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Peças do Processo Tribunal Juri

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1 - Denúncia - Júri 1.pdf
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
20ª Promotoria de Justiça de Campo Grande
2ª Vara do Tribunal do Júri
____________________
Endereço: Rua da Paz, 134 - Centro - CEP: 79002-190 Campo Grande – ms. Telefone: 3313-4713
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA 
DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS
IP n. 0057794-49.2012.8.12.0001
CIP Reg. nº 8448/2012 20ª PJCG
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO 
GROSSO DO SUL, por seu Promotor de Justiça que esta subscreve 
eletronicamente, no uso de suas atribuições constitucional e legalmente conferidas, 
especialmente aquelas inscritas nos artigos 129, inciso I da Constituição Federal e 
24 do Código de Processo Penal, vem perante V. Ex.ª, oferecer DENÚNCIA em 
face de:
WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO, brasileiro, solteiro, 
auxiliar de serviços gerais, portador do RG nº 2.043.847 SSP/MS 
e do CPF nº 036.882.691-01, nascido em 14.11.1981, natural de 
Campo Grande/MS, filho de Severino Marcolino do Nascimento 
e Rosemary Graciano do Nascimento, residente na Rua Guaxis, 
nº 1668 QD. 23, LT. 03, bairro Jardim Tijuca, em Campo 
Grande/MS;
em decorrência da existência de suficientes elementos de 
informação nos autos do Inquérito Policial acima mencionado que o apontam como 
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20ª Promotoria de Justiça de Campo Grande
2ª Vara do Tribunal do Júri
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Endereço: Rua da Paz, 134 - Centro - CEP: 79002-190 Campo Grande – ms. Telefone: 3313-4713
autor da conduta criminosa que se passa a descrever: 
Consta do incluso inquérito policial que no dia 06 de maio 
de 2012, por volta das 00h52min, na Rua Diogo Álvares, n.º 1273, bairro Jardim 
Tijuca, nesta cidade, o denunciado Wesley Graciano do Nascimento, impelido por 
animus necandi e utilizando instrumento perfurocortante, tentou matar a vítima 
Martinalle Francisco de Souza, não consumando o crime por circunstâncias alheias 
à sua vontade, vez que Martinalle recebeu pronto atendimento médico sendo 
conduzido para o Hospital Regional de Campo Grande.
Ao que foi apurado, no dia acima apontando, Wesley e 
Martinalle discutiram em um bar próximo a residência da vítima, a qual com o final 
da discussão, retornou para sua própria casa.
Posteriormente, o denunciado dirigiu-se à residência de 
Martinalle, e após nela ingressar, aproveitou-se de que a vítima estava dormindo e 
desferiu inúmeras facadas em sua região abdominal e costas (Laudo de Exame de 
Corpo de Delito n.º 184.928/2012). somente não a matando porquanto houve pronto 
atendimento médico. Por fim, cogitando a ideia de que tinha matado a vítima, 
Wesley fugiu do local do crime.
Conforme investigado, o denunciado agiu impelido por 
motivo fútil, vez que tentou matar a vítima em razão de uma discussão tida 
anteriormente. Ademais, utilizou-se de modo que dificultou a defesa da vítima, na 
medida em que agiu de inopino, tentando matá-la enquanto dormia, invadindo sua 
residência no repouso noturno, bem como estava desarmada. 
Tanto a materialidade do delito quanto a autoria do 
denunciado estão demonstradas, por ora, pelos Registros de Ocorrência (fls.03/04 e 
06), pelo Laudo de Exame de Corpo de Delito Exame Direto Lesão Corporal (fl. 
14/verso) e Esquema das Lesões (fls. 15/16), bem como pelos depoimentos colhidos 
no curso das investigações (fls. 23/verso e 53/verso) e pela confissão do denunciado 
(fls. 08/09).
Diante do exposto, o Ministério Público Estadual denuncia:
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a) Wesley Graciano do Nascimento, já devidamente 
qualificado, como incurso nas penas do artigo 121, §2º, 
incisos II e IV, c/c artigo 14, inciso II, ambos do Código 
Penal, com as consequências jurídicas de seu 
enquadramento no artigo 1º, inciso I, da Lei 8072/90.
Requer o recebimento desta inicial, bem como a citação do 
denunciado para apresentar resposta à acusação no prazo de 10 (dez) dias, e o 
processamento nos termos do artigo 406 e seguintes do Código de Processo Penal, 
até ulterior pronúncia.
