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VAMOS INICIAR O LIVRO LEMBRANDO 10 TEMAS QUE VOCÊ REALMENTE DEVE SABER. VAMOS TRATAR DESTES TEMAS A SEGUIR.
A Geografia é uma disciplina abrangente que envolve conteúdos relacionados a atualidades, como a chuva ácida, o clima, a vegetação, as regiões do país, os acontecimentos mundiais, entre outros assuntos. Devido a isso, a Geografia é cobrada nos vestibulares e no ENEM em questões interdisciplinares.
A Geografia pode ser uma das matérias mais complicadas para os alunos no vestibular e no ENEM, pois envolve muitos assuntos.
1. Relevo
É importante que os alunos tenham conhecimento sobre os processos de formação do relevo e quais são os principais tipos de relevo do Brasil. É necessário também ter conhecimento sobre como se deu a formação dos planaltos e montanhas. É necessário abordar ainda a ocupação do espaço geomorfológico brasileiro e as suas consequências.
2. Globalização
No assunto da globalização deve-se estar atento à internacionalização das relações econômicas entre os países, apoiadas nas novas tecnologias de comunicação e transporte. Esse processo de globalização é relacionado com o tipo de economia de cada país.
3. Urbanização
O tema referente à urbanização abrange assuntos relacionados ao crescimento da área urbana das cidades brasileiras aliado à falta de estrutura para receber esse grande contingente populacional, o que leva a problemas ambientais e sociais.
4. Energia Elétrica
São diversos os processos para a produção de energia no Brasil. É importante que os estudantes saibam quais são os principais tipos de fontes de energia que participam da matriz energética brasileira, como a eólica, a hidráulica, a biomassa, a solar e a das marés. É necessário conhecer as características dessas fontes de energia, saber como cada uma delas é obtida e quais são as consequências do uso destas para o meio ambiente.
5. Problemas Ambientais
Problemas ambientais são assuntos abordados com grande frequência no ENEM e nos vestibulares, não somente em questões relacionadas à disciplina de geografia, mas em todas as áreas do conhecimento. Isso ocorre porque esse é um assunto atual que envolve diversas potências mundiais. É importante que os alunos entendam quais são as causas e consequências dos problemas ambientais para os seres humanos. É aconselhável ainda que os estudantes conheçam os acordos feitos para tentar amenizar os problemas ambientais, como o Rio +10 e o Protocolo de Kyoto.
6. Clima
Elementos climáticos (como pressão atmosférica, umidade, temperatura, fatores que determinam o clima, mudanças climáticas e as suas consequências) são assuntos cobrados com frequência nos vestibulares e no ENEM. É importante também que o aluno esteja por dentro de temas como o aquecimento global e a camada de ozônio, tendo ideia de como eles podem afetar o clima mundial.
7. Teorias Demográficas
Saber quais são as teorias demográficas Malthusiana, Neomalthusiana e Reformista e as principais características delas é o gancho para este assunto. Além disso, recomenda-se conhecer os erros das teorias demográficas e a volta da Teoria Malthusiana após a segunda guerra mundial. Podem aparecer questões que relacionam passagens do livro “O Inferno”, de Dan Brown, pois a obra discorre sobre a população.
8. Migrações Internacionais
Esse é um assunto que exige cuidado, pois confunde os alunos e pode ser abordado de diversas maneiras. Esse tema inclusive já foi cobrado na redação do ENEM. Conhecer os novos fluxos migratórios, a motivação econômica e política destes migrantes, saber o que é xenofobia e como ela ocorre são os principais temas desta área. Pode ser abordada também a rota feita pelos haitianos para o Brasil, que é utilizada por migrantes de outras nacionalidades.
9. Solos
A formação dos solos é um processo que deve ser entendido tanto no contexto da ação do intemperismo químico quanto do físico, no que diz respeito à formação do relevo. Faz-se necessário entender, também, como a decomposição e o desgaste das rochas auxilia na formação dos solos. Em relação ao uso dos solos, os alunos devem saber quais são as formas sustentáveis de produção agrícola e quais causam degradação (como o agronegócio).
10. Recursos Hídricos
Saber que as áreas sedimentares, as regiões tropicais e as bacias hidrográficas são consideradas áreas estratégicas para o aproveitamento da agricultura em áreas secas através da irrigação, para a produção de energia renovável e para o transporte, na tentativa de reduzir seus os custos e aumentar a competitividade dos produtos agrícolas são os temas mais cobrados neste assunto.
RELEVO BRASIL
A estrutura geológica do Brasil compõe-se de maciços antigos e bacias sedimentares, não ocorrendo a existência de dobramentos modernos. O território brasileiro está distante de zonas de instabilidade tectônica – a mais próxima fica junto ao oceano Pacífico, nos países andinos – e localiza-se ao centro da placa sul-americana. 
Os maciços antigos (ou escudos cristalinos) são os terrenos mais antigos da crosta terrestre, sendo constituídos por rochas magmáticas e metamórficas. Nos maciços apareceram as jazidas minerais metálicos (ferro, ouro, manganês, prata, cobre, alumínio e estanho). No Brasil, representam 36% da superfície territorial. 
A epirogênese corresponde ao movimento vertical que ocorre em regiões afastadas das zonas de contato entre as placas e em áreas de rochas mais sólidas e estáveis. A pressão das forças internas provoca a fratura (ou a formação de falhas) nos blocos rochosos e o soerguimento ou rebaixamento do terreno na superfície.
Os principais tipos de falhas (Foto: Reprodução/ARRIBAS, San Miguel. Atlas de geologia.)
As bacias sedimentares resultam do acúmulo de sedimentos provenientes do desgaste das rochas, de organismos vegetais, animais ou de camadas de lava vulcânica solidificada. Podem conter grande quantidade de material fossilizado em suas camadas. Nessas estruturas se formam importantes recursos minerais energéticos como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral. A estrutura geológica brasileira é constituída predominantemente por bacias sedimentares, que recobrem 64% do território. 
Os dobramentos modernos são trechos da crosta de formação geológica recente composto de rochas menos rígidas, situadas relativamente próximas às zonas de contato entre placas (zonas convergentes). Devido à pressão de uma placa sobre a outra, essa parte da crosta dobra-se num processo lento (orogênese), dando origem às cadeias montanhosas como a Cordilheira do Andes, do Himalaia e a Cadeia dos Alpes, que apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica.
   
