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TREINAMENTO SOBRE ANÁLISE APLICADA DE COMPORTAMENTO como ABA pode ajudar um indivíduo com T.E.A. OBJETIVOS Teoria comportamental: histórico; ABA: definição e princípios; ABA no Brasil; Crianças não verbais; Comportamento verbal; Como manipular um comportamento não social; OUTROS OBJETIVOS: Análise de tarefas e modelagem; Coleta de dados: a importância do registro Inclusão escolar: ela existe? ABA na escola; Dicas visuais; Mediador escolar: qual o seu papel? Avaliação inclusiva. RODRIGO TRAMONTE TEORIA DA MENTE S. Baron Cohen: “A teoria da mente é definida como a habilidade de inferir o estado mental da outra pessoa (seus pensamentos, crenças, desejos, intenções) e a habilidade de usar essa informação para interpretar o que a pessoa diz, reparar em seu comportamento e prever o que a pessoa pode fazer depois”. MINDBLINDNESS Incapacidade de: Ler as intenções das outras pessoas; De entender as razões atrás das ações das pessoas; De detectar o significado da intenção da pessoa que está falando; De saber o que as outras pessoas sabem; De entender regras e convenções. METACOGNIÇÃO É a consciência do conhecimento. Envolve habilidades de exploração e tomada de informação inicial sobre objeto do conhecimento. Segundo Feuerstein, isso é transcedência. Segundo Skinner, generalização. Novos materiais, novos ambientes, novas pessoas. REUVEN FEUERSTEIN 1921 – Inteligência é plástica e modificável; Pode ser desenvolvida através de um ambiente de aprendizagem mediada. Trabalhou com crianças sobreviventes do Holocausto; Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural (MCE); Programa de Enriquecimento Instrumental. MAIS IDEIAS O glúten é encontrado em alimentos como trigo, aveia, malte, centeio. No Brasil é fácil identificar porque todos os alimentos têm escrito no rótulo se há ou não glúten. Cláudia Marcelino: http://dietasgsc.blogspot.com.br/ SAVANTES 10% dos autistas Indivíduos que têm habilidades acima do normal em uma área específica. Geralmente: matemática, ciências da computação, artes e música. DANIEL TAMMET . Nascido num dia azul (2006) . Cada número tem sua própria forma, cor, textura. . Possui o recorde europeu por recitar o número Pi de memória até o 22,524 dígitos em 5 horas e 9 minutos; . É fluente em 10 idiomas. HYPERLEXIA Habilidade de ler antes dos 5 anos, Fascinação por números e letras; Dificuldade de entender e desenvolver a linguagem oral. ABA Applied Behavioral Analysis BRILHANTE “Essas promessas não eram chantagem do tipo: “Faça isto que eu te dou um doce”. A mensagem era: “Supere isso – e pode não ser fácil – que depois, prometo, vai poder ser você mesmo” Kristine Barnett (mãe do savante Jacob Barnett) O QUE É ABA? É uma ciência que tem eficácia comprovada cientificamente; É sistemático e controlado; Os métodos de ensino são baseados em pesquisa empírica e é constantemente modificado; 40 anos de comprovação científica. O QUE É ABA? – cont. É o estudo do comportamento e, por isso, é observável e medido; A coleta de dados é fundamental para o progresso; Todos os procedimentos e métodos para a modificação do comportamento são bem definidos; ABA ensina habilidades que são práticas, funcionais e efetivas; Todo procedimento de ABA é feito unicamente para as necessidades individuais daquele aluno. O QUE NÃO É ABA ? Novo; Um rápido remendo; Um milagre; Exclusivo para modificar um mau comportamento; Apenas para crianças; Apenas para crianças do lado severo do espectro; Anti inclusão; Tratamento que torna as crianças robôs. NA PRÁTICA… Resposta: o que as pessoas fazem. Comportamento: o que as pessoas fazem em um determinado contexto. COMPORTAMENTO Comportamento é tudo que o organismo faz e como pode ser observado e medido. Skinner: “comportamento é a parte do funcionamento do organismo que está engajada em agir sobre ou ter intercâmbio com o mundo externo”. COMPORTAMENTO ENVOLVE: Um organismo vivo, seus movimentos ou parte dele; Interação do movimento com o ambiente; Produzindo um efeito no ambiente, uma mudança que pode ser medida. DEAD MAN’S TEST Se um cadáver pode fazer, não é COMPORTAMENTO. NÃO é comportamento: Se a pessoa está passiva; Se alguma coisa é feita para ela; Se a pessoa não responde; Se a pessoa não está atendendo a comandos. NÃO É COMPORTAMENTO Muito vago para ser comportamento: depressão, agressão. SABER; ACHAR. RESPOSTA X CICLO DE RESPOSTA Uma resposta é uma parte específica do comportamento. Nem todas as respostas têm um princípio, meio e fim. O ciclo de uma resposta se refere ao princípio, meio e fim de uma resposta. BOCEJAR Princípio: Abrir a boca Meio: Inspirar ou expirar com a boca aberta Fim: Fechar a boca. CIÊNCIAS NATURAIS Física; Química; Biologia; Análise Aplicada porque comportamento é um fenômeno natural: Observação direta e coleta de dados; Manipulação sistemática do ambiente. CIÊNCIAS SOCIAIS Psicologia; Sociologia; Ciências sociais. IVAN PAVLOV Fisiólogo Russo Ganhou Nobel de Medicina em 1904; Reflexo incondicionado – salivação Condicionamento clássico. JOHN WATSON 1878 – 1958; Artigo: “Psychology as a Behaviorist Views It” (1913); Pequeno Albert; Rosalie Rayner. COMPORTAMENTO RESPONDENTE Estímulo Resposta; Não há consequência envolvida; É um reflexo (não é aprendida), é apenas uma relação; É um estímulo que resulta num reflexo (resposta). THORNDIKE 1874 – 1949 Psicólogo americano; Foi pioneiro no estudo do behaviorismo e também em usar animais em experiências; Law of effect.: SRC EDWARD THORNDIKE COMPORTAMENTO OPERANTE É o comportamento que tem efeito no ambiente e está sob o controle de consequências e antecedentes; NUNCA é controlado somente por antecedentes; As consequências têm efeito na probabilidade futura do comportamento. COMPORTAMENTO OPERANTE As consequências podem fortalecer ou enfraquecer o comportamento; Os efeitos devem ser analisados perante medidas sistemáticas e gráficos (controle de