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ATA artES 28.3.2018

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Artes em Esquizofrenia – Ata
Participantes do dia: Cíntia Santiago; Diego Pontes e Giane Vale.
 Data da reunião: 28/03/2018
CRONOGRAMA DO DIA:
ACOLHIMENTO: Poema sobre saúde mental (by Laura Serafim)
ATIVIDADE: “O que temos?”
ACOLHIMENTO: 
Giane recitou o poema e realizou a abertura do grupo. Antes da recitação, pediu para que fechassem os olhos, observassem a respiração e se concentrassem no momento. Após a recitação do poema, trouxe a proposta pensada para o dia: trabalhar o AQUI e AGORA, o PRESENTE, fazendo uma ressalva da reunião anterior, que foi focada em histórias PASSADAS. Feito isso, Cíntia abriu um espaço para que o grupo falasse o que sentiu com o poema e o que mais tinha chamado atenção neste. Houveram muitos relatos de resistência e de cunho crítico: “O mundo vive em um formalismo que nos impede de nos expressarmos e irmos além” (F.L); “Sou jogador de futebol entre outras coisas, mas me chamam de louco. Mas eu não sou louco. (R.); “Eles dizem que somos loucos, mas todos nós somos loucos. Ser louco é ir além dos padrões”. Também surgiram desabafos sobre comentários negativos e pejorativos acerca das condições psicopatológicas e de outras limitações de saúde que foram disparadores para o remanejamento da atividade principal. “Sou chamada de doida na minha rua” (J.); “Eu sou diabética, sou depressiva e esquizofrênica, por isso to sendo atendida há um tempão no CAPS” (C.) 
Nesse sentido, os estagiários do PROAPP e de outras instituições (UFC e MAURÍCIO DE NASSAU) juntamente com Ana Célia e Magda, pontuaram que todas pessoas possuem limitações, mas não se resumem a estas. Que cada um é e pode ser uma série de “coisas”. A partir daí, Magda abriu uma roda pedindo para que cada um falasse sobre um pouco do que é e sobre algumas características próprias. Emergiram, em grande maioria, comentários positivos, como: “Sou mãe, filho (a), artista, aposentado (a), amigo (a), verdadeiro (a), sincero (a)...”; “Gosto muito de ler”; “Gosto muito de jogar futebol. Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho.” (R.)
ATIVIDADE:
Inicialmente, o disparador para a atividade seria: “O que temos hoje no nosso grupo?”, mas diante das falas que surgiram no momento do acolhimento, a pergunta norteadora foi: “Quem eu sou e o que as pessoas pensam que eu sou?”. Assim, o objetivo foi trazer uma diferenciação entre o conteúdo individual e o conteúdo do outro, e fazer perceber que cada um é uma infinidade de coisas, independente de qualquer comentário e posição exterior. 
Materiais utilizados: papel oficio, canetinhas, giz de cera e lápis de cor. Assim, foi traçada uma linha no meio de cada folha, na qual em um lado seria expressado: “quem eu sou” e do outro lado: “o que as pessoas pensam que sou”. No momento do compartilhamento, a maioria relatou sobre pontos comentados na atividade anterior. Percebeu-se que foi muito comum aparecerem pontos positivos na visão de “quem eu sou” e pontos negativos na visão oposta. 
A reunião foi encerrada com uma simples confraternização e homenagem à Magda que estava aniversariando.

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