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2 Trimestre de 2018 Jovens

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L i ç õ e s B í b l i c a s
2º trimestre 2018
A Igreja do
Arrebatamento
O Padrão dos Tessalonicenses 
para Estes Últimos Dias
2358-8136
Professor
cpad.com.br
Professor
cpad.com.br
www.escola-ebd.com.br
www.escola-ebd.com.br
A mulher temente a Deus buscará conformar 
suas crenças e comportamento à Escritura, 
em vez de apenas selecionar e escolher o 
trecho da Escritura que é mais agradável 
para seus próprios desejos. A atenção à 
Palavra de Deus, a disposição para explorar a 
profundidade dos ensinamentos bíblicos, a 
disposição para ter comunhão com o Autor 
divino e para desfrutar desse relacionamento 
com o Senhor inspirarão sua boa vontade 
para se tornar uma mulher sábia cuja vida 
é estruturada de modo seguro sobre a 
rocha ao obedecer e pôr em prática o que 
quer que seja que o Senhor diga. Que o 
Senhor permita que cada uma de vocês ao 
usar a Bíblia como fonte de estudo possa 
renovar o compromisso do tempo pessoal 
e da determinação para buscar as riquezas 
encontradas em um estudo sério da Palavra 
de Deus — não só para você mesma, mas 
também para ensinar a Palavra escrita em 
seu coração. 
A mulher que se dedica ao estudo bíblico
colhe seus muitos benefícios
Professor
cpad.com.br
A IGREJA DO ARREBATAMENTO
O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias
Comentarista: Thiago Brazil
L I Ç Õ E S B Í B L I C A S
2º trimestre 2018
Lição 1
INTRODUÇÃO ÀS CARTAS AOS TESSALONICENSES 3
Lição 2
A ALEGRIA PELA NOVA VIDA EM CRISTO 11
Lição 3
O FRUTO DE UM TRABALHO ZELOSO 19
Lição 4
CONSERVANDO UMA VIDA FRUTÍFERA 26
Lição 5
VIVENDO UMA VIDA SANTA 33
Lição 6
VIVENDO AMOROSA E HONESTAMENTE 40
Lição 7
NOSSA ESPERANÇA NA VINDA DO SENHOR 47
Lição 8
A VIDA CRISTÃ E A ESTIMA PELA LIDERANÇA 55
Lição 9 
CORAGEM EM MEIO À PERSEGUIÇÃO 62
Lição 10
A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO E O DIA DO SENHOR 69
Lição 11
FIRMES NA VERDADE E NA GRAÇA DE DEUS 76
Lição 12
UMA VIDA EXEMPLAR DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS 83
Lição 13
CONSELHOS PARA A VIDA 90
2 JOVENS
Presidente da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultoria Doutrinária e Teológica
Antonio Gilberto e 
Claudionor de Andrade
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfi m
Gerente de Produção 
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Chefe de Arte & Design
Wagner de Almeida
Chefe do Setor de Educação Cristã
César Moisés Carvalho
Comentarista
Thiago Brazil
Redatora
Telma Bueno
Diagramação e Capa
Suzane Barboza
Fotos
Shutterstock
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Comunique-se com a redatora 
da revista de Jovens
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu
CEP: 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ
Por e-mail: telma.bueno@cpad.com.br
RIO DE JANEIRO
CPAD MATRIZ
Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP21852-002
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2406-7373 - Fax: (21) 2406-7326
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TELEMARKETING 
0800-021-7373 Ligação gratuita
Segunda a sexta: 8h às 18h - Sábado de 8h às 14h.
LIVRARIA VIRTUAL 
http://www.cpad.com.br
A IGREJA DO 
ARREBATAMENTO
O Padrão dos 
Tessalonicenses para 
Estes Últimos Dias
Com a graça de Jesus, estamos 
dando início a uma nova revista. Depois 
de um trimestre abençoado a respeito 
do Evangelho de Mateus, estudaremos 
duas epístolas escritas pelo apóstolo 
Paulo — 1 e 2 Tessalonicenses. 
Encontramos nas Epístolas aos Tes-
salonicenses importantes temas teoló-
gicos e doutrinários, como por exemplo, 
a inspiração e autoridade da Escritura, a 
salvação baseada na morte expiatória de 
Cristo, a santifi cação do crente e a volta 
de Cristo para a sua Igreja. Embora essas 
epístolas tenham sido escritas em um 
contexto e em uma época diferente da 
nossa, elas têm importantes doutrinas 
para os crentes contemporâneos. 
Paulo visitou a cidade de Tessalônica no 
início de sua segunda viagem missionária. 
Tal fato nos mostra que ele possuía um 
projeto de evangelização que priorizava os 
grandes centros urbanos. Tessalônica era 
uma cidade estratégica para a proclama-
ção do Evangelho, pois era o maior centro 
comercial do sudeste europeu.
Que possamos, como Paulo, viver uma 
vida de santidade até a volta de Jesus 
e pregar um evangelho de salvação no 
interior das cidades, mas principalmente 
nos grandes centros urbanos, pois o fi m 
em breve virá.
Que Deus o abençoe.
Até o próximo trimestre!
Os Editores.
 JOVENS 3
L I Ç Ã O 
1
INTRODUÇÃO ÀS CARTAS 
AOS TESSALONICENSES 
TEXTO DO DIA
“Assim nós, sendo-vos tão 
afeiçoados, de boa vontade 
quiséramos comunicar-vos, não 
somente o evangelho de Deus, 
mas ainda a nossa própria alma; 
porquanto nos éreis muito 
queridos.” (1 Ts 2.8)
SÍNTESE 
O estudo das Cartas de Paulo 
aos Tessalonicenses realça 
a Igreja como um lugar de 
relacionamentos saudáveis e 
edifi cantes, porque Jesus 
está entre nós. 
 AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – 1 Ts 2.7
O amor de Paulo pelos 
tessalonicenses 
TERÇA – At 17.1-8
A oposição que Paulo enfrentou 
entre os tessalonicenses 
QUARTA – 1 Ts 5.27
O caráter epistolar de 1 
Tessalonicenses 
QUINTA – 1 Ts 3.2
Timóteo e o discipulado dos 
tessalonicenses
SEXTA – 2 Ts 3.17
A autoria paulina é afi rmada 
na Epístola
SÁBADO – 1 Ts 2.17
Paulo desejava ver os 
tessalonicenses
01/04/201801/04/2018
www.escola-ebd.com.br
4 JOVENS
 OBJETIVOS
1. DEMONSTRAR que a Igreja pode e dever ser um am-
biente de relacionamentos saudáveis;
2. APRESENTAR e discutir as Epístolas de 1 e 2 Tessa-
lonicenses;
3. COMPARAR o conteúdo, estrutura e fi nalidade de 1 e 
2 Tessalonicenses.
 INTERAÇÃO
Caro professor(a), que alegria poder mais uma vez com-
partilhar com você a jornada de mais um trimestre de 
ensinamentos e aprendizagem, desta vez a partir da 
leitura e refl exão das duas Epístolas do apóstolo Paulo 
à igreja em Tessalônica.
Como todo novo começo, que em nosso caso na Escola 
Dominical dá-se sempre trimestralmente, temos a opor-
tunidade de fazer melhor o que já vem dando certo em 
nossas aulas, e de tentar superar aquilo que não está 
funcionando da maneira correta. Por isso, aproveite esse 
momento inicial para desafi ar-se a fazer coisas diferentes; 
a mesmice é o pior inimigo de um educador, facilmente 
o levará à mediocridade. 
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Que tal aplicar em suas aulas a metodologia da “sala de 
aula invertida” (Flipped Classroom em inglês)? O méto-
do da “sala de aula invertida” pode ser, resumidamente, 
apresentado da seguinte maneira: o modelo tradicional 
de aulas é completamente invertido, as tarefas de casa 
são feitas em classe e o estudo do conteúdo é realizado 
em casa. Por meio da própria revista, que o educando já 
tem acesso às lições completas, de vídeo aulas, textos 
sugeridos pelo educador, os alunos estudam a temática 
da lição em casa durante a semana. No dia da aula, ao 
invés de uma exposição exclusiva do professor, podem-se 
debater as principais questões da lição, tirar as dúvidas 
que surgiram e aprofundar outras temáticas que foram 
tocadas superfi cialmente pelo comentarista, mas que 
interessam à turma.
Perceba que nesse ambiente educacional o aluno tem o 
protagonismo e o educador a responsabilidade de mediar 
com muita sabedoria as questões que serão discutidas.
 JOVENS 5
Atos 17.1-10
1 E, passando por Anfípolis e Apolônia, 
chegaram a Tessalônica, onde havia 
uma sinagoga de judeus.
2 E Paulo, como tinha por costume, foi ter 
com eles e, por três sábados, disputou 
com eles sobre as Escrituras,
3expondo e demonstrando que convinha 
que Cristo padecesse e ressuscitasse 
dos mortos. E este Jesus, que vos 
anuncio, dizia ele, é o Cristo.
4 E alguns deles creram e ajuntaram-se 
com Paulo e Silas; e também uma 
grande multidão de gregos religiosos 
e não poucas mulheres distintas.
5 Mas os judeus desobedientes, movidos 
de inveja, tomaram consigo alguns 
homens perversos dentre os vadios, 
e, ajuntando o povo, alvoroçaram a 
cidade, e, assaltando a casa de Jasom, 
procuravam tirá-los para junto do povo.
6 Porém, não os achando, trouxeram 
Jasom e alguns irmãos à presença 
dos magistrados da cidade, clamando: 
Estes que têm alvoroçado o mundo 
chegaram também aqui,
7 os quais Jasom recolheu. Todos estes 
procedem contra os decretos de César, 
dizendo que há outro rei, Jesus.
8 E alvoroçaram a multidão e os principais 
da cidade, que ouviram estas coisas.
9 Tendo, porém, recebido satisfação de 
Jasom e dos demais, os soltaram.
10 E logo os irmãos enviaram de noite 
Paulo e Silas a Bereia; e eles, chegando 
lá, foram à sinagoga dos judeus.
INTRODUÇÃO
Você acredita que fortes amizades 
podem crescer em pouco tem-
po? Bem, isso aconteceu entre 
Paulo e os irmãos da igreja em 
Tessalônica. Depois de uma breve 
estadia naquela cidade, que foi 
interrompida em virtude de uma 
forte perseguição contra Paulo, o 
apóstolo precisou sair às pressas – 
praticamente numa fuga, realizada 
na calada da noite – para Bereia, 
em seguida para Atenas, e por fim 
para uma pousada mais longa em 
Corinto. Apesar da brevidade da 
permanência de Paulo entre os 
tessalonicenses, o seu coração 
aliançou-se com aqueles irmãos. 