dados). B.F. SKINNER 1904 -1990 Inventor: The Skinner’s Box; The Cumulative Recorder SKINNER Análise comportamental: um jeito científico de estudar o comportamento; Descobriu muitos princípios do comportamento operante; Behaviourismo Radical; Análise do Comportamento Verbal; Seu trabalho levou ao desenvolvimento do ABA (artigo de 1953). BEHAVIORISMO RADICAL Porque é radical? Considera o COMPORTAMENTO VERBAL; Eventos privados (pensamentos e sentimentos) Comportamento do terapeuta. OPERAÇÕES BÁSICAS Observação direta; Medidas repetidas; Coleta de dados frequente; Manipulação do ambiente; Avaliação sistemática do comportamento; Análise e interpretação do comportamento. (via data)LIMITAÇÕES DOS ABBLS Não foi elaborado para cada faixa etária; Não foi elaborado para comparar alunos e seus colegas; Nem todos os itens têm uma sequência progressiva de atividades. QUEM PODE APLICAR O ABBLS? Pais; Professores; Terapeutas; Fonoaudiólogos; Psicólogos; Terapeutas Ocupacionais. POR QUE APLICAR O ABBLS? Para ajudar a identificar a linguagem e outras habilidades críticas que precisam de intervenção para que a criança aprenda com as experiências do dia-a-dia; Para promover um método de identificação das habilidades específicas da criança numa variedade de situações; Para auxiliar na elaboração de um currículo; Para colocar num gráfico e visualizar as habilidades (novas e já adquiridas) da criança. DIVISÕES DO ABBLS Habilidades básicas (seções A-P) Habilidades acadêmicas (seções Q-T) Habilidades de cuidado pessoal (seções U-X) Habilidades motoras (seções Y-Z) SUB-DIVISÕES: A – Cooperação e eficiência dos reforços positivos; B – Performance visual; C – Linguagem Receptiva; D – Imitação; E - Imitação vocal; F – Pedidos (mands); G – Nomeação; H – Intraverbais. SUB-DIVISÕES (cont.) I – Vocalizações espontâneas; J – Sintaxe e Gramática; K – Brincadeiras e Lazer; L – Interação Social; M – Instrução para grupos; N – Rotinas da sala de aula; P – Respostas gerais SUB-DIVISÕES (cont.) S – Escrita; T – Soletramento; U – Vestir-se; V – Comer; W – Cuidar-se; X – Treinamento de banheiro; Y – Coordenação Motora Grossa; Z- Coordenação Motora Fina. GRÁFICO DO ABBLS COMO DETERMINAR A MOTIVAÇÃO DE SEU ALUNO? MOTIVAÇÃO: Por que motivação é importante? O que motiva você? O que motiva seu filho ou seu aluno? Existem horas em que ele não está motivado? O que fazer nessas horas? DETERMINANDO PREFERÊNCIAS Pergunte ao aluno; Observe o aluno; Observe crianças da mesma idade; Teste; Crie motivação. Cuidado: verifique frequentemente!!! CRIANDO MOTIVAÇÃO Capturando Criando Qual a importâncias das duas? Exemplos: Arrume os objetos preferidos para que sejam visíveis mas fora de alcance; Omita materiais que sejam necessários para se completar uma atividade; Interaja com o aluno numa ação que ele goste e, de repente, pare; Manipule objetos de uma forma exagerada para atrair a atenção do aluno; Introduza novos objetos e atividades frequentemente. TIPOS DE REFORÇAMENTO TIPOS DE REFORÇAMENTO Reforços primários: coisas que precisamos para sobreviver. Exemplos: água, calor, comida. Reforços secundários: são coisas que aprendemos a gostar. Eles se subdividem em: Comestíveis; Tangíveis; Atividades; Sociais; Generalizados. MAS O QUE É ISSO? REFORÇADOR: qualquer consequência que AUMENTA a ocorrência da resposta. PUNIÇÃO: qualquer consequência que DIMINUA a ocorrência da resposta. VER TABELA: Algo foi acrescentado Algo foi diminuído Sr+ Sr- Aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento Sp+ Sp- Diminui a probabilidade de ocorrência do comportamento TIPOS DE REFORÇAMENTO: Reforço positivo (Sr+) - aumenta a probabilidade do comportamento se repetir no futuro. Se um estímulo positivo segue uma resposta, a freqüência de que esta resposta ocorra novamente aumenta; REFORÇO POSITIVO Toda vez que Maria completa um item da atividade, a professora lhe entrega um adesivo e lhe diz um elogio. Passados 15 min Maria terminou sua atividade e ganhou 3 adesivos da Ladybug. REFORÇO NEGATIVO Reforço negativo (Sr-) aumenta a probabilidade do comportamento se repetir no futuro. Se um estímulo negativo segue uma resposta, a freqüência de que esta resposta ocorra novamente diminui. EXEMPLO Junior não gosta de cenoura, mas seus pais insistem em colocar alguns pedacinhos no seu prato. Toda vez que ele vê as cenouras, ele grita e elas são retiradas do prato. Eles fazem isso porque se demorar a retirá-las, os gritos ficam mais agudos e demorados. TIPOS DE PUNIÇÃO: Punição positiva (Sp+) – diminui a probabilidade do comportamento ocorrer no futuro. Quando um estímulo aversivo acontece depois de uma resposta, a freqüência de que a resposta ocorra diminui; EXEMPLO Fernando entra na cozinha e não tem nenhum adulto por perto. Ele vai mexer na frigideira, que tem seus nuggets favoritos, e se queima. E sente muita dor. Miranda. PUNIÇÃO NEGATIVA Punição negativa (Sp-) – diminui a probabilidade do comportamento ocorrer no futuro. Quando um estímulo reforçador é removido após uma resposta, a freqüência de que aquela resposta ocorra diminui. EXEMPLO João é um adolescente que tem que chegar em casa até as 21h no sábado. No último sábado, João chegou em casa às 21:30. Seus pais o deixaram de castigo e ele não irá sair aos sábados durante um mês. Mariana ATENÇÃO: Os conceitos positivo e negativo não significam bom ou mau, eles apenas se referem a um estímulo acrescentado (positivo) ou removido (negativo)!!! TIPOS DE TEMPO DE ENTREGA DE REFORÇOS Reforço Contínuo – a criança recebe um reforço positivo a cada resposta certa. Essa estratégia é usada principalmente quando a criança está aprendendo uma habilidade nova. Reforço Intermitente - a criança não é reforçada a cada resposta correta. Essa estratégia é usada quando o comportamento pode ser mantido. A criança mantém a atenção porque não sabe quando vai receber o reforço positivo. SACIAÇÃO E DEPRIVAÇÃO Saciação: é quando o reforço que estava