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REGIÃO ORAL

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Matheus Furtunato da Silva Santos
REGIÃO ORAL
A região oral compreende a cavidade oral, os dentes, a gengiva, a língua, o palato e a região das tonsilas palatinas.
Cavidade oral
A cavidade oral (boca) tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. É na cavidade oral que se sente o sabor dos alimentos e das bebidas e que o alimento é mastigado e manipulado pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. O vestíbulo comunica-se com o exterior através da rima da boca. 
Cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais maxilar e mandibular. É limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral é formado pelo palato (Duro e mole). Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente ocupada pela língua.
LÁBIOS E BOCHECHAS
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e narinas lateral e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Eles contêm o músculo orbicular da boca e músculos, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Atuam como as válvulas da rima da boca, contendo o esfíncter (músculo orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos sistemas digestório superior e respiratório. A zona de transição dos lábios (muitas vezes considerada como sendo o próprio lábio), que varia de marrom a vermelha, continua até a cavidade oral, onde é contínua com a túnica mucosa da boca. Essa membrana cobre a parte intraoral, vestibular dos lábios. Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da túnica mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a túnica mucosa dos lábios superior e inferior. Às vezes há outro frênulo menor situado lateralmente nas regiões vestibulares pré-molares.
As artérias labiais superior e inferior, são ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si nos lábios para formar um anel Arterial. O lábio superior é irrigado por ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. O lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentua
O lábio superior é suprido pelos ramos labiais superiores dos nervos infraorbitais (do NC V2), e o lábio inferior é suprido pelos ramos labiais inferiores dos nervos mentuais (do NC V3).
bochechas têm estrutura quase igual à dos lábios, com os quais são contínuas. As bochechas são as paredes móveis da cavidade oral. Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a região bucal.
Os principais músculos das bochechas são os bucinadores. Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a túnica mucosa e os músculos bucinadores. Superficialmente aos músculos bucinadores há corpos adiposos da bochecha. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular. 
As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por túnica mucosa. A gengiva propriamente dita está firmemente presa aos processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos dos dentes. A gengiva propriamente dita normal é rósea, pontilhada e queratinizada. A túnica mucosa alveolar é normalmente vermelho-brilhante e não queratinizada. Os nervos e vasos que suprem a gengiva, o osso alveolar subjacente e o periodonto (que circunda a raiz ou as raízes de um dente).
Referente a porção 1 do lábio: Epitélio queratinizado. O epitélio (EP) queratinizado da face é relativamente fino e apresenta as características gerais da pele fina encontrada em outros locais. Existem folículos pilosos (FP) e glândulas sebáceas (GSb) associados a esse epitélio.
Referente a porção 2 do lábio: Zona vermelha. O epitélio da zona vermelha do lábio é muito mais espesso que o da face. O estrato granuloso ainda está
presente; por conseguinte, o epitélio é queratinizado. A coloração da zona vermelha é dada pela penetração
profunda das papilas de tecido conjuntivo no epitélio (pontas de seta). A espessura fina do epitélio combinada
com a extensa vascularização do tecido conjuntivo subjacente, particularmente dos vasos sanguíneos (VS)
venosos extensos, possibilita ver a cor do sangue.
Referente a porção 1 do lábio: Junção mucocutânea. A transição da zona vermelha queratinizada para o epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado bastante espesso da mucosa oral é evidente nesta figura. Observe como o estrato granuloso termina abruptamente.
Dentes
As principais funções dos dentes são: Cortar, reduzir e misturar o alimento à saliva durante a mastigação.
Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentais, são usados na mastigação e ajudam a articulação. Um dente é identificado e descrito como decíduo (primário) ou permanente (secundário), o tipo de dente e sua proximidade da linha mediana ou da parte anterior da boca (p. ex., incisivos mediais e laterais; o primeiro molar é anterior ao segundo).
As crianças têm 20 dentes decíduos; os adultos normalmente têm 32 dentes permanentes. Antes da erupção, os dentes em desenvolvimento situam-se nos arcos alveolares como brotos dentais.