Outrossim, requer, a notificação da vítima e das testemunhas 
abaixo arroladas para deporem em juízo, sob as penas da Lei.
São os termos em que pede deferimento.
Campo Grande, 02 de outubro de 2014
JOÃO MENEGHINI GIRELLI
 Promotor de Justiça Substituto
Rol de testemunhas/declarantes:
1. Martinalle Francisco de Souza vítima fl. 23 – domiciliado na Rua Diogo 
Álvares, 1273, bairro Jardim Tijuca, CEP: 79092-520, Tel: 9638-1447/9176-
9147, Campo Grande/MS;
2. Adriana Graciano do Nascimento esposa da vítima fl. 53 – portadora do RG 
n.º 1260206 SSP/MS, domiciliado na Rua Diogo Álvares, 1273, bairro Jardim 
Tijuca, CEP: 79092-520, Tel: 9638-1447, Campo Grande/MS
3. Lucio Rolon policial militar fl. 03/verso;
4. Roberto Guimarães Vieira policial militar fl. 07;
5. Edgar de Almeida policial militar fl. 07.
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2 - Alegações de Defesa - Júri 1.pdf
3 - Sentença de Pronúncia - Júri 1.pdf
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Modelo 1016503 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 
3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br
Ação Penal: 0057794-49.2012.8.12.0001
Parte Autora: Ministério Público Estadual
Parte Ré: Wesley Graciano do Nascimento
Vítima(s): Martinalle Francisco de Souza
Vistos etc.
O Promotor de Justiça João Meneghini Girelli denunciou WESLEY 
GRACIANO DO NASCIMENTO no art. 121, §2º, incisos II e IV c/c o art. 14, 
inciso II, ambos do Código Penal, porque no dia 6 de maio de 2012, por 
volta 0h52m, na rua Diogo Álvares, n. 1273, jardim Tijuca, nesta capital, 
desferiu golpes de faca contra Martinalle Francisco de Souza, causando-lhe 
ferimentos, mas não a morte, pois recebeu socorro médico.
A denúncia descreveu que WESLEY agiu por motivo fútil, pois 
praticou o crime em razão de uma discussão tida anteriormente com 
Martinalle.
Dissertou ainda que WESLEY usou de recurso que dificultou a 
defesa da vítima, porque agiu de inopino, tentando matar a vítima 
enquanto dormia e estava desarmada, tendo invadido a residência no 
repouso noturno.
Por isso, pediu a condenação (f. 2-4).
Recebida a denúncia em 8-10-2014 (f. 90-1), foi citado (f. 100-1) 
e apresentou Defesa Escrita (f. 103), por intermédio do Defensor Público 
Ronald Calixto Nunes, que o acompanhou até o final.
Durante a formação da culpa, inquiriram-se a vítima e 3 (três) 
testemunhas: Martinalle Francisca de Souza (f. 142-6), Roberto Guimaraes 
Vieira (f. 135-7), Edgar de Almeida (f. 138-9) e Adriana Graciano do 
Nascimento (f. 147-53).
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Depois, interrogou-se WESLEY (f. 154-62).
Nas alegações finais, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa 
Arakaki pediu a pronúncia nos termos da denúncia (f. 166-83). 
Na sua vez, WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO, assistido pelo 
referido Defensor Público, alegou ausência de elementos idôneos para 
subsidiar a pronúncia, mas se esse não for entendimento do juízo, reserva-
se o direito de debater o mérito por ocasião do julgamento em plenário (f. 
185-6).
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, salienta-se que nesta fase processual, o juízo é 
de probabilidade e não de certeza. Portanto, concorrendo a materialidade 
e indícios suficientes de autoria, deve a causa ser submetida a julgamento 
(art. 413 do CPP).
Pois bem.
No que pertine à materialidade, o laudo de exame de corpo de 
delito atesta que Martinalle Francisco de Souza sofreu "Lesão Corporal 
Grave," f. 21-4.
Na senda dos indícios de autoria, reputo-os presentes e 
suficientes.
WESLEY, nas oportunidades em que foi ouvido [Delegacia (f. 
15-6) e Juízo (f. 154-62)], a sua maneira, confessou de forma qualificada, 
ou seja, alegou ter agido em legítima defesa.