Estrutura geológica do Brasil 
Características do Relevo Brasileiro
A classificação do relevo brasileiro de Aroldo de Azevedo
O geógrafo Aroldo de Azevedo em 1950 classificou o relevo baseado na altitude e na geomorfologia, e dividiu o relevo brasileiro em planícies e planaltos. Ele estabeleceu que o limite entre esses dois tipos de relevo seria de 200 metros de altitude.
Geomorfologia: área da geografia que estuda as formas e a aparência da superfície terrestre.
Para esse autor, as planícies seriam as superfícies planas, com menos de 200 metros de altitude, enquanto os planaltos seriam superfícies sutilmente acidentadas, com mais de 200 metros de altitude.
Segundo essa classificação, o relevo do Brasil é dividido em oito áreas:
Planalto das Guianas, localizada no extremo norte do país, que compreende os estados de Roraima e Amapá e parte do Amazonas;
Planície Amazônica, que se estende por todo o estado do Acre, grande parte do Amazonas, e o norte do Pará;
Planalto Central, que abrange a maior área, nos estados do Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e partes do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Piauí;
Planície do Pantanal, composto pela região sul do Mato Grosso do Sul;
Planalto Atlântico, que compreende a área interior dos estados que estão mais próximos das regiões litorâneas, como São Paulo,Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e parte de Minas Gerais e do Nordeste;
Planície Costeira, que, pelo próprio nome, abrange a costa brasileira entre o Paraná e o Maranhão.
Planalto Meridional, localizado na região sul e parte de São Paulo;
E por fim, a Planície do Pampa, no extremo sul do estado do Rio Grande do sul.
Essa classificação é tradicional, e mesmo estando desatualizada, ainda é utilizada por ser simples e coerente com o relevo brasileiro.
O relevo do Brasil, segundo Aziz Ab’Saber
A segunda classificação do relevo brasileiro foi elaborada pelo também geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber, no fim dos anos 50. Ele apoiou sua análise nos processos de erosão e sedimentação causados pelos agentes internos e externos, principalmente pela ação do clima sobre as diferentes rochas, chamada geomorfoclimática.
Com esse critério, Aziz Ab’Saber modificou algumas áreas de relevo brasileiro antes classificadas por Aroldo de Azevedo, as planícies e planaltos não são classificados com base na altitude, e sim no predomínio dos processos sedimentares ou processos erosivos.
Para ele, os planaltos seriam correspondentes às superfícies planas, nas quais os processos erosivos predominam sobre os sedimentares, e as planícies seriam as superfícies que sofrem o processo contrário, independente dos níveis de altitude.
Comparando com a classificação anterior, houve uma divisão maior do território, compreendendo praticamente as mesmas áreas, no entanto, seguindo o critério geomorfoclimático.
Detalhe importante: o que para Aroldo de Azevedo seria a Planície do Pampa, pois estaria abaixo de 200 metros de altitude, para Aziz Ab’Saber se torna o Planalto Uruguaio Sul-Riograndense, pois nessa região, existe a perda de sedimentos, e portanto, a erosão predomina.
O relevo do Brasil para Jurandyr Ross
A classificação mais recente do relevo brasileiro é de autoria do doutor em Geografia Jurandyr Ross, que utilizou os dados do projeto RADAMBRASIL, que mapeou o território do país utilizando radares.
Além dos dados do projeto, o autor utilizou os dois critério anteriores para fazer uma classificação mais detalhada, e além disso, adicionou um tipo de relevo aos já observados anteriormente: a depressão.
Segundo a classificação de Jurandyr Gross
Os planaltos são as superfícies elevadas e planas, com mais de 300 metros de altitude e onde predominam os processos erosivos. São subclassificados em planalto sedimentar (de rochas sedimentares), planalto cristalino (de rochas cristalinas) e planalto basáltico (de rochas vulcânicas);
As planícies são as superfícies planas, com menos de 100 metros de altitude e onde o acúmulo de sedimentos é predominante. São subclassificadas em planície costeira (pela ação do mar), planície fluvial (pela ação de um rio) e planície lacustre (pela ação de um lago);
As depressões são as áreas formadas pelo processo de erosão, que tornam a superfície inclinada e com altitudes menores que as áreas do seu contorno. São subclassificadas em depressão absoluta (abaixo do nível do mar) e depressão relativa (acima do nível do mar).
As mudanças em relação às classificações anteriores foram significativas. Com a nova classificação, os planaltos se tornam o tipo de relevo predominante, ocupando a maior parte do território brasileiro.
As planícies passaram a ocupar um território menor, isso porque, nas classificações anteriores, muitas áreas consideradas planícies eram, na verdade, planaltos desgastados ou depressões.
MINERAÇÃO E PETRÓLEO
O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de minérios (todo mineral com valor econômico). As principais reservas brasileiras localizam-se nos maciços antigos (escudos cristalinos) e, por essa razão, tem evidência a extração dos minérios metálicos. Nas bacias sedimentares são explorados, entre outros, o petróleo e o carvão mineral. Diversas empresas brasileiras se destacam nesses setores, como é o caso da Petrobrás e da antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). 
As jazidas minerais estão distribuídas nas diferentes regiões do Brasil. No entanto, em alguns estados a produção mineral se destaca:
- Pará e Minas Gerais: ferro, manganês, cobre e alumínio.
- Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia: petróleo. 
- Estados da região Sul do Brasil: carvão mineral.
- Vários estados da Amazônia brasileira: ouro.
Distribuição da atividade petrolífera no Brasil 
Dinâmica climática e vegetação no Brasil
DINÂMICA CLIMÁTICA
O Brasil, por suas dimensões continentais, possui uma ampla diversificação climática, influenciada por sua extensão costeira, seu relevo e a dinâmica das massas de arsobre o território. As massas de ar atuam sobre as temperaturas e os índices pluviométricos nas diferentes regiões do país. As que mais interferem no Brasil (IBGE) são a Equatorial  Continental (mEc) e Atlântica (mEa); a Tropical, também Continental (mTc) e Atlântica (mTa); e a Polar Atlântica (mPa).
 
Características das massas de ar:
- mEc: quente e úmida 
- mEa: quente úmida 
- mTc: quente e sec
- mTa: quente úmida 
- mPa: fria e seca (no início, é feria e úmida)
 
No verão, quatro massas de ar quente exercem influência sobre o país: a mEc, a mEa, a mTa e a mTc, sendo seca apenas esta última. Portanto, o verão é o período das chuvas na maior parte do território brasileiro. Nessa estação do ano, a mPa pode avançar sobre a região Sul do país e provocar queda de temperatura e chuvas frontais.    
No inverno, a atuação da mEc é mais restrita à região Norte, a mTa continua a atuar no país e a mPa passa a atingir o território brasileiro, provocando baixas temperaturas na região Sul, Sudeste e na parte sul do Centro-Oeste, chegando até a região Norte, onde ocasiona o fenômeno da friagem. 
De acordo com a classificação climática de Strahler (1952), predominam no Brasil cinco grandes climas.
Domínios climáticos e climogramas do Brasil (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
CLIMA E VEGETAÇÃO
A variedade de paisagens vegetais do Brasil acompanha a diversidade de climas, que proporcionam a temperatura, a luminosidade e a umidade adequada para o desenvolvimento de determinados tipos de cobertura vegetal. As formações vegetais do país fazem parte dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Campos, Pantanal. 
Exploramos a relação entre regiões climáticas e vegetação para facilitar a compreensão:
 
Representação dos três degraus de vegetação da Amazônia
Clima equatorial – floresta amazônica 
 
O clima equatorial – quente, úmido e de baixa amplitude térmica - domina a região amazônica, na qual se desenvolve a floresta amazônica. Essas formações florestais apresentam árvores de médio e grande porte. Dividem-se em três grupos:
- mata de igapó – situadas nas áreas inundas pelos rios;
- mata de várzea – situadas na áreas inundadas apenas durante as cheias dos rios;
- mata de terra firme – situada nas áreas mais elevadas (70% da extensão amazônica), onde se encontram árvores latifoliadas (folhas grandes) e de grande porte, como o cedro e o mogno. 
 
A biodiversidade característica não encobre a fragilidade desse ecossistema. A floresta vive a partir de seu próprio material orgânico e seu equilíbrio é extremamente sensível a interferências. Denomina-se serrapilheira a camada superficial de material orgânico que cobre os solos, constituída de folhas, caules, frutas e galhos mortos, em decomposição (IBGE).
 
Mata Atlântica
Clima tropical úmido ou litorâneo – Mata Atlântica e mangues 
O clima tropical úmido acompanha uma estreita faixa costeira, estendendo-se de São Paulo ao Rio Grande do Norte. Caracteriza-se por temperaturas elevadas ao longo do ano, especialmente na região Nordeste. No litoral do Sudeste, as temperaturas podem cair no inverno com a chegada de frentes frias (mPa). As formações vegetais mais destacadas são a Mata Atlântica e os manguezais.  
 
Mangue
A Mata Atlântica apresenta grande biodiversidade, com árvoresde médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa, além de ecossistemas como as restingas e manguezais.
Os mangues são formados por plantas de raízes aéreas, isto é, que se projetam acima do nível das águas. Eles constituem a área de reprodução de muitas espécies como camarões e caranguejos. 
   
Cerrado
Clima tropical – cerrado e pantanal 
O clima tropical é típico da região Centro-Oeste, mas abrange também trechos do Nordeste e do Sudeste. É um clima quente, marcado por duas estações bem distintas: verão úmido e inverno seco. O cerrado é uma formação de arbustos e campos que apresenta algumas espécies de árvores. É uma formação vegetal caducifólia com raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul (22% da área nacional), reconhecido como a “savana brasileira” e considerado um dos hotspots mundiais de biodiversidade.
O bioma Pantanal apresenta uma área plana e de baixa altitude, que passa a exibir amplos trechos inundados durante a estação chuvosa (verão). É o bioma de menor extensão territorial no Brasil, embora apresente uma exuberante riqueza natural. Este bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai e sofre influência de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. 
Caatinga
O interior do Nordeste apresenta o clima menos úmido do Brasil e corresponde basicamente ao sertão nordestino. A vegetação é formada pela caatinga, que constitui um ecossistema rico e diversificado com formações rasteiras, arbustos e cactos. Os solos da caatinga são em geral férteis, com boa quantidade de minerais, porém são rasos, pedregosos e com pouca umidade. 
Entre os estados do Piauí e do Maranhão, em uma faixa de transição entre o sertão nordestino (caatinga) e a Floresta Amazônica, há uma extensa área conhecida porMata dos Cocais, um tipo de mata de transição constituída pelas palmeiras carnaúba e babaçu; geralmente acompanham os vales dos rios (mais umidade).
 