Talvez o cuidado do apóstolo 
com os crentes em Tessalônica 
envolvesse o caráter neófito da fé 
daquela comunidade. Para além de 
nossas conjecturas, o fato é que 
Paulo demonstra, textualmente, 
forte carinho e afeição por aquela 
igreja com quem conviveu tão 
pouco tempo. É sobre relacio-
namentos assim, que produzem 
edificação mútua, que refletiremos 
durante todo este trimestre. 
 TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
I-SOBRE RELACIONAMENTOS 
QUE EDIFICAM
1. Quando nosso cuidado manifesta 
o amor do Pai. Por que deveria Paulo 
demonstrar tanta afeição por um grupo 
de irmãos com quem conviveu tão pouco 
tempo? Aquela não era uma igreja rica e 
Paulo recebeu apoio financeiro de outra 
igreja para evangelizar Tessalônica (Fp 
6 JOVENS
tessalonicenses animaram Paulo para 
que este escrevesse cartas àquela co-
munidade (1 Ts 3.6). É claro que Paulo não 
imaginou ao escrever estas correspondên-
cias: “Agora vou escrever um texto que se 
tornará sagrado para todos aqueles que 
servem a Cristo!”. Porém, não há dúvidas 
sobre a canonicidade destes textos; eles 
são a inerrante e infalível Palavra de Deus 
historicamente reconhecidos pela Igreja. 
Contudo, é a simplicidade do contexto de 
sua composição que nos salta aos olhos: 
as cartas de um amigo, um discipulador, 
para seus amados irmãos que estão a 
quilômetros de distância, constituem-se 
em inspirada instrução não apenas para 
aquela comunidade, mas para toda a 
cristandade. Que nossos relacionamentos 
sejam assim, tão genuínos, que nossas 
mensagens, postagens, compartilhamen-
tos, sirvam sempre para a edificação de 
quem nós amamos.
 Pense!
Na maioria das vezes o modo como 
falamos é tão importante quanto 
à maneira como agimos. Um 
tratamento amável proporciona 
grandes chances de que nossa 
mensagem atinja seu objetivo. 
Anunciar o amor por meio do ódio 
é simplesmente impossível. O 
Evangelho precisa ser apresentado 
embebecido na graça.
 Ponto Importante
Na sociedade da comunicação, 
onde escrevemos e falamos o 
tempo todo, será que nossos 
relacionamentos são de fato tão 
edificantes que uma simples men-
sagem eletrônica, que enviamos 
para alguém, pode tornar-se um 
meio de comunicação da vontade 
de Deus para aqueles que preci-
sam ouvir a voz do Senhor?
4.16). A multidão dos que creram também 
não foi capaz de garantir a segurança 
física de Paulo e sua equipe (At 17.4,5). 
Diante destas condições contrárias, o que 
poderia justificar tal atitude do apóstolo? 
Uma resposta adequada, ainda que muito 
abrangente, é o amor de Deus pelos 
tessalonicenses. Ou seja, a postura de 
Paulo materializa o zelo do Senhor por 
aquela jovem igreja, que mesmo sem 
muito destaque diante dos homens, 
era importantíssima para o Pai. Quando 
vivenciamos amizades num nível ade-
quado de maturidade cristã, tornamo-nos 
a manifestação encarnada do amor do 
Senhor para com os outros.
2. Quando nem a distância enfra-
quece um relacionamento. Paulo afirma 
que desejou ir ter novamente com os 
tessalonicenses, mas uma série de cir-
cunstâncias, até aquele momento, impe-
dira o reencontro (1 Ts 2.17.18). Entretanto, 
não era a distância ou a ausência física 
que faria aquela relação deteriorar-se; 
numa época de enormes dificuldades 
para comunicação à distância, o apóstolo 
testificou que o seu coração estava com 
os tessalonicenses e que eles eram um 
dos motivos da sua alegria diante do Se-
nhor (1 Ts 2.19,20). Pelo exemplo de Paulo 
e dos tessalonicenses percebemos que 
a qualidade de nossos relacionamentos 
está associada diretamente ao valor que 
damos a cada pessoa, pelo que ela é, e 
não, necessariamente, pela quantidade 
de tempo que passamos ao seu lado. Em 
um tempo de comunicação instantânea 
à distância, vamos ficar atentos para não 
tratarmos com mais carinho nossos te-
lefones do que nossos amigos.
3. Quando uma correspondência 
amorosa torna-se Palavra de Deus. As 
notícias que Timóteo trouxe sobre os 
 JOVENS 7
II- PRIMEIRA CARTA AOS TESSA-
LONICENSES
1. A mais antiga das cartas paulinas. É 
um consenso entre os especialistas que 
1 Tessalonicenses, por ter sido redigida 
em Corinto durante a segunda viagem 
missionária por volta dos anos 50/51 d.C., é 
o mais antigo texto de Paulo registrado na 
Bíblia. Na verdade esta epístola seria a mais 
antiga obra do Novo Testamento. Este fato 
deve levar-nos a compreender que uma 
leitura mais cuidadosa da Primeira Carta 
aos Tessalonicenses nos revelará não só 
o pensamento paulino em sua estrutura 
mais original, mas também questões e 
demandas – teológicas e sociais – que 
preocupavam as comunidades cristãs do 
primeiro século. Deste modo o contexto 
da redação desta Carta refere-se ao mo-
mento histórico em que o apóstolo dos 
gentios está desenvolvendo suas grandes 
sistematizações doutrinárias, as quais se-
rão importantíssimas para o crescimento 
posterior de todo o Cristianismo.
2. Sobre uma possível estrutura da 
epístola. O texto inicia-se, como tradi-
cionalmente Paulo faz em seus escri-
tos, com uma apresentação dele e de 
sua equipe, seguida imediatamente de 
uma calorosa saudação pastoral. Após a 
saudação, na primeira parte do texto, o 
apóstolo concentra-se num testemunho 
de louvor pela vida dos tessalonicenses e 
de gratidão pela comunhão tão profunda 
que se desenvolveu entre ele, Paulo, e os 
crentes em Tessalônica. Como não podia 
ser diferente, neste momento da carta o 
apóstolo fala de seus sentimentos para 
com aquela comunidade, e reconhece 
as virtudes e cuidados daqueles irmãos 
para com ele e seu ministério. A segunda 
grande divisão, que naturalmente apresen-
ta-se no texto, engloba o esclarecimento 
de Paulo quanto à paradosis (tradições 
judaicas) para aquela jovem comunidade. 
Logo em seguida há uma seção dedicada 
a uma série de exortações práticas. O 
texto finaliza-se com uma orientação para 
leitura coletiva da correspondência – daí 
o caráter epistolar desta obra paulina –, e 
com uma palavra de despedida.3. Uma escrita pastoral. Um dos as-
pectos mais destacáveis desta epístola 
paulina é o tipo de linguagem utilizada 
pelo apóstolo. Não encontramos neste 
texto uma rigidez cerimonial ou mesmo 
um distanciamento formal; este texto é 
uma típica correspondência pastoral. 1 
Tessalonicenses trata-se de uma carta 
redigida por um pastor amoroso e atento 
a uma comunidade de novos convertidos. 
Esta postura adotada por Paulo deve 
levar-nos a reavaliar constantemente 
nossos procedimentos relacionais: de que 
modo trato às pessoas à minha volta? Sou 
alguém que por meio de minhas ações 
reflito o amor de Deus pela humanidade? 
Estes são alguns dos questionamentos 
que devemos constantemente fazer-nos, 
tomando por base a vida de Cristo, e por 
que não, também o tratamento de Paulo 
para com os tessalonicenses.
 Pense!
Qual a relevância dos novos 
convertidos para você? Você 
os vê como parte integrante da 
comunidade ou simplesmente 
como um grupo de pré-cristãos, 
“quase-cristãos”? 
 Ponto Importante
É necessário que nossos relaciona-
mentos sejam literalmente desen-
volvidos na Igreja, isto é, que tenha-
mos a capacidade de partir de um 
momento inicial de estranhamento 
para uma amizade verdadeira.
8 JOVENS
III- SEGUNDA CARTA AOS TES-
SALONICENSES
1. Sobre a autenticidade desta carta. 
A partir do século XIX, uma série de teólo-
gos colocou em cheque a autenticidade, 
com especial modo a questão da autoria 
paulina deste texto. Os argumentos 
seriam que há consideráveis diferenças 
entre a escatologia apresentada nas 
epístolas; o estilo, a estrutura e as pa-
lavras da Segunda Carta seriam muito 
similares ao da Primeira o que apontaria 
para um plágio. Todavia, é necessário 
notar que os mesmos argumentos 
podem ser utilizados para demonstrar 
a autenticidade do texto: as mudanças 
na abordagem escatológica dão-se em 
razão deste ser um ensinamento em série 
para uma mesma comunidade – não 
faria sentido simplesmente repetir as 
mesmas ideias de uma carta para outra. 
A similaridade (estilística e vocabular) 
deve ser percebida como algo natural 
para dois textos de um mesmo autor. 
Defendemos assim a autoria paulina e 
a autenticidade da epístola.
2. Por que uma Segunda Carta? Ao 
assumirmos o caráter canônico do texto 
de 2 Tessalonicenses surge uma questão 
central: qual o propósito desta Segunda 
Carta (escrita num curto espaço de tempo 
depois da primeira)? Uma resposta natu-
ral seria a forte ligação entre o apóstolo 
e aqueles irmãos – acrescentado ainda o 
fato de os tessalonicenses serem novos 
na fé em Cristo e estarem debaixo de 
forte perseguição (2 Ts 1.3-12). Outra pos-
sível resposta, tomando como referência 
a centralidade da temática escatológica 
na Segunda Carta (2 Ts 2.1-17), seria o 
interesse do apóstolo em esclarecer 
àquela jovem comunidade cristã, pon-
tos obscuros e dúvidas que surgiram a 
partir da divulgação da Primeira Carta. 
Em termos gerais, pode-se dizer que 
enquanto na Primeira Epístola o autor 
anima os tessalonicenses diante das per-
seguições que sofrem/sofreram; neste 
segundo texto o objetivo é preveni-los 
e consolá-los quanto às perseguições 
que virão.
3. Sobre o conteúdo desta epístola. 
Menor que a primeira, 2 Tessalonicenses 
pode ser subdividida em três grandes 
partes: O capítulo 1, no qual o apóstolo 
procura animar os irmãos que estão aflitos 
diante da perseguição que os assola. Já 
no capítulo 2, Paulo concentra-se numa 
discussão sobre escatologia, com o 
objetivo de demonstrar que a vinda do 
Senhor será precedida por uma série de 
eventos que precisam ser discernidos 
e compreendidos pela Igreja. Por fim, 
no capítulo 3, o apóstolo oferece uma 
série de orientações para o bem-estar 
da comunidade local e para seus rela-
cionamentos interpessoais.
 Pense!
Se considerarmos estes argu-
mentos como pertinentes para 
a escrita da Segunda Carta, po-
demos notar o coração pastoral 
de Paulo, que mesmo à distância, 
não deixava de preocupar-se 
com o bem-estar daqueles novos 
convertidos em Tessalônica.
