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DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.112 90

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LEI 8.112/90
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	Provimento de cargos públicos.
	Provimento de um cargo é o seu preenchimento, ou seja, é o ato administrativo através do qual a Administração Pública comete a um servidor a ocupação de um cargo público.
	O provimento pode ser:
	a) originário: o cargo é preenchido por alguém que não era servidor público ou que, mesmo sendo servidor, teve que prestar concurso público; ou
	b) derivado: o cargo necessariamente é preenchido por alguém que já ocupava um outro cargo público anteriormente (não depende de concurso público).
LEI 8.112/90
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	Requisitos.
	O art. 5º da Lei 8.112/90 traz os seguintes requisitos para alguém ocupe um cargo público:
	I - nacionalidade brasileira (exceção: contratação de professores e cientistas estrangeiros por universidades e instituições de pesquisas federais);
	II - gozo dos direitos políticos;
	III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;
	IV - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
	V - idade mínima de dezoito anos;
	VI - aptidão física e mental.
Lei 8.112/90
LEI 8.112/90
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	Além desses requisitos genéricos, a lei poderá prever requisitos específicos para cada cargo, como formação específica, inscrição junto ao órgão de regulamentação da profissão, comprovação de experiência anterior, entre outros.
Lei 8.112/90
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	Portadores de deficiência.
	Os portadores de deficiência (física e mental) tem garantido uma porcentagem das vagas disponibilizadas em cada concurso (a lei 8.112/90 diz que devem ser reservadas até 20% das vagas para deficientes, sendo que lei específica define o percentual mínimo, que é de 5%).
	Claro que as atribuições de cargo devem ser compatíveis com as limitações impostas pela deficiência.
	Na prática, a comprovação da deficiência é feita por laudo médico oficial.	
Lei 8.112/90
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	Posse.
	Posse é a investidura de alguém nomeado para um cargo público.
	Ou seja, é através da posse que determinada torna-se um servidor público.
	Antes dela, ele ainda não é servidor, mesmo que já tenha sido nomeado.
	
	
Lei 8.112/90
LEI 8.112/90
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	Formas de provimento.
	De acordo com a Lei 8.112/90, são formas de provimento de cargo público:
	a) nomeação; 
	b) promoção; 
	c) readaptação; 
	d) reversão; 
	e) recondução;
	f) aproveitamento; 
	g) reintegração; 
LEI 8.112/90
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	Nomeação.
	A nomeação é a única forma de provimento originário. Ou seja, a única forma através da qual alguém que não é servidor público pode ocupar um determinado cargo é por nomeação.
 	Ela pode ser feita:
	a) em caráter efetivo: nesse caso, o servidor tem direito à estabilidade, após o estágio probatório, e somente pode ser feita após concurso público.
	b) em comissão: livre nomeação e exoneração pela autoridade competente (contratação e exoneração “ad nutum” – sem estabilidade e sem concurso).
	A lei que regula o cargo é que estabelecerá se ele será efetivo ou em comissão (cargo de confiança). 
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	Prazos para posse e efetivo exercício.
	Após a nomeação, a pessoa tem o prazo de 30 dias para tomar posse, assinando livro próprio. Se não o fizer, torna-se sem efeito o ato de nomeação.
	A posse pode ser feita por procuração específica e depende de perícia médica oficial. Na ocasião, deverá também ser apresentada declarações de bens e valores e quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
 	Após a posse, o servidor tem prazo de 15 dias para entrar em exercício (começar a trabalhar). 
 	Se não entrar em exercício nesse prazo, o servidor será exonerado. 
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	Estágio probatório. 
	O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a estágio probatório de 24 meses, a partir do seu exercício.
 	Durante o estágio, a aptidão e capacidade do servidor serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
	a) assiduidade;
	b) disciplina;
	c) capacidade de iniciativa;
	d) produtividade;
	e) responsabilidade;
LEI 8.112/90
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	A Lei 8.112/90 estabelece que 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade.
	
	Se o servidor não for aprovado no estágio probatório, deverá ser exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado na Administração.
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	Da Estabilidade 
	O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício (EC 19).
	