Os tipos de dentes são identificados por suas características: incisivos, margens cortantes finas (função prioritária é cortar os alimentos); caninos, cones proeminentes únicos(sua função é a de rasgar alimentos); pré-molares (bicúspides), duas cúspides (são utilizados para esmagar e moer os alimentos) ; e molares, três ou mais cúspides (trituram os alimentos).
PARTES E ESTRUTURAS DOS DENTES
Um dente tem coroa, colo e raiz (Figura 7.82). A coroa projeta-se da gengiva. O colo está situado entre a coroa e a raiz. A raiz está fixada no alvéolo dental pelo periodonto.
Os alvéolos dentais estão nos processos alveolares da maxila e mandíbula. Alvéolos adjacentes são separados por septos interalveolares; no alvéolo, as raízes dos dentes com mais de uma raiz são separadas por septos inter-radiculares.
VASCULATURA DOS DENTES
As artérias alveolares superior e inferior, ramos da artéria maxilar, suprem os dentes maxilares e mandibulares,
respectivamente. As veias alveolares com os mesmos nomes e distribuição acompanham as artérias.
 
INERVAÇÃO DOS DENTES
Os ramos nomeados dos nervos alveolares superior (NC V2) e inferior (NC V3) dão origem aos plexos dentais que suprem os dentes maxilares e mandibulares.
Palato
O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das cavidades nasais (Figuras 7.83). Separa a cavidade oral das cavidades nasais e da parte nasal da faringe, a parte da faringe superior ao palato mole. A face superior (nasal) do palato é coberta por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por túnica mucosa oral, densamente povoada por glândulas. O palato tem duas regiões: o palato duro, anterior, e o palato mole, posterior.
PALATO DURO
O palato duro tem formato côncavo. Os dois terços anteriores do palato têm um esqueleto ósseo formado pelos processos palatinos da maxila e as lâminas horizontais dos palatinos. 
PALATO MOLE
O palato mole é o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na margem posterior do palato duro. O palato mole não tem esqueleto ósseo; mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro.Na parte posteroinferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula. Durante a deglutição o palato mole evita que alimento entre na cavidade nasal.
Na parte lateral, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à faringe pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, respectivamente.
As fauces são o espaço entre a cavidade e a faringe. O limite superior é o palato mole, o inferior é a língua e o limite lateral são os pilares das fauces, os arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz aconexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. O limite anterior do istmo são as pregas palatoglossas e o limite posterior são as pregas palatofaríngeas. As tonsilas palatinas são massas de tecido linfoide, uma de cada lado da parte oral da faringe. Cada tonsila está localizada em uma fossa (seio) tonsilar, limitada pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo e pela língua.
MÚSCULOS DO PALATO MOLE
O palato mole pode ser elevado de modo a ficar em contato com a parede posterior da faringe. Isso fecha o istmo faríngeo e exige que a pessoa respire pela boca. O palato mole também pode ser levado para baixo de modo a ficar em contato com a parte posterior da língua. Isso fecha o istmo das fauces, de modo que o ar expirado passa pelo nariz (mesmo quando a boca está aberta) e evita que substâncias na cavidade oral entrem na faringe.
Músculos do Palato mole são: Tensor do véu palatino, Levantador do véu palatino, Palatoglosso, Palatofaríngeo, Músculo da úvula 
Anomalias
Fenda labial
A fenda labial é uma anomalia congênita (geralmente do lábio superior). As fendas variam de um pequeno entalhe na zona de transição do lábio e na margem vermelha até uma incisura que atravessa o lábio e se estende até o nariz). Em casos graves, a fenda estende-se mais profundamente e é contínua com uma fenda no palato. A fenda labial pode ser uni ou bilateral.