 Ponto Importante
A fragilidade dos argumentos 
geralmente apresentados como 
contrários à canonicidade de 2 
Tessalonicenses é tão notória 
que para desmontá-los não é 
necessário apresentar nenhum 
contra-argumento, mas apenas 
reposicioná-los como teses 
favoráveis à autenticidade do 
texto e da autoria de Paulo. 
 JOVENS 9
“Não há razão importante para duvidar 
das palavras que iniciam 1 Tessaloni-
censes 1.1, esta epístola é certamente 
um trabalho do apóstolo Paulo. O que 
temos diante de nós é certamente 
sua primeira contribuição ao Novo 
Testamento, que podemos datar de 
aproximadamente 50 ou 51 a.C.
Paulo está escrevendo acerca de sua 
breve estada em Atenas (1 Ts 3.1; cf. 
At 17.16-34), ou mais provavelmente 
sobre sua próxima e prolongada via-
gem missionária a Corinto (At 18.1-18).
É um grupo pioneiro de crentes em 
Tessalônica que receberá essa imi-
nente carta. Tessalônica, a ostentosa 
capital da Macedônia, um porto no 
Mar Egeu, situava-se na principal via 
leste-oeste do Império Romano — a 
Via Egnatia. Sua população relati-
vamente grande, cerca de 200.000 
habitantes, incluía um grupo de judeu 
suficientemente grande para apoiar a 
sinagoga que viria a ser o ponto inicial 
da pregação de Paulo na cidade.
O ministério de Paulo em Tessalônica 
é reconhecido pela orquestração di-
vina. Devia ser muito mais do que um 
simples povoado no itinerário de um 
ministério ocupado. Antes de passar-
mos à ocasião precisa da epístola, um 
cronograma de eventos foi elaborado 
para facilitar a compreensão da visita 
de Paulo” (ARRINGTON, French L; 
ARRINGTON e STRONSTAD, Roger 
(Ed). Comentário Bíblico Pentecostal. 
1 Tessalonicenses. 4.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2006. p. 1363).
“Ocasião e propósito de 2 Tessalo-
nicenses
Esclarecer confusões a respeito da 
segunda vinda de Cristo. Depois de 
ter enviado a sua primeira carta à 
igreja de Tessalônica, Paulo recebeu 
notícias adicionais sobre os crentes 
dali. Eles estavam enfrentando intensa 
perseguição e grandes aflições, mas, 
apesar dos seus problemas, perse-
veravam na fé. Alguns, no entanto, 
estavam afirmando que Jesus já teria 
retornado. Estes crentes podiam ter 
entendido mal a afirmação que Paulo 
fez, de que a volta de Cristo seria tão 
inesperada como a vinda de um ladrão 
no meio da noite (1 Ts 5.1-3). Ou talvez 
eles tivessem recebido outra carta que, 
afirmando ser de Paulo, simplesmente 
declarava que Cristo já teria retornado 
(2.2,3). Estes rumores, juntamente com 
a perseguição, estavam dividindo e 
enfraquecendo a jovem igreja. Pen-
sando que já estavam nos últimos 
dias, alguns crentes recusavam-se a 
trabalhar (compare 1 Tessalonicenses 
5.14 com 2 Tessalonicenses 3.11,12). 
Paulo percebeu que tinha que escrever 
uma segunda carta, para dissipar os 
rumores e para orientar a jovem igreja. 
Em resumo, esta carta revela o cora-
ção de um pastor preocupado. Paulo 
não queria que nenhum falso ensino 
afastasse seus novos convertidos da 
fé cristã. Eles já tinham sofrido muito 
por Cristo, para serem desviados por 
mexericos de gente ociosa” (Comen-
tário do Novo Testamento Aplicação 
Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2010. pp. 458,459).
 SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
 ANOTAÇÕES
 ESTANTE DO PROFESSOR
RENOVATO, Elinaldo de Lima. 1 e 2 Tessalonicenses. 
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
 HORA DA REVISÃO
1. Em que contexto do ministério do apóstolo Paulo ocorreu a fundação da igreja
em Tessalônica?
Durante a segunda viagem missionária de Paulo, após a prisão em Filipos,
momento em que o apóstolo seguia uma visão de Deus.2. Segundo podemos observar no livro de Atos, e especialmente nas suas epístolas escritas 
aos tessalonicenses, como era o relacionamento entre o apóstolo Paulo e aquela igreja?
Era muito afetuoso, cheio de atenção, cuidado e respeito mútuo.
3. Que argumentos são apresentados para tentar descredenciar 2 Tessalonicenses
como um texto paulino os quais podem, na verdade, ser utilizados exatamente
para demonstrar a autenticidade deste texto?
Diferenças entre a escatologia apresentada nas epístolas; o estilo, a estrutura
e as palavras da segunda carta seriam muito similares ao da primeira.
4. De que modo a relação entre Paulo e os irmãos em Tessalônica pode inspirar
nossos relacionamentos enquanto cristãos?
Através do cuidado pastoral de Paulo, do amor dos crentes Tessalonicenses,
da fé corajosa daqueles irmãos.
5. É possível utilizar nossas mensagens, e-mails e posts como instrumentos para
anúncio das verdades do Reino? Como? Justifi que sua resposta.
Sim, por meio de uma compreensão de que tudo o que nós fazemos deve ser
para a glória de Deus.
 CONCLUSÃO
O estudo sistemático da Bíblia nos traz inúmeros benefícios; talvez um 
dos mais relevantes é a percepção de que os princípios que nortearam a 
obra de Deus no início da Igreja ainda são praticáveis hoje. As estratégias 
e os mecanismos podem mudar para dialogar com a sociedade atual, mas 
nossos princípios – dentre eles o amor, cuidado e respeito com o outro – 
são simplesmente inegociáveis.
 JOVENS 11
A ALEGRIA PELA NOVA
VIDA EM CRISTO
TEXTO DO DIA
“Lembrando-nos, sem cessar, 
da obra da vossa fé, do tra-
balho do amor e da paciência 
da esperança em nosso Senhor 
Jesus Cristo, diante de nosso 
Deus e Pai.” (1 Ts 1.3)
SÍNTESE 
A nova experiência de vida dos 
tessalonicenses está inti-
mamente ligada a uma forte 
comunhão com Deus, mas 
também um amor espontâneo 
entre eles e Paulo. 
 AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – 1 Co 13.13
As três virtudes cristãs 
TERÇA – 2 Co 5.17
A nova vida em Cristo 
QUARTA – Jo 15.13
O amor maior
QUINTA – 1 Ts 2.19
Nossos relacionamentos devem 
ser causa de nossa alegria
SEXTA – 1 Co 2.4
A palavra que salva 
SÁBADO – Rm 8.1
Como vivem os que estão 
em Cristo
L I Ç Ã O 
2
08/04/201808/04/2018
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 OBJETIVOS
1. REFLETIR a respeito dos benefícios de uma liderança 
afetuosa;
2. APRESENTAR as características da igreja em Tessalônica;
3. DISCUTIR a respeito da nova vida em Cristo e suas 
características.
 INTERAÇÃO
A lição de hoje tratará a respeito do relacionamento 
de um experiente líder cristão com uma comunidade 
de novos convertidos. Como percebemos por meio da 
leitura das cartas à igreja em Tessalônica, em momento 
algum Paulo desprezou as aflições que inquietavam 
aqueles cristãos apesar de, em alguns casos, serem 
questões muito triviais com relação à fé. Esta postura do 
apóstolo deve-nos ser inspiradora. Paulo serviu aquela 
igreja, apesar de – segundo uma lógica humana – ele ter 
o direito de solicitar aos crentes daquela comunidade 
que o sustentasse, inclusive fi nanceiramente. A oportu-
nidade que o Senhor nos concede de servir aos jovens de 
nossas igrejas não pode ser encarada como um fardo ou 
mesmo um ministério menor, mas como um chamado 
para servir àqueles que hoje precisam muito de nosso 
apoio, misericórdia e atenção.
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Proponha um estudo de caso aos seus alunos. Crie uma 
situação de conflito, envolvendo a relação entre um 
líder e seus liderados, que exija uma tomada de decisão. 
Você pode criar todo um contexto, narrando a situação 
imaginária ou entregando as informações por escrito. 
O objetivo deste tipo de atividade é desafi ar os alunos a 
apresentarem respostas aos problemas com o máximo 
de empatia possível, isto é, colocando-se no lugar do 
outro, tanto do líder como dos liderados. Dependendo 
do tamanho de sua sala de aula podem ser criados dois 
grupos onde, após a discussão em separado, cada grupo 
apresentará suas respostas, as quais serão analisadas e 
avaliadas pelos membros do outro grupo (havendo apenas 
uma equipe, caberá ao professor o papel de avaliação 
e crítica). Após o debate, sempre faça uma conclusão, 
chamando os participantes mais uma vez à reflexão 
a respeito dos desafi os que se impõe, por exemplo, na 
liderança de novos convertidos na Igreja hoje.
 JOVENS 13
INTRODUÇÃO
Logo no início de sua primeira 
Epístola aos Tessalonicenses, 
Paulo preocupa-se em tornar 
claro àqueles irmãos seu cui-
dado e amor por eles. Como 
demonstrará o apóstolo, estes 
sentimentos tinham uma dupla 
origem: em primeiro lugar, natu-
ralmente, brotavam do coração 
do Pai – de onde deriva toda e 
qualquer experiência de amor 
verdadeiro que vivenciamos. Em 
segundo lugar, mas não menos 
importante, a afeição daquele 
pastor por aquele grupo de no-
vos convertidos era resultado da 
nobreza espiritual destes.
É necessário lembrarmos que 
quando falamos da Igreja em 
Tessalônica estamos tratando 
de uma comunidade que nasceu 
debaixo de forte perseguição, que 
muito cedo ficou “órfã” de uma re-
ferência espiritual e isto no meio 
de uma sociedade hostil e avessa 
aos valores cristãos. Entretanto, 
a despeito deste conjunto de cir-
cunstâncias contrárias, a Igreja em 
Tessalônica floresceu. Os irmãos 
daquela cidade abandonaram suas 
tradições idólatras e propuse-
ram-se a viver a radicalidade do 
Evangelho em sua versão literal; 
aspirando, com muita singeleza 
de coração, o Dia do Senhor.
 TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
1 Tessalonicenses 1.2-10
2 Sempre damos graças a Deus por vós 
todos, fazendo menção de vós em 
nossas orações,
3 lembrando-nos, sem cessar, da obra 
da vossa fé, do trabalho do amor e 
da paciência da esperança em nosso 
Senhor Jesus Cristo, diante de nosso 
Deus e Pai,
4 sabendo, amados irmãos, que a vossa 
eleição é de Deus;
5 porque o nosso evangelho não foi a vós 
somente em palavras, mas também em 
poder, e no Espírito Santo, e em muita 
certeza, como bem sabeis quais fomos 
entre vós, por amor de vós. 