Clima subtropical – floresta e campos
O clima subtropical é típico da região Sul do país. A maior latitude e a atuação mais intensa da mPa na região determinam as temperaturas baixas durante o inverno, sobretudo nas áreas de maior altitude. No verão, entretanto, as temperaturas são elevadas - o clima subtropical é o que apresenta as maiores amplitudes térmicas anuais do país. Outro aspecto marcante é a regularidade na distribuição das chuvas durante o ano. 
Nas serras próximas ao litoral, distingue-se a Mata Atlântica, mas a vegetação predominante é a mata ou floresta de Araucária (mata dos Pinhais), espaçada por outras espécies, como o ipê e a erva-mate; tem como característica a folhagem pontiaguda (aciculifoliada).      
O Pampa (campos) está restrito ao estado do Rio Grande do Sul. As paisagens naturais do Pampa são variadas de serras, planícies e morros. Na América do Sul, os pampas estendem-se por uma área compartilhada por Brasil, Uruguai e Argentina. A estrutura da vegetação é mais simples e menos exuberante (se comparada às florestas). 
Domínios morfoclimáticos
DOMÍNIO AMAZÔNICO
Devido a sua localização geográfica e vasta extensão territorial, o Brasil é um país que possui uma grande variedade de climas e, consequentemente, isso se reflete na formação de diferentes tipos de vegetação. A relação é importante para a prova de geografia do Enem, por isso, fique atento.
O conceito de domínios morfoclimáticos foi utilizado pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, cujo objetivo era fazer um levantamento da diversidade paisagística do território brasileiro. Esse conceito estabelece uma associação ou integração entre diferentes elementos, como: relevo, tipos de solo, clima, hidrologia e as formas de vegetação.
Domínios Morfoclimáticos
Podemos identificar seis diferentes domínios morfoclimáticos e, entre eles, as chamadas faixas de transição.
Atualmente, o desmatamento é a grande preocupação em relação a esse domínio, que vem sendo destruído por várias atividades econômicas, entre elas: crescimento da atividade agrícola, principalmente pelo cultivo de soja, aumento do número de pastagens, implantação de projetos de mineração e a realização de atividade madeireira.
Domínio Amazônico
Localizado em sua maior parte na Região Norte do Brasil, esse domínio apresenta uma grande variedade de espécies animais e vegetais. 
O relevo é parte importante na distribuição geográfica desse domínio, pois como a área é formada por planícies e planaltos, podemos identificar três diferentes extratos na distribuição da vegetação:
- Igapó – área da floresta permanentemente alagada e onde encontramos espécies nativas como a vitória-régia, planta adaptada a essas condições de inundação.
- Mata de Várzea – áreas de inundações periódicas, de acordo com as cheias dos rios. Nesse extrato podemos destacar a presença de seringueiras (maniçoba e maçaranduba).
- Mata de Terra Firme – corresponde a áreas de terras mais altas onde encontramos árvores de grande porte, podendo atingir cerca de 65 metros.
 
