentido, as informações de custos, desde que devidamente 
apresentadas em relatórios, seriam um grande instrumento para o controle e planejamento empresarial. 
Diante de tal fato, a Contabilidade de Custos tornou-se, devido a grande gama de informações que a 
compõem, um grande sistema de informações gerenciais 
A manufatura (onde tínhamos a contabilidade Geral) deslocou-se para as fábricas movidas a energia 
(passando a ter a produção de produtos nas indústrias), as quais, mais para frente, precisavam de 
investimentos monetários. Na realidade, as empresas comerciais continuaram a util izar o sistema 
simples de cálculo do CMV para a apuração do custo da mercadoria. Porém, com o advento da 
manufatura em massa, itens pouco relevantes por acontecerem de forma artesanal passaram a ser 
relevantes no custo do produto, sendo eles: MD (Materiais Diretos), MOD (Mão-de-Obra Direta) e o CIF 
(Custo Indireto de Fabricação), além disso, os produtos, por serem produzidos, passavam por estágios 
antes de se tornarem passíveis de consumo, onde então passou a surgir o conceito de PP (Produtos em 
Processo ou em Elaboração) e PA (Produto Acabado) 
 Mas como essas novas empresas iriam conseguir investimentos? Algumas alternativas era a busca por 
investimentos de indivíduos, de bancos ou de outras empresas. 
Mas, para que os bancos, as empresas ou os indivíduos emprestassem recursos para as empresas e eles 
exigiam informações, eles precisavam conhecer o negócio da empresa, conhecer o ambiente onde 
estariam emprestando seus recursos (alocando seus recursos). A contabilidade de custos então se 
desenvolveu após a Revolução Industrial no século XVIII, portanto é um ramo da Contabilidade Geral e 
voltada para as empresas industriais, ou seja, para a atribuição dos custos aos estoques destinados a 
venda. 
A maioria dos procedimentos de contabilidade interna foi desenvolvida entre 1880 e 1925 e o uso era 
rastrear a rentabilidade da empresa para os produtos e usando essa informação para tomada de decisão. 
Além disso, teve foco inicial e principal na avaliação de estoques por meio de diferentes métodos de 
custeio. Foi quando se desenvolveram métodos e sistema de custeio como o Custeio por Absorção; 
Custei Baseado em Atividades entre outros, como veremos ao longo dês curso. Contudo, o controle de 
estoque passa a ser mais detalhado, tendo a necessidade de apuração do Custo do Pro duto Vendido 
(CPV). 
Ademais, entende-se que a Empresa Industrial é aquela que adquire determinadas matérias -primas 
(MP) ou materiais diretos (MD) e, com o uso de máquinas, equipamentos (Custos Indiretos de 
fabricação (CIF) e mão de obra direta (MOD) especializada, transforma as matérias - primas em 
produtos acabados com a finalidade de Venda. Exemplos de Indústrias: petrolíferas, de alimentos, têxtil, 
calçados, de mineração, móveis, matérias de construção, etc. 
 Já as empresas Comerciais adquirem as Mercadorias já prontas ou os Produtos Acabados com a 
finalidade de venda ou comercialização. 
Na apuração dos gatos relativos à prestação de serviços, aplica-se a Contabilidade de Custos. 
Segundo Ferreira (2011), a Contabilidade de Serviços é a área da Contabilida de de Custos que trata 
dos gastos incorridos na prestação de serviço. É o caso da prestação de serviços hospitalares, 
escolares, bancários. Assim, uma escola pode controlar, por exemplo, os custos incorridos na 
manutenção de cada uma de suas turmas: salários dos professores, materiais consumidos, energia 
elétrica, aluguel, salários do pessoal de apoio. 
1.2 Diferença entre a Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial e Contabilidade de 
Custos. 
 