6 E vós fostes feitos nossos imitadores 
e do Senhor, recebendo a palavra em 
muita tribulação, com gozo do Espírito 
Santo.
7 de maneira que fostes exemplo para 
todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
8 Porque por vós soou a palavra do 
Senhor, não somente na Macedônia 
e Acaia, mas também em todos os 
lugares a vossa fé para com Deus se 
espalhou, de tal maneira que já dela 
não temos necessidade de falar coisa 
alguma;
9 porque eles mesmos anunciam de 
nós qual a entrada que tivemos para 
convosco, e como dos ídolos vos con-
vertestes a Deus, para servir ao Deus 
vivo e verdadeiro
10 e esperar dos céus a seu Filho, a quem 
ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, 
que nos livra da ira futura.
A despeito de um conjunto 
de circunstâncias 
contrárias, a Igreja em 
Tessalônica floresceu. 
14 JOVENS
I- PAULO E OS TESSALONICEN-
SES: UM LÍDER E SEUS AMIGOS
1. Um líder que pode chamar seus 
liderados de amigos. A experiência de 
Paulo em Tessalônica aponta para um 
modelo bíblico de relacionamentos; o 
apóstolo não é só um pastor que tem 
amigos (algo raro atualmente), mas que 
seus amigos são os membros da comuni-
dade que ele lidera. Paulo não se coloca 
em outro nível, acima dos outros, quase 
como um super-herói; pelo contrário, 
o apóstolo trata os Tessalonicenses 
como amigos queridos, pessoas com 
as quais ele não queria manter apenas 
uma relação institucional, e sim uma 
amizade mutuamente edifi cante. Não 
eram apenas os crentes daquela igreja 
que eram edifi cados pelos ensinamentos 
e ministério do apóstolo, mas o próprio 
Paulo, através da vida daqueles irmãos 
declarava-se abençoado e edifi cado.
2. Paulo um líder que se alegrava 
através da vida dos irmãos. Seus rela-
cionamentostrazem-lhe alegria, paz e 
edifi cação, ou, ao contrário, são fonte 
de dores e problemas? Entre Paulo e 
os tessalonicenses essa questão estava 
muito clara: a alegria que aqueles irmãos 
traziam a Paulo não era pelo que eles 
tinham, mas por aquilo que eles eram. E 
o que eles eram? Amados de Deus e de 
Paulo. Grande parte dos relacionamentos 
na atualidade vem desgastando-se em 
virtude de expectativas erradas; não 
devemos aproximarmo-nos dos outros 
em vista de benefícios ou interesses 
pessoais, mas antes nossa alegria deve 
ser o privilégio de conviver com pessoas, 
principalmente com aquelas cujo coração 
já foi transformado pelo amor do Pai (Fp 
4.1). Devemos alegrar-nos por pessoas, 
nunca por bens materiais ou instituições. 
3. Uma amizade que tem como fun-
damento Cristo. Só há uma razão para 
explicar o tipo de amizade edificante 
que surgiu a partir do encontro entre 
Paulo e a comunidade em Tessalônica: 
Cristo! Ora, como pessoas de locais 
diferentes, com uma formação cultural 
diversa, que permaneceram próximas 
durante um curto espaço de tempo 
conseguem desenvolver 
um relacionamento tão 
sólido, se não através da 
graça de Cristo, que as 
faz perceber umas às 
outras como impor-
tantes e especiais (Rm 
12.5;1 Co 12.25)? Todas 
estas convulsões so-
ciais que vivenciamos 
hoje: intolerância, xe-
nofobia, discriminação, 
são resultado de uma 
compreensão erra-
da do amor de Cristo 
em relação ao próxi-
mo, a qual ao invés 
 JOVENS 15
de perceber o outro como o próximo, 
compreende-o como o estranho, o 
diferente, o inimigo. Somente o poder 
de Jesus em nossos corações é capaz 
de redirecionar nossos relacionamentos 
para retornarmos ao plano original do 
Pai para a humanidade. Acreditemos no 
poder do amor, o qual é capaz de causar 
uma transformação no mundo (Jo 13.35).
 Pense!
Será que você se permite desen-
volver relacionamentos sadios 
com os membros de sua igreja? 
Em alguns casos, infelizmente, 
muitos jovens parecem solitários, 
isolados e arredios a amizades; 
que o paradigma dos tessaloni-
censes frutifique entre nós.
 Ponto Importante
Percebemos que não eram apenas 
os tessalonicenses que eram 
ricamente abençoados nesse 
relacionamento, mas o próprio 
Paulo faz questão de reconhecer 
o quanto sua vida era tocada e 
animada por Deus através dos 
amáveis irmãos em Tessalônica.
II- QUAIS AS CARACTERÍSTICAS 
DESTA IGREJA QUE PAULO AMA?
1. Fé operosa. A experiência salvífica 
dos tessalonicenses não foi algo circuns-
crito ao campo teórico, a um evento que 
envolvia elementos meramente abstratos. 
Ao contrário, o impacto da presença do 
Evangelho naquela comunidade produ-
ziu mudanças visíveis, constatáveis por 
qualquer indivíduo, pois conduziu os 
tessalonicenses a uma salvação não-e-
goísta, mas ao contrário, uma experiência 
de doação e comprometimento em 
fazer um mundo melhor para si e para 
os outros (1 Ts 1.7,8). Esta pode ser uma 
compreensão da expressão utilizada por 
Paulo em 1 Tessalonicenses 1.3. Não é de 
uma fé morta, estática, apática de que 
fala o apóstolo, mas de uma vivência 
dinâmica, viva e transformadora.
2. Amor abnegado. Os tessalonicen-
ses receberam a verdade do Evangelho 
na convicção de que não era mais para 
si que eles deveriam viver, e sim para 
Cristo e para o serviço do outro (1 Ts 
4.9,10,12). Não há amor egoísta; se é amor, 
necessariamente é altruísta. Uma postura 
que pensa apenas em si, que procura 
exclusivamente o autobenefício, jamais 
poderá ser denominada de amor; talvez 
seja ganância, inveja, cobiça; o amor, no 
entanto, é capaz de vivenciar perdas 
para garantir o bem-estar do outro (1 Co 
13.4). Os irmãos desta comunidade foram 
capazes de vencer o ódio por meio do 
amor, a traição através do perdão (1 Co 
13.6-9). As relações em nossas igrejas 
devem ser constituídas naturalmente, 
sem estratégias artificiais, promotoras de 
ilusões para ambas as partes. O amor não 
engana, mas antes, trata com verdade.
3. Esperança que não é ansiosa. A 
convicção de que nada deste mundo é 
permanente, e que, no entanto, é para 
a eternidade que caminhamos, não nos 
isenta de nossas responsabilidades 
imediatas, como por exemplo, o trabalho 
(2 Ts 3.10-12). Há pessoas que diante da 
notícia de uma mudança, não conseguem 
pensar ou fazer mais nada, paralisam suas 
vidas, tornam-se improdutívas e inúteis, 
aprisionadas pela expectativa do novo 
ou diferente. A esperança que tomava 
os corações daqueles irmãos tinha um 
fundamento sólido: Jesus Cristo (1 Ts 5.8). 
Tudo aquilo que realizamos, segundo 
a orientação do Salvador, certamente 
será próspero. A ansiedade é resultado 
de uma fé que não se estabeleceu em 
16 JOVENS
Cristo, mas nas riquezas, poderes ou 
influências dos homens. Nossa confiança 
no futuro, contudo, deriva da fé na obra 
realizada amorosamente na cruz do 
Calvário (1 Ts 2.19).
 Pense!
Nossa sociedade necessita 
urgentemente de pessoas que 
retomem o princípio do amor 
divino.
 Ponto Importante
Nossa fé dever ser operosa, não 
por nós mesmos, mas em função 
do fluir do ser de Deus para 
nossas vidas. 
III- A NOVA VIDA EM CRISTO E 
SEUS EFEITOS
1. A transformação que não se pode 
esconder. O testemunho de Paulo sobre 
os tessalonicenses é forte. Entretanto, 
este não era o ponto de vista isolado 
de um amoroso pastor; as igrejas cir-
cunvizinhas (1 Ts 1.7) e a população pagã 
da região também eram testemunhas 
de que a salvação em Cristo mudou 
radicalmente a postura dos irmãos em 
Tessalônica (1 Ts 1.8). Ora, foi o próprio 
Jesus que anunciou a impossibilidade 
de se esconder os resultados da bên-
ção de Deus na vida daqueles que o 
reconhecem como SENHOR (Mt 5.14). O 
impacto do poder da salvação na vida 
de uma pessoa, ou neste caso, de uma 
comunidade inteira, é incalculável; não 
se pode mensurar o quanto de mudança, 
e em que áreas e níveis, tal encontro é 
capaz de repercutir (2 Co 5.17).
2. A causa da nova vida. Sistemas 
religiosos não libertam pessoas. Frases 
de efeito e palavras de ordem podem até 
possuir algum poder retórico, mas são 
incapazes de construir qualquer realidade 
para além da ilusão (1 Co 2.4). Somente 
a genuína Palavra, que anuncia tanto a 
morte sacrifical quanto o retorno triunfal 
de Cristo, é poderosa para ressignificar 
toda história de vida de uma pessoa (1 Ts 
1.5). Não foi uma estratégia ou método 
para crescimento de igrejas que fez a di-
ferença na vida dos tessalonicenses, mas 
apenas a pregação do Evangelho puro e 
simples. Em tempos como os nossos, o 
caminho para um crescimento saudável 
da Igreja é retornar aos padrões bíblicos 
do Novo Testamento apresentados aqui 
em 1 Tessalonicenses: pregação avivada, 
testemunho individual eloquente, oração 
e liberdade para operação do Espírito 
Santo (1 T 5.17,19).
3. A nova vida exclusiva para Cristo.
Não há acordo entre o Senhor Jesus e as 
entidades da maldade (Mt 6.24). A postura 
dos tessalonicenses foi muito corajosa; 
abandonar radicalmente as divindades 
vigentes de sua comunidade significava 
romper com todo o quadro cultural em 
que eles estavam inseridos. Reconhecer 
como falsos deuses aqueles que até 
pouco tempo eram seus patronos sociais 
exige muita convicção. Existem mudanças 
processuais, libertações lentas, antigas 
práticas culturais arraigadas que exigem 
tempo para ser abandonadas; contudo, 
com relação à adoração ao verdadeiro 
Deus não existem negociações (1 Rs 18.21). 
Nada pode estar acima de nossa relação 
com Cristo. Há, na contemporaneidade, 
um esforço contínuo,da mentalidade que 
rege o mundo, na direção de adequar 
práticas sociais reprováveis ao contexto 
da aceitação cristã. Assim como os tes-
salonicenses, todavia, não devemos abrir 
mão de nenhum dos princípios revelados 
por Cristo.
