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Plano de Aula: Apresentação da Disciplina e Contextualização da Contabilidade de Custos CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL - GST1398 Título Apresentação da Disciplina e Contextualização da Contabilidade de Custos Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 1 Tema Apresentação do Plano de Ensino e Contextualização da origem da Contabilidade de Custos Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: - Conhecer o plano de ensino da disciplina; - Compreender a evolução da contabilidade financeira à contabilidade de custos; - Compreender a importância das informações de custos no processo decisório; Estrutura do Conteúdo Inicialmente, é importante que você conheça a metodologia de Ensino/Aprendizagem utilizada no Modelo Estácio de Educação Superior. OS PLANOS DE ENSINO FORAM CONCEBIDOS ELENCANDO: - A contextualização da disciplina no curso - A ementa - Os objetivos Geral e Específico - Os conteúdos divididos em unidades - A indicação do material didático - Os procedimentos de ensino - Os procedimentos de avaliação - A bibliografia básica e complementar - O mapa conceitual O estudante deve utilizar o Plano de Ensino da disciplina como um instrumento que roteiriza e acompanha o seu desenvolvimento. OS PLANOS DE AULA foram concebidos com o objetivo de criar o HÁBITO DO ESTUDO PRÉVIO, elencando: - O tema da aula - Os objetivos a serem atingidos pelo estudante, ao final da aula - A estrutura de conteúdo - Os recursos físicos necessários - A articulação teoria e prática ? Aplicação - Considerações adicionais e anexos. O MÉTODO DE ENSINO/APRENDIZAGEM - O estudante deve conhecer e acompanhar o desenvolvimento dos Planos de Ensino das disciplinas. - O estudante deve ler os Planos de Aula das disciplinas antes de cada aula, como preparação. - Os casos concretos e exercícios propostos nos Planos de Aula devem ser resolvidos pelo estudante antes das aulas e seu resultado postado na WebAula da disciplina. - Caso haja indicação para a aula de material didático, referências bibliográficas, te xtos, vídeos etc, estes devem ser lidos/assistidos, também, antes de cada aula. - O professor deve conduzir as aulas na parte expositiva, partindo da premissa de que os estudantes se prepararam para as mesmas estudando os conceitos básicos. - As aulas devem ser interativas com a participação dos estudantes em debates, exposições, apresentações, resolução de casos e exercícios etc. No primeiro encontro será apresentado o Plano de Ensino da disciplina Contabilidade de Custos e alguns tópicos que serão abordados nos encontros seguintes. Leia o Plano de Ensino que roteiriza a disciplina Contabilidade de Custos e acompanhe o seu desenvolvimento ao longo do período letivo. Seguem os primeiros conceitos importantes para a compreensão da disciplina: Reflexão ! Você alguma fez já se confundiu com as expressões : Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial ? Será que existe diferença entre estas três expressões ? Será que são conceitos que se assemelham ? Completam -se ou são antagônicos? Essas dúvidas serão sanadas mediante a explanação a cerca da cronologia do aparecimento de cada expressão. Introdução Esta aula tem como objetivo levar o aluno ao conhecimento de como surgiu e evoluiu a Contabilidade de Custos, apresentando o momento do surgimento de expressões como: Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial. Tem -se ainda a preocupação de demonstrar o papel da Contabilidade Custos no fornecimento de informações para planejamento de novos produtos e também de avaliá-los. Assim, a Contabilidade de Custos fornece aos administradores as informações necessárias para tomarem decisões permitindo melhor entendimento das atividades dos administradores e contadores dentro da organização. Deste modo, a preocupação desse capítulo está em guiar os alunos a conhecerem os desafios que os administradores/gestores enfrentam no processo de tomada de decisão e como a Contabilidade Gerencial utiliza as informações advindas da Contabilidade de Custos para enfrentar os desafios no seu cotidiano. 