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Não bastasse sua confissão, a vítima Martinalle (f. 142-6) e as 
pessoas ouvidas, por exemplo, Roberto Guimarães Vieira (f. 135-7), Edgar 
de Almeida (f. 138-9) e Adriana Graciano do Nascimento (f. 147-53) 
apontam WESLEY como o pretenso autor do injusto penal apurado neste 
feito.
Dessa forma, há justa causa (elementos quanto à materialidade e 
aos indícios de autoria) que viabiliza a remessa do caso a julgamento 
popular, sendo tal medida de rigor.
Por oportuno, a tese de legítima defesa alegada em sede de 
autodefesa do acusado, confunde-se com o mérito e deve ser apreciada 
pelo Conselho de Sentença. De igual modo, a possível tese de ausência da 
vontade de matar, mormente, diante das possíveis circunstâncias alheias à 
vontade do agente, ou seja, interferência de terceira pessoa na sua ação e 
socorro médico prestado à vítima, também deve ser avaliada pelos 
Jurados.
Em prosseguimento, quanto às qualificadoras devem, por ora, ser 
mantidas. Explica-se.
A peça acusatória imputa a WESLEY o motivo fútil assim descrito:
"Conforme investigado, o denunciado agiu impelido por motivo fútil, vez 
que tentou matar a vítima em razão de uma discussão tida anteriormente."
In casu, há elementos nos autos que indicam que tal 
circunstância possa ter ocorrido, ou seja, existem vetores apontando que o 
móvel do delito seria uma discussão anterior existente entre denunciado e 
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vítima, cuja origem seria uma dívida, veja f. 135, f. 137, f. 139, f. 145, f. 147.
Seguindo, a denúncia atribui a WESLEY o recurso que dificultou a 
defesa da vítima nos seguintes moldes:
"Ademais, utilizou-se de modo que dificultou a defesa da vítima, na 
medida em que agiu de inopino, tentando matá-la enquanto dormia, 
invadindo sua residência no repouso noturno, bem como estava 
desarmada."
Na hipótese, cumpre consignar que há plausibilidade de que tal 
circunstância tenha ocorrido, basta olhar depoimento de f. 142-3.
Logo, tais circunstâncias devem ser valoradas pelo Juiz Natural, 
qual
seja, o Conselho de Sentença que possui assento de estatura 
constitucional.
Posto isso, com esteio no art. 413, do CPP, pronuncia-se WESLEY 
GRACIANO DO NASCIMENTO [brasileiro, nascido aos 14.11.1981, natural de Campo Grande-
MS, filho de Severino Marcolino do Nascimento e Rosemary Graciano do Nascimento] no art. 121, 
§2º, incisos II e IV c/c o art. 14, inciso II do Código Penal.
Por oportuno, este juízo, para fins de facilitação e otimização do 
procedimento que ocorre em Plenário do Júri, tem por hábito traçar a 
chamada "causa de pedir" em suas decisões de pronúncia.
Trata-se de item não obrigatório, conforme doutrina majoritária, 
de modo que serve tão somente como instrumento para orientar e facilitar 
a realização da quesitação aos jurados.
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Dessa forma, justamente por não constar no dispositivo da 
sentença, não é objeto de trânsito em julgado, portanto, não vinculativo da 
decisão judicial.
Assim, repito, trata-se tão somente de um padrão sugestivo de 
quesitação, não vinculando o juiz aos seus termos, mormente diante do 
que dispõe a parte final do parágrafo único do art. 482, do CPP, in verbis:
"Art. 482.  O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o 
acusado deve ser absolvido. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único.  Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples 
e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente 
clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente levará em conta os 
termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a 
acusação, do interrogatório e das alegações das partes."
Ressalva feita, passo a fixar a causa de pedir.
Segundo consta, no dia 6 de maio de 2012, por volta 0h52m, na 
rua Diogo Álvares, n. 1273, jardim Tijuca, nesta capital, MARTINALLE 
FRANCISCO DE SOUZA foi atingido por golpes de faca, os quais lhe 
causaram os ferimentos descritos no laudo de exame de corpo de delito de 
f. 21-4, mas não a morte por circunstâncias alheias a sua vontade, pois 
recebeu socorro médico.
Deduz-se, em tese, que WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO é o 
autor dos golpes de faca contra Martinalle Francisco de Souza.
Supõe-se, em princípio, que WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO 
agiu por motivo fútil, porque praticou o fato em razão de discussão tida 
anteriormente com Martinalle.