sendo usado com a criança não é mais efetivo em aumentar ou manter um comportamento; Deprivação: é quando um reforço que estava sendo poupado é apresentado novamente e se torna efetivo em aumentar ou manter um comportamento. EFICIÊNCIA DOS REFORÇOS Os reforços são influenciados por: Frequência com que é entregue; Qualidade do reforço; Esforço que tem que ser feito para obtê-lo; Magnitude; Rapidez com que é entregue. FREQUÊNCIA Com que frequência o aluno recebe o reforço positivo? Acontece depois de cada resposta? Acontece de vez em quando? QUALIDADE O quanto o aluno gosta daquilo que está recebendo?; É o que mais o aluno deseja em todo o mundo? Ou ele só gosta de ter acesso a isso de vez em quando? ESFORÇO O quanto o aluno tem que acertar para receber a recompensa? Ele tem que ir até outra pessoa e fazer uma pergunta? Ele dá só uma resposta correta e tem acesso a seu reforço? MAGNITUDE Quantos reforços a criança está tendo acesso? O quão grande ele é? Por exemplo: é só um pedaço do biscoito ou é o biscoito inteiro? O tamanho da recompensa é proporcional ao tamanho do esforço? RAPIDEZ Qual a rapidez que o comportamento é reforçado? O aluno dá a resposta correta e é imediatamente recompensado? Ou o aluno responde, levanta, mexe no nariz e depois recebe a recompensa? A MELHOR RECOMPENSA É… Imediata; Proporcional à resposta; Aumenta a probabilidade de que a resposta se repita; Individualizada; Variada.SEJA CRIATIVO E ENTUSIASTA!!! TEMPO DE REFORÇAMENTO “Uma descrição de quando o reforçador vai ser entregue”. Foxx, 1982. Contigente x Não contingente; Contínuo x Intermitente; Variável x Fixo; CONTIGENTE x NÃO CONTIGENTE Contigente: logo depois da resposta feita; Não contigente: não depende da resposta (ex: depois de tantos minutos ou a professora dá um adesivo ou snack para todos) CONTÍNUO X INTERMITENTE Contínuo: cada resposta é seguida por um reforçador. 1:1 Intermitente: após um número de respostas produzidas, recebe-se o reforçador. É importante que a entrega seja, gradualmente, mais espaçada. VARIADO x FIXO Variado: aproximadamente a cada # respostas, recebe-se o reforçador. Ou a cada # minutos, recebe-se o reforçador. Fixo: exatamente após o # de respostas, entrega-se o reforçador. Ou após exatos # minutos, entrega-se o reforçador. EXTINÇÃO Extinção – é um procedimento em que é feita a suspensão do reforço e, como resultado final, há a diminuição da frequência da resposta. EXEMPLO Toda vez que Daniel fica sozinho no playground, ele grita e chora. As crianças ficam assustadas e sua professora rapidamente aparece. Para extinguir o comportamento, o que a professora faz? PICO DE EXTINÇÃO “Extinction burst” Quando o comportamento não é mais reforçado, ele pode aumentar em frequência, duração ou intensidade até que diminua e pare totalmente. RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA “Spontaneous Recovery” Outra característica da extinção é que o comportamento pode acontecer outra vez depois de não ocorrer mais durante um longo período de tempo. Geralmente acontece em situações semelhantes às anteriores. Se não for reforçado, passa logo. EXERCÍCIO Luiz é um autista de nível moderado que atende a sala de AEE. Ele é verbal e realiza atividades acadêmicas simples. Sua professora gostaria de descobrir novos reforços para ele. O que a professora poderia fazer? DETERMINANDO A PREFERÊNCIA Pergunte ao aluno; Observe a criança; Observe outras crianças da mesma idade; Use o “Princípio de Premack”; Teste; Capture e provoque a motivação. SUGESTÃO DE TABELA: Nome do aluno:____________________________ Série:____________________ Observador: ______________________________ Data: ____________________ PREFERÊNCIAS Comidas: (1)___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Brinquedos: (1)___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Atividades: (1)___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Movimentos mais buscados: (1)___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Lugares escolhidos para descanso e/o isolamento: (1)___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Sugestões de atividades para o próximo dia: (1) ___________________ (2) ____________________ (3) ________________________ Rubrica de outros profissionais: __________ ___________ __________ PRINCÍPIO DE PREMACK “Use o comportamento que acontece com mais frequência para reforçar o comportamento que tem menor probabilidade de ocorrer”. David Premack (1959) Exemplos. MOTIVAÇÃO ou EO Qualquer mudança no ambiente que altera a eficácia do reforço; Simultaneamente altera a frequência momentânea da resposta que foi seguida do reforçamento (Jack Michael, 1982) Crie motivação antes de começar as sessões e você terá uma melhor performance do seu aluno. OS QUATRO TERMOS: A B C EO S R S EXEMPLOS PARA CRIAR MOTIVAÇÃO: Pense em situações em que você pode criar motivação para os seguintes estímulos: Água; Tesoura; Rede; Tablet. REVISÃO Como se determina a preferência do aluno? Qual a diferença entre reforçamento e punição? A punição é sempre ruim? Quais são os fatores que tornam os reforçamentos mais eficazes? PROMPTS PROMPTS Um estímulo extra que é apresentado com a instrução (Sd) Objetivo: aumentar a probabilidade de respostas corretas COMO AJUDAR ? Para alguns alunos, ajuda com prompts é apenas necessária nas primeiras sessões; Para outros, eles podem durar muitas aulas; Prompts podem variar do mais óbvio evento até o mais indetectável; Quanto mais óbvio forem os prompts, mais dependente o aluno fica da terapeuta; Quanto menos óbvio forem os prompts, mais cedo o aluno aprende. USANDO PROMPTS EFETIVAMENTE Use o nível de prompt necessário para obter uma resposta correta; Retire a ajuda sistematicamente; Fique por trás da criança (fora de vista) INDEPENDÊNCIA TIPOS DE PROMPT Prompts de resposta: uma ação adicional feita pela professora que aumenta a probabilidade da resposta correta acontecer. Prompts estimulatórios: qualquer mudança para o estímulo instrucional que aumenta a probabilidade do comportamento correto acontecer. TIPOS DE PROMPTS: Verbal: tudo que é falado ou lido; Físico: qualquer tipo de assistência física; Gestual: movimento que direciona o aluno para a instrução; Modelo: o professor exibe a resposta correta; via audio. via vídeo. OUTROS TIPOS: Posicional: a resposta correta é colocada perto do aluno; Movimento: toque, apontar, mexer o dedo na resposta correta. Fotográfico / pictorial EXERCÍCIO Que prompt você usaria para ajudar a lembrar a sua criança a… a) imitar uma ação? b) ensinar a limpar a boca? c) ir para a rodinha? d) se vestir? TIPOS DE PROMPT ESTIMULATÓRIOS Dentro do estímulo: chamar a atenção para seu aspecto físico da dimensão (tamanho, cor, posição); Gradativamente diminua uma característica irrelevante. Exemplo: NAVIO x canoa. Qual deles é o navio? PROMPTS COM EXTRA ESTÍMULO Prompts com extra estímulo – um estímulo adicional que é somado e dá dicas para uma resposta correta. NAVIO HIERARQUIA DE PROMPTS Mais-para-o-menos – o professor seleciona o nível de prompt que vai ajudar a resposta correta: Físico completofísico parcialgestualvisual/verbalposicional Usado para novas aquisições Desvantagem: pode aumentar problemas de comportamento de crianças que são sensíveis ao toque. FALANDO AINDA SOBRE HIERARQUIA Menos-para-o-mais: é dada a oportunidade para a criança de responder independentemente e, após alguns 5-8” de espera, o professor aumenta gradativamente a assistência até que a resposta correta ocorra. posicionalvisual/verbalgestualfísico parcialfísico completo VAMOS ASSISTIR… COMO REMOVER OS PROMPTS ? Os prompts podem ser removidos de 3 maneiras: Tempo: gradualmente atrase a sua ajuda/prompt (imediato atrasado); Força: gradualmente reduza a força do prompt (forte menos forte); Distância espacial: gradualmente aumente a distância (do lado/atrás longe) TEMPO Atraso: insira alguns segundos de atraso entre a instrução e o prompt e gradualmente aumente o tempo. Exemplo: 2”, 3”, 5”, 7”. Primeiro: Sd – prompt – resposta – Sr+ Depois: Sd – atraso – prompt – resposta – Sr+ Se não der certo, NÃO interrompa, NÃO demonstre a resposta e NÃO peça para o aluno fazer outra vez. Apenas retire o atraso e recomece. FORÇA Diminua a assistência física. Comece com muito mais assistência para que a resposta seja correta; Reduza ou elimine assistência se o aluno responder corretamente; Prepare-se para ajudar se erros ocorrerem. Seja rápido e perspicaz. DISTÂNCIA ESPACIAL Mova as suas mãos para perto mas não toque as mãos da criança. À medida que a criança responde corretamente, mova suas mãos mais afastadas. Continue afastando gradualmente a sua distância da criança (10 cm, 20 cm, 30 cm, perto da porta, fora da sala, etc.) REMOVENDO OS PROMPTS Objetivo dos prompts: removê-los!! A remoção de um prompt deve ser feita de modo gradual. Para isso, a importância da coleta de dados. Identifique um estímulo que seja natural; Transfira o estímulo de prompt para o natural. REMOVENDO OS PROMPTS Prompts verbais: Reduza o número de palavras na instrução; Fale mais pausadamente a cada vez; Prompts gestuais: O tamanho do gesto deve ser reduzido; Um gesto mais discreto deve ser usado. REMOVENDO PROMPTS DE ESTÍMULO Dentro do estímulo: diminua a dimensão (cores, tamanho); Extra estímulo: o estímulo original permanece o mesmo mas, gradualmente, remova a contexto. REMOVE-SE OS PROMPTS SISTEMATICAMENTE Remover os prompt evitar a dependência; Lembre-se: remover os prompts é SISTEMÁTICO; A remoção se dá baseada na coleta de dados, de acordo com a incidência de respostas corretas; Deixe claro qual o critério de aprendizagem para que uma vez que a criança fôr chegando perto, seja possível começar a remoção. ATENÇÃO: Se o prompt não ajuda na resposta, mude o prompt! Os prompts devem ser claros e efetivos ! DEPENDÊNCIA DE PROMPTS O que é dependência de prompts? Existem duas maneiras de resolvê-la: 1. Recompensa diferenciada: entregue recompensas diferenciadas para respostas com prompts e sem prompts. 2. Preste atenção nas dicas do ambiente: procure um estímulo no ambiente que possa ajudar você, veja se pode ampliá- lo. Não se esqueça de reduzir essas modificações depois!!! ALGUMAS REGRAS PARA A REMOÇÃO DE PROMPTS (Foxx,1982) Não use um prompt que já foi removido! Comece a sessão usando o mesmo prompt que foi usado no último trial do dia anterior. Permaneça sempre com as mãos atentas no início da sessão. Por que? APRENDIZAGEM SEM ERROS Identifique a resposta; Faça um teste para saber qual o prompt menos intrusivo mas que produz a resposta correta; Se o prompt não estiver sendo eficiente, troque-o. Prompts devem ser relacionados a um estímulo natural; Prompts devem ser claros e eficientes, não devem ter ambiguidade. PROMPTS X APRENDIZAGEM SEM ERROS Prompt – aparece ANTES da resposta; S R “Fique de pé” + prompt criança fica de pé Correção do erro: aparece ANTES depois da resposta errada. S R “Fique de pé” criança senta // correção do erro // criança fica de pé APRENDIZAGEM SEM ERROS Inicialmente, respostas com prompts são recompensadas; O prompt é depois removido sistematicamente para evitar erros Mais-para-o-menos; Assistência gradual. PROCEDIMENTOS PARA A CORREÇÃO Interrupção do erro: quando o aluno começar a fazer o erro, o redirecione para que ele faça a resposta correta and nomeie isso para ele. “Isso é______”. Vantagem: Erros não são praticados e a informação para a resposta correta é dada imediatamente. Desvantagem: Traz grande potencial para dependência de prompts. VEJAMOS COMO ISSO ACONTECE… PROCEDIMENTOS - cont. Repense a instrução com mais prompts: A criança responde incorretamente; A professora não dá nenhuma dica verbal; Remova o material; Reapresente o material; Reapresente a instrução; Ofereça mais prompts (use o último que foi mais eficiente!) PROCEDIMENTOS – cont. Método não-não: A criança responde incorretamente; Professora