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* REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA ALIFÁTICA E DE ELIMINAÇÃO Profa. Dra.Geisa Helmold Aspesi * Reações químicas Para ocorrer uma reação é necessário: Quebra de ligações Formação de novas ligações * Quebra de ligações Quebra homolítica: Quebra heterolítica: * Formação de ligações A ligação covalente pode ser feita: Revertendo qualquer um dos processos anteriores Pelo ataque dos íons ou radicais sobre outras espécies. * Tipos de reagentes Eletrófilos: atacam o substrato na posição de alta densidade eletrônica. Nucleófilos: atacam o substrato na posição de baixa densidade eletrônica. Radicais livres: são eletrófilos. * Tipos de reações nucleofílicas Substituição: característica de haletos, compostos aromáticos e acílicos. Adição: característica de compostos carbonílicos. * Reações de substituição nucleofílica em haletos * Grupos abandonadores Aqueles que se afastam como um íon ou como uma molécula básica fraca, relativamente estável. I- > Br- > Cl- >> F- Íons muito básicos raramente são bons abandonadores: -HO- -H- -R- * Reações de substituição nucleofílica bimolecular ou de 2ª ordem (SN2) A velocidade da reação depende das concentrações molares do haleto e do nucleófilo. V = K [H3CCl] [HO-] * Mecanismo SN2 Ocorre a inversão de configuração. * Reações SN2 na inter-conversão de grupos funcionais * Reações de substituição nucleofílica unimolecular ou de 1ª ordem (SN1) A velocidade da reação depende da concentração molar do haleto. V = K [(CH3)3CCl] * Mecanismo SN1 * * O carbocátion (geometria trigonal plana) é aquiral e reage com a água a partir de qualquer um dos lados: * Estabilidades relativas dos carbocátions Quanto maior o número de grupos alquila (doadores de densidade elétrica) ligados ao carbocátion, mais estável ele será: * Fatores que afetam as velocidades das reações SN1 e SN2 Estrutura do substrato Para reações Sn2: Metila > 1º > 2º >> (terciário = não reativo). Para reações Sn1: 3º > haletos alílicos e benzílicos. * Concentração e reatividade do nucleófilo Para reações SN1: O nucleófilo não participa da etapa determinante da velocidade. Para reações SN2: Um nucleófilo com carga negativa é sempre mais reativo que seu ácido conjugado. HO- é melhor nucleófilo do que H2O RO- é melhor nucleófilo do que ROH * Em um grupo de nucleófilos, no qual o átomo nucleofílico é o mesmo, a força dos nucleófilos acompanha as basicidades respectivas: RO- > HO- >> RCO2- > ROH > H2O * Efeitos do solvente Para reações SN2: As velocidades, em geral, aumentam muito quando ocorrem em solventes polares apróticos (não formam ligações hidrogênio e não solvatam ânions). * Para reações SN1: Solvente polares próticos aumentam muito a velocidade de ionização do haleto de alquila. * Reações de eliminação Desidroalogenações reações de eliminação em um haleto de alquila. Ex: * Essas reações são chamadas de eliminações ou eliminações 1,2. Em geral, as bases usadas são alcóxidos obtidos da reação de um álcool com metais Na ou K: * Eliminação E2 É uma reação de segunda ordem e bimolecular. Ex: * Mecanismo da eliminação E2 * O hidrogênio e o haleto devem estar no mesmo plano pois os orbitais π que estão sendo formados devem estar próximos para poderem se sobrepor. Há duas maneiras disto acontecer: * Orientação da ligação dupla no produto Regra de Zaytzeff se uma base pequena for usada (íon etóxido ou hidróxido) o produto principal será o alceno mais substituído (mais estável). Ex: * Regra de Hofmann para bases volumosas (t-BuOK), o alceno menos substituído é favorecido. Ex: * Eliminação E1 Reação unimolecular. Ex: * Mecanismo da eliminação E1 * A escolha entre SN1 ou E1 depende da etapa rápida do mecanismo: Se a molécula do solvente reage como um nucleófilo, a reação é SN1. Se a molécula de solvente atua como base a abstrai um dos hidrogênios , a reação será E1. * SN2 X E2 As eliminações ocorrem melhor por um caminho E2 quando feitas com altas concentrações de bases fortes. Há competição entre SN2 e E2 e o produto principal depende do haleto. * Haletos 1os + íon etóxido SN2 é favorecida. Ex: Haletos 2os + íon etóxido E2 é favorecida. Ex: * Haletos 3os + íon etóxido E2 é favorecida em temperaturas baixas. Ex: * Para favorecer a eliminação: Altas temperaturas; Base forte com impedimento estérico. Bases fortes e altamente polarizadas como o íon amida (NH2-) ou íon alcóxido (bloqueado), favorecem E2. Bases fracas como o íon cloreto ou acetato (H3CCO2-) ou bases fracas altamente polarizáveis como Br-, I- ou RS-, favorecem SN2. * SN1 X E1 SN1 temperaturas baixas. E1 temperaturas elevadas e base forte (força uma reação E2) * Referências Bibliográficas - ALLINGER, N. L.; CAVA, M. P.; De JONGH, D. C.; JOHNSON, C. R.; LEBEL, N. A.; STEVENS, C. L. Química Orgânica. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1976, 961 p. - SOLOMONS, T. W.G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica. Vol 2. 7a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001, 544 p. - MORRISON, R. BOYD, R. Química Orgânica. 8 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986, 1639 p. - NORMAN, R. O. C.; COXON, J. M. Principles of Organic Synthesis. 3 ed. Glasgow: Blackie Academic & Professional, 1993, 811p. - CAREY, F. A.; SUNDBERG, R. J. Advanced Organic Chemistry. 3 ed. Part A. New York: Plenum Press, 1990, chapter 5.
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