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Resumo Criminologia V1

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RESUMO DE CRIMINOLOGIA (ASSUNTOS PARA V1) 
ProfªValdênia Brito 
(OBS.: Esse resumo é de autoria da aluna Maria Aparecida S S Silva para fins 
meramente didáticos, podendo conter erros, e não isenta o aluno de estudar os 
materiais recomendados pelo professor, sendo proibida expressamente sua 
comercialização). 
1ª AULA (09/08/2017) 
Bibliografia Básica: 
SHECAIRA, Sérgio Salomão.Criminologia. 
Pablo de Garcia e Flávio Gomes – Criminologia (Penas Alternativas) 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir 
BECCARIA, CesareBonesana. Dos delitos e das penas 
 
TÓPICOS PARA V1 (Capítulos 1 e 2 de Shecaira) 
1) Criminologia como ciência 
a. Diferença entre a Criminologia, Direito Penal e Política Criminal; 
b. Conceito, objeto, objetivo, função, método da criminologia. 
2) Nascimento da Criminologia 
a. Ênfase (Escola Clássica e Escola Positiva) 
 
TÓPICOS PARA V2 
3) Criminologia do conflito e consenso; 
4) Teoria da anomia; 
5) Escola de Chicago; 
6) Teoria crítica; 
7) Teoria das janelas quebradas 
 
1) Criminologia como ciência 
a. Diferença entre a Criminologia, Direito Penal e Política Criminal; 
b. Conceito, objeto, objetivo, função, método da criminologia. 
 
CIÊNCIAS CRIMINAIS: 
 
Normativa 
Dogmática 
Ciências do “Dever ser” 
Precisa de um pressuposto (Lei) 
 
Direito Penal � define os crimes e suas penas; 
Direito Processual Penal � dá aplicabilidade ao Direito Penal; 
Direito de Execuções Penais � diz respeito ao preso 
 
Não normativas 
Zetética 
Ciências do “Ser” 
Pode ter vários pressupostos e pode 
até dispensá-los 
Criminologia 
Medicina Legal 
Psicologia Forense 
Antropologia Criminal 
Sociologia Criminal 
 
As Ciências Criminais se dividem em dogmáticas e zetéticas, conforme acima. Elas têm em 
comum o objeto (tema) que é o estudo do crime (fato isolado) e da criminalidade 
(Criminalidade é o conjunto de crimes relevantes para a sociedade, fato coletivo, exemplo 
assassinatos, estupros, etc), com focos, métodos, técnicas diferentes. O objetivo de cada uma 
dessas ciências é diferente. 
 
 
 
Conceito de CRIMINOLOGIA 
Como ciência, ela explica provisoriamente uma realidade criminal, e essa realidade criminal 
depende do contexto cultural e social. A teoria vem para explicar uma realidade, mas ela não é 
a própria realidade, por isso que ela é provisória. Ela explica, mas não justifica. 
 
Criminologia é a ciência do “ser” e não do “dever ser”, saber algo para explicar. É uma ciência 
de contribuição para as outras ciências criminais. Ela faz uma análise crítica de uma realidade 
criminal, querendo entender esse fenômeno que é complexo. Ela converge com o Direito 
Penal, mas são ciências diferentes. 
 
Criminologia como ciência ela não é normativa. Vai colaborar com todas as outras ciências 
criminais dogmáticas fazendo crítica ao direito penal, mostrando sua seletividade e ao mesmo 
tempo vai dar contribuições para a Política Criminal. 
 
A criminologia tem uma dimensão coletiva, já o direito penal está focado na vítima e naquele 
que comete o delito. 
Ex.: Uma ação da criminologia: lei sobre tráfico de drogas antes de 2006 o traficante e o 
usuário tinha a mesma pena. Depois foi colocado que o usuário foi despenalizado, ou seja, a 
pena vai ser bem diferente, onde ele vai fazer a desintoxicação. Isso é fruto de uma discussão 
criminológica e da psicologia, pois a droga que está acabando o mundo não é apenas problema 
penal, pois antes disso é um problema de saúde pública que vai acabar repercutindo no direito 
penal. Não podemos ter como premissa fechada de que todo usuário de drogas vai ser ladrão. 
A crendice popular diz que todo usuário de drogas se for pobre é traficante, e se for rico é 
drogado e doente. 
 
Objeto (Tema) 
- Crime (tema principal); 
- Criminoso (pra saber do crime tenho que saber quem é o criminoso e quem é a vítima); 
- Vítima (tem sinônimo de vencida no imaginário social; foi esquecida pelo sistema criminal, 
ele não é preparado para a vítima; a vítima não é só aquele que sofre o crime – esse é no 
âmbito do direito penal – mas no âmbito da política criminal a vítima é aquela não só que sofre 
a violências, mas seus familiares, amigos e a coletividade); 
- Controle social formal (=agências punitivas, sistema criminal)� vem da idéia de Estado 
 
Controle Social Formal (ou Sistema Criminal)é formado pelos seguintes entes: 
- Legislativo Federal (responsável pela Lei Penal)- é o primeiro quem faz criminalização 
(Criminalização Primária, que vai fazer a Lei Penal), é quem vai dizer o que é crime ou não; 
- Polícias; 
- Ministério Público (é quem denuncia o crime, recebe a ação penal e inicia); 
- Poder Judiciário (vai decidir se o ocorrido é crime ou não); 
- Sistema Penitenciário. 
(Todos vão utilizar o Direito Penal) 
 
O crime é uma construção social, é algo inventado pela sociedade, e não podemos discutir 
crime descontextualizado da nossa realidade social. Não dá para discutir criminalidade 
descontextualizada dos agentes do Estado, pois o Estado muitas vezes deixa que a 
criminalidade aumente, pois ele abriu espaço para que esse comando esteja atuando. 
 