Domínio Amazônico
Atualmente, o desmatamento é a grande preocupação em relação a esse domínio, que vem sendo destruído por várias atividades econômicas, entre elas: crescimento da atividade agrícola, principalmente pelo cultivo de soja, aumento do número de pastagens,  implantação de projetos de mineração e a realização de atividade madeireira. 
MARES DE MORROS
Localizada ao longo do litoral brasileiro, o domínio de mares de morros recebe esse nome em função de sua estrutura geológica. Formada por dobramentos cristalinos da Era Pré-Cambriana, esse relevo sofreu intensa ação erosiva ao longo dos milhões de anos, o que contribuiu para a formação de morros com vertentes arredondadas, chamadas de “morros em meia-laranja”.
Morros em "meia-laranja"
A vegetação característica desse domínio é a Floresta Tropical Úmida ou Mata Atlântica, que possui cerca de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são consideradas endêmicas. 
Essa foi, com certeza, a vegetação que mais sofreu os efeitos da devastação ambiental, promovida desde o período colonial até os dias de hoje. Os principais fatores responsáveis por essa destruição foram:
- a extração de Pau-Brasil, realizada pelos portugueses;
- a expansão das atividades agrícolas;
- o crescimento urbano-industrial.
Como consequência desse processo de destruição, dos 100% da mata original resta hoje apenas cerca de 7%, distribuídos em blocos isolados ao longo do litoral. É comum que esses fragmentos sejam encontrados apenas em áreas de difícil acesso, como em encostas íngremes.
CERRADO
O cerrado estende-se, em sua maior parte, pelos planaltos e chapadões do Centro-Oeste brasileiro. O cerrado típico é formado de arbustos e árvores de médio porte que, em geral, apresentam-se bem afastados uns dos outros. Os troncos e galhos possuem um aspecto retorcido e com casca bastante grossa.
As queimadas, ao contrário do que muitos imaginam, para esse tipo de domínio é de certa forma importante, pois contribuem para a reciclagem de nutrientes e, consequentemente, fazem surgir novas espécies após a passagem do fogo.
Após a década de 1950, o cerrado passou por um intenso processo de degradação ambiental, associado à abertura de rodovias e a construção de Brasília. 
Cerrado original e em 2002 (Foto: Reprodução/ISPN)
A expansão da fronteira agrícola é outro fator determinante para a ampliação do desmatamento. O cultivo da soja e a utilização de áreas do cerrado como pastagem contribuíram de maneira significativa para a ocorrência desse problema ambiental.
CAATINGA
Caatinga
Característica do sertão nordestino, esse tipo de domínio é específico dessa região, pois se relaciona diretamente ao clima semiárido, que apresenta baixos índices pluviométricos.
Essa vegetação é formada por plantas xerófilas, que são adaptadas a ambientes de clima seco e possuem a capacidadede armazenar água em seu interior. Além disso, os espinhos desses tipos de planta substituem as folhas, o que possibilita uma menor perda de água para o meio externo.
Depois da Mata Atlântica e do cerrado, a caatinga é o domínio morfoclimático mais alterado do Brasil, muito em função da utilização dessa região para a prática da agricultura e da criação de animais.
MATA DAS ARAUCÁRIAS
Localizada nas áreas de altitude da Região Sul do Brasil, a Mata das Araucárias ou dos Pinhais está associada a uma região de clima subtropical e, portanto, com temperaturas mais baixas se comparadas com as demais regiões do país.
Araucária
O pinheiro-do-paraná, formação vegetal predominante, é uma das árvores nativas da região. Sua utilização, ao longo do século XIX, principalmente por imigrantes italianos e alemães, estava associada à construção de casas e móveis. 
Restam hoje menos de 10% da mata original, principalmente em razão da utilização da madeira pelas indústrias de papel e celulose e moveleira.
PRADARIAS
Pampas gaúchos
Também conhecido por Pampa ou Campanha Gaúcha, esse domínio é composto por uma vegetação rasteira, formada por herbáceas e gramíneas.
Localizado no sul do país, em especial no estado do Rio Grande do Sul, essa região exibe relevo suavemente ondulado (coxilhas), onde se desenvolvem práticas como a pecuária extensiva e a agricultura da soja e do trigo. O pisoteio constante do gado e a prática da monocultura, respectivamente, têm levado à compactação e à redução da fertilidade do solo, gerando áreas desertificadas.
HIDROGRAFIA BRASIL
O Brasil é um país extremamente rico em rios, situando-se, no seu território, a maior parte das duas maiores bacias hidrográficas do planeta: a Amazônica e a Platina, composta pelas bacias do Paraná, Uruguai e Paraguai, cujos rios principais apresentam suas nascentes no território brasileiro.
A presença, no Brasil, de uma ampla rede hidrográfica é decorrente do fato de a maior parte do território brasileiro estar situada em domínios climáticos caracterizados pela ocorrência de elevados índices pluviométricos, ou seja, do tipo equatorial e tropical.
Os rios brasileiros são predominantemente volumosos e planálticos, ou seja, ricos em queda d’ água, o que significa dizer que apresentam, no seu conjunto, elevada potência hidráulica, isto é, grandes possibilidades para a instalação de usinas hidroelétricas.
Os cursos fluviais brasileiros são exorréicos, ou seja, têm co-mo destino final, de forma direta ou indireta, o oceano. São também, predominantemente, perenes — a exceção ocorre no Sertão Nordestino onde o clima semi-árido determina a existência de rios temporários.
Os rios brasileiros apresentam predominantemente regime pluvial-tropical: isso significa dizer que as suas águas pro-vêm das chuvas, com cheias de verão e vazantes de inverno.
Com exceção do rio Parnaíba — no Nordeste Ocidental ou Meio-Norte —, cuja foz tem forma de delta, e do Amazonas, que possui foz mista, os rios brasileiros apresentam foz na forma de estuário.
Mais de 90% da produção de energia elétrica no Brasil, da or-dem de 55 mil MW, são provenientes de usinas hidroelétricas, fato decorrente, entre outros fatores, da grande potência hidroelétrica do território brasileiro, da ordem de 250 mil MW.
A maior potência hidroelétrica do país encontra-se na Amazônia, ou seja, nas duas bacias hidrográficas presentes nessa região — a Amazônica e a do Tocantins. E a maior potência hidroelétrica instalada está na bacia hidrográfica do Paraná, no Centro-Sul do país.
A maior parte da produção de energia elétrica no Brasil está a cargo da Eletrobrás, por meio de suas subsidiárias, caso da Eletronorte, Chesf, Furnas e Eletrosul. Dentre as Estaduais destaca-se, pela quantidade de usinas instaladas, a Cesp — Cia Energética de São Paulo.
A usina de Itaipu, a maior do Brasil, apresenta uma potência instalada de 12.600W
A usina de Tucuruí, a segunda do Brasil, apresenta uma potência instalada de 4.245 MW, sendo a base de sustentação energética do Projeto Grande Carajás
O aproveitamento da energia elétrica na Amazônia é relativamente pequeno, fato que decorre, entre outros fatores, da distância das quedas d’água presentes na região (em sua maior parte situadas nos afluentes do rio Amazonas) em relação aos mercados consumidores do Centro-Sul.
Dentre as usinas hidroelétricas presentes no Complexo Regional Amazônico, destaca-se, por sua potência instalada, a de Tucuruí, no rio Tocantins, integrada ao sistema Eletronorte, que atende às necessidades energéticas, entre outras áreas, dos projetos minerais e industriais desenvolvidos no âmbito do Projeto Grande Carajás.
Dentre as usinas hidroelétricas presentes no Complexo Regional do Centro-Sul, destaca-se, por sua potência instalada, a de Itaipu, no rio Paraná, construída de comum acordo com o Paraguai e que atende, nos dias atuais, a parte considerável das necessidades energéticas do Sudeste e do Sul do país.
URBANIZAÇÃO
O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos.
Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a partir de 1950 que o processo de urbanização se intensificou, pois com a industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek houve a formação de um mercado interno integrado que atraiu milhares de pessoas para o Sudeste do país, região que possuía a maior infraestrutura e, consequentemente, a que concentrava o maior número de indústrias.
Gráfico com taxa de urbanização (Foto: IBGE)
A partir de 1970, mais da metade dos brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de serviços, como saúde, educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou de 13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.
DESIGUALDADES
As desigualdades econômicas e a dificuldade de determinadas regiões em se inserirem na economia nacional, possibilitou a ocorrência de uma urbanização diferenciada em cada uma das regiões brasileiras.
A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural. 
Na região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior parte deles vindos das regiões Norte e Nordeste. Desde o final da década de 1960 e início da década de 1970, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país.
Taxa de Urbanização das Regiões Brasileiras (IBGE)
	Região
	1940
	1950
	1960
	1970
	1980
	1991
	2000
	2007
	2010
	Brasil
	31,24
	36,16
	44,67
	55,92
	67,59
	75,59
	81,23
	83,4884,36
	Norte
	27,75
	31,49
	37,38
	45,13
	51,65
	59,05
	69,83
	76,43
	73,53
	Nordeste
	23,42
	26,4
	33,89
	41,81
	50,46
	60,65
	69,04
	71,76
	73,13
	Sudeste
	39,42
	47,55
	57
	72,68
	82,81
	88,02
	90,52
	92,03
	92,95
	Sul
	27,73
	29,5
	37,1
	44,27
	62,41
	74,12
	80,94
	82,9
	84,93
	Centro Oeste
	21,52
	24,38
	34,22
	48,04
	67,79
	81,28
	86,73
	86,81
	88,8
A urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.
Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
Mapa com grau de urbanização. (Foto: IBGE)
PROBLEMAS URBANOS
O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil irá trazer uma série de consequências, e em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas:
Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil.
Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.
Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que o problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades brasileiras.
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Diversos países, como Argentina, México e Brasil, iniciaram o processo de industrialização efetiva a partir da segunda metade do século XX, no entanto, o embrião desse processo no Brasil ocorreu ainda nas primeiras décadas de 30, momentos depois da crise de 29. Crise essa que ocasionou a falência de muitos produtores de café, com isso, a produção cafeeira entrou em declínio.
Quando se fala em industrialização do Brasil é bom ressaltar que tal processo não ocorreu em nível nacional, uma vez que a primeira região a se desenvolver industrialmente foi a Região Sudeste.
A industrialização brasileira nesse período estava vinculada à produção cafeeira e aos capitais derivados dela. Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o café exerceu uma grande importância para a economia do país, até porque era praticamente o único produto brasileiro de exportação. O cultivo dessa cultura era desenvolvido especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e algumas áreas de Minas Gerais.
Após a crise que atingiu diretamente os cafeicultores, esses buscaram novas alternativas produtivas, dessa maneira, muitas das infraestruturas usadas anteriormente na produção de transporte do café passaram, a partir desse momento, a ser utilizadas para a produção industrial.
Diante desse processo, a indústria brasileira começou a diversificar, no entanto, limitava-se somente à produção de produtos que empregavam pouca tecnologia, como setor têxtil, alimentício, além de fábricas de sabão e velas.
Vários foram os fatores que contribuíram para a intensificação da indústria brasileira, entre os principais estão: crescimento acelerado dos grandes centros urbanos graças ao fenômeno do êxodo rural, promovido pela queda do café. A partir dessa migração houve um grande aumento de consumidores, apresentando a necessidade de produzir bens de consumo para a população.
Outro fator importante para a industrialização brasileira foi a utilização das ferrovias e dos portos, anteriormente usados para o transporte do café, passaram a fazer parte do setor industrial. Além desse fator, outro motivo que favoreceu o crescimento industrial foi a abundante quantidade de mão de obra estrangeira, sobretudo de italianos, que antes trabalhavam na produção do café.
Um dos fundamentais elementos para a industrialização brasileira foi a aplicação de capitais gerados na produção de café para a indústria, a contribuição dos estrangeiros nas fábricas, como alemães, italianos e espanhóis.
O Estado também exerceu grande relevância nesse sentido, pois realizou elevados investimentos nas indústrias de base e infraestrutura, como ferrovias, rodovias, portos, energia elétrica, entre outros.
Mais tarde, após a Segunda Guerra Mundial, a Europa não tinha condições de exportar produtos industrializados, pois todo o continente se encontrava totalmente devastado pelo confronto armado, então o Brasil teve que incrementar o seu parque industrial e realizar a conhecida industrialização por substituição de exportação.
Nessa mesma década aconteceu a inserção de várias empresas derivadas de países industrializados que atuavam especialmente no seguimento da indústria automobilística, química, farmacêutica e eletroeletrônica. A partir de então, o Brasil ingressou efetivamente no processo de industrialização, deixando de ser um país essencialmente produtor primário para um Estado industrial e urbano.
Industrialização brasileira: de Vargas a FHC
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PRÉ-INDUSTRIALIZAÇÃO
Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi estruturado exclusivamente ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades econômicas fosse dispersa e com rara ou ausente interdependência. 
Dentre os produtos que compunham a pauta comercial brasileira destacaram-se a cana-de-açúcar, o algodão, o ouro, a borracha e o café.
Como tais atividades se encontravam dispersas no espaço, por convenção denomina-se de configuração em Arquipélago Econômico Regional (mapa Arquipélago Econômico Regional), isso por que as regiões brasileiras formavam uma espécie de ilhas.
IMPULSO INDUSTRIAL
Cabe destacarmos, aqui, o fato de que, ao apontarmos o início de integração nacional e da industrialização do Brasil a partir de 1930 não estamos, de modo algum, desmerecendo a presença de um incipiente número de fábricas em nosso território, mas buscamos ressaltar que o fenômeno entendido como industrialização passa a ser uma preocupação governamental, incentivada e sistematizada, em seu primeiro momento, pelo Estado.
A crise do modelo agrário-exportador, em fins de 1929, é sentida, no Brasil ao longo da década de 1930. Assim, temos uma relativização deste padrão econômico. Ao passo que os cafezais apontavam um declínio assustador de rendimento, os capitais (lê-se, investimentos) antes alocados no setor primário passam a ter seu eixo de gravidade modificado para as atividades tipicamente urbanas e, em especial, no setor secundário. A Crise do Café gerou, assim, diversas condições para a industrialização brasileira. Também estimulou a necessidade de produção de bens de consumo no país por conta da redução drásticadas importações.
A concentração de riqueza na Região Sudeste, principalmente no eixo Rio-São Paulo, faz com que haja também uma concentração de indústrias na região, destacando-se como pioneira na industrialização nacional. Diversos são os fatores que concorreram a favor do fenômeno, conhecidos por formarem a chamada economia de escala (ou de aglomeração):
I. concentração de infraestrutura de energia, comunicação e, sobretudo, transportes;
II. concentração de mão de obra qualificada (lembrando a entrada de mão de obra estrangeira, em sua maior parte, já qualificada para os serviços fabris);
III. concentração de mercado consumidor;
IV. rede bancária desenvolvida, por conta da presença de centros de produção de café. 
A organização do espaço industrial brasileiro é, assim, melhor compreendida por meio da atuação de diferentes administrações públicas federais. Algumas administrações merecem destaque: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, o período compreendido pela Ditadura Militar e, por fim, os governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
VARGAS E JK
Getúlio Vargas (1930-1945/1950-1954)
Caracterizado pela nacionalização da economia, em que foi adotado o modelo de Substituição das Importações, criando as chamadas indústrias de base necessárias para o impulso de outros ramos industriais. Foram criadas neste período a Companhia Siderúrgica Nacional, importante centro de produção de aço, a Companhia Vale do Rio Doce, atual Vale, empresa responsável pela exploração dos diversos minerais utilizados pelas indústrias e criou a Petrobras, importante produtora de energia. Cabe lembrar, também, a sistematização da Consolidação das Leis Trabalhistas, necessária para a organização das relações de trabalho que vinham sendo estabelecidas no país. 
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
JK, por sua vez, participa da organização do espaço industrial brasileiro por meio da internacionalização da economia. Tal prática política abriu espaço para a entrada de capitais (investimentos) estrangeiros, em especial aqueles ligados à indústria automobilística (“motor” da economia). Esse período é marcado pelo tripé da economia: capital estatal alocado em indústrias de base e em investimentos em comunicação, energia e transportes notadamente, ao passo que o capital privado nacional concentrou-se no investimento de indústrias de bens de consumo não duráveis e o capital privado internacional voltado ao desenvolvimento de indústrias de bens de consumo duráveis. O slogan “50 anos em 5” marcou o período em questão, onde foram edificadas altas taxas de crescimento econômico às custas da abertura da dívida externa. 
GOVERNOS MILITARES
Os diversos presidentes que compunham o período militar, entre 1964 e 1985, apresentaram duas características marcantes: modernização da economia e autoritarismo político. A modernização da economia deu-se via aprofundamento da dívida externa, responsável pela experiência do Milagre Econômico (1968-73), quando o Brasil apresentou exorbitantes taxas de crescimento econômico, acima de 10% ao ano.
Ao longo dos governos militares, foram surgindo sinais de desgaste do modelo político-econômico adotado nesse período. A década de 1980 é conhecida, nesse contexto, como “a década perdida”, pois neste período o Brasil vivenciou os maiores índices de inflação, com constantes correções monetárias diárias e retração da atividade industrial.
COLLOR E FHC
A década de 1990 é marcada pela implementação do modelo político-econômico neoliberal na administração pública federal, onde surgem as ondas de privatizações de nossas estatais. Período em que há um processo de desregulamentação da economia por meio da flexibilização das leis trabalhistas, maior abertura do mercado nacional para produtos, capitais e serviços internacionais, além da redução de investimentos em setores sociais e criação de agências reguladoras.
A onda de desconcentração espacial das indústrias que já vinha sendo registrada desde a década de 1970 sofre um efeito catalisador a partir desse período, por meio da chamada Guerra Fiscal, em que cidades em vários pontos do Brasil oferecem incentivos, e até mesmo renúncias fiscais e financiamento do parque industrial de  empresas, no intuito de hospedar empreendimentos.
POPULAÇÃO BRASILEIRA
Introdução 
 