1.1 Histórico da Contabilidade de Custos Se você imagina contabilidade como um universo de números a serem somados, selecionados e acompanhados, você ficará surpreso! Pois a moderna Contabilidade de Custos é mais do que números, mas antes disso veremos que o advento da Contabilidade de Custos deu-se após a Revolução Industrial no século XVIII, pois até esse momento quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolveu-se na Era Mercantilista, a qual estava bem estruturada para servir as empresas comerciais (MARTINS, 2010). A contabilidade se desenvolveu há muito tempo atrás, quando fazendeiros pré -históricos usavam pedras para contarem seus bens. Historiadores demonstraram que informes contábeis têm sido pre parados há milhares de anos. Registros contábeis, remontando às antigas civilizações, foram encontrados gravados em blocos de pedra. Os sumérios, por exemplo, usavam cilindros ou esfera ou outra forma, para contar e especificar o bem, o dono e o número de bens, guardando esses cilindros/esferas em bolas ocas de argila rotulando do lado de fora com símbolos quem eram os donos, o número e o tipo de produto em questão. No século XV, Luca Pacioli escreveu o primeiro livro, publicado em Veneza em 1494 (Summa de Arithmetica, Geometria, Propostioni et Proportionalita), didático sobre contabilidade, desenvolvendo as partidas dobradas, ou seja, tudo que for registrado de um lado deve ter sua representatividade em outro, são os débitos e os créditos. Pacioli descreveu os fundamentos de um sistema contábil de partidas dobradas bastante funcional (para cada débito(s), um crédito(s) correspondente). A necessidade de registrar informações sobre transações comerciais tem existido sempre que as pessoas têm comercializado entre si nos mercados de troca. Isso demonstra que a Contabilidade Financei ra surgiu através de organizações comerciais com principal intuito de avaliar permutas, e, na realidade, teve grande avanço na chamada Era Mercantilista (LEONE, 2000). A necessidade de registrar informações sobre transações comerciais tem existido sempre que as pessoas têm comercializado entre si nos mercados de troca. Isso demonstra que a Contabilidade Financeira surgiu através de organizações comerciais com principal intuito de avaliar permutas, e, na realidade, teve grande avanço na chamada Era Mercantilista (LEONE, 2000). De acordo com Martins (2010), até a Revolução Industrial (século XVII), praticamente só havia a Contabilidade Financeira, também conhecida como Contabilidade Geral, como já dito. O consumo de bens e serviços são necessidades inerentes a condição humana e ocorrem desde os primórdios da civilização. Antes da Revolução Industrial, o tipo inicial de empresa que se desenvolveu foram as empresas comerciais ou de manufatura. Tais empresas tinham como principal negócio a comercialização de produtos produzidos de forma manufatureira por outras famílias. Por exemplo: compra e revenda de tapetes, artesanatos, vasos de cerâmicas etc. Estas mercadorias eram compradas de tais famílias e revendidos em feiras ou em viagens marítimas. Nesta época, de empresas artesanais, a apuração do resultado de cada período tinha como foco o controle de inventário ou estoque físico e elaboração e fechamento do Balanço Patrimonial. O resultado de cada período para a elaboração do balanço em seu final era dado pelo levantamento dos estoques em termos físicos; quanto aos valores monetárioseram obtidos pelo montante pago por item estocado. Assim, pela diferença de quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e com o estoque existente, apurava o valor da aquisição das mercadorias vendidas, ou Custo da Mercadoria Vendida (CMV) da seguinte maneira: Em que: CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoques iniciais C = Compras EF = Estoques Finais Desse modo, era possível elaborar a Demonstração de Resultados da empresa comercial pela confrontação do resultado com as receitas obtidas pelas vendas chegando ao lucro bruto, do qual deduzia as despesas necessárias para manutenção da entidade. Vendas líquidas XXX (-) Custo das Mercadorias Vendidas (XXX) Estoques iniciais XXX (+) Compras XXX (-) Estoques Finais (XXX) (=) Lucro Bruto XXX (-) Despesas (XXX) Comerciais (Vendas) (XXX) Administrativas (XXX) Financeiras (XXX) (=) Resultado Antes do Imposto de Renda XXX Tabela 1: Cálculo da Demonstração de Resultados em empresas de Manufatura Segundo Martins (2010), os bens ou os serviços eram produzidos por pessoas ou grupos de pessoas, dentro das quais, poucas se constituíam como entidades jurídicas. As empresas da época sobreviviam do comércio, e não da fabricação, por isso a facilidade em verificar e acompanhar o valor de compra dos bens existentes. Era uma verificação objetiva e comprovável, bastava verificar os documentos da aquisição. Vamos resolver um exemplo de cálculo do Custo da Mercadoria Vendida (CMV): A empresa EcoMad que tinha 10 mesas que custaram 50$ cada uma. Comprou mais 4 mesas a 50$ cada uma e ficou no estoque final com 3 mesas. Qual o custo da mercadoria vendida? Qual a Demonstração de Resultados da EcoMad se cada mesa é vendida a R$70? O Custo da Mercadoria Vendida seria: Qtd Valor Total Estoque Inicial 10 $ 50 $ 500 (+) Comprar 4 $ 50 $ 200 (-) Estoques Finais -3 $ 50 $ -150 (=) Custo da Mercadoria