O controle social formal só vai agir quando a sociedade cometer um delito. Se não há crime 
não há ação do controle social formal. Se há desvio há polícia. 
Quando a pessoa está na iminência de cometer um crime, de entrar para a criminalidade, 
quando a pessoa é estimulada ou não, deveria existir o mecanismo de Prevenção Primária. 
 
Não se consegue fazer controle da criminalidade a partir do código penal e a criminologia vai 
mostrar isso. 
 
Quanto mais corrupção no sistema, maior a impunidade. Porque o Brasil é o país que mais 
pune e mesmo assim aumenta a criminalidade, porém o Brasil pune mais a classe social baixa. 
Quando o crime é mais grotesco maior possibilidade de chegar no sistema (pobres, negros, 
etc). Nosso código penal não foi feito para punir crimes de colarinho branco. 
 
 
2ª AULA (16/08/2017) 
 
Criminalidade – Direito Penal – Política Criminal 
 
Criminologia 
 
Objeto � crime/criminoso/vítima/controle social formal 
(É impossível se analisar o crime sem analisar o criminoso, a vítima e o controle social formal) 
 
Objetivo �controle, redução, prevenção da criminalidade 
 
A criminologia como ciência tem enfoque zetético, ou seja, é uma ciência da investigação, toda 
ciência social tem o conhecimento provisório, pois vamos estudar que o crime é uma 
construção social, o que é crime aqui pode não ser crime em outro país, os crimes vão se 
modificando, por isso o conhecimento é provisório, pois está em constante mudança. 
 
Não existe hierarquia entre as ciências, pois todas têm contribuições para oferecer. A 
criminologia enquanto ciência não é normativa e tem como contribuição para o direito penal a 
partir do legislador que faz parte do controle social formal, como por exemplo, quando um 
investigador sobre um determinado fenômeno social ele pode dar subsídios ao legislador ou a 
política criminal para realização de uma norma, se não existir, ou para despenalizar uma 
determinada norma, etc (exemplo disso foi a despenalização do usuário de drogas, onde antes 
ele tinha a mesma pena de traficante e o usuário é uma medida e não uma pena). 
 
Política Criminal � Plano de ação para controle, redução e prevenção da criminalidade. É um 
conjunto de estratégias para controle da violência, ou seja, como você vai proceder para 
atingir seu objetivo que é controlar a criminalidade (pois sabemos que acabar totalmente é 
impossível, então iremos fazer o controle, a prevenção e a redução). 
 
A política criminal se subdivide em: 
 
1. Política de Segurança Pública � dos Estados (Política de Defesa Social, ex.: o Pacto 
pela Vida da SDSPE). Tudo o que se vai fazer nessa política é muito mais no âmbito 
secundário da polícia de investigação (Polícia Civil que investiga o crime e manda pro 
Judiciáriojulgar) e da polícia ostensiva (Polícia Militar que promove a harmonia social); 
 
2. Política Judiciária � como o Poder Judiciário, no âmbito penal, vai proceder; 
 
3. Política Penitenciária �qual a proposta para essa área. 
 
Iremos conviver com três políticas trabalhando para o controle da criminalidade. 
O Direito Penal é um instrumento do controle social formal. 
A política ostensiva está atrás de quem é o criminoso e levar para a delegacia para que de lá 
prossigam para o judiciário, ou seja, só vai atuar quando o fato ocorre. 
 
Não há trabalho na PREVENÇÃO PRIMÁRIA da criminalidade, ou seja, evitar que o crime 
ocorra, que as pessoas que estão na iminência de cometer um crime o façam. 
 
PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE: 
 
Primária � evitar que as pessoas entrem no mundo da criminalidade (Isso é o que falta o 
Estado fazer para diminuir e prevenir a criminalidade); 
 
Secundária �quando as agências (Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário), no segundo 
momento, atuam para que a pessoa não continue cometendo crime (ex.: polícia militar 
quando prende alguém, e dar andamento até que a pessoa seja julgada, mas já houve a 
prevenção secundária. Outro exemplo de prevenção secundária é a prisão preventiva, etc); 
 
Terciária �é na fase da execução da pena (o criminoso já está cumprindo a pena, seja aberta, 
fechada, semi-aberta, penas alternativas, etc), onde a prevenção terciária vai fazer projetos de 
resocialização para que o preso cumpra sua pena e não venha cometer novamente crime. 
 
