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Trabalho de Neuro

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
Psicologia
Beatriz Benavides RA: 331857612102
Evelin Sabrine RA: 156249412102
 Jéssica Soares RA: 330545412102
Isabella Cristine RA: 329451212102
 Wesllyane Nascimento RA: 330856812102
Lobos, Sulcos e Giros
Áreas Broca e Wernicke
Giros Pré e Pós central
Sorocaba – SP
2018
BEATRIZ BENAVIDES
EVELIN SABRINE
ISABELLA CRISTINE
JÉSSICA SOARES
WESLLYANE NASCIMENTO
Lobos, Sulcos e Giros
Áreas Broca e Wernicke
Giros Pré e Pós Central
 Trabalho de Neuroanatomofisiologia apresentado ao curso de Psicologia 
Bacharel da Anhanguera Educacional.
 Orientador(a): Munique Bittencourt
Sorocaba – SP
2018
Lobos, Sulcos e Giros
O telencéfalo é dividido incompletamente por uma fissura longitudinal, que separa o cérebro em dois hemisférios: direito e esquerdo. Faz parte do telencéfalo também, uma pequena parte chamada de III ventrículo. Cada hemisfério possui três pólos, que são denominados de frontal, occipital e temporal. Cada hemisfério possui também três faces, chamadas de súpero-lateral, medial e inferior.
A superfície do nosso cérebro apresenta depressões chamadas de sulcos, que delimitam os giros. A maioria dos sulcos não consta nomes por serem inconstantes, já outros, que ajudam na delimitação do cérebro, tem suas denominações. Os dois principais sulcos são denominados de sulco lateral e sulco central.
O sulco lateral divide o lobo frontal do lobo temporal. Na face súpero-lateral do cérebro ele acaba se dividindo em três ramos: ascendente, anterior e posterior.
Os ramos ascendente e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo posterior é muito mais longo, dirige-se para trás e para cima, terminando no lobo parietal. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima (MACHADO, 1999, p.59)
O sulco central percorre a face súpero-lateral do hemisfério e separa os lobos frontal e parietal. Se encontra ao lado de dois giros: giro pré-central e giro pós-central. As áreas que se encontram previamente do sulco central são ligadas com a motricidade e as que se encontram posteriormente deste sulco estão ligadas com a sensibilidade.
Temos também o sulco parieto-occipital, que fica localizado na face medial, ele separa o lobo parietal do occipital.
Figura 1 - Sulcos e Giros Principais
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso
Figura 2 – Esquema Ilustrativo explicativo
Fonte: Neuroanatomia Funcional, de Angelo Machado, 1999, p.60
Os lobos cerebrais recebem seus nomes com base nos ossos do crânio, com os quais tem ligação. Existem cinco lobos, o frontal, temporal, parietal, e a ínsula, esta última está situada profundamente no sulco lateral e é o único que não tem ligação imediata com os ossos do crânio como os outros. 
Segundo Machado (1999) “A divisão em lobos, embora de grande importância clínica, não corresponde a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital, que parece estar todo, direta ou indiretamente, relacionado com a visão”.
occipital 
Figura 3 - Lobos da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Lobo Frontal - Na face súpero-lateral, possui três sulcos principais: sulco pré central, sulco frontal superior e o sulco frontal inferior.
Figura 4 - Sulcos do Lobo Frontal da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
O lobo frontal ainda possui quatros giros: o giro pré-central, onde está localizada a principal área motora do cérebro; giro frontal superior, giro frontal médio e giro frontal inferior. O giro frontal inferior do lado esquerdo do cérebro é chamado de giro de Broca, e aí se localiza o centro cortical da palavra falada.
Figura 5 – Giros do Lobo Frontal da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Na face inferior deste lobo, apresenta apenas um sulco principal, denominado sulco olfatório, e um giro principal, denominado giro reto. Machado (1999), descreve que “O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários”.
Figura 6 - Sulcos e Giros do Lobo Frontal da Face Inferior
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Lobo Temporal - Na face súpero-lateral, possui dois sulcos principais, o sulco temporal superior e sulco temporal inferior, que estão localizados da seguinte forma:
Figura 7 - Sulcos do Lobo Temporal da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Já na face inferior, apresentam-se três sulcos principais: sulco occipitotemporal, sulco colateral e o sulco do hipocampo.
Figura 8 - Sulcos do Lobo Temporal da Face Inferior
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Na face súpero-lateral, possui três giros, o giro temporal superior, giro temporal médio e o giro temporal inferior.
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção posterior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente, o giro temporal transverso anterior, é importante, pois nele se localiza o centro cortical da audição (MACHADO, 1999, p.61).