Vendida 11 $ 50 $ 550 A Demonstração de Resultados seria: Qtd Valor Total Vendas Líquidas 11 $ 70 $ 770 (=) Custo da Mercadoria Vendida 11 $ 50 $ (550) Estoque Inicial 10 $50 $ 500 (+) Comprar 4 $ 50 $ 200 (-) Estoques Finais 3 $ 50 $ (150) (=) Lucro Bruto $ 220 (-) Despesas $ (170) Vendas $ 70 Administrativas $ 60 Financeiras $ 40 (=) Resultado Líquido $ 50 Esta era a Contabilidade Geral da era Mercantilista. De acordo com Martins (2010), desde a Revolução Industrial, a Contabilidade de Custos sofreu uma evolução considerável devido à necessidade de realinhamento de seus objetivos e à expansão do campo de atuação. Com a Revolução Industrial do século XVIII, houve um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social e aumento da necessidade de um sistema contábil financeiro. Com o incremento do processo produtivo e conseqüente aumento da concorrência entre empresas e a escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e controle das empresas. Neste sentido, as informações de custos, desde que devidamente apresentadas em relatórios, seriam um grande instrumento para o controle e planejamento empresarial. Diante de tal fato, a Contabilidade de Custos tornou-se, devido a grande gama de informações que a compõem, um grande sistema de informações gerenciais A manufatura (onde tínhamos a contabilidade Geral) deslocou-se para as fábricas movidas a energia (passando a ter a produção de produtos nas indústrias), as quais, mais para frente, precisavam de investimentos monetários. Na realidade, as empresas comerciais continuaram a util izar o sistema simples de cálculo do CMV para a apuração do custo da mercadoria. Porém, com o advento da manufatura em massa, itens pouco relevantes por acontecerem de forma artesanal passaram a ser relevantes no custo do produto, sendo eles: MD (Materiais Diretos), MOD (Mão-de-Obra Direta) e o CIF (Custo Indireto de Fabricação), além disso, os produtos, por serem produzidos, passavam por estágios antes de se tornarem passíveis de consumo, onde então passou a surgir o conceito de PP (Produtos em Processo ou em Elaboração) e PA (Produto Acabado) Mas como essas novas empresas iriam conseguir investimentos? Algumas alternativas era a busca por investimentos de indivíduos, de bancos ou de outras empresas. Mas, para que os bancos, as empresas ou os indivíduos emprestassem recursos para as empresas e eles exigiam informações, eles precisavam conhecer o negócio da empresa, conhecer o ambiente onde estariam emprestando seus recursos (alocando seus recursos). A contabilidade de custos então se desenvolveu após a Revolução Industrial no século XVIII, portanto é um ramo da Contabilidade Geral e voltada para as empresas industriais, ou seja, para a atribuição dos custos aos estoques destinados a venda. A maioria dos procedimentos de contabilidade interna foi desenvolvida entre 1880 e 1925 e o uso era rastrear a rentabilidade da empresa para os produtos e usando essa informação para tomada de decisão. Além disso, teve foco inicial e principal na avaliação de estoques por meio de diferentes métodos de custeio. Foi quando se desenvolveram métodos e sistema de custeio como o Custeio por Absorção; Custei Baseado em Atividades entre outros, como veremos ao longo dês curso. Contudo, o controle de estoque passa a ser mais detalhado, tendo a necessidade de apuração do Custo do Pro duto Vendido (CPV). Ademais, entende-se que a Empresa Industrial é aquela que adquire determinadas matérias -primas (MP) ou materiais diretos (MD) e, com o uso de máquinas, equipamentos (Custos Indiretos de fabricação (CIF) e mão de obra direta (MOD) especializada, transforma as matérias - primas em produtos acabados com a finalidade de Venda. Exemplos de Indústrias: petrolíferas, de alimentos, têxtil, calçados, de mineração, móveis, matérias de construção, etc. Já as empresas Comerciais adquirem as Mercadorias já prontas ou os Produtos Acabados com a finalidade de venda ou comercialização. Na apuração dos gatos relativos à prestação de serviços, aplica-se a Contabilidade de Custos. Segundo Ferreira (2011), a Contabilidade de Serviços é a área da Contabilida de de Custos que trata dos gastos incorridos na prestação de serviço. É o caso da prestação de serviços hospitalares, escolares, bancários. Assim, uma escola pode controlar, por exemplo, os custos incorridos na manutenção de cada uma de suas turmas: salários dos professores, materiais consumidos, energia elétrica, aluguel, salários do pessoal de apoio. 