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2ª Vara do Tribunal do Júri
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3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
Infere-se, "in thesis," que WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO 
usou de recurso que dificultou a defesa de Martinalle, porque agiu de 
inopino, tentando matá-lo enquanto dormia e estava desarmado.
Poderá aguardar o julgamento em liberdade, pois assim 
permaneceu durante toda a instrução e, por ora, estão ausentes os 
requisitos da prisão preventiva.
Contudo, intime-se o acusado de que deverá comparecer 
trimestralmente (a cada 3 meses) em juízo para atualizar o seu endereço até 
o julgamento final deste processo.
ATUALIZEM-SE OS ANTECEDENTES, do acusado e vítima, de forma 
circunstanciada [se há inquérito policial, qual a infração e fase; se ação penal, qual a infração, em 
que está incurso, qual a fase processual se em andamento, se já houve sentença (absolutória, 
condenatória, etc), se há Guia de Recolhimento, etc].
Preclusas as vias recursais, abra-se vista às partes para se 
manifestarem na fase própria, nada requerido, venham conclusos para 
observar o que determina o art. 423 do CPP.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Campo Grande, 19 de abril de 2016.
Aluizio Pereira dos Santos
Juiz de Direito
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2ª Vara do Tribunal do Júri
Processo n. 0057794-49.2012.8.12.0001
1
Modelo 1007880 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 3317-3475, 
Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br
ATA DE INSTALAÇÃO DA 4ª SESSÃO DA 9ª REUNIÃO PERIÓDICA
DO 2º TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE CAMPO GRANDE-MS
TERMO DA REUNIÃO DO JÚRI
Aos 22 de setembro de 2016, no Plenário do Tribunal do Júri desta Cidade e 
Comarca de Campo Grande, Capital
do Estado de Mato Grosso do Sul, Plenário do Júri do 
Edifício do Fórum local presente o Exmo. Sr. José de Andrade Neto, MM. Juiz de Direito 
da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Presidente do Tribunal do Júri, o Promotor de Justiça, 
Luiz Eduardo de Souza Sant'Ana Pinheiro, o Defensor Público, Rodrigo Antonio 
Stochiero Silva bem assim os Analistas Judiciais Ricardo Massakazu Zaha e Geraldine 
Pereira Martins, comigo Analista de seu cargo, abaixo assinado, às 8h do dia designado e a 
portas abertas, teve início a reunião do júri, conforme anunciado pelo Oficial de Justiça 
Ricardo Massakazu Zaha servindo de porteiro dos auditórios, sendo realizado somente um 
julgamento sob a presidência deste magistrado. INSTALAÇÃO DA SESSÃO DE 
JULGAMENTO. Imediatamente após ter o MM. Juiz Presidente verificado a existência, 
na urna especial, das cédulas contendo os nomes dos jurados sorteados para servirem nesta 
sessão, eu, Analista, fiz a chamada deles, averiguando-se estarem 21 (vinte e um) presentes, 
a saber: Dirce Leuza Coronado, Eliandro dos Santos Pereira, José de 
Mello, Josmeire Zancanelli de Oliveira, Lourdes Costa Cardoso, 
Luciane Muller Shinzato, Marcos Oliveira da Silva, Maria Aparecida 
Nogueira Abdalla Barbosa, Michele Ferreira de Abreu, Nancineide 
Cácia da Silva Gonçalves, Natália Amarante de Souza da Luz, Paulo 
Pereira da Silva, Raquel Simeia Lopes dos Passos, Raqueline Ovelar 
Soares, Renato Reis Paz, Salir Gabriel da S. R. Leal, Sara Hadassa 
Albuquerque Saab, Ana Paula S. De Araújo, Débora Bordin de Araújo, 
Edson Luiz de Mello e José Nascimento Oliveira. JURADOS AUSENTES: 
Matheus Saragosa Biazi, Mayra Moraes Lems, Michel Machado 
Carneiro, Rafael Ribeiro de Souza e Vagner da Silva Coelho, 
declarou instalada a 4ª Sessão da 9ª Reunião Periódica do 2º Tribunal do Júri do corrente 
ano. MULTA AOS JURADOS: Pelo MM. Juiz foi arbitrada multa no valor de 1 (um) 
salário Mínimo aos jurados faltantes. SORTEIO SUPLEMENTAR. Em seguida não 
houve sorteio Suplementar. VERIFICAÇÃO DAS CÉDULAS. Em seguida, o MM. Juiz 
Presidente, após resolver sobre as escusas, abriu a urna que continha os nomes dos 25 
(vinte e cinco) jurados, e, tirando-as, contou em voz alta e à vista de todos os presentes, 
colocando na urna as relativas aos jurados que compareceram em número de 21(vinte e 
um), fechando-a, anunciou que ia ser submetido a julgamento o processo a que responde 
Wesley Graciano do Nascimento denunciado nos autos código 
0057794-49.2012.8.12.0001 por crime de tentativa de homicídio por infração ao artigo 121, 
§ 2º Incisos II e IV, c.C art. 14, inc. II, do C.P., praticado contra a vítima Martinalle 
Francisco de Souza ordenando ao porteiro que apregoasse as partes, o que foi feito. 