Fenda palatina
A fenda palatina, com ou sem fenda labial. A fenda pode acometer apenas a úvula, conferindo-lhe uma aparência em rabo
de peixe, ou pode estender-se ao longo dos palatos mole e duro. Em casos graves associados à fenda labial, a fenda palatina estende-se através dos processos alveolares das maxilas e dos lábios nos dois lados. A origem embriológica da fenda palatina é a ausência de encontro e fusão das massas mesenquimais nos processos palatinos laterais entre si, com o septo nasal e/ou com a margem posterior do processo palatino mediano.
Língua
A língua é um órgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa que pode assumir vários formatos e posições. Uma parte da língua está situada na cavidade oral e a outra na parte oral da faringe. As principais funções da língua são articulação (formar palavras durante a fala) e compressão do alimento para a parte oral da faringe como parte da deglutição. A língua também está associada à mastigação, ao paladar e à limpeza da boca.
A língua é dividida em raiz, corpo e ápice. A raiz da língua é a parte posterior fixa que se estende entre a
mandíbula, o hioide e a face posterior da língua. O corpo da língua corresponde aproximadamente aos dois
terços anteriores, entre a raiz e o ápice. O ápice (ponta) da língua é a extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. O corpo e o ápice da língua são muito móveis. 
A língua tem duas faces. A face mais extensa, superior e posterior, é o dorso da língua. A face inferior da língua geralmente descansa sobre o assoalho da boca. O dorso da língua é caracterizado por um sulco em forma de V, o sulco terminal da língua, cujo ângulo aponta posteriormente para o forame cego. O sulco terminal divide o dorso da língua transversalmente em uma parte pré-sulcal na cavidade própria da boca e uma parte pós-sulcal na parte oral da faringe.
Um sulco mediano divide a parte anterior da língua em metades direita e esquerda. A túnica mucosa da parte anterior do dorso da língua é relativamente fina e está bem fixada ao músculo subjacente. Tem textura áspera por causa de numerosas pequenas papilas linguais:
Papilas circunvaladas: grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao sulco terminal e são organizadas em uma fileira em formato de V. São circundadas por depressões circulares profundas, cujas paredes estão repletas de Botões gustatórios. A língua humana contém 8 a 12 dessas papilas. Cada papila é
circundada por uma invaginação semelhante a uma vala revestida por epitélio estratificado pavimentoso, que contém numerosos botões gustativos. Os ductos das glândulas salivares linguais liberam suas secreções serosas na base das valas.
Papilas folhadas: pequenas pregas laterais da túnica mucosa lingual. Consistem em cristas baixas paralelas, intercaladas por fendas mucosas, que estão alinhadas em ângulos retos ao eixo longo da língua. Ocorrem na margem lateral da língua. Contêm numerosos botões gustativos no epitélio das paredes das papilas vizinhas. Pequenas glândulas serosas desembocam dentro das fendas. As papilas folhadas podem ser diferenciadas das fungiformes, pela sua organização em fileiras intercaladas por fendas profundas. São cobertas por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. O tecido conjuntivo dessas papilas são ricos em glândulas serosas que se abrem por meio de ductos dentro das fendas entre papilas. 
Papilas filiformes: longas e numerosas, contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. Estão organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, onde tendem a se organizar transversalmente. São as menores e as mais numerosas nos humanos. São projeções cônicas e alongadas de tecido conjuntivo, que são recobertas por epitélio estratificado pavimentoso altamente queratinizado. Esse epitélio é desprovido de botões gustativos. As papilas desempenham apenas um papel mecânico.
Papilas fungiformes: pontos em formato de cogumelo, dispersos entre as papilas filiformes, porém mais numerosos no ápice e nas margens da língua. Os botões gustativos são encontrados no epitélio estratificado pavimentoso da superfície dorsal dessas papilas. O Centro é formado por tecido conjuntivo altamente vascularizado, que se projeta na base do epitélio superficial, essa penetração de tecido conjuntivo é uma característica para diferenciar as papilas fungiformes das filiformes. 