A população brasileira atual é de 203,2 milhões de habitantes (Pnad 2014 - IBGE). Segundo as estimativas, no ano de 2025, a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. A população brasileira distruibui-se pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (85,3 milhões), Nordeste (56,2 milhões), Sul (29 milhões), Norte (17,2 milhões) e Centro-Oeste (15,3 milhões).
 
Taxa de Natalidade e de Mortalidade
Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas décadas. Isto ocorre, em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois filhos, em média.
A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2013 foi para 74,9 anos (dados do IBGE).
A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta características de equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na Europa.
Mortalidade Infantil
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil. Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Já no íltimo Censo feito pelo IBGE em 2010, o índice verificado foi de 15,6 por mil.
 
Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil. 
Este índice tem caído no Brasil em função, principalmente, de alguns fatores: melhorias no atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene (saneamento básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, etc.
 
Outros dados da População brasileira 
 
- Crescimento demográfico: 1,17% ao ano (2000 a 2010) **
 
- Expectativa de vida: 73,4 anos **
- Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 *
- Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 *
- Taxa de fecundidade total: 1,74 ***
- Estrangeiros no Brasil: 0,23% **
- Estados mais populosos: São Paulo (41,2 milhões), Minas Gerais (19,5 milhões), Rio de Janeiro (15,9 milhoes), Bahia (14 milhões) e Rio Grande do Sul (10,6 milhões). **
- Estados menos populosos: Roraima (451,2 mil), Amapá (668,6 mil) e Acre (732,7 mil). **
- Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (228,2 mil).**
- Cidade mais populosa: São Paulo-SP (11,2 milhões). **
- Proporção dos sexos: 98,4 milhões de homens e 104,7 milhões de mulheres. (Pnad 2014 - IBGE)
- Vivem na Zona Urbana: 172,8 milhões de habitantes, enquanto que na Zona Rural vivem 30,3 milhões de brasileiros. (Pnad 2014 - IBGE).
- Pessoas que vivem sozinhas: 14,4% ***
 