diz “não” + dá a instrução outra vez (resposta ainda incorreta’); Professora diz “não” + dá a instrução + prompt. Vantagens: vai ensinar discriminação de erros e reduz a dependência de prompts; Desvantagens: se houver muitos tentativas sem sucesso, pode causar bloqueio na criança e aumentar a demora da resposta. QUAL O MÉTODO É MELHOR? Interrupção do erro ? Repensar a instrução ? Método não-não ? NÃO existe uma resposta certa !!! EXERCÍCIO Escolha um habilidade para ensinar; Descreva o critério de aprendizagem; Faça um lista de 3 prompts para usar; Indique uma técnica para remover o prompt; Pratique com seu colega. TENTATIVAS DISCRETAS TENTATIVAS DISCRETAS Sd R Sr+ A terapeuta sugere: “José toque seu nariz!” Aluno toca o nariz José ganha uma batatinha CARACTERÍSTICAS S-R-S; Ambiente livre de distrações; Contato olho-no-olho; Instruções e comandos; Prompts; Recompensas. ENSINANDO A FAZER Tentativa de teste: instrução – resposta – correção de erro ou recompensa; Tentativa de ensino: instrução – prompt – resposta; Tentativa transferida: instrução – prompt reduzido – resposta; Tentativa clara: instrução – resposta – recompensa. ALGUMAS DICAS: Preparando o ambiente Elimine as distrações; Tenha as recompensas e os materiais à vista; Apresente a instrução (Sd) Ganhe a atenção da criança antes de começar; O comando tem que ser claro e específico; Diga o comando uma só vez; Varie a instrução. MAIS DICAS Prompt a resposta correta Apresente o prompt imediatamente após a instrução; Use o menos intrusivo prompt; Retire os prompts sistematicamente e o mais rápido possível; Reforce as respostas corretas Apresente a recompensa imediatamente após a resposta correta; Apresente a recompensa com entusiasmo e com uma intonação positiva; Use elogios específicos. CORRIGINDO ERROS A criança responde incorretamente; Remova os materiais; Reapresente os materiais e a instrução; Use um prompt mais intrusivo; Reinforce as respostas corretas. APRESENTAÇÃO DAS TENTATIVAS Apresente de 3 a 10 tentativas; Continue o programa até que você tenha obtido 80% das respostas corretas ou até 3 “SIM”s em três dias diferentes; Depois vá para o segundo passo. Não esqueça de generalizar e manter o primeiro passo! AS RECOMPENSAS Apresente uma variedade de reforços para não causar saciação; Observe para saber o que interessa seu aluno naquele momento; Varie sempre as recompensas; Se estiver usando um sistema de fichas, tenha certeza de que o aluno veja você dando as fichas; Recompense o aluno também por prestar atenção e cooperar. MAIS DICAS… Diminua o tempo das respostas. A criança deve estar respondendo em 2-3” após a instrução; Aumente o intervalo entre as recompensas. Quando a criança estiver brincando ou recebendo a recompensa, brinque com ela. Interaja e crie oportunidades para linguagem espontânea e pedidos; Lembre-se sempre: NÓS moldamos o comportamento das crianças!!! Se a criança não estiver aprendendo do jeito que você está ensinando, mude a estrategia. EVITE A FALTA DE COOPERAÇÃO NAS SESSÕES Estrategias pró-ativas: Estabeleça você como reforçamento; Faça pedidos quando a motivação estiver em alta e a recompensa disponível; Mantenha um certo ritmo das sessões: nem muito lento nem muito rápido. Faça da “hora da mesa” uma parte divertida das suas aulas; Lembre-se de que algumas atividades são difíceis, então, use reforços diferenciados. ESTRATEGIAS PARA EVITAR COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS Re-direcione o comportamento usando prompts físicos e gestuais. Depois reforce comportamento apropriado; Redirecione comportamentos auto-estimulatórios mesmo durante as transições (estátua, volte e ande novamente); Não deixe terminar suas sessões com problemas de comportamento; Use frases positivas. Por exemplo: “Bote suas mãos para baixo” ao invés de “Não coloque sua mão no nariz”. ALGUNS EXEMPLOS: ABC DO APRENDIZADO Quatro componentes são importantes no aprendizado: EO: motivação A: antecedente (Sd) B: resposta (B) C: consequência (Reforço ou punição) ANTECEDENTE Qualquer ocorrência no ambiente que acontece ANTES da resposta e influencia para que aquela resposta aconteça. Exemplos: Uma instrução; Uma atividade; Um evento; Um objeto; Uma pessoa; Um cenário. RESPOSTA Uma resposta que o aluno dá ou faz na presença de um determinado estímulo; A resposta precisa ser observável e medida; Exemplos: Sentar quieto; Seguir um comando. CONSEQUÊNCIA Qualquer evento que acontece DEPOIS de uma resposta e altera a futura ocorrência daquela resposta; Precisa ocorrer necessariamente DEPOIS da resposta; Exemplos: Objetos; Elogios; Sentar na cadeira; Uma repreensão verbal. ANÁLISE DE TAREFAS Análise de Tarefas (Task Analysis) - é uma descrição detalhada de cada etapa de um comportamento que precisa ser completada para que o aluno consiga realizar a ação no final. Exemplos: lavar as mãos, colocar roupa na máquina, jogar futebol. EXEMPLO ENCADEAMENTO Definição – É um reforço sistemático e diferenciado de sucessivas aproximações de uma ação nova no repertório da criança. Existem 3 tipos de encadeamento: De frente para trás; De trás para frente; Tarefa completa. EXERCÍCIO 7. Descreva 5 passos de uma Análise de Tarefas para ensinar um aluno a tomar banho: 1. 2. 3. 4. 