O correto era que tivéssemos na mesma proporção as três prevenções, mas não acontece isso. 
Não se investe em prevenção primária. Quer fazer controle de criminalidade começando com a 
prevenção secundária, primária e depois terciária. Fica difícil diminuir o crime nesse âmbito. 
 
O Estado deveria estar mais preocupado com o grupo que está perto de entrar na 
criminalidade, um grupo vulnerável a qualquer ação violenta (Prevenção Primária). 
 
 
3ª AULA (23/08/2017) 
CRIMINOLOGIA MODERNA 
 
Que diferenças existem entre o Direito Penal, Criminologia e Política Criminal? 
 
Criminologia � A criminologia é uma ciência zetética, do “ser”, da investigação, que vai dar 
subsídios para o Direito Penal; 
 
Direito Penal � É o instrumento para o plano de controle da criminalidade. A polícia só pode 
atuar prendendo porque a lei diz que pode, o Ministério Público só faz a denúncia porque 
existe o instrumento (o processo) que diz que ele tem a função de fazer a denúncia, e assim 
com todos os envolvidos na política criminal. Todos esses entes utilizam desse instrumento 
para se guiar, seja a polícia, o Ministério Público, o Defensor Público, o judiciário; 
 
Política criminal � É um plano de ação ou um conjunto de estratégias para controle ou 
prevenção da criminalidade nas três dimensões (Política Pública, Política Judiciária e Política 
Penitenciária). Quem aplica todo o plano para controle da criminalidade é o Estado a partir dos 
seus órgãos. 
 
 
Toda sociedade possui um controle social informal e um formal: 
 
Controle Social Informal � É quem dá os primeiros limites ao ser humano, como a família, a 
escola, a religião. Quando esse controle falha o controle social formal tem que atuar, pois 
haverá a conduta ilícita. 
 
Controle Social Formal ou Sistema Criminal � é o Estado que tem o papel coercitivo. É 
complicado só pensar em Política Criminal quando se comete crime (isso seria a 
CriminalizaçãoSecundária). Tem-se que pensar em Política Criminal com Prevenção Primária, 
que é antes daqueles indivíduos que estão em situação de vulnerabilidade entrarem para a 
criminalidade. 
 
Ex de prevenção primária, porém de pouco alcance de resolutabilidade é colocar um poste 
para iluminar um local que era escuro e esquisito, não deixa de ser uma prevenção primária, 
pois está tentando evitar que o crime ocorra devido ao escuro do local, porém é uma 
prevenção primária com um alcance pequeno. 
A Política Criminal é aplicada pelo Controle Social Formal. 
 
É possível que o controle social informal realizar uma política criminal? Sim, embora a Política 
Pública seja de responsabilidade do Estado, não impede que uma ONG realize uma política 
pública preventiva e não deixa de ser um controle social informal pela sua natureza. 
O controle social informal começa pela família, nos dando limites dentro de nossa casa. Depois 
vai ser a escola, a religião com a moralidade, o respeito ao próximo, a caridade e a 
fraternidade, etc. Mesmo que a escola seja pública a natureza jurídica do controle de 
educação, de formação para cidadania, a natureza jurídica é de controle social informal, que é 
de nortear o homem para que ele possa ser cidadão de bem e não precise chegar na instância 
de atuação do controle social formal, por isso que se diz que quando o controle social informal 
falha tem que entrar o controle social formal. 
 
Todas as ciências criminais estudam o crime (objeto=tema) a partir de ângulos, técnicas e 
perspectivas diferentes. 
 
Crime é uma construção social, inventado por uma determinada sociedade, a idéia de que 
determinado fato é crime ou não vai depender de cada país, da perspectiva que ele tem. Em 
determinado momento se achou interessante dizer que determinados bens deveriam ser 
preservados e hoje não é mais. 
 
Crime � fato em si. 
Criminalidade � conjunto de crimes que ele trás um tipo de repercussão social (trás mais 
medo pra comunidade, mais preocupação para a Política Criminal). 
 
1) Objeto �Elementos que compõem o objeto da criminologia: crime, criminoso, vítima 
e controle social formal. 
 
2) Objetivo �É a finalidade a que se propõe que é contribuir para o controle ou 
prevenção da criminalidade. Ela não vai fazer o controle (quem faz o controle de 
criminalidade é o controle social formal a partir da Política Criminal em diversas áreas 
– Política de Segurança, Política Judiciária, Política Penitenciária - que são as 
estratégias e o controle social formal vai colocar em prática essas estratégias) e sim 
contribuir. 
 
3) Função � vai dizer como vai funcionar a ciência criminologia. O criminólogo é um 
estudioso desse tema criminalidade e não faz parte do sistema, não está nos objetos 
da criminologia, então a função vai dizer isso, como vai funcionar a ciência 
criminologia. 
 
Maneiras de contribuir: 
• Investigações/pesquisas para dar subsídios para o Estado e para a sociedade sobre 
a criminalidade; 
• Fornecer informações válidas sobre sanções; 
• Estudos sobre o criminoso, a vítima e o controle social formal; 
• Subsídios para projetos preventivos para controle da criminalidade; 
• Subsídios para a legislação. 
 