	O servidor estável só perderá o cargo nos casos de:
	a) sentença judicial transitada em julgado;
	b) processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa;
	c) desempenho insuficiente, apurado mediante procedimento de avaliação periódica, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
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	Promoção.
	A Lei 8.112 define promoção como “a forma de provimento onde ocorre aumento do nível de complexidade das atribuições e, consequentemente, dos vencimentos”.
 	Ou seja, é uma forma de provimento derivado na qual o servidor passa de um determinado cargo para outro, com uma remuneração maior e atribuições distintas (mais complexas).
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	Porém, para que um cargo possa receber servidores por promoção, devem estar presentes dois requisitos:
	a) provimento do cargo somente por servidores públicos (não se deve admitir a realização de concurso para aquele cargo).
	b) necessidade de experiência anterior em cargo público que justifique o afastamento do concurso público.
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	Readaptação.
	A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
 	Aplica-se no caso do servidor que, em função de acidente ou doença, acaba por adquirir uma deficiência física e mental que, embora não o torne incapaz de trabalhar, o torne inapto para continuar a exercer sua função.
	Nesse caso, ele será colocado em outro cargo compatível com suas limitações.
	Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
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	Reversão.
	Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado.
	Pode se dar em duas situações:
	I) no caso do aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
	II) no interesse da administração, desde que:
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	a) o servidor tenha solicitado a reversão; 
	b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
	c) o servidor fosse estável quando na atividade; 
	d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
	e) haja cargo vago.
	f) o servidor aposentado não tenha mais de 70 anos. 
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	Reintegração.
	Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
	A reintegração ocorre quando o servidor é demitido injustamente. Havendo a anulação da demissão, ele será reintegrado ao cargo que ocupava anteriormente ou, se este foi extinto, ao cargo resultante de sua transformação.
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	Se o cargo for extinto, ele será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento em outro cargo.
	Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será:
	a) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização; ou
	b) aproveitado em outro cargo; ou ainda,
	c) posto em disponibilidade. 
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	Recondução.
	Recondução é
o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: 
	I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
	II - reintegração do anterior ocupante.
	
	Somente tem direito à recondução o servidor estável.
	
	Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro ou colocado em disponibilidade para posterior aproveitamento.
LEI 8.112/90
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	Aproveitamento.
	Aproveitamento é a realocação do servidor no mesmo ou em outro cargo, de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
	
	Via de regra, aplica-se quando o servidor se encontrava em disponibilidade, e surge alguma vaga em algum cargo de atribuições e vencimentos semelhantes ao que antes ele ocupava.
	Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
LEI 8.112/90
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	Disponibilidade.
	O servidor em disponibilidade é um caso bastante atípico: o de um servidor sem cargo público. Nesse caso, ele não trabalha e recebe proporcionalmente ao tempo de contribuição, calculado sobre a remuneração que recebia no último cargo.
	É uma situação provisória, que cessa com o aproveitamento do servidor.
LEI 8.112/90
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	O servidor estável ficará em disponibilidade nas seguintes situações:
	a) extinção do cargo.
	b) reintegração do servidor, tendo sido extinto o cargo que anteriormente ocupava.
	c) retirada (“expulsão”) do servidor do cargo por reintegração de outro servidor que anteriormente o ocupava, se não foi possível a recondução ou aproveitamento: essa hipótese aplicar-se-ia também aos servidores não estáveis, mas há controvérsias. 
	d) necessidade de cortes de servidores por ter sido ultrapassado o limite de gastos permitido com pessoal, desde que tenham sido cortados pelo menos 20% dos cargos em comissão e tenham sido exonerados os servidores não estáveis.	
LEI 8.112/90
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	Vacância.
	Vacância é o fenômeno através do qual determinado cargo torna-se vago.
	Ou seja, através da vacância, o servidor deixa de ocupar determinado cargo.
	A Lei 8.112/90 prevê sete hipóteses de vacância:
	I) exoneração; 
	II) demissão; 
	III) promoção; 
	IV) readaptação; 
	V) aposentadoria; 
	VI) posse em outro cargo inacumulável; 
	VII) falecimento. 
LEI 8.112/90
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	Exoneração.
	Exoneração é a retirada do servidor de determinado cargo e dos quadros da Administração.
	No entanto, ela não é uma punição.
	A exoneração pode se dar nos seguintes casos:
	I) A pedido do servidor;
	II) De ofício:
		a) A juízo da autoridade competente, no caso de 	cargo em comissão;
		b) No caso de não satisfação das exigências do 	estágio probatório – 	cargo efetivo;
		c) No caso de o servidor ter tomado posse e não 	entrar em exercício no 	prazo legal;
LEI 8.112/90
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	Demissão.
	Demissão é a retirada do servidor de determinado cargo e dos quadros da Administração, como punição por uma infração cometida.
	Assemelha-se à exoneração, mas difere dela pelo fato de ser uma penalidade.
	Ou seja, não existe demissão “a pedido”.
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	A doutrina costuma dividir a demissão em duas classes:
	a) demissão simples: punição reservada a faltas graves, mas que permite ao servidor voltar a ocupar cargos públicos.
	b) demissão a bem do serviço público: punição reservada para faltas gravíssimas, que impossibilita o ex-servidor de integrar novamente os quadros da Administração.
LEI 8.112/90
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	Posse em outro cargo inacumulável.
	Via de regra, o servidor público somente pode ter um cargo público.
	A Constituição Federal autoriza, porém, a cumulação de dois cargos públicos (três ou mais, nunca) nas seguintes hipóteses, desde que haja compatibilidade de horários:
	a) a de dois cargos de professor; 
	b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
	c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
LEI 8.112/90
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	Assim, não sendo o caso de acumulação permitida pela Constituição, o servidor que tomar posse em outro cargo deixará o anterior, ocorrendo a vacância.
	No momento em que toma posse, o servidor deve apresentar declaração de que não ocupa outro cargo inacumulável.
LEI 8.112/90
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	REMOÇÃO.
	Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
	Na remoção, o servidor não muda de cargo nem de órgão de trabalho, mas somente de lotação.
	Modalidades de remoção.
	A remoção pode se dar:
	I - de ofício, no interesse da Administração; 
	II - a pedido, a critério da Administração;
	III -  a pedido, independentemente do interesse da Administração, nas seguintes hipóteses:
LEI 8.112/90
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	a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; 
	b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;
 