 Agora que já sabemos o histórico da Contabilidade de Custos, faze-se necessário diferenciarmos as 
características e finalidades entre as áreas da Contabilidade. 
 Segundo (Frezzati; Aguiar e Guerreiro, 2007) o conceito de diferenciação é entendida como a 
utilização predominante de determinados elementos por parte de uma das Contabilidades em relação à 
outra, e, em muitos trabalhos, não está relacionada com diferenças quantitativas, mas sim qualitativas, 
comportamentais, sendo tratada em detalhe em tópico específico. 
 Para os autores Horngren; Datar e Foster, 2004 a Contabilidade Gerencial e a Financeira tem 
diferentes objetivos. A contabilidade gerencial mede e relata informações financeiras e não -financeiras 
que ajudam os administradores a tomar decisões para alcançar objetivos de uma organização para fins 
estratégicos se baseando em demonstrativos internos. 
A contabilidade financeira concentra-se em demonstrativos para grupos externos, baseando se em 
princípios contábeis geralmente aceitos, que iremos conhecer nesse mesmo capítulo,os administradores 
são responsáveis pelos demonstrativos financeiros emitidos para investidores, órgãos reguladores do 
governo e outros interessados externos a organização. 
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a 
financeira. 
Segundo Padoveze (2003), foi com o surgimento das empresas industriais que surgiu a diferença 
fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas 
industriais é que as empresas comerciais têm só um insumo para custo das mercadorias adquiridas para 
revenda, enquanto as empresas industriais têm de utilizar vários insumos para o processo de obtenção 
(produção) dos produtos. 
Assim, foi necessária uma adaptação seguindo o mesmo entendimento com a formação dos critérios de 
avaliação de estoques no caso industrial. 
Com principal enfoque da Contabilidade de Custos na mensuração monetária dos estoques e do 
resultado e, não a de um instrumento de administração passou a mesma a ser vista como uma eficiente 
forma de auxílio no desempenho gerencial. 
Podemos dizer que a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle 
fornecendo dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e demais previsões e 
acompanhamento efetivo para comparabilidade e, a ajuda às tomadas de decisões sobre medidas de 
introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. 
O sistema de informações gerenciais, aquele que contém as informações necessárias para que o gestor 
ou o administrador da empresa possa tomar decisão, é formado por informações provenientes da 
Contabilidade Financeira, da Contabilidade de Custos, pela Contabilidade Gerencial e pelo controle 
orçamentário. Esses quatro tipos de fonte de informação se interagem, um fornece informações ou bases 
para o outro, eles se complementam. 
Podemos assim concluir que administrar custos constitui parte integral das estratégias de administração 
e sua implementação colocada em ação. 
 
LEITURA RECOMENDADA: Para conhecer mais a respeito da Contabilidade Financeira e Gerencial, le ia 
o artigo: ?Diferenciações entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: uma pesquisa 
empírica a partir de pesquisadores de vários países?, escrito por Frezzati, Aguiar e Guerreiro, publicado 
na Revista de Contabilidade e Finanças, número 44 de 2007. Para obter artigo, basta acessar o site da 
revista: http://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/34230 
 
 
1.3 Papel da Contabilidade de Custos 
 
As instituições vivem atualmente uma fase em que a concorrência é cada vez mais acirrada, existem 
demasiadas pressões quanto a responsabilidades sociais, uma necessidade contínua de aperfeiçoamento 
tecnológico e de processos, um número cada vez maior de consumidores exigindo produtos de alta 
qualidade, funcionais e de baixo custo e uma pressão oriunda dos efeitos da globalização a partir da 
possibilidade de novos entrantes no mercado. Embasado neste contexto, quaisquer empresa passa a ter 
uma principal preocupação: sobreviver na nova conjuntura sócio-econômica mundial. 
 
A Contabilidade de Custos pode ser definida como o segmento ou área da Contabilidade que trata 
especificamente de elaborar técnicas, métodos, procedimentos e fundamentos teóricos visando à 
mensuração, classificação e avaliação das mutações patrimoniais relacionadas às operações internas da 
empresa, objetivando a obtenção do custo de determinados bens ou serviços (IUDÍCIBUS, 2000). Tais 
custos irão compor o valor do estoque e o custo do produto ou serviço vendido. 
Inicialmente, a Contabilidade de Custos tinha o objetivo principal de avaliar os estoques e custos para 
demonstração de resultado em nível de divulgação das demonstrações contábeis aos usuários externos. 
Contudo, atualmente, a Contabilidade de Custos tornou-se um importante instrumento gerador de 
informações para planejamento, controle e tomada de decisões internas a empresa. 
Martins (2010) lista três grupos dentro dos quais a Contabilidade de Custos pode cumprir seu papel. São 
eles: 
 
1) Inventariar e ativar os produtos fabricados e vendidos 
O que significa conhecer o valor final dos produtos acabados e em processamento; confeccionar 
demonstrativos do custo de produção de cada produto fabricado; elaborar demonstrativos do CPV (Custo 
dos Produtos Vendidos), CMV (Custo da Mercadoria Vendida) e ainda o custo dos Serviços Prestados e; 
elaborar demonstrativos de resultados. 
 