4) Método �é o caminho que qualquer ciência tem para atingir seus objetivos. A 
criminologia tem um método de observação da realidade para explicar essa realidade, 
chamado de método indutivo.Isso não significa dizer que não possa utilizar outros 
métodos. Pode usar em seu trabalho de pesquisa método quantitativo e 
qualitativo.Checaira coloca que a interdisciplinaridade é o método de trabalho da 
criminologia. 
 
Multidisciplinaridade � cada ciência/disciplina trabalhando e fazendo seu papel 
separadamente, a partir de sua formação. 
Interdisciplinaridade�ligação entre as várias ciências/disciplinas tendo em comum o 
tema/objeto que, no caso da criminologia, é o crime. 
 
A criminologia é uma ciência interdisciplinar porque ela vai buscar subsídios de outras ciências 
que tem o mesmo tema/objeto, que é o crime. Como por exemplo: da Sociologia Criminal, 
Direito Penal, etc. 
A criminologia não vai conseguir explicar as causas do crime como se fosse uma ciência exata, 
por isso ela vai precisar de todas as ciências criminais (interdisciplinar). 
 
CONCEITO DE CRIMINOLOGIA: 
 
A criminologia é uma ciência zetética, empírica, e não é dogmática, que tem como objeto o 
crime, o criminoso, a vítima eo controle social formal cujo objetivo busca contribuir para a 
prevenção e o controle de criminalidade dando subsídios para o Direito Penal e a para a 
Política Criminal. 
 
É uma ciência interdisciplinar que busca investigar levantando dados e estatísticas para 
contribuir para o controle e prevenção da criminalidade analisando o crime, o criminoso, a 
vítima e o controle social formal. 
 
CONCEITO DE DIREITO PENAL: 
Direito Penal é um conjunto de normas para definir o que é crime e sua devida sanção com a 
finalidade de proteger bens jurídicos. O Estado, no seu papel de controle social, busca a partir 
da norma penal definir o crime com sua respectiva sanção. 
 
 
 
 
 
4ª AULA (30/08/2017) 
 
Correção do exercício passado na aula anterior: 
 
QUESTIONÁRIO: 
 
1) Qual a diferença entre a criminalização primária e secundária? Qual a diferença 
entre a prevenção primária, secundária e terciária? 
 
Criminalização primária (Definição) � é a elaboração da lei pelo legislador definindo os crimes 
e suas devidas sanções, feita pelo Estado através do Poder Legislativo Federal (é o primeiro 
quem faz a criminalização, ou seja, é o responsável pela criação das Leis Penais, onde vai ser 
determinado o que é crime ou não e suas respectivas sanções). É aquele responsável pela 
normatização do Direito Penal onde irá definir os tipos penais com suas respectivas sanções (É 
o Estado através do Poder Legislativo Federal quem vai criar a Lei Penal). 
 
Criminalização secundária (Aplicação) � são os órgãos e poderes responsáveis pela aplicação 
da lei, ou seja, são os entes que compõem o Controle Social Formal ou também chamado de 
Sistema Criminal, que são as Polícias, o Ministério Público, o Poder Judiciário e o Sistema 
Penitenciário, que vão agir quando houver o crime, ou seja, vão agir no seu poder coercitivo 
para controlar a criminalidade, mas quando o crime já ocorreu. Para esse grupo agir ele precisa 
de uma Política, que é a Política Criminal, logo, esse grupo é responsável pela Política Criminal. 
 
A principal diferença entre a criminalização e a prevenção é que na primeira o crime já ocorreu 
e na última o crime ainda não ocorreu, mas está na iminência de acontecer. 
 
Prevenção são as formas com que o controle social formal atua para combater o crime, de 
acordo com o que é estabelecido pela política criminal. 
 
Prevenção Primária� é a que atua na prevenção criminal, ou seja, de forma a se evitar que 
um indivíduo “entre no crime” através de ações sociais. É o conjunto de ações de todas as 
políticas elaboradas pelo Estado para atuar na prevenção criminal a fim de evitar que as 
pessoas entrem no mundo da criminalidade. A prevenção primária, no que diz respeito à 
violência, é de responsabilidade de todas as políticas e da sociedade por conta do controle 
social informal. 
 
Prevenção Secundária� é a atuação repressiva contra o crime, isto é, uma vez que o indivíduo 
está na criminalidade, se impede ostensivamente que continue no crime. Quando os entes 
estatais (Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário), no segundo momento, atuam para que a 
pessoa não continue cometendo crime (ex.: polícia militar quando prende alguém, e dá 
andamento até que a pessoa seja julgada, mas já houve a prevenção secundária. Outro 
exemplo de prevenção secundária é a prisão preventiva, etc). 
 
Prevenção Terciária �se trata da execução da pena pelo infrator (o criminoso já está 
cumprindo a pena, seja aberta, fechada, semi-aberta, penas alternativas, etc), onde a 
prevenção terciária vai fazer projetos de resocialização para que o preso cumpra sua pena e 
não venha cometer novamente crime. 
 
 
 
2) Qual a contribuição da criminologia para o Direito Penal e para a Política Criminal? 
 