1.2 Diferença entre a Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos. Agora que já sabemos o histórico da Contabilidade de Custos, faze-se necessário diferenciarmos as características e finalidades entre as áreas da Contabilidade. Segundo (Frezzati; Aguiar e Guerreiro, 2007) o conceito de diferenciação é entendida como a utilização predominante de determinados elementos por parte de uma das Contabilidades em relação à outra, e, em muitos trabalhos, não está relacionada com diferenças quantitativas, mas sim qualitativas, comportamentais, sendo tratada em detalhe em tópico específico. Para os autores Horngren; Datar e Foster, 2004 a Contabilidade Gerencial e a Financeira tem diferentes objetivos. A contabilidade gerencial mede e relata informações financeiras e não -financeiras que ajudam os administradores a tomar decisões para alcançar objetivos de uma organização para fins estratégicos se baseando em demonstrativos internos. A contabilidade financeira concentra-se em demonstrativos para grupos externos, baseando se em princípios contábeis geralmente aceitos, que iremos conhecer nesse mesmo capítulo,os administradores são responsáveis pelos demonstrativos financeiros emitidos para investidores, órgãos reguladores do governo e outros interessados externos a organização. A contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Segundo Padoveze (2003), foi com o surgimento das empresas industriais que surgiu a diferença fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm só um insumo para custo das mercadorias adquiridas para revenda, enquanto as empresas industriais têm de utilizar vários insumos para o processo de obtenção (produção) dos produtos. Assim, foi necessária uma adaptação seguindo o mesmo entendimento com a formação dos critérios de avaliação de estoques no caso industrial. Com principal enfoque da Contabilidade de Custos na mensuração monetária dos estoques e do resultado e, não a de um instrumento de administração passou a mesma a ser vista como uma eficiente forma de auxílio no desempenho gerencial. Podemos dizer que a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle fornecendo dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e demais previsões e acompanhamento efetivo para comparabilidade e, a ajuda às tomadas de decisões sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. O sistema de informações gerenciais, aquele que contém as informações necessárias para que o gestor ou o administrador da empresa possa tomar decisão, é formado por informações provenientes da Contabilidade Financeira, da Contabilidade de Custos, pela Contabilidade Gerencial e pelo controle orçamentário. Esses quatro tipos de fonte de informação se interagem, um fornece informações ou bases para o outro, eles se complementam. Podemos assim concluir que administrar custos constitui parte integral das estratégias de administração e sua implementação colocada em ação. LEITURA RECOMENDADA: Para conhecer mais a respeito da Contabilidade Financeira e Gerencial, le ia o artigo: ?Diferenciações entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: uma pesquisa empírica a partir de pesquisadores de vários países?, escrito por Frezzati, Aguiar e Guerreiro, publicado na Revista de Contabilidade e Finanças, número 44 de 2007. Para obter artigo, basta acessar o site da revista: http://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/34230 1.3 Papel da Contabilidade de Custos As instituições vivem atualmente uma fase em que a concorrência é cada vez mais acirrada, existem demasiadas pressões quanto a responsabilidades sociais, uma necessidade contínua de aperfeiçoamento tecnológico e de processos, um número cada vez maior de consumidores exigindo produtos de alta qualidade, funcionais e de baixo custo e uma pressão oriunda dos efeitos da globalização a partir da possibilidade de novos entrantes no mercado. Embasado neste contexto, quaisquer empresa passa a ter uma principal preocupação: sobreviver na nova conjuntura sócio-econômica mundial. A Contabilidade de Custos pode ser definida como o segmento ou área da Contabilidade que trata especificamente de elaborar técnicas, métodos, procedimentos e fundamentos teóricos visando à mensuração, classificação e avaliação das mutações patrimoniais relacionadas às operações internas da empresa, objetivando a obtenção do custo de determinados bens ou serviços (IUDÍCIBUS, 2000). Tais custos irão compor o valor do estoque e o custo do produto ou serviço vendido. Inicialmente, a Contabilidade de Custos tinha o objetivo principal de avaliar os estoques e custos para demonstração de resultado em nível de divulgação das demonstrações contábeis aos usuários externos. Contudo, atualmente, a Contabilidade de Custos tornou-se um importante instrumento gerador de informações para planejamento, controle e tomada de decisões internas a empresa. Martins (2010) lista três grupos dentro dos quais a Contabilidade de Custos pode cumprir seu papel. São eles: 1) Inventariar e ativar os produtos fabricados e vendidos O que significa conhecer o valor final dos produtos acabados e em processamento; confeccionar demonstrativos do custo de produção de cada produto fabricado; elaborar demonstrativos do CPV (Custo dos Produtos Vendidos), CMV (Custo da Mercadoria Vendida) e ainda o custo dos Serviços Prestados e; elaborar demonstrativos de resultados. 