 	 c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.
LEI 8.112/90
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	Redistribuição.
	Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.
	Na redistribuição ocorre a transferência do cargo (o servidor somente será redistribuído se estiver ocupando o cargo trasladado).
	A Lei 8.112/90 permite também a redistribuição entre cargos distintos desde que semelhantes quanto à remuneração, atribuições, grau de responsabilidade e escolaridade. Porém, esse tipo de redistribuição não é bem aceito pelos Tribunais e TCU, bem como a redistribuição entre cargo ocupado e um vago.
LEI 8.112/90
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	IMPORTANTE
	O servidor investido em mandato eletivo ou em gozo de licença para desempenho de mandato classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa de onde exerce o mandato. 
LEI 8.112/90
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	Licenças e Afastamentos.
	As licenças e afastamentos são situações em que é reconhecido ao servidor o direito de ausentar-se do serviço, como ou sem remuneração (dependendo da situação), tendo em vista previsão legal expressa a respeito.
LEI 8.112/90
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	Licenças.
	A Lei 8.112/90 diz que serão concedidas as seguintes licenças ao servidor:
	I - por doença do próprio servidor (licença-saúde);
	II - por motivo de doença em pessoa da família; 
	III - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
	IV - para o serviço militar; 
	V - para atividade política; 
	VI - para capacitação; 
	VII - para tratar de interesses particulares; 
	VIII - para desempenho de mandato classista. 
LEI 8.112/90
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	Licença-saúde.
	É uma licença remunerada (ou seja, o servidor recebe como se estivesse trabalhando), reservada aos casos em que o servidor necessite se afastar do serviço para tratamento de doença que o tenha acometido.
	Pode ser concedida a pedido ou de ofício, com base em perícia médica oficial.
	A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
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	Licença por doença em pessoa da família.
	Licença concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, pais, filhos, padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que conste de seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.
	Somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente
com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário.
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	Poderá ser concedida, sem prejuízo da remuneração, por até 60 dias, consecutivos ou não, num prazo de 12 meses (contados do deferimento da primeira licença) e, excedidos esses 60 dias em 12 meses, poderá ser concedida por mais 90 dias, consecutivos ou não, só que nesse caso sem remuneração.
	Não existe a possibilidade de que a licença seja concedida por mais de 150 dias (60 mais 90), dentro do período de 12 meses.
LEI 8.112/90
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	Exemplo:
	Servidor pede licença para acompanhar tratamento da mãe, deferida por 30 dias em 05/03/2014 (início contagem dos 12 meses).
	Mas a recuperação da mãe foi mais lenta do que o esperado e ele pede a prorrogação por mais 30 dias.
	Até aí, a licença é remunerada.
	Após o fim da licença, volta ao trabalho, mas a solicita novamente por 20 dias em 12/11/2014 para acompanhar tratamento do filho, sendo deferida. Agora, a licença será sem remuneração, pois já ultrapassado o limite de 60 dias remunerados.
	Além disso, o servidor agora somente poderá solicitar mais 70 dias, até 05/03/2015, sem remuneração.
LEI 8.112/90
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	Licença por afastamento do cônjuge.
	Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 
	A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
LEI 8.112/90
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	IMPORTANTE
	Essa licença se aplica inclusive no caso em que o cônjuge ou companheiro não é servidor público.
	Se o cônjuge ou companheiro também for servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório do servidor que pede a licença em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
LEI 8.112/90
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	Licença para o serviço militar.
	Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. 
  Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
	
	A lei 8.112/90 não diz se se trata de licença remunerada ou não, deixando o assunto para a legislação específica.
	
LEI 8.112/90
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	Licença para atividade política.
	O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral . 
	Durante esse período, a licença será não remunerada.
 