A criminologia é uma ciência zetética, empírica, e não é dogmática, que tem como objeto o 
crime, o criminoso, a vítima e o controle social formal (É o Estado que tem o papel coercitivo) 
cujo objetivo busca contribuir para a prevenção e o controle de criminalidade dando subsídios 
para o Direito Penal e a para a Política Criminal. 
 
A criminologia é a que oferece subsídios para ambos através de um estudo experimental 
indutivo na própria sociedade, designando assim todo problema a respeito do crime, 
criminoso, vítima, do controle social formal desse “retrato” zetético empírico feito na 
sociedade e que a política criminal vai formular os planos para prevenir, impedir que se 
continue com o crime a própria execução penal; já o direito penal vai ter suas normas 
dogmáticas elaboradas pelo legislador, tendo como base as informações válidas da 
criminologia e os respectivos planos da política criminal. 
 
A criminologia é uma ciência zetética, do “ser”, da investigação, e vai fornecer subsídios para o 
Direito Penal (é o instrumento para o plano de controle da criminalidade – a lei) e para a 
Política Criminal (é um plano/estratégias para controle da criminalidade aplicado pelo Estado 
através de seus órgãos), com suas investigações/pesquisas para dar subsídios para o Estado e 
para a sociedade sobre a criminalidade; Fornecer informações válidas sobre sanções; Estudos 
sobre o criminoso, a vítima e o controle social formal; Subsídios para projetos preventivos para 
controle da criminalidade; Subsídios para a legislação. 
 
3) Qual a diferença entre objetivo e função da criminologia? 
 
O objetivo diz respeito à finalidade, o sentido teológico da criminologia, que é contribuir para 
o controle e prevenção da criminalidade, digamos que essa é a sua missão, já a sua função é o 
que ela faz para atingir tal objetivo, nesse caso é investigar, pesquisar com a utilização de 
métodos científicos existentes, fornecendo assim subsídio e informações para o Estado e para 
a sociedade sobre a criminalidade. 
 
OBJETIVO: É a finalidade a que se propõe que é contribuir para o controle ou prevenção da 
criminalidade. Ela não vai fazer o controle (quem faz o controle de criminalidade é o controle 
social formal a partir da Política Criminal em diversas áreas – Política de Segurança, Política 
Judiciária, Política Penitenciária - que são as estratégias e o controle social formal vai colocar 
em prática essas estratégias) e sim contribuir. 
Já a FUNÇÃO vai dizer como vai funcionar a ciência criminologia. O criminólogo é um estudioso 
desse tema criminalidade e não faz parte do sistema, não está nos objetos da criminologia, 
então a função vai dizer isso, como vai funcionar a ciência criminologia. 
 
5) Por que a Criminologia é uma ciência interdisciplinar? 
 
Uma ciência interdisciplinar é aquela que realiza seus estudos com o auxílio de outras ciências. 
A criminologia para averiguar a criminalidade e todos os seus possíveis desdobramentos busca 
nas outras ciências informações e dados que lhes são úteis, como, por exemplo, a 
antropologia, a sociologia, etc. 
 
 
 
 
 
 
6) O que é Política Criminal? 
 
É um plano/estratégias para controle ou prevenção da criminalidade aplicada pelo Estado 
através de seus órgãos. 
 
A Política Criminal se subdivide em Política Pública ou de Segurança, Política Judiciária e 
Política Penitenciária. 
 
É uma das três disciplinas que compõe o conjunto tripartido do estudo do crime (Direito Penal, 
Criminologia, Política Criminal). Esta é quem vai traçar os planos de ação para combater o 
crime com seus desdobramentos:Política de Segurança ou Defesa Social, Política Judiciária 
(define como deve proceder cada juiz no âmbito penal) e Política Penitenciária (plano de ação 
na execução penal). 
 
7) Qual a importância do controle social informal e formal. 
 
O controle social informal é de extrema importância, pois é quem dá a base de caráter, 
personalidade, conduta, moral, ética do indivíduo. Se o controle social informal for atuante 
não só pela teoria (dizer o que é correto a ser feito), mas principalmente pelo exemplo, que é 
o que fica marcado efixado num indivíduo, pois não adianta nada a família ensinar aos seus 
filhos o que é certo a se fazer e na prática agir de outra forma, esse controle irá refletir para 
que o indivíduo nunca precisa chegar na esfera do controle social formal, que só irá atuar 
quando houver o crime. Tendo uma boa base familiar, com limites, depois na escola, na 
religião com a moralidade, o respeito ao próximo, a caridade e a fraternidade, etc., tudo isso 
fará com que o cidadão não pratique crime, logo não precisará nunca do controle social 
formal, que nada mais é do que o Estado com seu poder coercitivo. Por isso que se diz que 
quando o controle social informal falha tem que entrar o controle social formal. 
 