Figura 9 - Giros do Lobo Temporal da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Já na face inferior
O giro para-hipocampal, que se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim, uncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo constituem uma formação contínua que circunda as estruturas inter-hemisféricas e que muitos consideram como um lobo independente, o lobo límbico, parte importante do sistema límbicò, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo (MACHADO, 1999, p.67).
Figura 10 - Giros do Lobo Temporal da Face Inferior
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Lobo Parietal - possui dois sulcos principais, que são os sulcos pós-central e intraparietal. Como mostra a figura abaixo:
Figura 11 - Sulcos do Lobo Parietal
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
O lobo parietal possui o giro pós-central, que está localizado entre o sulco central e o sulco pós-central, neste giro é onde fica a área somestésica. Este lobo ainda possui mais dois giros, o giro supramarginal e o giro angular. O sulco intraparietal é o que separa o lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior e é neste lóbulo inferior onde se localizam os dois últimos giros.
Figura 12 - Giros do Lobo Parietal
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Lobo Occipital – “Ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares” (Machado, 1999). Já na face medial possui dois sulcos importantes: sulco calcarino, onde está presente o centro cortical da visão; sulco parieto-occipital que separa o lobo occipital do lobo parietal.
Figura 13 - Sulcos do Lobo Occipital da Face Medial
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
No lobo occipital temos também o cúneos que é um giro complexo de formato triangular, e temos o giro occipito-temporal medial.
Figura 14 - Giro do Lobo Occipital da Face Medial
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Lobo da Ínsula - Possuio sulco central da ínsula, que divide a ínsula em dois giros longos e curtos, e possui o sulco circular da ínsula. Veja a imagem a seguir:
Figura 15 - Sulcos do Lobo da Ínsula da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Figura 16 - Giros do Lobo da Ínsula da Face Súpero-lateral
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Na face medial existem ainda dois sulcos que passam pelos lobos frontal e parietal, o sulco do corpo caloso e o sulco do cíngulo, eles são separados pelo giro do cíngulo, este último sulco termina se dividindo em dois ramos: ramo margined e o sulco subparietal.
Figura 17 – Sulcos do Lobo Frontal e Parietal da Face Medial
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
Figura 18 - Giros do Lobo Frontal e Parietal da Face Medial
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo
2. Área de Broca
	Área de Broca está relacionada à expressão de linguagem e está localizada no terceiro giro frontal inferior do cérebro (Figura 19)
Figura 19 - Ilustração de cérebro humano evidenciando a área de Broca
FONTE: https://www.eurekalert.org/multimedia/pub/web/86918_web.jpg
	Área de Broca carrega este nome em homenagem ao fisiologista francês Pierre Paul Broca (1824-1880), que através de estudos realizados em paciente que não conseguia formar sentenças verbais, nem se comunicar através da escrita. A autópsia realizada no cérebro desse paciente mostrou lesões localizadas no lado esquerdo do cérebro, por isso a denominação de área de Broca (BEAR, 2002).
	Embora a área de Broca tenha sido associada à fala e articulação desde o século XIX, o papel exato que desempenha no processo ainda é motivo de debate. Papoutsi et al. (2009)
	Segundo Ackerman (1993, p. 28) a área de linguagem receptiva, localizada próxima à junção dos lobos parietal e temporal, permite compreender a linguagem falada e escrita. Essa área, também descrita como área de Wernicke atua em conjunto com a área de Broca. Um feixe nervoso liga essas duas áreas e é uma ligação de extrema importância, pois para que um discurso seja devidamente realizado, a palavra em sua forma são formadas na região da área de Wernicke e então transmitidas para a área de Broca onde ocorrerá tradução dos sons a serem transmitidos. (Figura 20)
O modelo neurolinguístico de Wernicke considerava que a área de Broca conteria os programas motores de fala, ou seja, as memórias do movimentos necessários para expressar os fonemas, compô-los em palavras e estas em frases. A área de Wernicke, por outro lado, conteria as memórias dos sons que compõem as palavras, possibilitando a compreensão (LENT, 2002, p. 637).
Figura 20 - Esquema ilustrativo da conexão entre área de Broca e área de Wernicke
FONTE: http://thebrain.mcgill.ca/flash/d/d_10/d_10_cr/d_10_cr_lan/d_10_cr_lan_1e.jpg
	Em pesquisas mais recentes, surgiram hipóteses de envolvimento da área de Broca em processos mais complexos. Papoutsi et al. (2009) e Indefrey e Levelt (2004) por exemplo, apresentaram a hipótese de que a área de Broca estava envolvida no nível do processamento fonológico e estava particularmente associada ao processo de silabificação.
	Hickok and Poeppel (2004) apresentam um modelo onde a área de Broca é designada para codificação fonética e implementação do mecanismo de recuperação ou geração de códigos articulatórios (Papoutsi et al. 2009).
	Em suma, a área de Broca desempenha funções primordiais no indivíduo, e quando lesionada (FIGURA 21) pode acarretar sequelas em diversas escalas.