	Porém, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, dessa vez remunerada, mas somente pelo período de três meses.
LEI 8.112/90
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	Exemplo:
	Servidor é escolhido como candidato a vereador pelo partido em 15/06/2012. Nesse caso, já poderá sair de licença, que será sem remuneração até a data do registro da candidatura.
	Digamos que a candidatura seja registrada no TSE dia 01/07/2012. A partir daí, se quiser, poderá continuar em licença até dez dias após a eleição (ou começar a tirá-la agora, se não a pediu antes) só que agora ela será remunerada, mas a remuneração ocorrerá somente por três meses.
	Assim, se a eleição for dia 05/10/2012, ele receberá somente até 01/10/2012, sendo que a partir daí a licença voltará a ser não remunerada.
LEI 8.112/90
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	Licença para capacitação.
	Após cada qüinqüênio (cinco anos) de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. 
	É uma licença remunerada.
	Os períodos de licença não são acumuláveis. Ou seja, se, vencidos os primeiros cinco anos, o servidor não pediu a licença, quando vencerem os próximos cinco anos ele perderá o direito à licença relativa aos primeiros cinco anos, não podendo, assim, tirar seis meses de licença.
LEI 8.112/90
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	Licença para tratar de assuntos particulares.
	A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos.
	
	Nesse caso, a licença será não remunerada.
 	
	A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
LEI 8.112/90
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	Licença para desempenho de mandato classista.
	É uma licença assegurada ao servidor para o desempenho de mandato em entidade sindical, associação de classe de âmbito nacional ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros.
	Ela é não remunerada e terá a mesma duração do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, uma única vez.
LEI 8.112/90
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	Na concessão da licença, serão observados os seguintes limites:
	I - para entidades com até 5.000 associados, 2 servidores; 
	II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, 4 servidores; 
	III - para entidades com mais de 30.000 associados, 8 servidores.
	A entidade na qual o servidor irá exercer o mandato deverá estar devidamente cadastrada junto ao órgão responsável.
LEI 8.112/90
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	Afastamentos.
	A Lei 8.112/90 prevê que os seguintes afastamentos ao servidor:
	I - para servir a outro órgão ou entidade;
	II - para exercício de mandato eletivo;
	III - para estudo ou missão no exterior;
	IV - para participação em programa de pós-graduação Strictu Sensu no País. 
LEI 8.112/90
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	Afastamento para servir a outro órgão/entidade.
	“Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: 
	I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
	II - em casos previstos em leis específicas.” 
	
	Nesse afastamento, o servidor continua vinculado (lotado) a sua unidade de origem (a unidade cedente), mas presta serviços em outra unidade (unidade cessionária). A cessão pode se dar tanto para unidades da Administração Direta como Indireta.
LEI 8.112/90
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	Afastamento para exercício de mandato eletivo.
	O afastamento para exercício de mandato eletivo aplica-se ao servidor que foi investido em cargo eletivo (prefeito, vereador, deputado etc).
	Não se confunde com a licença para atividades políticas, a qual aplica-se ao candidato.
	No caso de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado, sem direito à remuneração do cargo efetivo (do qual foi afastado), ou seja, receberá a remuneração do cargo eletivo.
	No caso de Prefeito, será afastado do cargo, mas poderá escolher entre a remuneração do cargo efetivo e a de Prefeito.
LEI 8.112/90
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	Afastamento para exercício de mandato eletivo.
	No caso de vereador:
	a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; 
	b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 
	No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse. 
	Uma vez investido no cargo não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa de onde exerce o mandato. 
LEI 8.112/90
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	Afastamento para estudo ou missão no exterior.
	Afastamento reservado para as hipóteses em que o servidor precisar ausentar-se do País para estudo ou para missão oficial no exterior:
	a) estudo: o servidor deixa o País para
participar de algum curso (pós-graduação, por exemplo);
	b) missão oficial: o servidor deixa o País na condição de servidor, representando a Nação em alguma tarefa específica. Não se aplica aos servidores da carreira diplomática.
	É um afastamento discricionário.
	De acordo com a Lei 8.112/90, o afastamento será concedido pelo Chefe do Poder respectivo.
LEI 8.112/90
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	A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 
	Ao beneficiado por essa licença não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
	As hipóteses, condições e formas para a autorização da licença, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, deverão disciplinadas em regulamento. 
	O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
LEI 8.112/90
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	Afastamento para participação em programa de pós-graduação Strictu Sensu no País.
	