2) Planejar e controlar as atividades econômicas: 
O que significa analisar o comportamento dos custos, seja por meio de análise vertical quanto de análise 
horizontal; promover orçamentos empresariais com base no custo de fabricação; estabelecer o custo 
padrão de fabricação; definir as responsabilidades no processo de produção; decidir sobre o preço de 
venda de cada item de produção e; determinar o volume da produção (além do ponto de equilíbrio, porém 
dentro da capacidade física da empresa). 
 
3) Servir como instrumento para tomada de decisão: 
O que significa eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de produção de certos produtos; produzir ou 
adquirir já pronto no mercado; formar preço de venda ou princing; aceitar ou não encomendas e; alugar 
ou comprar, terceirizar ou produzir. 
 O objetivo de mensurar estoques e resultado da empresa não deixou de ser um dos focos da 
Contabilidade de Custos. Porém, a função de controle e auxílio à tomada de decisão passaram a ser 
fatores determinantes para a eficácia de um sistema de custos no que tange a satisfação das 
necessidades dos usuários da Contabilidade 
Com relação ao processo de contabilidade de custos, apesar de todo o avanço encontrado na 
Contabilidade de Custos, pode ser observado que o processo básico, para chegar aos objetivos 
almejados por esta contabilidade, não foram modificados, mas sim otimizados. 
Segundo Leone (2000), custear não significa apenas determinar ou calcu lar custos, mas sim apurar os 
custos. Assim, o processo da Contabilidade de Custos pode ser resumido nas seguintes fases: 
 
1. Coleta dos dados; 
2. Acumulação dos dados; 
3. Organização dos dados; 
4. Processamento dos dados; 
5. Análise dos dados; 
6. Interpretação das informações geradas; 
7. Apresentação das informações e do resultado. 
 
Assim, concluímos que a Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que utiliza técnicas 
específicas para identificar, classificar e registrar os custos ligados diretamente à produção de bens e/ou 
serviços. Aplica-se ao departamento de produção das empresas, tendo como objetivo controlar os gastos 
envolvidos na fabricação dos produtos, auxiliando os gestores no processo de tomada de decisões. 
 
Aplicação Prática Teórica 
EXERCÍCIOS - AULA 01 
 
1. As funções gerenciais mais relevantes da Contabilidade de Custos são: 
 
a) Auxílio ao controle e apuração de Imposto de Renda. 
b) Ajuda à tomada de decisão e levantamento de Balanço. 
c) Auxílio ao controle e ao processo de tomada de decisão. 
d) Valoração dos estoques físicos e tomada de decisões. 
e) Auxílio ao controle e à valoração dos estoques físicos. 
 
2. A contabilidade de custos surgiu da contabilidade financeira a partir: 
 
a) Do século XX. 
b) Da era mercantilista. 
c) Do aparecimento da escrita. 
d) Da globalização do mercado e a crescente necessidade de informações sobre custos. 
e) Da revolução industrial. 
 
3. Como eram avaliados os custos das mercadorias vendidas até o século XVIII (era mercantilista)? : 
 
a) Pelo método do custo de reposição. 
b) Por meio da contabilidade de custos. 
c) Com o serviço de especialistas em avaliação de bens. 
d) CMV = Estoque inicial + Compras - Estoque final. 
e) Nenhumadas alternativas anteriores está correta. 
 
4. A papelaria Stuart compra e revende livros das editoras. Em Fevereiro do ano passado ela apresentou 
um estoque inicial de $20.000 em livros, comprou mais $30.000,00 em mercadorias. Os livros são 
vendidos para escolas do ensino fundamental, sendo que após as Vendas de fevere iro deste ano a Stuart 
apurou um estoque final de $15.000. Qual o CMV da empresa no final de fevereiro deste ano? 
 
5. Entre as afirmativas seguintes apenas uma está incorreta, assinale -a. 
 
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedim entos de apuração do resultado das 
empresas comerciais para as empresas industriais. 
b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados 
de custos para auxilio ao controle e para tomada de decisões. 
c) Os custos de produção reúnem os custos do material direto, o custo da mão de obra e os demais 
custos indiretos de fabricação 
d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração instrumentos que a 
auxiliem em suas funções gerenciais 
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços.

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