Botões Gustativos
São vistos como corpúsculos ovais de coloração pálida, que se estendem pela espessura do epitélio. Uma pequena abertura na superfície epitelial no ápice do botão gustativo é denominada poro gustativo. Os botões gustativos também são encontrados no arco palatoglosso, no palato mole, na superfície posterior da epiglote e na parede posterior da faringe. 
São encontrados três tipos principais de células nos botões gustativos: As células neuroepiteliais (sensitivas) são as células mais numerosas no botão gustativo. Essas células alongadas estendem-se a partir da lâmina basal do epitélio até o poro gustativo, através do qual a superfície apical afunilada de cada célula emite microvilosidades. Em sua base, formam uma sinapse com os prolongamentos de neurônios sensitivos aferentes. As células de sustentação são menos numerosas. São também células alongadas que se estendem a partir da lâmina basal até o poro gustativo. As células basais são pequenas células localizadas na porção basal do botão gustativo, próximo da lâmina basal. São as célulastronco para os outros dois tipos de células.
Os nódulos linfoides são conhecidos coletivamente como tonsila lingual.
A face inferior da língua é coberta por túnica mucosa fina e transparente. Essa superfície está unida ao
assoalho da boca por uma prega mediana denominada frênulo da língua. O frênulo permite o movimento livre da parte anterior da língua. De cada lado do frênulo, há uma veia lingual profunda visível através da túnica mucosa fina. Há uma carúncula (papila) sublingual de cada lado da base do frênulo da língua, que inclui o óstio do ducto submandibular da glândula salivar submandibular.
MÚSCULOS DA LÍNGUA
Em geral, os músculos extrínsecos modificam a posição da língua e os músculos intrínsecos modificam seu formato. Os quatro músculos intrínsecos e quatro músculos extrínsecos em cada metade da língua são separados por um septo da língua fibroso mediano, que se funde posteriormente com a aponeurose lingual.
Músculos extrínsecos da língua. Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso) originam-se fora da língua e se fixam a ela. Eles movimentam principalmente a língua, mas também alteramseu formato.
Músculos intrínsecos da língua. Os músculos longitudinais superior e inferior, transverso e vertical são limitados à língua. Eles têm suas fixações completamente na língua e não estão fixados a osso.
INERVAÇÃO DA LÍNGUA
A Língua é inervada pelo nervo hipoglosso, nervo lingual, um ramo do NC V3 (trigêmia), nervo corda do tímpano, um ramo do NC VII, nervo glossofaríngeo (NC IX), nervo vago (NC X).
Existem quatro sensações básicas de paladar: doce, salgado, ácido e amargo. O sabor doce é detectado no ápice; o salgado, nas margens laterais; e os sabores ácido e amargo, na parte posterior da língua.
VASCULATURA DA LÍNGUA
As artérias da língua são derivadas da artéria lingual, que se origina da artéria carótida externa. Ao penetrar na língua, a artéria lingual segue profundamente ao músculo hioglosso. As artérias dorsais da língua vascularizam a raiz; as artérias profundas da língua vascularizam o corpo da língua. As artérias profundas da língua comunicam-se entre si perto do ápice da língua.
 
As veias da língua são as veias dorsais da língua, que acompanham a artéria lingual; as veias profundas da língua, que começam no ápice da língua, seguem em sentido posterior além do frênulo lingual para se unirem à veia sublingual. Pode haver drenagem de parte dessas veias, ou de todas elas, para a Veia Jugular Interna, ou isso pode ser feito indiretamente, unindo-se primeiro para formar uma veia lingual que acompanha a parte inicial da artéria lingual.
Absorção sublingual de fármacos
Para a rápida absorção de um fármaco administra-se sob a língua o comprimido ou spray, que se dissolve e chega às veias profundas da língua em menos de 1 minuto.
Glândulas salivares
As glândulas salivares são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. O líquido viscoso transparente, insípido e inodoro — saliva — secretado por essas glândulas e pelas glândulas mucosas na cavidade oral Além das glândulas salivares principais, há pequenas glândulas salivares acessórias dispersas no palato, nos lábios, nas bochechas, nas tonsilas e na língua. 