O controle social formal também é muito importante, pois quando ocorre o crime ele atua. 
Também é chamado de Sistema Criminal e é formado pelos seguintes entes: 
- Legislativo Federal (responsável pela Lei Penal)- é o primeiro quem faz criminalização 
(Criminalização Primária, que vai fazer a Lei Penal), é quem vai dizer o que é crime ou não; 
- Polícias (vão atuar com seu poder de investigação – Polícia Civil e poder ostensivo – Polícia 
Militar, no combate ao crime); 
- Ministério Público (é quem denuncia o crime, recebe a ação penal e inicia); 
- Poder Judiciário (vai decidir se o ocorrido é crime ou não); 
- Sistema Penitenciário (quando o indivíduo já foi condenado e agora vai cumprir sua pena). 
(Todos vão utilizar o Direito Penal) 
 
VÍTIMA 
 
Vitimologia / 1947 
Autor Mendelsohre 
 
A ciência vitimologia (Checaria diz que é uma disciplina importante para a criminologia, mas a 
professora diz que é uma ciência, pois é claro seu objetivo, seu objeto, o método, ela é 
também zetética) é o estudo da vítima e surge em 1947 pós guerra diante de uma realidade 
em que tivemos mais de 11 milhões de mortos tendo em vista o holocausto, o nazismo. Esse 
autor (Mendelsohre) que era judeu coloca a importância que deve ter a vítima e do estudo da 
vítima no aspecto econômico, social, jurídico e político, mostrando também que todos os tipos 
de vítimas precisam ser analisados, pois temos a vitima individual, a vítima coletiva, existe a 
vítima que trás mais risco, a que está mais vulnerável e a menos vulnerável, e por isso, todo 
aprofundamento do autor vai ser a partir de um período pós-guerra que trazia pouca 
esperança para o mundo, diante do desrespeito com o ser humano. 
 
A criminologia pega essa idéia da história da vítima e começa também a partir da vitimologia a 
perceber que a instância penal (controle social formal) não foi pensada para a vítima. Todo o 
controle passando inclusive pela lei foi pensado muito mais no criminoso. 
 
Na dogmática penal vítima sempre vai ser o sujeito passivo da relação processual, ou seja, 
vítima só é aquela pessoa que sofre a violência (no Direito Penal e no conceito etimológico da 
palavra). 
 
Conceito de vítima para criminologia � No conceito mais amplo, vítima não é apenas aquele 
que sofre diretamente a violência e sim todo aquele que direta ou indiretamente sofre algum 
tipo de violência, podendo ser a família, a vizinhança e toda a comunidade. 
 
O Estado no seu cotidiano não se preocupa com a vítima, e a criminologia moderna está 
querendo mostrar que é impossível controlar a criminalidade sem pensar na vítima. 
 
Vitimização (ou vitimação): 
 
Primária � é o próprio conceito de vítima, ou seja, é a que sofre a violência. 
 
Secundária � é também chamada de dupla vitimização, ou seja, é quando a pessoa se torna 
vítima pelo controle social formal, ou seja, vítima do Estado a partir dos seus agentes. Ex.: a 
tortura de um criminoso (ele agora passa a ser vítima do Estado), situações de abuso em caso 
de depoimentos. 
 
Terciária � é quando a pessoa sofre vitimização de grupos sociais e de outras instâncias do 
Estado pela sua condição de vítima. Ex.: antigamente não se aceitava em hospitais atender 
mulheres estupradas, a pessoa é vítima e ainda está sofrendo discriminação pela sua situação 
de vítima (por exemplo, a vítima de estupro pode até sofrer esse tipo de preconceito, ou até 
por uma crença, ou outro motivo, pela condição de vítima da pessoa). Já sofreu a violência e 
agora sofre também pela coletividade, pelo Estado (pelo controle social formal) uma outra 
violência, que pode estar expressa no código, ou uma violência por discriminação, por um 
atendimento nas instâncias do poder. 
 
No Poder Judiciário, dependendo do crime, a vítima tem que ser ouvida, por isso, os juizados 
especiais criminais (civil e penal) tem no primeiro momento a conciliação. Essa idéia da 
conciliação é algo recente, numa luta de um movimento vitimológico para que em pequenos 
crimes a vítima possa dizer se quer ou não continuar a demanda. 
 
Não cabe conciliação em crimes como, por exemplo, de estupro. 
 
Declaração dos Princípios Básicos de Justiça relativos às vítimas da criminalidade e abuso de 
poder (Ano 1985): 
 
1) As vítimas devem ser informadas dos direitos que lhes são reconhecidos; 
2) Reforçar os mecanismos judiciários e administrativos que permitam às vítimas a 
obtenção da reparação; 
3) A capacidade do Poder Judiciário e Administrativo para responder às necessidades das 
vítimas; 
4) Informações as vítimas (decisão de suas causas, especialmente quando se trate de 
crimes graves); 
5) Meios extrajudiciais. 
 
5ª AULA (06/09/2017) 
 
Criminologia Moderna � é uma criminologia mais crítica, da prevenção. Tudo o que foi 
trabalhado acima se trata da criminologia moderna, seu objetivo, sua função, seu método, os 
tipos de prevenção, os tipos de criminalização e os tipos de vitimização. 
 
Vamos fazer a diferença da criminologia moderna com a criminologia tradicional positiva e 
depois discutiremos a origem da criminologia enquanto ciência (Século XIX). 
 
CRIMINOLOGIA TRADICIONAL POSITIVA CRIMINOLOGIA MODERNA 
Em meados do século XIX surge a Ciência Criminologia 
– Lombroso (pai da criminologia). 
 