2) Planejar e controlar as atividades econômicas: O que significa analisar o comportamento dos custos, seja por meio de análise vertical quanto de análise horizontal; promover orçamentos empresariais com base no custo de fabricação; estabelecer o custo padrão de fabricação; definir as responsabilidades no processo de produção; decidir sobre o preço de venda de cada item de produção e; determinar o volume da produção (além do ponto de equilíbrio, porém dentro da capacidade física da empresa). 3) Servir como instrumento para tomada de decisão: O que significa eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de produção de certos produtos; produzir ou adquirir já pronto no mercado; formar preço de venda ou princing; aceitar ou não encomendas e; alugar ou comprar, terceirizar ou produzir. O objetivo de mensurar estoques e resultado da empresa não deixou de ser um dos focos da Contabilidade de Custos. Porém, a função de controle e auxílio à tomada de decisão passaram a ser fatores determinantes para a eficácia de um sistema de custos no que tange a satisfação das necessidades dos usuários da Contabilidade Com relação ao processo de contabilidade de custos, apesar de todo o avanço encontrado na Contabilidade de Custos, pode ser observado que o processo básico, para chegar aos objetivos almejados por esta contabilidade, não foram modificados, mas sim otimizados. Segundo Leone (2000), custear não significa apenas determinar ou calcu lar custos, mas sim apurar os custos. Assim, o processo da Contabilidade de Custos pode ser resumido nas seguintes fases: 1. Coleta dos dados; 2. Acumulação dos dados; 3. Organização dos dados; 4. Processamento dos dados; 5. Análise dos dados; 6. Interpretação das informações geradas; 7. Apresentação das informações e do resultado. Assim, concluímos que a Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que utiliza técnicas específicas para identificar, classificar e registrar os custos ligados diretamente à produção de bens e/ou serviços. Aplica-se ao departamento de produção das empresas, tendo como objetivo controlar os gastos envolvidos na fabricação dos produtos, auxiliando os gestores no processo de tomada de decisões. Aplicação Prática Teórica EXERCÍCIOS - AULA 01 1. As funções gerenciais mais relevantes da Contabilidade de Custos são: a) Auxílio ao controle e apuração de Imposto de Renda. b) Ajuda à tomada de decisão e levantamento de Balanço. c) Auxílio ao controle e ao processo de tomada de decisão. d) Valoração dos estoques físicos e tomada de decisões. e) Auxílio ao controle e à valoração dos estoques físicos. 2. A contabilidade de custos surgiu da contabilidade financeira a partir: a) Do século XX. b) Da era mercantilista. c) Do aparecimento da escrita. d) Da globalização do mercado e a crescente necessidade de informações sobre custos. e) Da revolução industrial. 3. Como eram avaliados os custos das mercadorias vendidas até o século XVIII (era mercantilista)? : a) Pelo método do custo de reposição. b) Por meio da contabilidade de custos. c) Com o serviço de especialistas em avaliação de bens. d) CMV = Estoque inicial + Compras - Estoque final. e) Nenhumadas alternativas anteriores está correta. 4. A papelaria Stuart compra e revende livros das editoras. Em Fevereiro do ano passado ela apresentou um estoque inicial de $20.000 em livros, comprou mais $30.000,00 em mercadorias. Os livros são vendidos para escolas do ensino fundamental, sendo que após as Vendas de fevere iro deste ano a Stuart apurou um estoque final de $15.000. Qual o CMV da empresa no final de fevereiro deste ano? 5. Entre as afirmativas seguintes apenas uma está incorreta, assinale -a. a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedim entos de apuração do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais. b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados de custos para auxilio ao controle e para tomada de decisões. c) Os custos de produção reúnem os custos do material direto, o custo da mão de obra e os demais custos indiretos de fabricação d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração instrumentos que a auxiliem em suas funções gerenciais e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
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