A unidade secretora básica das glândulas salivares, o salivon, é formada por ácino, ducto intercalar e ducto excretor. O ácino é um saco em fundo cego composto de células secretoras. Os ácinos das glândulas salivares contêm células serosas (secretoras deproteína), células mucosas (secretoras de mucina) ou ambas.
Os ácinos serosos, que contêm apenas células serosas e são geralmente esféricos
Os ácinos mucosos, que contêm apenas células mucosas e costumam ser mais tubulares
Os ácinos mistos, que contêm células tanto serosas quanto mucosas. 
GLÂNDULAS PARÓTIDAS
As glândulas parótidas estão em posição lateral e posterior aos ramos da mandíbula e aos músculos masseteres, dentro de bainhas fibrosas inflexíveis. As glândulas parótidas drenam anteriormente através de ductos únicos que entram no vestíbulo da boca diante dos segundos molares maxilares. Possuem somente ácino seroso. Ácinos seroso ficam roxo/roseado escuro na coloração de H&E.
GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
As glândulas submandibulares situam-se ao longo do corpo da mandíbula, parte superior e parte inferior à metade posterior da mandíbula. O ducto submandibular abre-se por meio de um a três óstios em uma pequena papila sublingual ao lado da base do frênulo da língua. Os óstios do ductos submandibulares são visíveis. A irrigação arterial das glândulas submandibulares provém das artérias submentuais. As veias acompanham as artérias. Possuem majoritariamente ácino seroso e pouca ácido mucoso. Ácinos seroso ficam roxo/roseado escuro na coloração de H&E e ácinos mucosos ficam roxo/rosa claro.
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
As glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula situa-se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de ferradura ao redor do centro de tecido conectivo do frênulo da língua. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais. A irrigação arterial das glândulas sublinguais é feita pelas artérias sublinguais e submentuais, ramos das artérias lingual e facial, respectivamente. Possuem majoritariamente ácino mucoso e pouca ácido seroso. Ácinos seroso ficam roxo/roseado escuro na coloração de H&E e ácinos mucosos ficam roxo/rosa claro.
Anomalias
Paralisia do músculo genioglosso
Na paralisia do músculo genioglosso, a língua tende a cair posteriormente, com obstrução da via respiratória e risco de sufocação. Durante a anestesia geral há relaxamento total dos músculos genioglossos; portanto, a pessoa anestesiada é intubada para evitar a queda da língua.
Lesão do nervo hipoglosso
Lesar o nervo hipoglosso (NC XII), resultando em paralisia e, por fim, atrofia unilateral da língua. A língua desvia-se para o lado paralisado durante a protrusão em razão da ação do músculo genioglosso íntegro no outro lado.
Frenectomia
O frênulo lingual muito grande (“língua presa”) interfere com os movimentos da língua e pode afetar a fala. Em casos incomuns, pode ser necessário realizar uma frenectomia (secção do frênulo) em lactentes para liberar a língua para movimentos normais e fala.
Excisão de glândula submandibular e retirada de cálculo
Não é rara a excisão de uma glândula submandibular por causa de um cálculo no seu ducto ou de um tumor na glândula. A incisão cutânea é feita no mínimo 2,5 cm inferiormente ao ângulo da mandíbula para evitar lesão do ramo marginal da mandíbula do nervo facial. Também é preciso ter cuidado para não lesar o nervo lingual durante a incisão do ducto. O ducto submandibular segue diretamente sobre o nervo inferior até o colo do 3o dente molar.
Sialografia dos ductos submandibulares
As glândulas salivares submandibulares podem ser examinadas radiologicamente após a injeção de um meio de contraste nos seus ductos. Esse tipo especial de radiografia (sialografia) mostra os ductos salivares e algumas unidades secretoras. Em razão do pequeno tamanho dos ductos das glândulas sublinguais e de sua multiplicidade, geralmente não é possível injetar meio de contraste nos ductos.

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