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direito e processo do trabalho

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O viajante comercial Saulo pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora Empresa Delta Ltda, por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais a ser arbitrada pelo juiz diante da extensão e complexidade do dano, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$ 10.000,00. Diante do caso exposto, responda de forma fundamentada: 
A) Segundo as regras contidas em legislação própria quanto à competência territorial, informe aonde a ação deve ser proposta. Fundamente. 
R: Em regra a ação na vara de trabalho da localidade em que a empresa tenha filial em que o empregado esteja subordinado conforme consta no art,659 1º da CLT
B) O Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar a presente ação? É possível pleitear que o juiz arbitre o montante da postulada indenização por danos morais?
R: sim, a justiça do trabalho tem competência para julgar as ações de dano moral decorrente da relação de trabalho de acordo com o art, 144, VI da CF. Não é possível que o juiz arbitre o montante da indenização, haja vista que deverá a parte indicar o valor de acordo com a novidade trazida pelo art, 292, V do NCPC.
Marcelo Antonio, por intermédio do seu advogado, ajuizou ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, mas não juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no recurso. Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso
R: Sim, Marcelo terá êxito no deferimento de gratuidade de justiça, pois esta pode ser peticionada até o prazo de interposição de recurso, não sendo necessário a sua comprovação, bastando o advogado ou a parte declarar na petição a condição de hipossuficiência econômica conforme Ojs 269 e 304 da SDI-I do TST. 
Paulo ajuizou uma ação trabalhista que fora distribuída para a 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, com valor da causa igual a vinte salários mínimos, pretendendo verbas salariais e rescisórias da empresa que fora sua anterior empregadora e, ainda, a responsabilização subsidiária da autarquia federal, à qual teria, por meio daquela empresa interposta, prestado serviços. A ação apresentou pedidos líquidos e endereço adequado das partes reclamadas. Assistido o trabalhador pelo sindicato da categoria obreira, postulou na petição inicial, ainda, honorários advocatícios em favor da entidade assistente, declarando sua hipossuficiência econômica, alegando que, não obstante percebesse salário superior a dois salários mínimos, não tinha condições de suportar os ônus do processo sem prejuízo do sustento próprio e ao de sua família. Com base nessa situação hipotética, responda: 
Sob qual rito procedimental deverá tramitar a demanda acima? Fundamente sua resposta e aponte os dispositivos legais pertinentes. 
R: O rito do procedimento do caso em tela será o ordinário, tendo em vista e m que figura como parte, em responsabilidade subsidiária, entidade autárquica federal pertencente a administração pública. Deste modo, conforme leciona o artigo 8 52-A da CLT, e m seu parágrafo único, não é cabível o estabelecimento do feito sob o rito sumaríssimo.
 b) O pedido de honorários em favor da entidade sindical assistente deve ser julgado procedente? Fundamente sua resposta e aponte os dispositivos legais e jurisprudenciais pertinentes.
R: Sim, haja a vista que o autor é assistido por entidade sindical de sua categoria profissional, e que mesmo recebendo mais de um salário mínimo como renumeração, declara -se em situação econômica que não permite propor ação judicial sem prejuízo do seu sustento ou de sua família. Conforme teor da súmula 219 do TST
Em audiência realizada em reclamação trabalhista, o micro empresário Moisés enviou como preposto um contador autônomo que não presenciou os fatos que foram objeto do litígio, no entanto, em razão da atividade desenvolvida, tinha pleno conhecimento dos fatos. O advogado do reclamante requereu a aplicação de confissão da reclamada. O juiz acolheu a confissão sob o argumento de que o preposto não presenciou os fatos e, ainda, que deveria ser gerente ou empregado da empresa reclamada. Diante do caso apresentado, diante da lei e do entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho, esclareça se o juiz agiu acertadamente.
R: O juiz não agiu acertadamente, pois por se tratar de micro empresa o preposto não precisava ser empregado, bastava ter conhecimento dos fatos de acordo com a súmula 377 do tst.
Em sede de reclamação trabalhista o empregado pleiteou o recolhimento das contribuições previdenciárias não realizadas pelo empregador no curso do contrato de trabalho. Diante disso, responda: Na qualidade de advogado(a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente em sua defesa, partindo do pressuposto que seu cliente realmente não fez os recolhimentos pretendidos? Fundamente
R: Alega-se acerca da incompetência absoluta da justiça trabalhista para o julgamento da demanda, tendo em vista d e que o teor da matéria versa sobre recolhimento de contribuições previdenciária s, a qual não cabe a justiça laboral julgá -la, nos termos da súmula n º 368 do TS T e do artigo 876, parágrafo ú nico da CL T .
Um empregado ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Analise, em relação a cada um dos pedidos formulado, a distribuição do ônus da prova, diante desse panorama processual apresentado e do entendimento consolidado pelo TST. Fundamente sua resposta.
R: caberia o ônus probatório ao empregado, visto tratar-se de fato constitutivo ao seu direito, assim é expresso o artigo 373 , I do CPC e 818 da CLT. Assim, restaria ao Reclamante demonstrar de forma clara que tem direito a receber o vale transporte, por morar distante ou algo congênere. No entanto, em recente súmula publicada pelo Tribunal Superior do Trabalho, de número 460, solidificou-se o entendimento que tal ônus pertence ao empregador. Já com relação ao pagamento das parcelas referente ao FGTS, novamente em análise mais superficial, o ônus da prova pertenceria ao empregador (reclamado no caso em tela ), em virtude da alegação de existência de fato extintivo do direito do reclamante. Nos termos do artigo 373, inciso II , devendo o Reclamado juntar os comprovantes de todos os depósitos dos valores referentes ao FGTS. Esse entendimento fora fixado na recente súmula 461 do TST

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