PREGÃO. Atendendo ao Pregão, certifico que compareceram o Ministério Público 
Estadual, representado por Luiz Eduardo de Souza Sant'Ana Pinheiro, Promotor de 
Justiça, o acusado WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO e Rodrigo Antonio 
Stochiero Silva, Defensor Público. IDENTIFICAÇÃO DO RÉU. Em seguida, 
compareceu o acusado que, interpelado pelo MM. Juiz, declarou chamar-se Wesley 
Graciano do Nascimento, com 35 anos de idade, e tem como procurador Rodrigo 
Antonio Stochiero Silva, Defensor Público. SORTEIO DOS JUÍZES DE FATO. De 
imediato, o MM. Juiz Presidente do Tribunal, após terem as partes tomadas os respectivos 
lugares, e verificar que se encontravam na urna especial a cédula relativa aos jurados 
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Processo n. 0057794-49.2012.8.12.0001
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presentes, declarou que ia proceder ao sorteio do conselho de sentença. Leu as suspeitas 
dos artigos 252 e 254, os impedimentos do art. 462 e a advertência do art. 458 do Código 
de Processo Penal, inclusive entregou-lhe um Termo contendo todos os impedimentos, 
suspeições e advertências constantes dos artigos supracitados e outras recomendações para 
o bom andamento dos trabalhos e, depois, abrindo a urna, mandou que tirasse as cédulas, 
uma a uma. Assim observando, foi feito pela Sra. Analista, saindo sorteados, na ordem em 
que se acham, os seguintes jurados: Eliandro dos Santos Pereira, Débora 
Bordin de Araújo, Sara Hadassa Albuquerque Saab, Salir 
Gabriel da S. R. Leal, Michele Ferreira de Abreu, Luciane 
Müller Shinzato e Dirce Leuza Coronado. Pela defesa e acusação não 
houve recusa de Jurado. COMPROMISSO DO CONSELHO DE SENTENÇA. 
Concluído o sorteio, o MM. Juiz Presidente, levantou-se e após ele os Srs. Jurados e demais 
circunstantes, deferiu o compromisso aos Juízes de fato, fazendo-lhes, primeiro, a seguinte 
exortação: “EM NOME DA LEI CONCITO-VOS A EXAMINAR COM 
IMPARCIALIDADE ESTA CAUSA E PROFERIR A VOSSA DECISÃO, DE ACORDO 
COM A VOSSA CONSCIÊNCIA E OS DITAMES DA JUSTIÇA”, respondendo, 
sucessivamente, os jurados, nominalmente chamados pelo juiz: “ASSIM O PROMETO”. 
Após, foi entregue a cada jurado uma cópia da sentença de pronúncia e do relatório 
(parágrafo único, do art. 472 do CPP). OS DEMAIS JURADOS FORAM 
DISPENSADOS ÀS 8h20min. Em prosseguimento, o MM. Juiz Presidente, a título de 
esclarecimento e fornecimento de maiores elementos sobre os fatos aos Srs. Jurados, 
imparcialmente, relatou o processo, expondo o fato, as provas existentes e as conclusões 
das partes. DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO. DA OITIVA DO OFENDIDO: não 
houve. INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA EM PLENÁRIO: DA ACUSAÇÃO, DO 
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO E DA DEFESA: não houve, porque nenhuma arrolada 
pelas partes. ACAREAÇÃO, RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS, 
ESCLARECIMENTO DE PERITOS: não houve. DA LEITURA DE PEÇAS. Logo 
após, pelo MM. Juiz foi perguntado às partes se teriam peças para leitura e nada foi 
requerido. QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO DO RÉU. Logo em seguida foi 
qualificado, dizendo chamar-se: Wesley Graciano do Nascimento, [sabendo ler e 
escrever, é eleitor em Campo Grande-MS, nascido aos 
14/11/1981, em Campo Grande-MS, filho de Severino Marcolino 
do Nascimento e Rosemary Graciano do Nascimento, residente na 
Rua Aratim, 15, Quadra 07, Lote 11, Jardim Tijuca] e interrogado o 
réu através do sistema de áudio e vídeo. ACUSAÇÃO PÚBLICA. Pelo MM. Juiz 
Presidente foi dito que iam ter início os debates orais, transmitido o processo e dada a 
palavra ao Promotor de Justiça pelo prazo de uma hora e meia (01h30min), que usou das 
8h46m. às 10h14m., produzindo a acusação, pediu a condenação nos termos da 
pronúncia. APARTES: não houve. ACUSAÇÃO PARTICULAR OU ASSISTÊNCIA. 