 JOVENS 17
“A ação de graças de Paulo, sempre 
damos graças a Deus por vós todos 
(v.2) é mais que forma educada usada 
comumente em carta convencional 
escrita naqueles dias. Ela ilustra a 
relação afetuosa e pessoal do após-
tolo com os seus convertidos, e um 
intenso sentimento de alegria e soli-
citude. Esta passagem é testemunho 
vívido da igreja missionária primitiva, 
mostrando como a força totalmente 
transformadora do evangelho se 
comportava em ambiente pagão. [...] 
As evidências externas dos valores 
cristãos interiores e eternos têm de 
aparecer na vida diária destes con-
vertidos: as atividades transformadas, 
a labuta amorosa, a resistência sob 
pressão. Inversamente, a eficácia 
surpreendente do testemunho (6-10) 
só pode ser explicada pela efusão 
de qualidades divinamente implan-
tadas. A verdadeira fé se mostra por 
obras correspondentes; mas meras 
‘boas obras’ que não emanem da fé 
carecerão de frutificação espiritual; 
o amor divinamente implantado fará 
surgir ações vigorosas de grande 
custo; motivos menores que estes 
fracassarão sob prova. A esperança 
cristã manterá os homens firmes sob 
tensão; o mero idealismo humano 
esfacela-se sob pressão (cf. Cl 1.4,5; 
Hb 10.22-24; 1 Pe 1.21,22; Ap 2.2-4)” 
(Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 
9, Gálatas a Filemom. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2006. pp. 360,361).
“Sabendo... que a vossa eleição é de 
Deus; porque o nosso evangelho não 
foi a vós somente em palavras, mas 
também em poder (1 Ts 1.4,5). Paulo 
notou que as qualidades cristãs inte-
riores acham expressão na maneira 
como o crente vive a sua vida. Agora 
ele apresenta um aspecto semelhante. 
O Evangelho vem como palavras, mas 
não simplesmente com palavras. O 
Espírito Santo infunde estas palavras 
com poder, e os dois têm um impacto 
visível. Nessa passagem do Evangelho, 
os termos ‘foi’ (1.5), ‘recebendo’ (1.6), 
e então ‘soou’ (1.8) vieram daqueles 
que foram tão poderosamente afe-
tados por aqueles que se tornaram 
‘nossos imitadores e do Senhor’ (1.6). 
Eles mesmos anunciam... como dos 
ídolos vos convertestes a Deus, para 
servir ao Deus vivo e verdadeiro (1.9). A 
mensagem do Evangelho foca a nossa 
atenção em Cristo e na salvação que 
Deus nos oferece nEle. Os primeiros 
evangelistas cristãos não acatavam a 
idolatria, mas apresentavam a Jesus. 
A decisão de converter-se a Deus 
era crítica; a decisão de rejeitar a 
idolatria era uma consequência. Às 
vezes perdemos de vista essa ordem 
de conversão. A salvação não é uma 
questão de converter-se do álcool a 
Deus. É uma questão de se converter 
a Deus (e então) abandonar o álcool” 
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário 
Histórico-Cultural do Novo Testa-
mento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2012. p. 455).
 SUBSÍDIO 1 SUBSÍDIO 2
 ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
 ESTANTE DO PROFESSOR
Teologia Sistemática Pentecostal.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
 HORA DA REVISÃO
1. É normal que um líder tenha seus liderados como amigos?
Sim. Líderes verdadeiros são aqueles que acolhem amorosamente os que estão 
ao seu lado.
2. Qual a importância de termos uma fé operosa?
Através deste tipo de fé podemos fazer grandes obras para Deus. Uma fé que
nada faz, não é fé verdadeira.
3. De que modo superaremos as ansiedades que caracterizam tão fortemente nossa 
sociedade?
Através de uma fé que se centraliza em Cristo, e não em riquezas, poderes ou
glória humana.
4. Qual a importância do testemunho apresentado pelos tessalonicenses aos seus
contemporâneos?
Num contexto em que a pregação ao ar livre era perseguida, o testemunho era
o modo por excelência para anunciar Cristo.
5. Por que é impossível servir ao Senhor e outras divindades ao mesmo tempo?
Porque a adoração é uma decisão que implica exclusividade, ou seja, um coração
dedicado inteiramente ao Senhor.
 CONCLUSÃO
Os acontecimentos maravilhosos que envolveram os tessalonicenses não 
foram resultantes da ação humana, mas um ato gracioso do amor do Pai. 
Porém, uma vez salvos, aqueles irmãos resolveram viver intensamente seu 
chamado à salvação de modo que se tornaram modelo para as comunidades 
a sua volta. O mais importante em nossa relação com Deus é o quanto 
estamos dispostos a doar-nos a Ele, por seu Reino e fi lhos.
 JOVENS 19
L I Ç Ã O 
3
O FRUTO DE UM 
TRABALHO ZELOSO
TEXTO DO DIA
“Assim nós, sendo-vos tão afei-
çoados, de boa vontade qui-
séramos comunicar-vos, não 
somente o evangelho de Deus, 
mas ainda a nossa própria 
alma; porquanto nos éreis 
muito queridos.” (1 Ts 2.8)
SÍNTESE 
O caráter de uma comunidade 
não se constrói de modo 
repentino; é necessário um 
forte investimento espiritual 
– por meio de discipulado 
efi ciente e de testemunho 
pessoal edifi cante.
 AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Gl 1.10
Quando Deus confi rma o 
ministério de uma pessoa 
TERÇA – 1 Ts 2.11
A Igreja como espaço de 
edifi cação mútua 
QUARTA – At 20.24
O nível de doação exigido dos 
que anunciam o Evangelho 
QUINTA – 1 Ts 2.3
A integridade da mensagem 
SEXTA – 2 Pe 2.3
A denúncia contra os 
estelionatários da fé 
SÁBADO – 2 Co 7.7
A alegria do ministro fi el
15/04/201815/04/2018
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20 JOVENS
 OBJETIVOS
1. IDENTIFICAR o caráter de um ministro de Cristo;
2. DEMONSTRAR a relevância da Palavra de Deus numa 
Igreja local;
3. APRESENTAR os objetivos de um ministério íntegro.
 INTERAÇÃO
Paulo era um exemplo para aquela comunidade. Uma 
das questões que se sobressai tanto na primeira como 
na segunda epístola é o caráter do apóstolo, sua inte-
gridade, sinceridade e amabilidade. Sendo merecedor 
de honra e privilégios entre os tessalonicenses – por 
ser o orientador espiritual da comunidade, em virtude 
do grande risco de morte que o apóstolo pessoalmente 
enfrentou – este não usufruiu de nenhum benefício, 
antes, trabalhou incessantemente para não ser “pesado” 
a ninguém naquela localidade.
Nossas ocupações, nosso trabalho, não podem ser utili-
zados como desculpas para algum tipo de prejuízo à obra 
de Deus. É necessário que sigamos o inspirador exemplo 
de Paulo, para que, fazendo o melhor para o Reino de 
Deus, muitas vidas sejam alcançadas não apenas por 
nossa pregação, mas também por nosso testemunho 
enquanto fi éis discípulos de Cristo.
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Uma sugestão para ser aplicada nesta lição é o uso de uma 
metodologia denominada de “aquário” (em inglês fi shbowl). 
A metodologia desenvolve-se da seguinte maneira: As 
cadeiras da classe são arrumadas em círculo. Ao centro 
do círculo coloque cinco cadeiras (sendo que sempre 
uma deve fi car livre). Quatro alunos são convidados a 
sentarem no centro e iniciarem um debate a partir de uma 
temática sugerida pelo professor. A qualquer momento 
do debate, alguém da classe pode sentar-se na cadeira 
vazia, com isso, necessariamente alguém que estava 
sentado participando do debate deve retirar-se de modo 
a sempre existir uma cadeira vazia para quem quiser 
participar, e não permitir que o debate seja atrapalhado. 
Um mesmo participante pode sair e retornar quantas 
vezes quiser, o papel do professor é não permitir que 
o debate acabe; assim este deve, sempre que possível, 
sugerir novos temas, formular perguntas, demonstrar 
falhas na argumentação de algum participante, etc.
 JOVENS 21
I- O MINISTRO COMO AQUELE 
QUE SERVE
1. Aquele que cuida dos outros. O 
vocacionado por Cristo possui um coração 
misericordioso, capaz de compreender 
a realidade por meio da ótica da graça 
e do cuidado. Enquanto a sociedadeatual apregoa o individualismo como 
forma padrão de relacionamento, o servo 
de Cristo envolvido na evangelização, 
discipulado e pastoreio experimenta a 
força do amor que se doa para outro; 
e isto não é à toa, Jesus encarnou este 
INTRODUÇÃO
No capítulo dois de 1 Tessalonicen-
ses, Paulo apresenta-nos o para-
digma do verdadeiro plantador de 
Igrejas. Quais devem ser as moti-
vações daqueles que se envolvem 
no ministério de evangelização e 
discipulado de novos cristãos? Por 
vivermos em dias tão difíceis, somos 
facilmente induzidos a imaginar que 
apenas nós enfrentamos os desafios 
de conviver com falsos obreiros, 
com indivíduos cujo objetivo é o 
estabelecimento de uma carreira 
profissional, e não a manifestação da 
graça do Pai nesta geração. Todavia, 
neste momento de sua Carta aos 
tessalonicenses, ao fazer questão 
de destacar alguns aspectos de sua 
prática ministerial naquela comuni-
dade, o apóstolo acaba denunciando 
uma série de indivíduos, que já na 
Igreja Primitiva, tinham a intenção 
de instituir feudos particulares ao 
invés de militarem pelo Reino de 
Deus. Assim como os tessalonicen-
ses, aprendamos com Paulo.
 TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
1 Tessalonicense 2.1-12
1 Porque vós mesmos, irmãos, bem 
sabeis que a nossa entrada para 
convosco não foi vã;
2 mas, havendo primeiro padecido e sido 
agravados em Filipos, como sabeis, 
tornamo-nos ousados em nosso Deus, 
para vos falar o evangelho de Deus 
com grande combate.
3 Porque a nossa exortação não foi 
com engano, nem com imundícia, 
nem com fraudulência;
4 mas, como fomos aprovados de Deus 
para que o evangelho nos fosse con-
fiado, assim falamos, não como para 
agradar aos homens, mas a Deus, que 
prova o nosso coração.
5 Porque, como bem sabeis, nunca 
usamos de palavras lisonjeiras, nem 
houve um pretexto de avareza; Deus 
é testemunha;
6 E não buscamos glória dos homens, 
nem de vós, nem de outros, ainda 
que podíamos, como apóstolos de 
Cristo, ser-vos pesados;
7 antes, fomos brandos entre vós, como 
a ama que cria seus filhos.