Fontes: IBGE  * 2005 , ** Censo 2010, *** IBGE (Síntese de Indicadores Sociais 2015, referente ao ano de 2014)
Etnias no Brasil (cor ou raça)
Pardos: 43,1%
Brancos: 47,7%
Negros: 7,6%
Indígenas:0,4%
Amarelos: 1,1%
Pirâmide Etária Brasileira
Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicam que, no máximo 40 anos, a pirâmide etária brasileira será semelhante à da França atual. O país terá taxa de natalidade mais baixa e, com isso, média de idade maior. Há 50 anos, o país tinha o mesmo perfil etário do continente africano hoje: muitos jovens e crianças. Desde então, a população do país cresce em ritmo cada vez mais lento.
De acordo com o IBGE, a expansão demográfica média anual foi de apenas 1,17% nos últimos dez anos, ante 1,64% na década anterior. Nos anos 60, era de 2,89%.
A projeção oficial da população do IBGE cravou 201.032.714 de pessoasvivendo no país em 2013. Eram 199.242.462 no ano passado.
A partir de 2043, o país sofrerá um declínio de população, que terá prováveis implicações na economia com menos pessoas para produzir e gerar renda.
A redução da população será acompanhada de um aceleradoenvelhecimento. O grupo de mais de 65 anos será mais de um quarto (26,7%) dos brasileiros em 2060. Hoje, representa 7,4%.
O IBGE atribui o aumento do número de idosos à maior expectativa de vida e especialmente à queda da taxa de natalidade.
Em 2013, a taxa de fecundidade ficou em 1,77 filho por mulher – em 2000, estava em 2,39 filhos. Desde 2007, o índice já é menor do que o necessário para repor a população – já que um casal tem de ter, ao menos, duas crianças para “substituí-los”.
Por trás desse novo perfil, está a mudança do papel da mulher, sua maior inserção no mercado de trabalho e o aumento da sua escolaridade.
O Brasil terá de enfrentar em curto prazo os problemas causados pela queda populacional, que já ocorre em muitos países. Um país que perde população é uma sociedade em decadência. Há perda de poder econômico, menos pessoas em idade para trabalhar, para pagar impostos e para manter a Previdência dos mais velhos.
No entanto, o envelhecimento da população não é “ruim”, mas, sim, “algo se comemorar”. As pessoas estão vivendo mais e isso é uma boa notícia.
A mudança demanda ações de governo e da sociedade. Vamos precisar ampliar os serviços e os cuidados à população idosa. Ao mesmo tempo, serão menos necessários os serviços para as crianças.
O país vive agora o chamado bônus demográfico: quando a população em idade ativa (de 15 a 65 anos) é maior do que a de crianças e idosos, dependentes do sustento desse outro grupo.
O país deve aproveitar esse período para investir em formação e treinamento do jovem para aumentar a produtividade.
O país deve começar a se preparar para as transformações que já acontecem em países como a França. Temos a oportunidade de antecipar discussões como a da reforma da Previdência. Com um número de pessoas em idade ativa menor do que o de idosos, a solvência do sistema ficará ameaçada. Porém, até atingir esse estágio, o país será beneficiado pelo chamado “bônus demográfico”, caracterizado pela maior presença de adultos na sociedade. O predomínio da população produtiva vai dar condições de minimizar o impacto do envelhecimento nas contas públicas.
A redução do número de crianças deve permitir ao país melhorar acesso e qualidade da educação sem aumentar muito os investimentos. Haverá também transformações no mercado de produtos e serviços. Com mais adultos e idosos, são esperadas mudanças nos serviços de saúde, na construção civil e até em lazer.
O país vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A economia vai ter que se adaptar às novas necessidades de consumo dessa população.
Classificar isto:
GEOPOLÍTICA
Apresentamos os pontos de tensão da política internacional que representam um maior risco para os mercados. O abate de um avião russo por parte da Turquia mostrou porque é que a geopolítica importa para os mercados financeiros. Os mercados globais caíram na terça-feira passada devido a receios de que o incidente inflamasse ainda mais as tensões entre Moscovo e o ocidente. A Turquia é um membro da NATO, o que significa que os EUA a terão de defender de qualquer potencial resposta militar da parte da Rússia. Poucos esperam que o incidente cause uma guerra, mas o simples facto de que um país da NATO abateu um avião russo colocou os investidores de sobreaviso. Aqui está um sumário de outros pontos sensíveis da geopolítica mundial que têm potencial para provocar sérios danos à economia mundial e ao mercado de ações dos EUA em 2016.
TERRORISMO
O Estado Islâmico aparenta colocar o risco geopolítico mais assustador de todo o mundo no presente momento. Os ataques de Paris, em que 130 pessoas foram mortas através de atos coordenados de violência através da cidade mostraram que o grupo terrorista constitui uma ameaça mais avançada do que o que anteriormente se pensava. Os mercados dos EUA contudo reagiram bem na semana passada apesar da trágica perda de vidas. O S&P 500 subiu mais do que 3,3% durante a semana. “O terrorismo é algo que infelizmente os mercados não encaram como um desenvolvimento permanente. É horrível e chocante, mas os mercados encaram-no como um acontecimento pontual,” diz Ed Yardeni, presidente da consultoria de investimento Yardeni Research. Mesmo assim os mercados estariam sob grande pressão caso ocorressem ataques em mais de uma cidade, que ameaçariam a economia e o comércio global. O recente caso do “congelamento” de Bruxelas devido a um ataque terrorista iminente demonstra esse risco. O Estado Islâmico ameaçou ataques nos EUA, e outros grupos terroristas, como a Al Qaeda e o Boko Haram, também pretendem atingir interesses ocidentais.
RÚSSIA
Ultimamente tem parecido que a Guerra Fria nunca chegou a terminar. O presidente russo Vladimir Putin continua a confrontar o ocidente em múltiplas frentes, da Ucrânia à Síria, passando pela cibersegurança. Os EUA e os seus aliados têm respondido com sanções duras que exacerbaram o impacto da queda dos preços do petróleo na economia russa, que está agora em profunda recessão, contraindo em três trimestres consecutivos. Além disso, a intervenção russa na guerra civil síria só complicou as tensões com o ocidente. Esse ponto é bem ilustrado pelo abate de um avião russo por parte da Turquia. “A Rússia será o preeminente desafio geopolítico para os EUA e o ocidente. Será difícil conter as suas ambições,” diz o analista militar da CNN, Cedric Leighton, um antigo agente de informações da força aérea dos EUA.
CHINA
As tensões têm subido em relação as reivindicações territoriais chinesas no Mar do Sul da China. A disputa coloca a China contra as Filipinas, Taiwan, Vietnam e outros países vizinhos que reivindicam a posse de ilhas chave e da área circundante. Os países mais pequenos receiam perder acesso a uma rota logística importante e a áreas de pesca, assim como também receiam que a China militarize a região. A China fez aumentar as tensões no ano passado ao lançar operações massivas de dragagem de modo a tornar recifes em ilhas artificiais que considera serem seu território. Em outubro um navio da marinha dos EUA furou a barreira de 12 milhas ao redor das ilhas pela primeira vez, fazendo com que Pequim considerasse a operação dos EUA “uma provocação muito séria”. O incidente revela como as relações entre os EUA e a China são delicados em muitas áreas, incluindo o comércio e a cibersegurança. Os dois países estão também em constante batalha pela influência sobre outros países, da Ásia à América Latina. Depois de anos de crescimento explosivo, a economia chinesa está a desacelerar. Esse abrandamento ameaça a economia global, tal como é evidenciado pelo susto que assolou os mercados de todo o mundo no verão passado.
SÍRIA E ORIENTE MÉDIO
A Síria é o epicentro do caos que está a varrer o Médio Oriente e a enviar ondas de choque para o resto do planeta. A guerra civil que assola o país dura já perto de cinco anos, causando centenas de milhares de mortos, criando milhões de refugiados e impulsionando a ascensão do Estado Islâmico. Um acordo compreensivo que permitapor fim à guerra civil tem iludido os EUA, e Leighton afirma acreditar ser “altamente improvável” que tal acordo seja conseguido em breve. Agora a Europa está a lutar para descobrir o que fazer com o fluxo de refugiados sírios, especialmente na sequência dos ataques terroristas de Paris.
CIBERSEGURANÇA
Os ataques informáticos constituem uma ameaça particularmente vexante. Os ataques informáticos tem movido para algo além de simples atividades ilegais, tais como roubar números de cartões de crédito, para ações criminais mais sofisticadas. Hackers politicamente motivados atacam atualmente redes de todas as entidades, do governo dos EUA a Wall Street, e até mesmo o Estado Islâmico. E hackers financiados pela Rússia, China e outros países estão também a conduzir espionagem económica com o objetivo de roubar segredos comerciais valiosos e outra tecnologia militar sensível. Terroristas como o Estado Islâmico usam a internet para propaganda e comunicações, mas a situação pode ficar ainda mais perigosa. “Há o potencial de que os terroristas se tornem mais sofisticados nesta área e usem a internet para propósitos destrutivos,” disse Michael Moran, diretor de análise de risco global na empresa de consultoria Control Risks.
OS RICOS INESPERADOS
Os maiores riscos para os mercados globais são aqueles mais inesperados. Tal poderia ser uma confrontação entre dois países como o Paquistão e a Índia, que não estão atualmente em guerra mas que têm um historial de conflituosidade. A Coreia do Norte também é sempre uma incógnita. Especialmente tendo em conta o quão pouco se sabe acerca da saúde e poder de Kim Jon-un, o líder solitário do empobrecido país. Leighton disse que os investidores deveriam também ter um olhar cuidadoso sobre África. Empresas americanas como a Starbucks estão a começar a ganhar mercado no continente, mas o grupo terrorista Boko Haram permanece uma ameaça persistente e a corrupção é um problema constante. A China está também a competir para aceder aos vastos recursos naturais do continente.
Globalização
A Globalização é um processo de aprofundamento das relações econômicas, sociais,culturais e políticas entre os povos espalhados pelo mundo. Ela pode ser localizada com nitidez a partir do século XV, durante o período mercantilista, quando as nações europeias lançaram-se ao mar em busca de novas terras e riquezas.
Não obstante, o século XVIII caracterizou-se por um acréscimo ainda maior no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, especialmente nas novas colônias europeias, onde o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes e estabeleceu relações comerciais e culturais em níveis sem precedentes.
Esse conjunto de transformações, de ordem política e econômica, intensificaram-se, sobretudo, no final do século XX, com destaque para o período pós Segunda Guerra Mundial. Após a queda da União Soviética, o neoliberalismo irá ganhar força e impulsionar o processo de globalização econômica pelos quatro cantos do mundo.
Globalização Econômica e Cultural
Um fato notável da globalização é o acúmulo de conhecimentos, o qual provoca aumento no compasso das transformações nos meios de produção e tem como consequência o barateamento do método produtivo das indústrias.
Assim, desde os primórdios, notamos uma dispersão da cadeia de produção, pelas quais fabricarão suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos pela exploração da mão-de-obra, matéria-prima e energia nos países em desenvolvimento. Podemos também imaginar a globalização como um processo que visa constituir e aperfeiçoar uma rede de conexões com o objetivo de encurtar as distâncias, facilitando as afinidades culturais e econômicas, posto que estabeleça a conexão entre os países e as pessoas de todo mundo.
Nesse sentido, as instituições financeiras (bancos, casas de câmbio), criaram um sistema eficaz para beneficiar a transferência de capital e comercializar ações em escala mundial. A criação de blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros, é outra consequência da globalização. Com este propósito, surgem a União Europeia, o Mercosul, o NAFTA, o Pacto Andino e a APEC.
Estas relações entre os países gerou a necessidade de expandir seus mercados e conduziu as nações à abertura econômica para produtos de outros países, fortalecendo a implementação de uma ideologia iluminista conhecida como Liberalismo. Contudo, o consumidor (que passa a ser uma nova categoria de cidadão) teve acesso a produtos importados de qualidade a baixo custo. Contribui este processo a universalização do acesso os meios de comunicação pelo barateamento das tecnologias e dos métodos de produção.
A globalização tem como seu ícone mais notável a internet, uma rede planetária de computadores, possível graças a pactos entre diferentes entidades públicas e privadas por todo mundo. Sem espanto, a língua inglesa torna-se fundamental na Internet, como uma forma rápida eficiente e totalmente nova para se relacionar com pessoas de outros países.
 