Não houve. Terminada a acusação, transmitido o processo e dada a palavra ao Defensor 
Público pelo prazo de uma hora e meia (01h30min) que usou das 10h26m. às 11h56m., 
produzindo a defesa oral, sustentou as teses de desclassificação para o crime de lesão 
corporal com base na desistência voluntária, absolvição por clemência e exclusão das 
qualificadoras. APARTES: não houve. REINQUIRIÇÃO. Não houve
reinquirição de 
testemunha. RÉPLICA E TRÉPLICA. Em prosseguimento aos trabalhos, pelo MM. Juiz 
Presidente foi indagado ao Promotor de Justiça se iria a RÉPLICA disse que: SIM. A 
RÉPLICA iniciou às 11h57m e terminou às 12h12m. TRÉPLICA iniciou às 12h13m e 
terminou às 12h32m. INCOMUNICABILIDADE. Pelos Oficiais de Justiça foi certificado 
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2ª Vara do Tribunal do Júri
Processo n. 0057794-49.2012.8.12.0001
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que os Srs. Jurados durante todos os atos de julgamento, mantiveram irrestrita 
incomunicabilidade entre si e com a Assistência sendo sempre acompanhados pelo MM. 
Juiz Presidente quando se recolhiam à sala secreta. TERMO DE JULGAMENTO. 
Concluídos os debates, o MM.Juiz Presidente indagou aos jurados se estavam habilitados 
para julgar e, diante da resposta afirmativa, leu os quesitos e explicou a significação legal 
de cada um. Então, indagando às partes se tinham qualquer requerimento ou reclamação a 
fazer, e achando-se todo conforme, anunciou que ia se proceder ao julgamento, fazendo 
retirar o réu, convidando os assistentes a deixarem a sala. Fechadas as portas, presentes o(a) 
Promotor(a) de Justiça, o Defensor Público, comigo, Analista, todos nos seus respectivos 
lugares, passou o conselho de sentença a votar os quesitos propostos, observadas as 
formalidades dos arts. 485, 486 e 487 do citado C.P.P., constando também, no respectivo 
termo em separado, o resultado da votação. Concluída a votação pelo MM. Juiz Presidente 
foi proferida a sentença, que após tornou-se pública em Plenário, a portas abertas, lendo-a 
na presença do réu, do(a) Promotor(a) de Justiça, do Defensor Público e demais pessoas da 
sociedade, contendo nela, de acordo com a decisão do Conselho de Sentença, a 
CONDENAÇÃO do acusado Wesley Graciano do Nascimento à pena de (01) um ano 
de reclusão no regime aberto. Tudo conforme sentença constante nos autos, em anexo. E, 
para constar lavramos a presente Ata. Eu, Joice Neves da Fonseca- Analista Judicial e 
Renata Ramos Nunes Corrêa-Assistente de Gabinete a digitamos. 
José de Andrade Neto 
Juiz de Direito Presidente do Tribunal do Júri
1(assinado digitalmente)
1 Na forma do parágrafo único, artigo 9º, do Provimento nº 148/2008, as pessoas 
supracitadas estão presentes, as quais deixam de assinar esta ata, assinando somente o 
Magistrado, por se tratar de processo digital.