	Pós-graduação “strictu sensu”: mestrado, doutorado e pós-doutorado.
	O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.
LEI 8.112/90
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	Requisitos:
	a) Mestrado e doutorado: servidor tem que ocupar cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 anos para mestrado e 4 anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, e não pode ter se afastado, nos 2 anos anteriores ao pedido:
	I) por licença para tratar de assuntos particulares;
	II) por licença para gozo de licença capacitação;
	III) por esse mesmo afastamento (pós-graduação strictu sensu).
LEI 8.112/90
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	b) Pós-doutorado: servidor tem que ocupar cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 4 anos, incluído o período de estágio probatório, e não pode ter se afastado, nos 4 anos anteriores ao pedido:
 	I) por licença para tratar de assuntos particulares;
	II) por esse mesmo afastamento (pós-graduação strictu sensu).
LEI 8.112/90
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	O servidor beneficiado por esse afastamento terá que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido. 
	Caso venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido esse período, deverá ressarcir o órgão ou entidade.
	Também terá que ressarcir o órgão ou entidade caso não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito.
LEI 8.112/90
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	Regime disciplinar do Servidor Público.
	A Lei 8.112/90 traz também o Regime Disciplinar do Servidor Público, elencando seus deveres, proibições e prevendo punições.
	Vejamos.
LEI 8.112/90
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	Deveres.
	O art. 116 da Lei 8.112/90 afirma serem deveres do servidor:
	“I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo”
	O servidor deve fazer seu serviço como se fosse a si mesmo.
	“II - ser leal às instituições a que servir”
	Ser leal significa que o servidor não deve agir contra a instituição que serve (exemplo de servidor que fornece informações ao cidadão sobre procedimento sigiloso de fiscalização contra ele instaurado ).
LEI 8.112/90
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	“III - observar as normas legais e regulamentares; 
	IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais”
	O servidor deve obedecer às disposições normativas e às ordens de seus superiores, exceto quando estas forem manifestamente ilegais (ex.: chefe que manda o subordinado agredir injustamente um contribuinte).
	Se o servidor obedecer a uma ordem manifestamente ilegal, responderá pelo ato, juntamente com o mandante, se a ordem for ilegal, mas não manifestamente, somente responde o mandante.
LEI 8.112/90
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	“V - atender com presteza: 
	a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
	b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
	c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.”
	Essas solicitações são consideradas como prioritárias, devendo ser atendidas com urgência.
LEI 8.112/90
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	“VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo”
	Irregularidade aqui tem o sentido de algo que não está regular, que não funciona bem, mas não se trata de má-fé (essa hipótese é tratada no inciso XII).Se o servidor vier a saber de alguma irregularidade, deverá comunicar imediatamente ao seu chefe, para que este tome as providências cabíveis para saná-la. 
	
	“VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público”
	O material e os bens de que o servidor se utiliza em serviço pertencem a toda a coletividade, e portanto devem ser conservados e utilizados com parcimônia.
LEI 8.112/90
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	“VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição”
	O servidor não deve levar para fora da repartição os assuntos profissionais e as informações a que tiver acesso em função do cargo.
	“IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa”
	Essa exigência aplica-se inclusive quando o servidor não estiver em serviço, Não se pode admitir, por exemplo, que um servidor explore uma banca de aposta de jogo do bicho nas horas vagas.
	“X - ser assíduo e pontual ao serviço”
	Ser assíduo é ir trabalhar todos os dias. Ser pontual é entrar e sair no horário estabelecido.
LEI 8.112/90
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	“XI - tratar com urbanidade as pessoas” 
	Urbanidade significa respeito, boa educação.
	“XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder”
	Esse caso trata de algum ato ou omissão dolosos, que atentem contra a lei.
	Deparando-se com uma situação dessas, o servidor deverá representar. A Lei 8.112/90 que a representação deverá ser encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. 
LEI 8.112/90
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	Proibições.
	O art. 117 da Lei 8.112/90 afirma ser proibido ao servidor:
	“I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato”
	Toda ausência do servidor deve ser autorizada pelo seu chefe.
	
	“II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição”
	Se o servidor sair com algum objeto ou documento da repartição sem autorização responderá pelos danos ocorridos a eles.
LEI 8.112/90
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	“III - recusar fé a documentos públicos”
	É inconcebível que a Administração duvide de si mesma, mesmo que se trata de documento expedido por esfera de governo distinta. Assim, o servidor não pode dizer, por exemplo, que não aceita uma certidão expedida por determinado órgão público.
	