Vantagens e Desvantagens
A mesma globalização dos avanços tecnológicos que torna mais fácil a vida das pessoas, posto que facilita o fluxo de informação e de capitais mediante estas inovações nas áreas das Telecomunicações e da Informática, também pode ser perniciosa quando atrai investimentos a uma determinada região. Afinal, temos de salientar que a maior parcela do dinheiro fica entre os países mais desenvolvidos que investem o capital numa relação desproporcional, o que gera uma brutal concentração da riqueza.
Agora que você já sabe o que é globalização, conheça os conceitos de Liberalismo e Neoliberalismo.
CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS
Um dos aspectos mais proeminentes do mundo globalizado e da atual ordem mundial é a formação dos acordos regionais, mais conhecidos comoblocos econômicos, que, ao invés de se estabelecerem como um contraponto à integração mundial da globalização, atuaram no sentido de intensificá-la. Hoje em dia, existem diferentes tipos de blocos econômicos que se organizam em diferentes denominações e níveis de integração entre os seus países-membros.
Dessa forma, como existem diferentes objetivos e distintos níveis de avanço em termos econômicos entre os acordos regionais, adota-se uma classificação dos blocos econômicos a fim de melhor estudá-los. Sendo assim, eles são postos em uma hierarquia que vai desde a zona de preferências tarifárias até uma união econômica e monetária. Confira:
Zona de preferências tarifárias: é um passo inicial de integração entre os países, de forma que esses adotam apenas algumas tarifas preferenciais envolvendo alguns produtos, tornando-os mais baratos em relação a países não participantes do bloco.
Exemplo: ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).
Zona de livre comércio: consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas alfandegárias dos produtos comercializados entre os países-membros. Assim como o tipo anterior, trata-se de um acordo meramente comercial.
Exemplos: NAFTA (Tratado de Livre Comércio das Américas), CAN (Comunidade Andina), entre outros.
União Aduaneira: trata-se de uma zona de livre comércio que também adotou uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma tarifa que visa taxar os produtos advindos de países não membros dos blocos. Dessa forma, além de reduzir o preço dos produtos comercializados entre os países-membros, a União Aduaneira ainda torna os produtos de países externos ao bloco ainda mais caros.
Exemplo: Mercosul (Mercado Comum do Sul). A TEC, nesse caso, é adotada apenas entre os seus membros efetivos (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela).
Mercado Comum: é um bloco econômico que conta com um avançado nível de integração econômica, indo muito além de um acordo comercial, pois envolve a livre circulação de produtos, pessoas, bens, capital e trabalho, tornando as fronteiras entre os seus membros quase que inexistentes em termos comerciaise de mobilidade populacional.
União Política e Monetária: consiste em um mercado comum que ampliou ainda mais o seu nível de integração, que passa a alcançar também o campo monetário. Adota-se, então, uma moeda comum que substitui as moedas locais ou passa a valer comercialmente em todos os países-membros. Também é criado um Banco Central do bloco, que passa a adotar uma política econômica comum para todos os integrantes.
O único exemplo de mercado comum e, ao mesmo tempo, de união política e monetária é a União Europeia, que é hoje considerada o mais importante bloco econômico da atualidade em razão do seu avançado nível de integração. Em muitos casos, essa integração alcança até mesmo as decisões políticas que eventualmente são tomadas em conjunto pelos países-membros.
BLOCOS ECONÔMICOS
Com a globalização do comercio, as comunicações e os negócios, a necessidade de formar blocos econômicos entre países com interesses comerciais e políticos comuns se tornou numa boa pratica para propiciar um melhor relacionamento, entendimento e a procura de soluções a problemas comerciais que motivem as economias e incrementem as possibilidades de negocio e crescimento da população. A redução ou isenção de impostos é uma das principais medidas adotadas pelos blocos econômicos.
Principais Blocos Econômicos
MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul foi oficialmente constituído no ano 1991. Atualmente esta conformado por: Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Venezuela como novo membro, ingressando no bloco no ano 2012. O MERCOSUL também possui relações estreitas com Chile e Bolívia. Os países sul americanos tem como principal objetivo reduzir as barreiras comerciais e aumentar o comercio de bens e serviços. 
União Europeia
Alemanha, Franca, Reino Unido, Irlanda, Espanha, Itália, Grécia, Bélgica, Dinamarca, Portugal, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Áustria, Finlândia e Suécia conformam a União Europeia, constituída oficialmente no ano 1992 através do Tratado de Maastricht. O bloco possui um sistema financeiro e bancário comum, com o EURO como moeda para todos os países membros, se bem o Reino Unido também conserva sua moeda própria, a Libra esterlina. Os cidadãos dos países membros do bloco econômico podem residir livremente no pais da União Europeia que desejem. As políticas comuns também são um dos principais objetivos da União Europeia, visando melhorar as políticas trabalhistas, imigração, combate ao crime, defesa, entre outras. O bloco esta constituído pela Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.
NAFTA
O Tratado Norte-Americano de Livre Comercio ou NAFTA foi oficialmente constituído no ano 1994 e esta composto por México, Estados Unidos e Canadá. Esse bloco econômico tem como objetivo manter políticas comuns em quanto a barreiras alfandegárias, padrões, leis financeiras, e vantagens de acesso aos mercados dos países membros.
COMUNIDADE ANDINA DE NACOES – PACTO ANDINO
O Pacto Andino foi constituído no ano 1969 por Peru, Bolívia, Equador e Colômbia. O objetivo principal foi a integração comercial e acesso aos mercados. O bloco tem como principal parceiro aos Estados Unidos.
APEC
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico ou APEC foi oficialmente constituída no ano 1993 na Conferencia de Seattle, nos Estados Unidos. Pensado para ser o maior bloco econômico do mundo, o mesmo ainda no 2012 não esta em completo funcionamento e se estima que possa começar suas atividades totalmente para o ano 2020. Esse bloco esta composto por China, Japão, Taiwan, Coréia do Sul, Vietnã, Filipinas, Brunei, Indonésia, Tailândia, Malásia, Hong Kong, Cingapura, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Peru, México, Canadá, e Papua Nova Guiné.
Economia mundial
Conjunto de atividades econômicas desenvolvidas em todo o mundo. A forma de ganhar dinheiro, de obter rendimentos, de gastá-los ou poupá-los para obter riqueza, depende de como o dinheiro é ganho, gasto e poupado no restante dos países. Estes vínculos internacionais existem há muito tempo, mas, devido às mudanças de natureza, a sua intensificação e ampliação, a economia mundial atual é bem diversa da economia internacional anterior.
Ao abordar este tipo de economia, estão sendo abordadas as relações internacionais existentes desde o surgimento do comércio, e também é afirmado que a produção, o consumo, o investimento, as finanças e qualquer outra atividade econômica estão organizadas em escala mundial. Isto significa que as instituições nacionais possuem poder restrito para influir sobre sua própria atividade econômica. Os governos têm pequena margem de manobra para mudar o nível de emprego ou mudar o saldo da balança de pagamentos, através de sua política fiscal ou monetária. São necessários, portanto, acordos com outros governos ou, no caso de países com economias frágeis, adequar-se ao movimento econômico mundial de acordo com as condições impostas pelas instituições internacionais, mais concretamente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Por outro lado, as empresas nacionais estão sendo substituídas por grandes multinacionais.
Existem três importantes mecanismos integrando a economia mundial: o comércio, a produção e as finanças. O comércio é medido pelas exportações e importações de bens e serviços. É freqüente a idéia de que o comércio internacional está limitado ao intercâmbio de bens acabados, mas o correto é que uma elevada percentagem das transações é produzida pelo intercâmbio de bens produzidos em vários países e montados em outros que, por sua vez, exportarão o bem acabado a outros, fato que reflete a globalização do próprio processo produtivo. Isto significa que as grandes corporações multinacionais produzem cada componente do produto no país que lhe ofereça melhores condições para sua fabricação. Quanto às finanças, a operação internacional mais simples é a compra e venda de divisas.
As condições econômicas predominantes em cada país dependem em grande parte do que ocorre na economia mundial, refletida no comércio internacional, na produção global e nas finanças internacionais. Outros fatores que contribuem para a integração da economia dos diversos países em uma única economia mundial, são as migrações e a difusão internacional da tecnologia. Embora ocorra esta integração, o resultado não é homogêneo, como o demonstra o crescimento desigual econômico dos diferentes países, permitindo que alguns enriqueçam enquanto outros empobrecem.
QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A edição deste ano do Fórum Econômico Mundial, em curso em Davos, na Suíça, tem como tema central a chamada "Quarta Revolução Industrial". Essa realidade, que já começamos a experimentar no dia a dia, significa uma economia com forte presença de tecnologias digitais, mobilidade e conectividade de pessoas, na qual as diferenças entre homens e máquinas se dissolvem e cujo valor central é a informação.
Mas, será que o Brasil está preparado para essa nova revolução?
Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, o país se saiu bem na redução de desigualdade social na última década, mas precisa investir mais em educação e inovação para obter ganhos em produtividade e geração de empregos nesta nova economia.
"O grande desafio à frente é manter os avanços sociais e estimular o aumento da produtividade", afirmou Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), órgão ligado à ONU.
"Novos pactos sociais" são importantes para que esse momento de rompimento econômico transforme-se em oportunidades, avalia.
"É necessário construir novas alianças que transpassem partidos políticos e viabilizem condições para a criação de um novo ciclo de investimento", disse Bárcena. "Integrar mercados regionais em tecnologias-chave, por exemplo com a criação de um mercado digital comum, e o incentivo a cadeias regionais de tecnologias e produtos verdes."
O Brasil tem elevado o investimento direto em educação. No período compreendidoentre a virada do milênio e 2013, o total cumulativo investido por estudante ao longo da vida acadêmica, do jardim de infância à universidade, passou de R$ 106 mil para R$ 162 mil. O aumento de mais de 50% tem base em dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), vinculado ao Ministério da Educação.
 "Quarta Revolução Industrial" é tema do Fórum Econômico Mundial, em curso na Suíça
Ainda assim, o Brasil permanece abaixo da média dos países ricos, conforme retrata o Pisa, ranking internacional que avalia a qualificação de estudantes do mundo todo.
No levantamento de 2012 foi observado que quase metade dos alunos não apresenta competências básicas de leitura. Além disso, outra análise da mesma organização, mas de 2015, estimou que os estudantes brasileiros são muito fracos na capacidade de navegar sites e compreender leituras na internet, ficando à frente apenas da Colômbia e dos Emirados Árabes em um ranking com 31 países.
Inovação digital
As três revoluções industriais anteriores tiveram início nos países desenvolvidos, chegando com atraso ao Brasil. A primeira foi a iniciada no fim do século 18, quando água e vapor foram utilizados para mover máquinas na Inglaterra. A segunda veio do emprego de energia elétrica na produção em massa de bens de consumo. A terceira é a do uso da informática, iniciada em meados do século passado.
A revolução atual, aliás, segue na esteira dessa anterior: é caracterizada por sua natureza hiperconectada, em tempo real, por causa da internet. Além das mudanças nos sistemas de produção e consumo e amplo uso de inteligência artificial, ela também traz o desenvolvimento de energias verdes.
Com o fim da diferenciação entre homens e máquinas, uma nova quebra do modelo de cadeias produtivas e as interações comerciais em que consumidores atuam como produtores, mais de 7 milhões de empregos serão perdidos, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial.
 verdes, como a eólica produzida por essas turbinas em PE, fazem parte da nova revolução
Como o Brasil poderia se preparar para esse momento?
"Idealmente, deveria implementar políticas de fortes incentivos que nivelem por cima, não apenas na área de formação e capacitação de trabalhadores para o uso de novas tecnologias, mas priorizando também investimentos em pesquisa e desenvolvimento para que o país não se torne um mero consumidor de tecnologias", sugere a Vanessa Boana Fuchs, pesquisadora do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de St. Gallen, na Suíça.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Accenture estima que a participação da economia digital no PIB do Brasil saltará dos atuais 21,3% para 24,3% em 2020 e valerá US$ 446 bilhões (R$ 1,83 trilhão).
O mesmo estudo aponta que o país precisa manter os níveis atuais de educação e expandir investimentos em novas tecnologias e na geração de uma cultura digital para acelerar ainda mais o progresso. Se o Brasil aplicar recursos ativamente nessas áreas, a consultoria prevê que o segmento econômico poderá movimentar outros US$ 120 bilhões (R$ 494 bilhões) além do previsto.
Neste mês, a presidente Dilma Rousseff sancionou Marco Legal da Ciência e Tecnologia, novo parâmetro legislativo que promete reduzir a burocracia, facilitando investimentos em pesquisa e ciência nas iniciativas pública e privada. Além disso, o governo anunciou edital de financiamento de R$ 200 milhões para pesquisa e desenvolvimento.
Professor de economia e direito da Universidade de St. Gallen, Peter Sester afirma que o Brasil deveria estar investindo mais e ter aproveitado melhor a riqueza gerada pela exportação de commodities, cujo preço agora está em baixa no mercado internacional.
"O Brasil não utilizou a renda extra em tributos e royalties de minério de ferro e outras commodities durante o superciclo para investir consequentemente em infraestrutura, educação, pesquisa e desenvolvimento, ou ao menos fazendo um fundo de reserva para quando o ciclo passasse."
Para Sester, a "ineficiência foi subsidiada com o dinheiro dos contribuintes", criticando subsídios estatais a determinados setores.
No auge do ciclo, o PIB brasileiro chegou a registrar crescimento de 7,5% em 2010. A previsão do Fundo Monetário Internacional para este ano é de retração de 3,5% na economia.
Ameaças
Bárcena vê três ameaças no horizonte da quarta revolução industrial: o aumento da desigualdade, as mudanças climáticas e a tendência recessiva das economias. Desafios, afirma, que podem ser solucionados com investimento estatal e políticas públicas ativas.
"Políticas fiscais expansionistas podem ajudar a evitar tendências recessivas e recuperar empregos (…). Acesso universal a educação e saúde encorajam demanda agregada e aumento de produtividade", defende.
"Políticas sociais voltadas ao amparo social universal e no combate à desigualdade podem promover um incentivo crucial para a demanda minguante em todos os lugares", acrescenta.
Para a especialista, o investimento público deve ter um "componente ambiental" forte, que mova a economia mundial a um caminho de baixo carbono, ou seja, de baixa emissão de gases de efeito estufa. Essa alternativa, afirma, contribui muito mais para a geração de empregos do que a indústria poluente.
ATUALIDADES
Olimpíadas Rio 2016
O impacto social e político dos jogos no Brasil 
Democratização da cultura 
O acesso dos estratos sociais à cultura
Mobilidade urbana
Transporte público, UBER versus Táxis, impacto ambiental.
A politização da sociedade brasileira
A participação do povo brasileiro na política e o envolvimento dos jovens com movimentos políticos/sociais 
A crise econômica brasileira
Origem da crise, impactos políticos e sociais da recessão, Brasil no cenários político mundial (BRICs e Mercosul).
Mariana – MG: desastre ambiental
O impacto social, econômico e ambiental causado pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco.
Zika, chikungunya e dengue
O que são essas doenças, formas de contágio, ciclo de vida dos vetores e impactos sociais da expansão dessas doenças no país.
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Mudanças climáticas
Frio excessivo, calor excessivo, derretimento das calotaspolares e o impacto da ação humana no clima do planeta.
Ativismo digital
Como a Internet revolucionou as causas sociais e o impacto das mobilizações digitais.
A crise dos refugiados e o avanço do terrorismo
Quem são os refugiados e o que procuram? O impacto social dessa movimentação na Europa. O crescimento e a diversificação do terrorismo no mundo e o Estado Islâmico.
Liberdade de expressão e preconceito
Qual é a diferença entre manifestação de um ponto de vista e o preconceito? A questão social das minorias (negros, pobres, homossexuais, mulheres e pessoas com deficiência).
A questão de gênero
A recente discussão sobre como definir os gêneros. Identidade de gênero e orientação sexual. O crescimento do feminismo e o fortalecimento das causas LGBT.
Economia colaborativa
O que é e como funciona? Quais os exemplos mais populares? O impacto do novo modelo na sociedade e na economia. Como essa mudança de paradigma influencia as empresas e os consumidores?
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CRISE DOS REFUGIADOS NA EUROPA
Durante o primeiro semestre de 2015, houve uma grande leva de migrações de povos muçulmanospara países europeus. Essa leva continuou no ano de 2016. Mais de 350.000 pessoas deslocaram-se de países islâmicos, sobretudo da Síria e da Líbia, em direção à Europa. Os países que mais receberam esses imigrantes foram a Grécia (cerca de 235.000 indivíduos) e a Itália (cerca de 115.000 indivíduos). Mas o que tem provocado todo esse surto migratório?
Causas do surto migratório muçulmano para a Europa
Duas são as principais razões para esse fenômeno: 1) a instabilidade política provocada pelo terrorismo e pelas guerras civis, sobretudo pela guerra civil na Síria e pela atuação da facção terrorista Estado Islâmico em boa parte do território sírio; 2) a recusa de outros países muçulmanos, sobretudo os países do Golfo Pérsico, como a Arábia

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