Crime é uma patologia (surge com essa idéia de que 
quem cometia o crime tinha alguma doença); 
Crime é um fenômeno normal na sociedade. .O crime 
faz parte da sociedade; Controle da criminalidade (como 
é crime é algo normal, comum, não se combate, mas se 
controla; 
Anormalidade do homem delinqüente; Normalidade do homem delinqüente (quem comete o 
crime não tem doença, ele é uma pessoa normal e 
comete o crime ciente do que está fazendo. Aqui não se 
está banalizando o crime, apenas dizendo que quem 
cometeu não é doente); 
Dimensão biológica (por achar que crime é doença, 
seu enfoque é na dimensão biológica); Lombroso foi 
quem criou a idéia do criminoso nato, onde sua 
definição de criminoso passava por questões 
biológicas, psicológicas, cartográficas. Trabalhava com 
uma ciência de características, onde ele dizia que era 
possível identificar um determinado criminoso pelos 
estereótipos, e até hoje esses estereótipos levaram 
ao imaginário social ao racismo, ao preconceito, à 
discriminação, etc. (Essa idéia de que “conheço um 
marginal de longe”, veio dessa idéia de criminoso 
nato criada por Lombroso) 
Perspectiva psicossocial (análise do crime a partir da 
sociedade, a partir do comportamento, podendo 
também analisar as questões biológicas, porém não só 
nesse enfoque); 
Individual (o crime é visto numa perspectiva 
individual); 
Perspectiva coletiva/social (análise social, prevenção. 
Não significa que não vemos o individual, mas o 
enfoque da análise é coletiva); 
Método indutivo (parte da observação para explicar); Método indutivo; 
Causal – explicativa (etiológica): 
Etiologia é um ramo de estudo destinado a pesquisar 
a origem e a causa de um determinado fenômeno. 
Nessa época da criminologia tradicional se tentava 
explicar porque as pessoas cometiam delitos através 
de questões biológicas. 
Prevenção (primária, secundária e terciária). É possível 
controlar o crimetrabalhando-se nas três dimensões. 
 Acentua a orientação da prevenção primária (É 
responsabilidade de todos, começando pelo controle 
social informal. A prevenção primária evita que se entra 
no mundo da criminalidade); 
 Crime é um conflito (aspecto humano) doloroso (para 
as vítimas, para a família, a sociedade, os amigos, etc.); 
 Amplia o conceito à medida que incorpora no seu 
objeto a vítima e o controle social formal; 
 Substitui o termo tratamento por intervenção 
(Tratamento leva à idéia de doença e aqui cometer 
crime não é doença. A intervenção é sempre numa 
perspectiva de se evitar que grupos ou determinadas 
pessoas entrem no mundo da criminalidade) 
 Objetivo/finalidade: contribuir para controle e 
prevenção da criminalidade. Dar subsídio para controle 
da criminalidade. Tudo que ela vai fazer é pensando no 
que pode contribuir para o problema da criminalidade. 
Função: Oferecer informações válidas sobre a causa do 
crime analisando a causa articulando com todos os 
elementos que são: o crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social formal (gênese, dinâmica, etc.). 
O crime é um problema social e é de responsabilidade 
de todos. 
 
 
DIFERENÇA ENTRE MÉTODO INDUTIVO E MÉTODO DEDUTIVO: 
 
Método é o caminho que utilizo para conseguir alcançar meu objetivo. 
Pela primeira vez, uma ciência que acompanha o Direito se utilizou de um método que é o 
método indutivo. 
 
Toda ciência tem um objeto, um objetivo e um método, e o que diferencia as ciências criminais 
são os métodos utilizados (o enfoque). As ciências zetéticas utilizam o método indutivo, já as 
ciências dogmáticas utilizam o método dedutivo. 
 
Método Indutivo � Parte da observação para explicar o fato (ciência do ser). Parte da 
premissa menor (observação) para a premissa maior (explicar o fato). A criminologia utiliza 
desse método, da observação, e essa análise vai subsidiar ações pra Política Criminal (se eu 
tenho esses dados a Política vai saber onde o crime está ocorrendo com mais freqüência, etc, 
para poder programar ações de controle mais certas). 
 
Método Dedutivo � Parte do pressuposto para chegar ao resultado. É sempre o método das 
ciências dogmáticas. No direito, partimos do pressuposto (A LEI) para o particular. Parte do 
geral para o particular. LEI – FATO – RESULTADO. Ex.: É possível alguém matar e não ser crime? 
Analisamos o fato a partir da LEI para chegar ao resultado. Partimos de um pressuposto (A LEI) 
para chegarmos ao resultado. 
 
HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA 
 
ANTES DESSE PERÍODO ERA SIMPLESMENTE VINGANÇA (até meados do século XVIII). 
 