	
Figura 21 - Cérebro com lesão severa na área de Broca
FONTE: http://auditoryneuroscience.com/sites/default/files/BrocasBrain.png
	Afasia é exemplo de sequela proveniente de lesões na região da área de Broca:
	A afasia é uma consequência comum e devastadora do AVC, que resulta em deficit severo de comunicação (WAN, 2014).
a) afasia motora eferente ou cinética (GURGACZ, 2003):é caracterizada como afasia motora ou cinética a afasia recorrente na área pré-motora do hemisfério esquerdo do cérebro. Esta afasia acarreta alterações dos movimentos voluntários que, ao contrário dos movimentos automáticos, se originam em um impulso da vontade para realizá-los. (GURGACZ, 2003). Em casos nos quais são evidenciados tal afasia, o indivíduo apresenta incapacidade em denominar objetos repetir palavras. Também é conhecida como Afasia de Broca. (GURGACZ, 2003);
b) afasia motora aferente ou cinestésica(GURGACZ, 2003): decorre de afecções que atingem os setores pós-central da zona verbal (GURGACZ, 2003).Característica relevante desta afasia é a imprecisão de movimentos. Contudo, encontrada a posição articulatória correta, o paciente consegue articular (GURGACZ, 2003);
c) afasia sensorial (GURGACZ, 2003): afasia resultante de lesão na região póstero-superior da área temporal esquerda (área de Wernicke). É uma condição na qual os pacientes falam, mas são incapazes de entender a linguagem falada (LURIA, 1992, p. 169). Enquanto a afasia motora é caracterizada por deterioração de capacidade de expressão, a afasia sensorial demonstra aspectos de de déficit de compreensão dos sinais verbais. Neste tipo de afasia, ocorre uma espécie de surdez verbal e uma perturbação da palavra espontânea, tanto na leitura quanto na escrita (GURGACZ, 2003)
 3. Área de Wernicke
Figura 22 - Área Broca e Wernicke
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Area-de-Broca-e-Area-de-Wernicke_fig3_270674188
A área de Wernicke recebe o nome em homenagem a Karl Wernicke, um neurologista e psiquiatra alemão. Esta área está localizada no lobo temporal esquerdo e está envolvida em:
Compreensão da linguagem
Processamento Semântico
Reconhecimento da Linguagem
Interpretação da Linguagem
Área de Wernicke é uma região do cérebro humano responsável pelo conhecimento, interpretação e associação das informações, mais especificamente a compreensão da linguagem. Graves danos na área de Wernicke podem fazer com que uma pessoa que escuta perfeitamente e reconhece bem as palavras, seja incapaz de agrupar estas palavras para formar um pensamento coerente, caracterizando doença conhecida como Afasia de Wernicke.
Entretanto, as pessoas com problemas na área de Wernicke não têm problemas com a fala. 
Figura 23 – Relação das áreas
Fonte: http://psiquiatrizando.com/wp-content/uploads/2017/12/Brain-Language--300x243.jpg
A compreensão da linguagem é a capacidade do ser humano de processar e entender a linguagem falada e escrita. Essa habilidade nos ajudou muito ao longo de nossa história evolutiva. A capacidade de se comunicar de forma eficaz nos permitiu colaborar e criar sociedades complexas para enfrentar um mundo hostil. Por esta razão, no cérebro encontramos estruturas biologicamente enraizadas, como a área de Wernicke.
A afasia de Wernicke é um distúrbio da produção de linguagem causado por lesões na área de Wernicke. Este distúrbio é caracterizado por um discurso não estruturado e sem sentido, juntamente com uma compreensão nefasta da linguagem. Mas, embora a mensagem não tenha sentido, o discurso é transmitido de forma fluida e sem esforço, porque a produção do idioma está intacta.
Um aspecto-chave da afasia de Wernicke é que a fluência do idioma está totalmente intacta. Os indivíduos com este transtorno não têm problema em manter um discurso sem esforço, embora não tenha sentido. Isso ocorre porque a estrutura do cérebro responsável pela produção do discurso é a área de Broca. Isso nos ajuda a entender que a área de Wernicke é especializada na compreensão e na semântica da linguagem, e apesar de suas conexões com outras áreas, elas podem acompanhar sua operação de forma independente.
Finalmente, há um processo curioso quando uma lesão aparece nas áreas de linguagem em uma idade muito jovem. Devido à grande plasticidade do cérebro, se o hemisfério esquerdo estiver danificado, é possível que o idioma se desenvolvano hemisfério direito. Graças a isso, as lesões cerebrais que ocorrem antes da consolidação da linguagem podem ser reduzidas, alcançando um desenvolvimento normal ou praticamente normal.