8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, 
de boa vontade quiséramos comuni-
car-vos, não somente o evangelho de 
Deus, mas ainda a nossa própria alma; 
porquanto nos éreis muito queridos.
9 Porque bem vos lembrais, irmãos, do 
nosso trabalho e fadiga; pois, traba-
lhando noite e dia, para não sermos 
pesados a nenhum de vós, vos pre-
gamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas de quão 
santa, justa e irrepreensivelmente nos 
houvemos para convosco, os que 
crestes.
11 Assim como bem sabeis de que modo 
vos exortávamos e consolávamos, a 
cada um de vós, como o pai a seus 
filhos,
12 para que vos conduzísseis dignamente 
para com Deus, que vos chama para 
o seu reino e glória.
22 JOVENS
tipo de modelo relacional (Jo 10.26-30). 
Em Tessalônica, Paulo afirma cuidar da-
queles irmãos tanto como uma ama (1 Ts 
2.7) – que mesmo sem nenhum vínculo 
biológico com as crianças de quem cuida, 
é responsável pela nutrição mais básica 
como pelos carinhos –, como um pai (1 Ts 
2.11) – cuja responsabilidade fundamental 
é a formação do caráter dos filhos que 
lhe são dependentes. O apóstolo não 
procurava benefícios próprios, mas o 
desenvolvimento daqueles irmãos.
2. Aquele que serve mesmo com o 
perigo de perder a vida. Desde o início, 
o ministério de Paulo entre os tessaloni-
censes envolveu um nível de compro-
metimento tal que, em várias ocasiões 
(1 Ts 2.2,15), o apóstolo testemunha que 
correu risco de vida. A radicalidade deste 
tipo de vocação pode ser comparada à 
chamada de nossos irmãos missionários 
que atuam em países hostis ao Evangelho 
hoje (Coreia do Norte, Irã, Vietnã, etc.). 
Eles não têm suas vidas por preciosas 
(At 20.24), mas são capazes de enfrentar 
vários tipos e níveis de riscos para levar a 
Palavra àqueles que ainda não ouviram 
as Boas Novas de paz (2 Co 11.23-26). O 
senso de serviço entre esses obreiros é 
altíssimo; para eles a vida não faz sentido 
se não é apresentada como oferta diária 
diante do altar do Cordeiro de Deus. Este 
nível de comprometimento com o Reino 
de Deus está numa condição diametral-
mente oposta ao tipo de vida nababesca 
e luxuosa que alguns optam e impõem 
sobre suas comunidades.
3. Aquele que trabalha para não ser 
pesado a ninguém. Esta talvez é uma das 
características sociais mais marcantes do 
ministério de Paulo. Ele optou por um 
estilo de vida despojado, a tal ponto que, 
na maioria do tempo, não necessitava 
de uma comunidade ou instituição para 
garantir-lhe o sustento financeiro; ele 
mesmo produzia os recursos para sua 
manutenção (1 Ts 2. 6, 9). Deste modo, seus 
pedidos financeiros poderiam voltar-se 
para o sustento das novas comunidades 
fundadas (2 Co 8.1-5; 9.12). Esta opção 
de vida certamente exige muito mais 
daquele que realiza ações para o Reino, 
entretanto o autoriza a exigir de todos à 
sua volta uma postura similar (2 Ts 3.12).
 Pense!
O privilégio de ser ministro do Rei-
no não está associado a prêmios 
ou reconhecimentos humanos que 
se podem receber de homens ou 
instituições. A maior honraria que 
cabe ao cristão é ser achado digno 
de continuar a obra iniciada por 
Jesus há dois mil anos.
 Ponto Importante
O Brasil tem sido muito abençoado 
em função de jovens que, seguindo 
uma visão de Deus, doaram-
se completamente em favor 
do anúncio do Evangelho. Que 
essa chama evangelística volte a 
acender no coração desta geração 
para que os não alcançados 
possam ouvir de Cristo.
II- O COMPROMISSO COM A 
PALAVRA
1. A pregação como exposição da 
verdade. O ministério de Paulo entre os 
tessalonicenses foi bem-sucedido porque 
o foco dele era o anúncio da Palavra; 
entretanto, tal tarefa não estava funda-
mentada em sabedoria humana (1 Ts 1.5), 
e sim no poder que é próprio da vontade 
de Deus (1 Ts 2.3,5). Os tessalonicenses 
não foram envolvidos em estratégias de 
retórica ou oratória, mas pelo poder do 
Evangelho. Infelizmente na atualidade, 
 JOVENS 23
em muitas igrejas, perdeu-se a espe-
rança no poder da Palavra, em virtude 
disso em muitas celebrações voltadas 
para jovens a liturgia é preenchida com 
elementos dos mais diversos (shows 
de humor, MMA amador, muita música 
dançante). Que tipo de Igreja teremos 
daqui a alguns anos se os cristãos que 
a compõem não valorizam a Bíblia, nem 
sequer a conhecem?
2. A necessidade de honrar a Deus e a 
sua Palavra. A quem preocupamo-nos em 
agradar quando pregamos o Evangelho? 
Paulo deixou bem claro àquela jovem 
igreja que seu compromisso estava em 
agradar ao Pai, e não a eles (1 Ts 2.4). O 
apóstolo não temia o que poderia aconte-
cer quanto à reação dos tessalonicenses, 
pois ele sabia que a aprovação de seu 
ministério não vinha das pessoas, mas do 
Deus que confirmara seu ministério (Gl 
1.10). Àquele que foi vocacionado por Deus 
cabe o discernimento e a maturidade 
para permanecer firme em sua missão, 
mesmo quando todos e tudo levantam-se 
como oposição. Nestes dias trabalhosos 
o Evangelho não é bem recebido por uma 
geração incrédula e rebelde (Fp 2.15). 
Contudo, devemos ter a convicção de 
que não é a eles que buscamos agradar, 
mas ao SENHOR!
3. O discernimento e a confiança dos 
tessalonicenses. No caso da comunidade 
dos tessalonicenses, apesar do pouco 
tempo de fé que estes possuíam, a Pa-
lavra fluiu entre eles com naturalidade. 
Um dos motivos de tal desenvolvimento 
do Evangelho nesta igreja foi o fato de os 
cristãos ali terem recebido as palavras 
de Paulo como Palavra de Deus (2 Ts 
2.13). Numa sociedade cheia de vozes e 
mecanismos de comunicação odiscerni-
mento é um dos dons mais importantes. 
Precisamos de maturidade para sermos 
capazes de rejeitar as falácias (2 Tm 4.4) 
e acolher a voz do Senhor (1 Co 2.14,15). 
Como o caso da Igreja em Tessalônica 
nos demonstra, discernir a vontade de 
Deus tem relação direta com nossa inti-
midade com Deus, e não com o tempo 
que possuímos de fé.
 Pense!
As estratégias para anúncio do 
Evangelho podem ser diversas, 
mas é necessário ter a consciência 
de que o conteúdo sempre tem 
que ser mais relevante do que a 
forma. A falência da Igreja é de-
cretada quando as pessoas a pro-
curam não com sede da Palavra, 
mas com fome de entretenimento.
 Ponto Importante
A aprovação coletiva nem 
sempre esteve do lado dos 
profetas e ministros de Deus, 
todavia, eles permaneceram 
firmes e inabaláveis. Cresçamos 
continuamente em intimidade 
com o Pai, para que em momentos 
de adversidade tenhamos a 
serenidade de que nossa chamada 
é de Deus.
III- OS OBJETIVOS DE UM MINIS-
TÉRIO ÍNTEGRO
1. Colaborar para o desenvolvimento 
de uma comunidade espiritualmente 
sadia. O zeloso trabalho de Paulo tinha 
um objetivo claro: colaborar no cresci-
mento espiritual dos tessalonicenses de 
tal forma que estes chegassem ao nível 
de intimidade desejado por Deus (1 Ts 
2.12). O apóstolo, que naquele momento 
histórico estava em forte atividade mis-
sionária, não tinha qualquer intenção de 
beneficiar-se, de alguma forma, através da 
vida daqueles irmãos; antes, a finalidade 
24 JOVENS
de seus cuidados pastorais era exclusiva-
mente o bem-estar deles. Hoje, cada vez 
mais, na igreja, precisamos de pessoas 
comprometidas com o crescimento e 
amadurecimento de outros.
2. A edificação mútua. Um dos resul-
tados mais destacáveis decorrentes do 
estabelecimento de um ministério sadio 
é a edificação mútua. É necessário reco-
nhecer, apesar deste não ser o objetivo 
prioritário da presença de Paulo entre 
os tessalonicenses, que o apóstolo foi 
ricamente abençoado por meio da con-
vivência com aquela igreja (1 Ts 2.19,20). É 
assim que o Reino de Deus manifesta-se 
por meio de uma liderança abençoadora, 
todos são enriquecidos pelo poder de 
Deus, tanto os que ministram como os 
que são ministrados (2 Co 7.7; Fm 7). Nunca 
devemos compreender a bênção de Deus 
de forma egoísta, na verdade, sempre que 
o Senhor abençoa-nos abundantemente, 
o seu objetivo é que sejamos capazes de 
compartilhar com os outros o muito que 
Ele nos tem dado (2 Co 9.8).
3. Denunciar as ações do Maligno. 
É inevitável: a luz sempre desarticula 
as trevas (Jo 12.46). Por mais que o foco 
daquele que faz a obra de Deus com 
sinceridade não seja esse, mais cedo 
ou mais tarde, as obras do Maligno 
acabam sendo reveladas através do 
estabelecimento dos princípios do Reino 
de Deus (At 26.18). Foi exatamente isto 
que ocorreu em Tessalônica (1 Ts 2.14-16); 
o anúncio do Evangelho foi seguido por 
uma onda de perseguição promovida por 
aqueles que, cheios de maldade, não 
desejavam o desenvolvimento da obra 
de Deus naquela cidade. A integridade 
do ministério de Paulo destacava-se, 
positivamente, em meio a um contexto de 
falsos pregadores e profetas de aluguel. 
“Jesus
O nome Jesus quer dizer ‘Deus salva’. 
Conforme Paulo anuncia aos tessa-
lonicenses: ‘Deus não nos destinou 
para a ira, mas para a aquisição da 
salvação, por nosso Senhor Jesus 
Cristo’ (1 Ts 5.9). Em uma passagem 
anterior da epístola, ele refere-se a 
Jesus como aquEle ‘que nos livra da 
ira futura’ (1.10). Poucas vezes (há cerca 
de dez ocorrências nessa epístola), 
Paulo refere-se a Jesus sem usar 
também o título ‘Cristo’ ou ‘Senhor’. Na 
maioria dessas passagens, o assunto 
é a morte de Jesus (1 Ts 1.10; 4.14), um 
lembrete da humanidade dEle e da 
forma custosa com que Ele efetuou 
a salvação (Rm 3.25,26).