	“IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço”
	O servidor não pode arrumar desculpas para não exercer alguma atividade de sua atribuição, mas deve, como já vimos, exercê-la com zelo e dedicação.
LEI 8.112/90
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	“V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição”
	O servidor deve ser profissional, e a repartição não é local de manifestações de opiniões pessoais, principalmente as que possam causar conflitos.
	“VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado”
	O servidor não pode “delegar” suas atribuições a terceiro, a não ser que seja um caso em que a
lei permita a delegação. Assim, um oficial de justiça, por exemplo, não pode pedir ao motorista que entregue uma determinada intimação a alguém em seu lugar.
LEI 8.112/90
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	“VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político” 
	O servidor pode até aconselhar alguém que se filie ao sindicato, por exemplo, mas isso deve ser feito sem coação e sem que isso prejudique o andamento do serviço.
	“VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil”
	O servidor não pode ter sob sua chefia imediata, cônjuge ou parentes até 2º grau (ex: filho, irmão, cunhado) ocupando cargos em comissão.
LEI 8.112/90
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	“IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”
	O servidor, em respeito ao princípio da impessoalidade, não pode se utilizar do cargo público para fins pessoais.
	Inclusive, via de regra, quando o ele o fizer estará praticando não só um ilícito administrativo, como também crime, como o de concussão ou corrupção ou ativa, por exemplo.
LEI 8.112/90
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	“X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário”
	O servidor pode ser sócio de empresa, mas não pode exercer sua administração (ser diretor ou sócio-gerente).
	Essa restrição não se aplica nos seguintes casos:
	I - participação em conselhos de administração e fiscal de empresas em que a União detenha participação no capital social ou em cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
	II - licença para trato de assuntos particulares observada a legislação sobre conflito de interesses. 
LEI 8.112/90
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	“XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro” 
	Essa proibição visa evitar o chamado “tráfico de influência”.
	“XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições” 
	Restrição que visa evitar parcialidade do servidor no exercício de suas atribuições.
LEI 8.112/90
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	“XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro”
	Visa a proteção aos interesses nacionais.
	“XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas”
	Praticar usura é emprestar mediante juros. Servidor não é banco.
	
	“XV - proceder de forma desidiosa”
	Desídia é desleixo, indolência, negligência. Já vimos que o servidor deve ser zeloso e dedicado.
LEI 8.112/90
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	“XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares”
	Um servidor não pode, por exemplo, utilizar-se de máquinas e tratores da Prefeitura para fazer terraplenagem em um terreno particular seu.
	“XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias”
	É o servidor em cargo de chefia que ordena ou permite que subordinado pratique atividade que não consta das atribuições do cargo. A lei, porém, permite que isso seja feito em situações de emergência e transitórias. Ex.: titular da repartição autoriza servidor que não é motorista a dirigir viatura por necessidade.
LEI 8.112/90
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	“XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho” 
	Esse inciso visa impedir:
	a) conflito de interesses entre o exercício do cargo e de outra atividade (ex: AFRFB que presta serviços de planejamento tributário).
	b) o prejuízo ao serviço público pelo exercício de outra atividade no horário de trabalho.
	“XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado”
	Essa proibição se justifica pelo fato de que a Administração deve ter total controle sobre os dados funcionais de seus servidores.
LEI 8.112/90
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	Penalidades disciplinares.
	
	De acordo com o art. 127 da Lei 8.112/90, são penalidades disciplinares aplicáveis ao servidor: 
	I - advertência; 
	II - suspensão; 
	III - demissão; 
	IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
	V - destituição de cargo em comissão; 
	VI - destituição de função comissionada. 
LEI 8.112/90
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	Advertência.
	
	A advertência é a penalidade disciplinar mais branda.
	É aplicada por escrito, nos casos de o servidor:
	I - ausentar-se do serviço sem prévia autorização; 
	II - retirar documento ou objeto da repartição sem autorização; 
	III - recusar fé a documentos públicos; 
	IV - dificultar o andamento de processo ou serviço; 
	V - promover manifestação de apreço/desapreço na repartição; 
LEI 8.112/90
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	VI - cometer a pessoa estranha o desempenho de atribuição de sua responsabilidade ou de subalterno; 
	VII - coagir ou aliciar subordinados para filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou partido; 
	VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
	A advertência também é aplicada no caso de inobservância de dever funcional previsto em lei ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
LEI 8.112/90
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*
	Competência para aplicação da advertência.
	A advertência será aplicada pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos.
	
	Cancelamento do registro da advertência.
	O registro da advertência será cancelado após 3 anos, se não for cometida outra infração no período.
	Prescrição.
	Praticada a infração, a Administração tem o prazo de 180 dias, a partir do momento em que tomou conhecimento do fato, para aplicar a advertência.
	A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até decisão final. 
LEI 8.112/90
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*
	Suspensão.
	
	A suspensão é aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.
	Ou seja, não sendo caso de advertência ou demissão, o servidor será suspenso.
	Também será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente.
LEI 8.112/90
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*
	Conversão em multa.
	
	Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
	
	Assim, por exemplo, se o servidor foi punido com 15 dias de suspensão, sua pena poderá ser convertida em multa, caso em que ele sofrerá desconto de 50% durante 15 dias.
LEI 8.112/90
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*
	Competência para aplicação da suspensão.
	a) suspensão de até 30 dias: chefe da repartição ou outra autoridade, na na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos (idêntico à advertência);
	b) suspensão superior a 30 dias: autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior às competentes para aplicar a demissão (são competentes para aplicar demissão o Presidente da República, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Presidente de Tribunal Federal e Procurador-Geral da República, de acordo com o Poder, órgão ou entidade a que pertence o servidor).
LEI 8.112/90
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*
	Cancelamento do registro da suspensão.
	O registro da suspensão cancelado após 5 anos, se não for cometida outra infração no período.
	Prescrição.
	Praticada a infração, a Administração tem o prazo de 2 anos, a partir do momento em que tomou conhecimento do fato, para aplicar a suspensão.
	A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição,
até decisão final. 
LEI 8.112/90
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*
	Demissão.
	
	A demissão é reservada para faltas graves, sendo aplicada nos seguintes casos: 
	I - crime contra a administração pública;
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público.
	II - abandono de cargo; 
	Abandono de cargo é a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias seguidos.
	III - inassiduidade habitual; 
	Entende-se por inassiduidade habitual a falta do servidor ao serviço, sem justificativa, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses. 
LEI 8.112/90
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	IV - improbidade administrativa;
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público.
	V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
	A incontinência pública refere-se ao comportamento do servidor fora do horário de serviço (ex: vício em jogos de azar ou embriaguez habitual). Já a conduta escandalosa na repartição refere-se a comportamento no ambiente de trabalho.
	VI - insubordinação grave em serviço
	Insubordinação é o descumprimento de determinações superiores. Será grave quando causar prejuízo para a repartição ou terceiros.
LEI 8.112/90
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	VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
	VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público.
	IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
	X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público.
	XI - corrupção; 
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público.
LEI 8.112/90
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	XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
	Vimos que o servidor somente pode acumular dois cargos públicos nas hipóteses previstas na CF. Se o fizer indevidamente, estará sujeito a ser demitido dos cargos que acumula ilicitamente, a não ser que faça opção por um deles no prazo de 10 dias a partir de intimação da Administração feita para este fim.
	XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público por 5 anos.
	XIV - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto nas hipóteses permitidas;
LEI 8.112/90
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	XVI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
	Obs.: Se for demitido por essa razão, o servidor não poderá retornar ao serviço público por 5 anos.
	
	XVI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
	XVII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
	XVIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
	XIX - proceder de forma desidiosa;   
LEI 8.112/90
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	Competência para aplicação da demissão.
	São competentes para aplicar demissão o Presidente da República, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Presidente de Tribunal Federal e Procurador-Geral da República, de acordo com o Poder, órgão ou entidade a que pertence o servidor.
	
	Prescrição.
	Praticada a infração, a Administração tem o prazo de 5 anos, a partir do momento em que tomou conhecimento do fato, para aplicar a demissão.
	A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até decisão final. 
LEI 8.112/90
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	Cassação da aposentadoria ou disponibilidade.
	
	A Lei 8.112/90 afirma que será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. 
	É aplicada pela autoridade competente para aplicar a pena de demissão.
	
	Destituição de cargo em comissão.
	Essa pena será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
	É aplicada pela autoridade que fez a nomeação.
LEI 8.112/90
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*
	Destituição de função comissionada.
	
	Aplica-se somente em relação ao servidor efetivo que ocupar função comissionada, pois somente servidores efetivos pode assumir essas funções.
	A Lei 8.112/90 não traz as hipóteses em que deve ser aplicada, mas entende-se que seria aplicada nos casos de infração apenada com demissão, sendo que nesse caso, a demissão do servidor do cargo efetivo acarretará necessariamente sua destituição da função comissionada.
LEI 8.112/90
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*
	Vencimento e remuneração.
	Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
	
	Muitas vezes é chamado de salário-base.
	
	É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes.
LEI 8.112/90
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*
	Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
	
	As vantagens podem ser indenizações, gratificações ou adicionais, e permitem diferenciação salarial para servidores do mesmo cargo em razão de fatores como: local de trabalho, atividade exercida e tempo de serviço.
	Elas podem ser temporárias (ex: indenizações e horas-extras) ou permanentes (ex: adicional por tempo de serviço).
	
	O vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens permanentes (remuneração), é irredutível, e não pode ser inferior ao salário mínimo. 
LEI 8.112/90
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*
	Descontos.
	Serão descontadas da remuneração do servidor:
	a) a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 
	b) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês seguinte ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. 
	Faltas justificadas ocorridas por caso fortuito ou força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo consideradas como efetivo exercício. 
	Salvo por imposição legal ou ordem judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 
LEI 8.112/90
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*
	Consignação em folha.
	Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. 
LEI 8.112/90
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*
	Reposição e indenização ao erário.
	As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.
 