5. MODELAGEM É o modo sistemático e diferente de reforçar aproximações sucessivas de um comportamento esperado e que não está no repertório do indivíduo. DICAS PARA O SUCESSO Lembrar a última aproximação; Seja consistente e, se precisar, flexível; Tenha sempre o objetivo final em mente: selecione o comportamento inicial e o final. Reforce aproximações sucessivas. COMO DESENVOLVER AS HABILIDADES SOCIAIS ? As crianças com autismo não compreendem regras sociais. Precisa ser ensinado em conjunto com outras habilidades. Idéias: Estórias socias; Roteiros; Teatro; Atividades em grupos. CAROL GRAY ESTÓRIAS SOCIAIS São roteiros personalizados que ajudam os alunos a: melhor entender uma situação social; regular / controlar o comportamento; aprender novas habilidades (conceitos difíceis ou habilidades estranhas a rotina da criança). O QUARTO DO MATEUS MEU NOME É MATEUS. EU MORO COM A MINHA MÃE, MEU PAI E MEU IRMÃO RAFHAEL. NA MINHA CASA EU TENHO UM QUARTO SÓ PARA MIM. NO MEU QUARTO EU TENHO UMA CAMA, UMA MESA PARA ESTUDAR, UM GUARDA- ROUPA E UM VENTILADOR. MEUS PAIS FIZERAM MEU QUARTO DO JEITO QUE EU QUERIA. É MUITO LEGAL FICAR NO MEU QUARTO. EU FICO FELIZ PORQUE EU RELAXO NO MEU QUARTO. H.I.A. Objetivos: Aumenta a atenção; Promove a comunicação; Ajuda nas transições; Estabelece sistematização e rotina durante horas “não estruturadas; Diminui comportamentos não- sociais. SEQUÊNCIA DE UM H.I.A. Abre o livro; Aponta para foto/texto; Encontra a atividade; Completa a atividade; Arruma a atividade; Fecha o livro e/ou retorna a atividade para caixa/estante; Vira a folha. QUEM SE BENEFICIA? Indivíduos de várias idades; Indivíduos com diferentes níveis de habilidade; Indivíduos que apresentam dificuldades em seguir uma rotina ou uma sequência de ações; Indivíduos que têm dificuldade em completar tarefas. PRÉ-REQUISITOS Identificação de itens em fotografias; Relacionar objetos idênticos 3D-3D; Relacionar desenhos e desenhos 2D-2D; Relacionar objetos e figuras (3D-2D); Aceitar toque; Usar alguns materiais apropriadamente. ARRUMANDO O AMBIENTE Área de trabalho; Estoque dos materiais; Livre de distrações; Sistematização. PREPARANDO PARA ENSINAR Arrumar materiais e recompensa na prateleira; Colocar o fichário numa mesa onde a criança estará completando as atividades; Colocar a foto/desenho do item motivador na última folha ou na parte de trás do caderno /fichário; E.R. 8 Liste 3 vantagens de se usar um reforço generalizado como um sistema de fichas. ABA no Brasil Intervenção eficaz: de maneira sistematizada, organizada, muitas vezes por dia, por muitas horas por semana. Acesso ainda é difícil: 1. Falta de informação; 2. Número de profissionais reduzido; 3. Custo alto. SOLUÇÃO ? Pesquisa científica no Brasil para mostrar a eficácia; Compartilhar conhecimento. Dra. Margarida Windholtz Pioneira no Brasil com o livro: Passo a passo: Seu caminho – Guia Curricular para Ensino de Habilidades Básicas. Em 1972, iniciou intervenções comportamentais com autistas. Organizou volutários e disponibilizou na internet os dois volumes de Help Us Learn de Kathy Lear E AS CRIANÇAS NÃO SÃO VERBAIS? CRIANÇAS NÃO-VERBAIS 50% não apresentarão linguagem; Muito da comunicação não está nas palavras somente. Sugestão? PECS Linguagem de sinais. LIVOX PECS Pré-requisitos: Saber distinguir figuras iguais; Apontar. Sistema de imagens desenvolvido por Frost & Bondy em 1994. Tem 6 fases para ensino; Objetivo: iniciar conversas espontâneamente; Vantagens: As pessoas não precisam de treinamento para entender; PECS não exige muita coordenação motora. INTRODUÇÃO A PECS TROCA FÍSICA Selecionar um item favorito da criança; Colocar objeto sobre a mesa junto com um desenho parecido com ele; Ajude o aluno a pegar o desenho e entregá-lo ao professor; O professor o recebe com a palma da mão virada para cima; Após a troca, o aluno recebe o item que pediu; O professor deve elogiar o esforço. EXPANSÃO DA ESPONTANEIDADE Faça um fichário de comunicação para a criança; Coloque uma figura para iniciar o treinamento;Aos poucos, vá se distanciando da criança para que ela pegue o desenho de forma mais independente. DISCRIMINAÇÃO DE FIGURAS Saber discriminar figuras preferidas de figuras não preferidas; Preparar a aula com dois objetos e suas respectivas figuras; Um objeto de alta preferência e outro de baixa preferência; Variar a posição das figuras; Aumente a quantidade de figuras de acordo com o progresso de sua coleta de dados. ESTRUTURA DE FRASES Faça uma tira de cartolina; “Eu quero…” Ler a frase para a criança com uma pequena pausa; Espere por alguma vocalização. Não esqueça de recompensar o esforço extra!! RESPONDENDO A PERGUNTAS E COMENTANDO Responder à pergunta: O que você quer? Utilizar tira de cartolina com ícones para EU QUERO + OBJETO DESEJADO Ensine depois EU VEJO. A criança vai aprender que não só requisita objetos de acesso imediato. Alterne os lugares das figuras; Varie de pessoas. LINGUAGEM DE SINAIS Exige boa coordenação motora fina; Não é LIBRAS; Sinais são práticos e parecidos com os objetos; Você leva para onde você quiser. DESVANTAGENS A família e os profissionais da escola vão ter que aprender os sinais; Dá trabalho porque eles têm que ser moldados, pouco a pouco, até que a criança os faça corretamente; A coleta de dados é importantíssima para se lembrar até onde foi a ajuda no dia anterior. COMPORTAMENTO VERBAL COMPORTAMENTO VERBAL NÃO É SO VERBAL!!! Mesmos princípios básicos comportamentais: reforçamento, extinção e motivação; “Comportamento Verbal – comportamento que é mediado e reforçado pelo comportamento de alguém.” Skinner, 1957. OPERANTES VERBAIS (Skinner) Mandos; Imitação; Ecos; Receptiva; Tact (tato); Intraverbal; RFFC. DEFINIÇÕES Mando – um pedido por um estímulo específico. Imitação – copiar o comportamento de outra pessoa; Eco – imitação verbal controlada por outro modelo por outra pessoa; Receptiva – entendendo e respondendo à linguagem dos outros; OUTRAS DEFINIÇÕES: Tact (tato) – uma resposta verbal controlada por um estímulo visual; Intraverbal – resposta verbal para palavras de outras pessoas com a ausência de dica visual; RFFC – Linguagem receptiva, classe, função e características. IMITAÇÃO Objetivo: ensinar à criança a copiar o instrutor. Isso inclui: imitação motora, imitação com objetos e coordenação motora fina (linguagem de sinais). Faça algo divertido!! Faça e encoraje a criança a imitar! IMITAÇÃO MOTORA Diga “Faça assim” e modele o comportamento. Bata palmas; Dê tchau; Bata o pé; Corrija a imitação ou aproximação = reforce; Resposta incorreta ou resposta negativa = repita a instrução + modele + dê um prompt físico. Remova os prompts gradativamente. IMITAÇÃO DE AÇÕES COM OBJETOS Algumas crianças têm mais sucesso imitando uma ação com objetos. Exemplos: colocar objetos em travessas, carros de corrida, jogar bola, fechar/abrir portas. Tente também: pular, sentar, correr, saltar. IMITAÇÃO COM MOVIMENTOS DE COORDENAÇÃO MOTORA FINA Começar com movimentos fáceis: abrir e fechar as mãos; balançar os dedos; juntar as duas mãos esfregando uma na outra. Usar sinais como mandos: comer; beber; biscoito. Intercale imitação e mandos. ENSINANDO ECOS Objetivo: fortalecer as cordas vocais e estabelecer a imitação verbal; No princípio, reforce qualquer vocalização; Junte as vocalizações com reforços naturais; Opte por sons que a criança tenha emitido no passado: diga “ba” ou observe se ela vai dizendo um som ou peça para repetir; Modele vocalizações “ diga ma-ma” aceite qualquer vocalização; dê reforços diferentes. LINGUAGEM RECEPTIVA Objetivo: ensinar a criança a responder corretamente a linguagem de outras. Seguir comando inclui: ações específicas; atender a outros; discriminação; relacionar figuras. AÇÕES ESPECÍFICAS Ensine: “Vem aqui”. Diga: “vem aqui” + segure o reforço (prompt); Reforce; Remova os prompts; Aumente a distância para que a criança ande um pouco; Gradativamente, remova o reforço; Trabalhe a generalização. PEQUENAS AÇÕES É sempre bom ensinar respostas receptivas no contexto da rotina do aluno. Por exemplo: mostre a ele o lanche preferido dele, leve a criança até a mesa e diga “sente aqui” e depois dê o lanche. IDENTIFICAÇÃO DE ITENS Primeiro trabalhe no tocar e apontar para itens específicos; Use um item preferido porque as crianças já foram treinadas a pegar o seu reforço positivo; Instrução: “Toque na batatinha” + ajuda física; “Sim, isso é batatinha” e entrega a batatinha; Remova a ajuda; Comece então a adicionar itens que possam distrair como batatinha e caneta; Não se esqueça de mudar a posição dos itens. DISCRIMINAÇÃO Faça várias sessões em que um dos itens é um dos preferidos e o outro é um secundário. Ensine a tocar primeiro o item preferido; Depois troque; Faça com que o número de tentativas para o toque do item preferido vá diminuindo gradativamente; Depois comece adicionar outros itens e ensine da mesma maneira. RELACIONAR OBJETOS Bote três itens sobre a mesa; Segure um quarto e diga: “Ponha com o igual!”; Mostre a criança como faz. Dê a ela o objeto. Repita a instrução, prompt, reforce e remova os prompts; Mude a posição dos itens. E AGORA ? A criança já tem 5-10 itens de mandos, algum sucesso em ecos, imitação, cooperação nas sessões e relaciona objetos iguais. E agora ? O treinamento de TACT deve começar, ou seja, a criança agora vai identificar objetos comuns; O treinamento dos outros componentes deve continuar. Intercale habilidades já assimiladas com as novas. TREINAMENTO DE TATO Objetivo: nomear os objetos que estão à vista. Pré-requisito: eco, imitação e mandos (já de forma independente). Faça uma lista de palavras que foram usadas no treinamento de mandos; Coloque palavras que já são do conhecimento da criança e incorpore outras importantes na rotina dela; Escolha palavras que não são parecidas foneticamente, nem objetos que são parecidos. Dê preferência para substantivos; Não use palavras que são aversivas para a criança. MANDO OU TATO ? Diferença: Quando a criança tact (nomeia) um objeto, é porque ela o vê e não porque ela quer o objeto; Exemplo: a criança fala “TV” porque ela vê a TV. Nessa situação a criança deve ser elogiada por estar sendo correta, mas não vai ser recompensada por assistir TV. TREINAMENTO DE TATO Escolha palavras que foram usadas no treinamento de mandos OU use palavras que são úteis no dia-a-dia da criança; Quando usar as mesmas palavras da lista de mandos tenha cuidado para que a motivação do carro não seja muito forte, use figuras. Por que ? TREINAMENTO Diga: “O que é isso?” Resposta correta: elogie + entrega de recompensa (NÃO a que foi nomeada na sessão); Resposta incorreta: reapresente instrução + use um prompt verbal + reforce positivamente; Remova, aos poucos, o prompt.TREINAMENTO – cont. Treinamento com novas palavras: Apresente o objeto; Diga: “O que é isto?” + prompt ecóico. Exemplo: “O que é isto? Lápis”; Reforce as respostas corretas ou aproximações com elogios e uma outra recompensa; Resposta errada: remova materiais, nenhuma atenção por 2-3” e recomece a sessão. TREINAMENTO – cont. Na próxima sessão, comece tentando remover o prompt ecóico; Apresente o objeto e pergunte: “O que é isso?” Espere 2-3”, se a resposta for correta = reforce. Se não houver resposta = prompt ecóico parcial = “Lá…”. Continue tentando remover os prompts: diminua a ajuda ao ecoar a palavra e reduza o tom da voz; Se os erros insistirem, aumente os prompts por algumas tentativas e volte a removê-los. EXPANDINDO A HABILIDADE RECEPTIVA RFFC: Função, Característica e Classe. Função: para o que é usado esse item? Por exemplo: “Toque algo em que você dorme”. Característica: características comuns em objetos (rodas, asas), tamanho ou forma ( arredondado, grande) ou textura (macio, áspero); Classe: categorias em que os objetos podem ser agrupados. Por exemplo: veículos, brinquedos, roupas. TREINANDO EM RFFC Pré-requisito: 50 palavras para mandos, tact ou linguagem receptiva; Quais palavras? Escolha palavras já assimiladas; Escolha palavras que sejam diferentes em categorias, sons e classes. Apresente dois itens já conhecidos; Peça para criança tocar o item usando uma característica, classe ou função; Exemplo: “Toque o que tem asa”; Reforce as respostas corretas; A próxima sessão pode apresentar objetos novos. Como corrigir erros? Prompt ecóico. TREINAMENTO EM INTRAVERBAIS Objetivo: criança responder a estímulos verbais; É importante porque é bem próximo de uma conversa!!! Exemplos: associação de palavras (rato – Mickey), completar (A,B,C, __), músicas ( Parabéns pra __), contar (1,2,3, __), contação de histórias e respondendo perguntas sociais. ESCOLHENDO OS INTRAVERBAIS Objetivo: A criança fala a segunda parte da frase que ouviu; Comece com músicas conhecidas; Escolha intraverbais que são de interesse da criança (sons de animais, sons de objetos); Opte por intraverbais que são divertidos e têm palavras que são familiares; Exemplo: “A vaca fala…”.Se a criança completar com “Muu”, entregue a recompensa. Se a criança errar, acrescente um prompt ecóico. Remova o prompt. INTRAVERBAIS DE NÍVEL AVANÇADO Pré-requisito: um repertório amplo de mandos, 50-100 de tact, muitas respostas receptivas e de RFFC e intraverbais simples; Respondendo a pergunta com: “O que?”