Talvez a advertência de Paulo de 
que ‘ninguém que fala pelo Espírito 
de Deus diz: Jesus é anátema’ (1 Co 
12.3), seja um indício para entender a 
passagem em discrepância com esse 
padrão. Talvez os falsos profetas que 
negavam a humanidade de Jesus 
tenham feito uma denúncia desse 
tipo. A primeira heresia cristológica, 
o docetismo (de dokeõ, ‘parecer’ ou 
‘ter a aparência’), negava a humani-
dade de Jesus com o argumento de 
que Ele apenas parecia ser humano, 
mas, na verdade, não o era. O padrão 
das referências de Paulo a Jesus e 
sua morte negam firmemente esse 
tipo de ensino falso” (ZUCK, Roy B. 
Teologia do Novo Testamento. 1.ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 282).
 SUBSÍDIO
 ANOTAÇÕES
 ESTANTE DO PROFESSORESTANTE DO PROFESSORESTANTE DO PROFESSORESTANTE DO PROFESSORESTANTE DO PROFESSOR
Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
 HORA DA REVISÃO
1. Tomando como base a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, cite três caracte-
rísticas de um ministério íntegro.
Dedicação, diligência e doação.
2. Que riscos a Igreja corre ao retirar a centralidade da Palavra de suas reuniões de
celebração?
Perde-se a centralidade de Cristo na adoração, e a liturgia torna-se puro en-
tretenimento.
3. Quais os efeitos em uma comunidade local de uma vocação ministerial cumprida
segundo a vontade de Deus?
Desenvolvimento espiritual, crescimento mútuo e denúncia das obras do mal.
4. Por que não devemos compreender a bênção de Deus em nossas vidas de modo
egoísta?
Sempre que o Senhor abençoa-nos abundantemente, o seu objetivo é que sejamos 
capazes de compartilhar com os outros o muito que ele nos tem dado (2 Co 9.8).
5. De que modo as obras do Maligno são denunciadas quando assumimos uma
postura de espiritualidade madura?
Por meio dos princípios do Reino de Deus que se estabelecem e manifestam
as obras de Cristo.
 CONCLUSÃO
O bem-estar da jovem Igreja em Tessalônica não era fruto do acaso, como 
vimos durante esta lição; o padrão paulino de implantar novas igrejas e de 
discipular novos cristãos fez com que aquele grupo de irmãos, mesmo tendo 
convivido pouco tempo com o apóstolo, tivesse um nível de espiritualidade 
diferenciado. Nós, como igreja, na atualidade precisamos cada vez mais disso: 
amor, integridade e responsabilidade.
L I Ç Ã O 
4
CONSERVANDO UMA 
VIDA FRUTÍFERA
TEXTO DO DIA
“Porque, agora, vivemos, 
se estais fi rmes no Senhor.” 
(1 Ts 3.8)
SÍNTESE 
Muito mais desafi ador do 
que plantar uma Igreja é 
consolidá-la de tal forma que 
as pessoas permaneçam na 
vocação de Deus, mesmo di-
ante de adversidades, perse-
guições e frustrações.
 AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – 1 Co 4.9-14
Paulo e sua entrega à 
obra de Deus
TERÇA – At 14.22
As tribulações não podem 
nos impedir de entrar no 
Reino de Deus
QUARTA – Mt 5.10-12
Os fi lhos do Reino serão 
perseguidos 
QUINTA – Hb 12.14
Santidade como elemento 
indispensável 
SEXTA – Ef 4.15,16
Somente o amor produz um 
crescimento saudável 
SÁBADO – Rm 12.14
Deve-se vencer o ódio com amor
22/04/201822/04/2018
www.escola-ebd.com.br
 JOVENS 27
 OBJETIVOS
1. IDENTIFICAR as características de uma liderança 
frutífera;
2. RECONHECER os desafi os que a igreja em Tessalônica 
superou para frutifi car;
3. COMPREENDER o que é necessário fazer para frutifi car.
 INTERAÇÃO
A palavra-chave desta lição é ‘frutifi cação’. Diante desse 
vocábulo, enquanto professores(as) devemos fazer a 
seguinte pergunta: Qual o fruto do trabalho que estou 
realizando para Deus? Por vivermos em uma sociedade 
imediatista, muitas vezes nossos corações satisfazem-se 
apenas com aquilo que se pode perceber com facilidade, 
de modo muito evidente; entretanto, é necessário termos 
a maturidade para acreditar que os resultados, especial-
mente aqueles de repercussão espiritual, estãopara além 
daquilo que os olhos podem ver. Deste modo, acredite, 
seu ministério é muito importante, não apenas para um 
grupo de jovens com quem você se reúne semanalmente, 
mas também para sua igreja local, e ainda para o Reino de 
Deus como um todo. São extraordinariamente positivas 
as consequências do serviço de homens e mulher como 
você que, com dedicação e zelo, empenham-se em fazer as 
verdades da Bíblia Sagrada compreensíveis e relevantes 
para nossa geração de jovens.
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Uma excelente estratégia que você pode utilizar durante 
suas aulas é a criação de “Grupos de Verbalização” (GV) e 
“Grupos de Observação” (GO). A lógica de funcionamento 
é simples, mas bastante dinâmica e participativa. No início 
da aula divida os alunos em dois grupos GV e GO, depen-
dendo da quantidade de alunos. Uma vez separados os 
participantes, os membros do GV sentam-se em círculo 
próximos uns dos outros, enquanto os membros do GO 
devem sentar-se em um círculo maior em volta do GV. 
Você lança um tema para discussão do GV, que pode ser 
uma questão levantada na lição ou outra que ele acha 
conveniente, enquanto o GO analisa as falas dos membros 
do outro grupo. Após um tempo adequado para debate, os 
grupos trocam de função podendo aprofundar a questão em 
debate ou iniciar a abordagem de outra questão. Ao fi nal, 
ressalte o quanto todos aprenderam uns com os outros.
28 JOVENS
1 Tessalonicenses 3.6-13
6 Vindo, porém, agora, Timóteo de vós 
para nós e trazendo-nos boas novas 
da vossa fé e amor e de como sem-
pre tendes boa lembrança de nós, 
desejando muito ver-nos, como nós 
também a vós,
7 por esta razão, irmãos, ficamos conso-
lados acerca de vós, em toda a nossa 
aflição e necessidade, pela vossa fé,
8 porque, agora, vivemos, se estais firmes 
no Senhor.
9 Porque que ação de graças poderemos 
dar a Deus por vós, por todo o gozo 
com que nos regozijamos por vossa 
causa diante do nosso Deus,
10 orando abundantemente dia e noite, 
para que possamos ver o vosso rosto 
e supramos o que falta à vossa fé?
11 Ora, o mesmo nosso Deus e Pai e nosso 
Senhor Jesus Cristo encaminhem a 
nossa viagem para vós.
12 E o Senhor vos aumente e faça crescer 
em amor uns para com os outros e 
para com todos, como também nós 
para convosco;
13 para confortar o vosso coração, para 
que sejais irrepreensíveis em santidade 
diante de nosso Deus e Pai, na vinda de 
nosso Senhor Jesus Cristo, com todos 
os seus santos.
INTRODUÇÃO
O amor verdadeiro dos tessalonicen-
ses, associado à necessidade de uma 
fuga repentina em virtude da forte 
perseguição que se levantou, deixaram 
em suspenso o coração de Paulo quan-
to à permanência e consolidação da 
fé dos novos cristãos daquela cidade. 
De tal forma que, diante de um grande 
impedimento que se impôs com rela-
ção à sua ida pessoal a Tessalônica – o 
qual o próprio apóstolo considerava 
uma ação diretamente promovida 
pelo Maligno (1 Ts 2.18) – Timóteo foi 
enviado àquela igreja para de lá trazer 
notícias a Paulo. Quão grande não 
foi a alegria do apóstolo ao receber 
de seu jovem auxiliar o relatório de 
viagem. Os tessalonicenses estavam 
bem espiritualmente, usufruindo da 
profunda alegria que caracteriza a 
vida daqueles que vivenciam uma 
experiência real de salvação. É sobre os 
fatores que levaram os tessalonicenses 
a uma experiência de fé consolidada 
que refletiremos nesta aula.
 TEXTO BÍBLICO COMENTÁRIO
I- LIDERANÇA FRUTÍFERA, IGRE-
JA FRUTÍFERA
1. Paulo, um líder de líderes. Se há 
uma característica peculiar do ministério 
de Paulo que se pode destacar, esta é 
a capacidade de perceber o potencial 
de novos líderes. São tantos, cujas listas 
estão presentes em quase todas as 
cartas que ele escreveu. Por isso, pen-
semos apenas no paradigmático caso 
de Timóteo. Oriundo de uma família de 
dupla tradição religiosa e cultural (At 16.1); 
reconhecido por sua juventude (1 Tm 4.12); 
um inexperiente obreiro em sua primeira 
viagem missionária (At 17.14). Enquanto 
alguém poderia ver tais adjetivos como 
desqualificantes para a vocação de Ti-
móteo, Paulo viu além, e compartilhou 
com o jovem obreiro suas experiências, 
conhecimentos e sonhos. A confiança 
do apóstolo era tamanha que, diante de 
sua impossibilidade de ir a Tessalônica, 
envia seu filho na fé – delegando-lhe 
autoridade para ensinar e exortar (1 Ts 3.2).
 JOVENS 29
2. Paulo, um líder de coração pas-
toral. As palavras do apóstolo em 1 Tes-
salonicenses 3.8 são, simultaneamente, 
fortes e amorosas. Paulo não esconde 
o sentimento de apaziguamento que 
as notícias de Timóteo trouxeram-lhe. 
A vida ganha novos horizontes diante 
da percepção de que a semente do 
Evangelho entre os tessalonicenses 
floresceu e que o testemunho deles já 
frutificava em outras cidades. Palavras 
como estas à igreja em Tessalônica não 
foram exceção na trajetória de Paulo; 
outros textos como 1 Coríntios 4.9-14; 
Efésios 3.13; Gálatas 4.19, evidenciam o 
comprometimento deste homem não 
apenas com a vocação que possuía, 
mas com as pessoas que eram o obje-
tivo primário deste chamado. Este é um 
dos motivos pelos quais aquela igreja 
prosperou espiritualmente, havia uma 
visão de Deus, cumprida debaixo do 
mais abnegado e dadivoso amor.
3. Paulo, um líder a ser imitado. 
Atualmente ainda existem pessoas 
para as quais podemos olhar e dizer: 
“Este irmão/irmã inspira-me a ser um 
cristão melhor!”. Muitos são aqueles 
que podemos literalmente imitar. Paulo, 
era uma dessas pessoas especiais (1 Co 
4.16; 11.1). Para aqueles novos cristãos, 
foi natural tomar o apóstolo como um 
ideal de cristão e de ministro. Hoje, ao 
invés de líderes que imponham sua 
vontade, necessitamos de homens e 
mulheres de Deus que nos inspirem 
a ser melhores – não mais excelentes 
que os outros, mas melhores que nós 
mesmos todos os dias. O imitar neste 
caso não é irracional ou negativo, mas 
um movimento positivo, de entusiasmar 
o povo. Será que hoje, somos padrão a 
ser imitado pela sociedade, ou perdemos 
de tal modo nossos referenciais que não 
somos mais modelo para esta geração?