	O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 10% da remuneração, provento ou pensão. 
LEI 8.112/90
*
*
	Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. 
	Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.
LEI 8.112/90
*
*
	Desligamento de servidor em débito com o erário.
	O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 
	
	A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. 
LEI 8.112/90
*
*
	Proibição de arresto, seqüestro ou penhora de remuneração.
	
 O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
LEI 8.112/90
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*
	Férias.
	O servidor fará jus a 30 dias de férias anuais, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço.
	Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. 
	
	É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço: isso quer dizer que o servidor não poderá compensar faltas com dias de férias.
	As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.
LEI 8.112/90
*
*
	O pagamento da remuneração das férias (adicional de férias) será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.
	
	Em caso de parcelamento, o servidor receberá o adicional de férias quando da utilização do primeiro período. 
  
	O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação. 
LEI 8.112/90
*
*
	As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 
	O restante do período interrompido será gozado de uma só vez.
LEI 8.112/90
*
*
	Processo Disciplinar.
	Praticada uma infração pelo servidor, a autoridade administrativa deve proceder à sua imediata apuração.
	A apuração da infração pode se dar por duas formas: abertura de sindicância ou abertura de processo disciplinar:
	“Art. 143.  A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
LEI 8.112/90
*
*
	a) Sindicância
	A sindicância é uma forma mais célere e menos formal de investigação administrativa, não sendo o seu rito disciplinado pela Lei 8.112/90.
	Somente pode ser utilizada para a aplicação das penalidades de advertência ou suspensão até 30 (trinta) dias. Se for o caso de aplicação de outra penalidade mais grave, será obrigatória a instauração de processo disciplinar (art. 146). 
	A sindicância deve ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta), a critério da autoridade superior.
	De acordo com o art. 145 da Lei 8.112/90, da sindicância podem resultar três providências:
	a) arquivamento do processo;
	b) aplicação de advertência ou suspensão de até 30 dias;
	c) instauração de processo administrativo disciplinar – PAD.
LEI 8.112/90
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*
	a) Sindicância
	A sindicância é uma forma mais célere e menos formal de investigação administrativa, não sendo o seu rito disciplinado pela Lei 8.112/90.
	Somente pode ser utilizada para a aplicação das penalidades de advertência ou suspensão até 30 (trinta) dias. Se for o caso de aplicação de outra penalidade mais grave, será obrigatória a instauração de processo disciplinar (art. 146). 
LEI 8.112/90
*
*
	O presidente da comissão deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 	Não pode participar de comissão de sindicância ou inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
	
	As reuniões e as audiências das comissões são reservadas. 
LEI 8.112/90
*
*
	Fases do Processo Administrativo Disciplinar.
	De acordo com o art. 151, o PAD se desenvolve nas seguintes fases:
	a) instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
	b) inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; 
	c) julgamento (decisão da autoridade instauradora). 
LEI 8.112/90
*
*
	O prazo para a conclusão do processo disciplinar não pode exceder 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
	Sendo necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. 
LEI 8.112/90
*
*
	Na fase de inquérito, serão produzidas todas as provas necessárias, garantido o contraditório e a ampla defesa ao acusado, que poderá acompanhar todos os atos do processo.
	Logo no início do inquérito, o indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sendo assegurada vista do processo na repartição.
	Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
LEI 8.112/90
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*
	O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. 
	Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Nesse caso, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital. 
LEI 8.112/90
*
*
	O indiciado citado que não apresentar defesa será considerado revel, devendo ser designado pela autoridade instauradora do processo um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
 	Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso e conclusivo pela inocência ou responsabilidade do servidor. 
	O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento. 
LEI 8.112/90
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	No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
	O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo (art. 169, §1º). 
	Se a penalidade a ser aplicada exceder a competência da autoridade instauradora, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. 
	Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave. 
LEI 8.112/90
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	O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. 
	Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. 
LEI 8.112/90
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	Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo.
	A autoridade que der causa à prescrição será responsabilizada.
 
	Quando a infração for crime, o PAD será remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando cópia na repartição. 
	O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da penalidade acaso aplicada. 
LEI 8.112/90
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	Afastamento preventivo.
	O art. 147 prevê a possibilidade de decretar-se o afastamento preventivo do servidor, por até 60 dias, prorrogáveis por mais 60, quando o servidor puder, de alguma forma, influir na apuração da irregularidade:
	“Art. 147.  Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. 
	Parágrafo único. O afastamento
poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.”
LEI 8.112/90
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