4. Giro Pré-Central
O giro pré-central localiza-se entre o sulco central e o pré-central, é onde possui a área motora primária do córtex motor (córtex cerebral: local de processamento neuronal que desempenha funções na memória, pensamento, consciência, linguagem, percepção e atenção)., ou seja, sua função é motora.
Quando se introduziu a estimulação magnética transcraniana (EMT), começou o estudo da representação somatotópica no giro pré-central de humanos. Com isso conseguiram observar que ao empregar a bobina magnética na àrea do crânio ligada à região que representa o cortical da mão no giro pré-central, são elaborados movimentos involuntários da mão. Por esse fator de mapear o córtex motor por meio de EMT, obeteve-se algumas descobertas intrigantes:
Em amputados crônicos, há um aumento da área de representação cortical motora dos segmentos corporais proximais, i.e., do coto(Cohen et al., 1993); 2. Em paraplégicos, há um aumento da área de representação cortical da musculatura abdominal (Topka et al., 1991).
Figura 24 - Giro Pré-central
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/-7KwMxBoR-zs/VqjXqeF1waI/AAAAAAAAI60/pJVysGjDvG8/s1600-h/image%25255B69%25255D.png
Figura 
25
 - Giro Pós-Central5. Giro Pós-Central
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Giro_p%C3%B3s-central#/media/File:Postcentral_gyrus.png
O giro pós-central é uma proeminente estrutura do lobo parietal do cérebro humano e um importante ponto de referência macroscópico, neste giro é onde geralmente são localizadas as zonas sensíveis ou áreas sensoriais somáticas.
É neste domínio que são registrados as sensações de calor, frio, tato, pressão, dor e propriocepção (sensação de posição e equilíbrio muscular).
Na principal área receptiva do sistema somatossensorial, o córtex somatossensorial primário, assim, como em outras áreas sensoriais possui um “mapa” sensorial que é por sua vez chamado de homúnculo sensorial.
Figura 26 - Somatotopia
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Somatotopia#/media/File:1421_Sensory_Homunculus_-_PT.png
O córtex somatossensorial primário, no início foi estudado pelos estudos de estimulação de Wilder Penfield, e por estudos de potencial de Bard, Woolsey e Marshall.
 Apesar de ter sido inicialmente definido como abrangendo as áreas de Brodmann 1,2 e 3, um recente trabalho de Kaas sugeriu que apenas a área de Brodmann 3, tem que ser referida como o “córtex somatossensorial primário”, já que é a região que recebe a maior parte das projeções talâmicas.
REFERÊNCIAS
A ÁREA DE WERNICKE E A COMPREENSÃO DA LINGUAGEM. Disponível em: < https://amenteemaravilhosa.com.br/area-de-wernicke-compreensao-linguagem>. Acesso em: 27 mar. 2018
ACKERMAN, Sandra. Discovering the brain. Washington, D.C.: National Academy Press. 1993 
ÁREA DE BROCA E ÁREA DE WERNICKE. Disponível em: < http://imensoamor01.blogspot.com.br/2015/10/area-de-broca-e-area-de-wernicke.html>. Acesso em: 27 mar. 2018.
BEAR et al. Neurociências: desvendando o sistema nervoso., Art Med, 2002. 
BRASIL NETO, Joaquim. Neurofisiologia e plasticidade no córtex cerebral pela estimulação magnética transcraniana repetitiva. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v.31, n.5, p.216-220, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 60832004000500004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 abr. 2018. 
GIROS. Disponível em < https://www.auladeanatomia.com/novosite>. Acesso em: 26 mar. 2018.
GURGACZ, GLACI. FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES DE LEITURA NA TERAPIA DE REABILITAÇÃO DE PACIENTE COM AFASIA DE BROCA: ESTUDO DE CASO. 2003. Tese de Doutorado. Universidade do Sul de Santa Catarina.
Hickok G, Poeppel D. Dorsal and ventral streams: a framework for understanding aspects of the functional anatomy of language. Cognition. 2004;92(1–2):67–99. 
Indefrey P, Levelt WJM. The spatial and temporal signatures of word production components. Cognition.2004;92(1–2):101–144. 
LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais. Atheneu: São Paulo, 2002.
LURIA, Alexander Romanovich. Pensamento e Linguagem:as últimas conferências de Luria. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. 
MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1999.
Papoutsi M, de Zwart J. A, Jansma J. M, Pickering M. J, Bednar J. A, Horwitz B. From phonemes to articulatory codes: An fMRI study of the role of Broca’s area in speech production. Cerebral Cortex. 2009;19:2156–2165.
Wan, Catherine Y. et al. “Intensive Therapy Induces Contralateral White Matter Changes in Chronic Stroke Patients with Broca’s Aphasia.” Brain and language 136 (2014): 1–7. PMC. Web. 3 Apr. 2018.

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