 Pense!
Você tem orado para que Deus 
levante homens como Paulo, in-
trépidos não apenas na pregação, 
mas também em decisões que 
dinamizem o Reino de Deus?
 Ponto Importante
O amor deve ser a lógica que 
fundamenta nossas relações; por 
isso não importa quão pequena 
ou limitada seja uma igreja, ela 
merece ser amada e abençoada.
II- UMA IGREJA QUE FRUTIFICOU
1. Apesar das tribulações. Proble-
mas dos mais variados como já vimos, 
envolveram a fundação e continuação 
do trabalho em Tessalônica (1 Ts 3.7). 
Mas isso não foi suficiente para barrar 
o crescimento da obra de Deus. Não 
devemos esperar boas oportunidades 
brotarem do nada para nossas vidas 
serem automaticamente transformadas; 
é necessário trabalho e fé. As tribula-
ções que caracterizaram esse primeiro 
momento da Igreja Primitiva não foram 
capazes de impedir o florescer do Reino 
de Deus (At 14.22). Se assim aconteceu 
com Jesus, nosso Mestre, e com os 
nossos primeiros irmãos, não podemos 
esperar nada diferente no que diz respeito 
a nós e nossa relação com a sociedade 
atual (Mt 10.24,25). Por isso devemos ter 
a convicção de que, apesar das várias 
aflições no mundo, a vitória de Jesus já 
nos basta (Jo 16.33).
2. Apesar da falta de um acompa-
nhamento integral. Paulo era consciente 
de que sua distância com relação aque-
les irmãos tinha, de certa forma, deixado 
lacunas na formação cristã deles (1 Ts 
30 JOVENS
3.10). Apesar desse fato, isto não foi 
um impedimento para que, em meio a 
muitas limitações, os tessalonicenses 
procurassem desenvolver sua fé. É 
claro que o ideal para a formaçãode 
uma nova igreja sadia é um discipulado 
completo, uma assistência absoluta, 
mas nem sempre isso é possível em 
virtude de uma variável de questões. 
Cabe então a um discipulador conscien-
te de seus desafios investir no ensino 
dos componentes mais fundamentais 
e indispensáveis da fé cristã (1 Pe 2.2). 
Outras questões acessórias e secundá-
rias devem ser reservadas para outras 
circunstâncias. As adversidades reais não 
devem impedir-nos de aspirar nossos 
ideais apontados por Cristo.
3. Apesar das oposições. Havia, em 
Tessalônica, uma forte oposição à men-
sagem de Cristo (1 Ts 3.4,5) por parte de 
um grupo de religiosos contrários a Paulo 
e à sua pregação (1 Ts 2.14-16). Segundo 
informa-nos o autor de Atos, o que movia 
essas pessoas era a inveja em virtude 
da expansão do Evangelho na cidade (At 
17.5). Esses então, uniram-se a um grupo 
de desordeiros sociais e estabeleceram 
uma resistência declarada ao Cristia-
nismo que crescia entre a população. 
Qual o resultado de toda essa oposição? 
Maior crescimento do Evangelho. Ser 
perseguido por amor ao Evangelho é 
uma prova de que o Reino de Deus é 
nosso (Mt 5.10-12); todas as vezes que 
optamos por viver a profundidade do 
Cristianismo, acabamos por confrontar 
valores e conceitos desta sociedade, a 
qual, por vezes, nos rejeitará (2 Tm 3.12). 
Lembremos, não devemos ser nós a 
hostilizar os outros, contudo, devemos 
ter a consciência de que nosso compro-
misso com Deus incomodará a muitos.
 Pense!
Há pessoas, e até mesmo igrejas, 
que abortam prematuramente 
seus sonhos. Diante das primei-
ras intempéries e tribulações, 
tendem a desistir daquilo que, 
convictamente, sabem para que 
foram chamados. Sejamos capa-
zes de resolutamente lutar pelos 
projetos que Deus, graciosamen-
te, preparou para cada um de nós.
 Ponto Importante
É necessário anunciarmos o 
Evangelho. Mas saiba que como 
os valores do Reino colidem com 
a cosmovisão de nossa sociedade, 
muitas vezes, o embate vai se 
tornar inevitável.
III- O QUE FAZER PARA CONTI-
NUAR FRUTIFICANDO?
1. Não abandonar a fé. Somente 
uma opção definitiva por viver da fé fez 
com que os tessalonicenses pudessem 
continuar firmes em Cristo (1 Ts 3.6,7). 
Este é um princípio tão relevante para o 
Cristianismo que a Bíblia o enuncia em 
quatro contextos diferentes (Hc 2.4; Rm 
1.17; Gl 3.11; Hb 10.38). Não são nossas 
constatações ou nossas certezas racionais 
que nos fazem persistir no Evangelho, 
mas antes, é nossa viva esperança no 
que nosso Deus nos fará, e a convicção 
de que não é por vista que vivemos, 
mas por fé. A grandiosidade de nossa fé 
encontra respaldo no amor e cuidado de 
Deus que jamais falharão. O único modo 
de continuarmos firmes e frutíferos no 
Reino de Deus é reconhecendo que nossa 
segurança está no Senhor dos Exércitos. 
Não abandonemos a fé, antes, creiamos 
na contínua atenção de Deus a nós.
2. Assumir uma vida de santidade. 
Em meio a um contexto tão adverso e 
 JOVENS 31
conturbado, somente por meio de uma 
vida de dedicação a Deus aquela comu-
nidade poderia crescer (1 Ts 3.13). O que 
os adversários da jovem igreja queriam 
era uma série de motivos e pretextos para 
desacreditar a mensagem anunciada por 
eles. Lembremos desse áureo princípio 
do Cristianismo: a vida do mensageiro 
precisa condizer com o nível de mensa-
gem que ele porta, se não, suas palavras 
não passarão de hipocrisia e religiosidade 
vazia. Foi por isso que Cristo encarnou-se, 
para demonstrar que a beleza da obra 
do Pai não se encontra em discursos 
teóricos, mas numa existência redimida e 
transformada. É imprescindível optarmos 
por uma vida santa, sem a qual, nunca 
teremos a real compreensão de quem é 
Deus (Hb 12.14).
3. Insistir no amor. Não há crescimen-
to espiritual sem amor. Todo e qualquer 
tipo de “inchaço”, multiplicação numéri-
ca, não terá nenhum sentido se não for 
mediado por um profundo e divino amor 
(Ef 4.15,16). Paulo, conhecedor desta 
verdade, tem uma oração em especial 
para com os tessalonicenses, o pedido 
ao Pai é que eles cresçam em amor, no 
amor, pelo amor e para o amor (1 Ts 3.12). 
Há um aspecto extremamente relevante 
nas palavras do apóstolo concernentes 
ao crescimento em amor dos tessaloni-
censes: é que este amor não deve ser 
vivido apenas no interior da igreja, mas 
também com todos os que habitam 
naquela cidade. Somente uma pregação 
cheia do amor de Deus pode conduzir 
as pessoas a um encontro real com Ele. 
É claro que não devemos confundir 
amor com permissividade, todavia, deve 
ficar claro que o amor também é bem 
diferente do ódio ou de um discurso 
amaldiçoador (Rm 12.14).
“O desafio é tanto pessoal quanto 
coletivo. Paulo está guiando a partir 
da frente de batalha, mostrando, com 
sua dedicação pessoal e disposição 
de sofrer, que Deus não é derrota-
do pela oposição do ser humano 
nem pelas circunstâncias difíceis 
deles. Mas a igreja, como um todo, 
também tem de ser um exemplo 
de fidelidade e testemunho. Muitas 
vezes, ela é a atividade conjunta de 
um grupo de cristãos que causa um 
grande impacto nos outros. Assim, 
minha vida pessoal é um exemplo 
que encoraja os irmãos em Cristo 
e que mostra Jesus para o mundo? 
Nossa vida na igreja é harmonio-
sa e dedicada a servir a Cristo em 
palavras e obras? Hoje em dia não 
está muito em voga pensar na volta 
de Cristo — nem mesmo pensar na 
jornada através da morte que todos 
nós empreenderemos. A volta de Je-
sus, no entanto, representa um foco 
para o ministério de Paulo e a vida 
de muitos cristãos perseguidos ou 
destituídos. Mas Paulo não oferece 
uma promessa de esperança futura 
apenas para ajudar as pessoas a 
lidar com a angústia atual; é muito 
mais que isso. Ao manter o foco na 
volta de Jesus, temos um objetivo, 
uma meta. Temos uma tarefa a fazer 
– ajudar a edificar o Reino de Deus 
– em um período de tempo limitado 
(e desconhecido)” (Guia Cristão de 
Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2013. p. 364).
 SUBSÍDIO
 ANOTAÇÕES
 ESTANTE DO PROFESSOR
Comentário do Novo Testamento Aplicação 
Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
 HORA DA REVISÃO
1. Apresente e comente três características de Paulo como um líder.
Um líder que reconhece as qualidades dos liderados, um líder com coração
pastoral e um líder a ser imitado.
2. De que modo o ministério de Paulo pode inspirar os líderes atuais a trabalharem
com jovens e seus ministérios?
Resposta pessoal.
3. Que desafi os a jovem igreja em Tessalônica enfrentou para permanecer fi rme
na vocação de Deus?
Tribulações internas, falta de acompanhamento pastoral integral, e persegui-
ções externas.
4. Quais as medidas tomadas pelos irmãos tessalonicenses para continuarem
frutifi cando espiritualmente?
Não abandonar a fé, assumir uma vida de santidade, insistir no amor.
5. Qual a relevância do amor em nosso serviço ao Reino de Deus?
Sem amor qualquer atividade na igreja torna-se mero ativismo religioso; o amor 
demonstra a presença de Deus naquilo que fazemos.
 CONCLUSÃO
Não é sobre uma fórmula mágica a ser repetida para multiplicação de igrejas. 
Não se trata de uma suposta “revelação” divina sobre como o Reino de Deus 
deve ser anunciado. A Carta de Paulo ao Tessalonicenses é um testemunho 
histórico para o Cristianismo que, em tempos de oposição, afl ições e fragili-
dade, somente por meio do verdadeiro amor a Igreja do Senhor Jesus poderá 
viver plenamente a vontade do Pai.
 JOVENS 33
L I Ç Ã O 
5
VIVENDO UMA
VIDA SANTA 
TEXTO DO DIA
“Portanto, quem despreza 
isto não despreza ao homem, 
mas, sim, a Deus, que nos deu 
também

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