• Período Humanitário (a partir de meados do século XVIII); 
• Fase Política (Cesar Beccaria) (CRIME E PENA) 
o Dos delitos e das penas 
• Período pré-científico da criminologia 
• Escola Clássica 
 
Toda história do Direito Penal é uma história de vingança (quando havia uma briga ou você 
matava ou expulsava a pessoa da tribo, que morria do mesmo jeito de fome, de seca, de peste, 
etc.). 
Em 23 a.C, teremos o primeiro código que é o Código de Hamurabi (na Babilônia), onde não 
havia separação dos direitos civil, penal, tributário, etc, era um código único, e aí a partir dele 
que se tem a evolução do Direito Penal, com a proporcionalidade da vingança, com o “olho por 
olho, dente por dente”, e também trás nesse livro outro elemento que temos hoje no direito 
civil que é a pena pecuniária, onde poderia se negociar. 
 
Nesse período não existia a defesa, o contraditório, a tortura era meio legal de prova. A 
maioria das penas era pena de morte, banimento e mutilações. 
 
Cesar Beccaria, com seu livro “Dos delitos e das penas”, advogado com 24 anos, século XVIII na 
Itália, vem questionar e denunciar a estrutura de Estado da época. No seu livro, ele vai mostrar 
que não poderia haver a pena capital (tanto faz roubar uma galinha como matar a pena era a 
mesma), tinha que haver diferenciação da pena, a audiência tem que ser pública, tem que ter 
as partes, o contraditório, vai discutir a prevenção preventiva, as idéias principais do processo 
penal veio de Beccaria. É ele que nesse período, vai ser o representante da Escola Clássica, a 
partir da dimensão política que ele vai dar ao período, onde toda discussão dele nesse período 
vai girar em torno de CRIME E PENA. Aqui a preocupação não é com o criminoso e sim com o 
crime e a pena. Eles acreditavam que existia o livre arbítrio e a pessoa cometia o crime e iria 
pagar por isso. 
 
Essa escola clássica está mais preocupada com as idéias penais como um todo, já a escola do 
positivismo criminológico está mais preocupada com o estudo do criminoso. 
 
PERÍODO CIENTIFICO 
 
• Meados do século XIX. É nesse período que várias ciências se tornam de fato 
ciências, como a Psicologia, a Antropologia, e inclusive a Criminologia. 
• Cientificidade da Criminologia (CRIMINOSO). Nesse período se achava que o 
criminoso tinha alguma doença que o levava a cometer o crime. 
• Lombroso (Pai da Criminologia) = O homem delinqüente. Lombroso estuda o 
delinqüente do ponto de vista biológico e considera o crime como uma 
manifestação da personalidade e produto de várias causas. 
• Henrique Ferri, criador da Sociologia Criminal, discípulo de Lombroso, fez a 
distinção dos criminosos em cinco categorias: nato, louco, habitual, ocasional e 
passional; 
• Rafael Garófalo sustentava que existem no homem dois sentimentos básicos, a 
piedade e a justiça, e que o delito é uma lesão desses sentimentos. Sua principal 
obra “Criminologia” foi dividida em três partes: o delito, o delinqüente e a 
repressão penal; 
• Positivismo Criminológico é diferente do positivismo jurídico (positivismo jurídico 
é aquele onde o direito é posto pelo Estado). O positivismo que estimulou e 
incentivou uma gama de ciências inclusive a Criminologia, ele trabalhava muito a 
idéia de ciência a partir das ciências naturais, ciências duras, ciências exatas 
(biologia, matemática, química, física, etc). O positivismo criminológico vai buscar 
a idéia de entender o criminoso a partir das ciências naturais, por isso a relação 
com a biologia. 
 
PODE SER QUESTÃO DE PROVA: COMO ERA A CRIMINOLOGIA NO SÉCULO XVIII? 
No século XVIII, apesar de falar que existia uma criminologia clássica, todos os institutos 
estavam voltados para o crime e a pena, porque ainda se estava estruturando as ciências 
criminais (o Direito Penal), por isso que se diz que Beccaria vem trazer os alicerces do Direito 
Penal, onde ele questiona e denuncia a estrutura de Estado da época, em seu livro “Dos delitos 
e das penas”. Ele era contra a pena de morte, defendia a diferenciação da pena, a audiência 
tinha que ser pública, tem que ter as partes, o contraditório, vai discutir a prevenção 
preventiva, defende que só as leis podem fixar penas, as idéias principais do processo penal 
vieram de Beccaria. 
É nesse período que vem a idéia de penitenciária como local de cumprimento de pena, e 
Beccaria vem dizer que a pena deve ser utilizada não só para intimidar o cidadão, mas também 
para recuperar o delinqüente. 
 
COMO ERA A CRIMINOLOGIA NA ESCOLA POSITIVA (SÉCULO XIX) PERÍODO CIENTÍFICO? 
Principais características da Escola Positiva: 
• Método indutivo: o crime e o criminoso devem ser expostos à observação e à 
análise experimental; 
• O crime é visto como um fenômeno social e natural oriundo de causas biológicas 
físicas e sociais. O crime é um fenômeno sujeito às influências do meio e de 
múltiplos fatores, exigindo o estudo pelo método experimental; 
• A responsabilidade penal é responsabilidade social, por viver o criminoso em 
sociedade, e tem por base a sua periculosidade; 
• A pena é medida de defesa social, visando à recuperação do criminoso ou a sua 
neutralização.

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