5 - Sentença em Plenário - Júri 1.pdf
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2ª Vara do Tribunal do Júri
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Modelo 1024143 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 
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Ação Penal: 0057794-49.2012.8.12.0001
Parte Autora: Ministério Público Estadual
Acusado(s): Wesley Graciano do Nascimento
Vítima(s): Martinalle Francisco de Souza
O acusado WESLEY GRACIANO DO NASCIMENTO foi 
pronunciado no art. 121, §2º, incisos II e IV, c/c art. 14, inciso II, ambos 
do Código Penal, porque no dia 6 de maio de 2012, por volta 0h52, na rua 
Diogo Álvares, n. 1273, bairro Jardim Tijuca, nesta capital, desferiu 
golpes de faca contra Martinalle Francisco de Souza, não lhe causando a 
morte por circunstâncias alheias à sua vontade, pois recebeu o devido 
atendimento médico.
O Ministério Público do Estado requereu a condenação no 
homicídio qualificado nos termos da pronúncia.
A Defesa Técnica pugnou pela absolvição por clemência, a 
desclassificação para delito distinto do doloso contra a vida e, 
subsidiariamente, a exclusão das qualificadoras
O Conselho de Sentença, por maioria de votos declarados, 
desclassificou a conduta do acusado, passando a competência para este 
juízo singular, conforme art. 492, §2º, do CPP.
In casu, classifico o crime como lesão corporal grave.
Consultado o Promotor de Justiça se propõe a suspensão 
condicional do processo (art. 89, da Lei 9099/95), disse que NÃO, por não 
preencher os requisitos, mormente se está sendo processado por outro 
processo crime, consoante certidão de f. 213.
A autoria e a materialidade já foram reconhecidas pelo 
Conselho de Sentença, bem como são fatos incontroversos nos autos, até 
porque confesso em Plenário, bem como as provas testemunhais são claras 
quanto à autoria recaindo sobre o réu, além do laudo de exame de corpo 
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de delito - lesão corporal prova a materialidade, f. 21-4.
Assim, estando demonstradas a autoria e a materialidade 
delituosa, a pretensão acusatória deve ser acolhida, para o fim de restar o 
acusado incurso nas penas previstas no art. 129, § 1º do Código Penal.
Assim, passo à fixação da pena.
O acusado não registra antecedentes desabonadores, mas 
apenas passagens posteriores ao fato objeto de análise neste processo, o 
que não pode ser considerado.
A sua culpabilidade é um tanto reprovável, uma vez que se 
dirigiu até
a casa da vítima, invadiu a residência, quando desferiu-lhe dois 
golpes de faca em regiões letais, o que bem demonstrou a sua vontade de 
lesioná-la.
A conduta social e a personalidade não desfavorecem o 
acusado, visto que há informações nos autos a respeito de o mesmo 
exercer atividade lícita.
As consequências do crime são típicas da espécie, não havendo 
nada de relevante a ser considerado.
A vítima em nada contribuiu para a prática do crime, pois, como 
foi visto, estava deitada em sua casa quando foi esfaqueada.
As circunstâncias do crime são normais.
O motivo está relacionado a um desentendimento anterior, mas 
não é suficiente causa para impor aumento na pena.
Diante dessas circunstâncias judiciais, fixa-se a pena-base em 1 
(um) ano e 3 (três) meses de reclusão. 
Ante a sua confissão, reduzo a pena em 3 (três) meses de 
reclusão.
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Estado de Mato Grosso do Sul 
Poder Judiciário
Campo Grande
2ª Vara do Tribunal do Júri
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Modelo 1024143 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 
3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
Não existem causas de aumento ou de diminuição de pena a 
serem consideradas.
Portanto, fica o réu condenado, em definitivo, à pena de 1 (um) 
ano de reclusão.
Fixo o regime inicial aberto, uma vez que não há elementos a 
indicar a necessidade de imposição de regime mais gravoso.
Isento o réu do pagamento das custas, porquanto juridicamente 
necessitado.
O instrumento do crime não foi apreendido.
Com o trânsito em julgado da sentença:
a) façam-se as comunicações necessárias (TRE-MS, II/MS, 
Polícia Federal, etc);
b) inclua-se nome do réu no rol de culpados;
c) providencie-se a "G.R. Definitiva"; e
d) arquive-se.
Sentença publicada em Plenário, saindo as partes e o acusado 
intimados, os quais deixam de apor sua ciência nesta sentença, assinado 
somente este magistrado, por se tratar de processo digital.
Registre-se oportunamente.
Sala das sessões da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo 
Grande-MS, aos 22 de setembro de 2016.
José de Andrade Neto
Juiz Presidente do Tribunal do Júri

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