. “Por que?”. Completar: “O que você come?” “Banana”. Resposta correta: reforce. Resposta incorreta: repita a questão a ser completada. TREINAMENTO – cont. Apresente, numa tentativa, uma pergunta fora de contexto; Exemplo: “Toque sua cabeça”. “O que você come?”. Se a criança acertar, reforce. Se ela errar, apresente a frase para completar: “Você come a ___”. Varie as instruções para que a criança generalize e assimile. COMO CONTROLAR COMPORTAMENTOS NÃO-SOCIAIS ? PROBLEMAS COMUNS DE COMPORTAMENTO Não cooperação; Estereotipias; Agressividade; Auto-agressão; Desestruturação do ambiente. VAMOS OUVIR ESSA ESTÓRIA… O QUE PODE AUMENTAR O PROBLEMA DE COMPORTAMENTO ? Não consegue se comunicar apropriadamente; Não espera; Não pede por itens ou atividades; Não pede a atenção de um adulto; Não consegue brincar ou se engajar em nenhuma atividade prazerosa; Não se concentra em atividades por um período pequeno de tempo. LEMBRE-SE: Todo comportamento tem uma função!!! Problemas de comportamento não acontecem à toa! Portanto, tem que se identificar a razão desses problemas! FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO Problemas de comportamento são reforçados por: 1. Atenção; 2. Acesso a itens; 3. Automático-sensorial; 4. Escapar ou evitar demandas. PASSOS PARA UM PLANO Defina o comportamento que você quer eliminar; Observe e anote a frequência; Desenvolva uma hipótese sobre a função do comportamento; Teste sua hipótese manipulando o ambiente; Analise as situações em que o comportamento mais ocorreu; Desenvolva um plano de ação. DEFININDO O COMPORTAMENTO PROBLEMA Use termos objetivos e mensuráveis: O que é considerado um comportamento problema? Um grito de 1 segundo ou um grito alto de 1 minuto? O comportamento é mensurável? DURANTE A OBSERVAÇÃO… Determine a frequência com que o comportamento ocorre; Determine QUANDO ocorre; Descubra COMO as pessoas ao redor reagem; Descubra COMO a criança reage com a reação dos outros. ABC Faça um quadro de ABC. A de antecedente – eventos que acontecem ANTES do comportamento; B – resposta ou comportamento; C de consequência – eventos que acontecem DEPOIS do comportamento ACESSO FUNCIONAL Data/hora A B C 10/02 as 8h A professora disse: Hora da Rodinha J. derrubou dois estojos que estavam nas mesas. A professora deixou a turma e se aproximou de J. para saber o que aconteceu NÍVEL DE LINGUAGEM Faça um teste antes de começar um programa de linguagem; Determine que tipo de comunicação é mais apropriado: Oralização – aluno tem capacidade verbal (eco) Linguagem de sinais – aluno consegue imitar alguns movimentos de coordenação motora fina ou grossa. PECS – aluno consegue apontar e relacionar. TERAPEUTA NÃO DEVE SER CHATO! Faça as sessões divertidas!! Ensine alternativas funcionais de comunicação para o problema de comportamento; Termine a sessão depois de uma resposta correta e nenhum problema de comportamento TRANSFORMANDO TODA SITUAÇÃO EM APRENDIZAGEM Torne acessível reforçadores positivos fortes; Reduza as oportunidades de erros; Inicialmente abuse de reforços positivos; Intercale tarefas fáceis com as difíceis; Transforme cobranças difíceis em fáceis com prompts; Cuidado com os intervalos entre cada tentativa! ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Incorpore o que foi aprendido nas atividades diárias; Arrume o ambiente para promover oportunidades naturais; Preste atenção no comportamento iniciado pela criança; Conduza suas tentativas sob diferentes tipos de motivação (EO); Decida que tipos de respostas aproximadas serão aceitas e use o moldamento; OUTRAS CONSIDERAÇÕES Determine que níveis de prompts serão usados e tente eliminá-los o mais rápido possível!! Planeje para generalização; Colete dados!! EXERCÍCIO Júlia, 5 anos, tem crises pela manhã antes de ir para a escola. Ela se recusa a se vestir de forma independente. Isso gera muita ansiedade e estresse na família. Principalmente por que os pais têm que chegar na hora. Como Júlia é muito lenta para se vestir e, frequentemente, precisa de ajuda, tem ficado difícil cumprir horários. Uma pequena avaliação constatou-se que Julia nunca foi ensinada a se vestir. PERGUNTAS: Faça um quadro ABC; Qual é a função desse comportamento? Cite duas maneiras de ajudar essa família. Sabendo que Júlia sabe tirar suas roupas sozinha, e que a farda da escola fica disponível em cima da cama, faça uma análise de tarefas com ospassos para a rotina de se vestir. COLETA DE DADOS: É MESMO IMPORTANTE? A IMPORTÂNCIA DA COLETA DE DADOS Por que coletar dados? Quando fazer isso? Se não coletar dados, quais serão os problemas? COLETAS POR PERFORMANCE Por oportunidade – cada oportunidade para resposta é anotada (correta ou com ajuda) Coleta de dados: percentagem de respostas corretas; Aqui estão muitos problemas do ABA!!! COLETAS DE PERFORMANCE Percentagem de passos corretos – é usado quando se ensina atividades que precisam ser divididas em pequenas etapas; Coleta de dados é feita por cada passo correto; Exemplo: lavar as mãos, escovar os dentes. COLETA DE DADOS Frequência da ocorrência ou não ocorrência: quantas vezes o comportamento ocorreu num determinado período de tempo; Exemplo: quantas vezes Lucas levantou da cadeira em 5 minutos. OUTRA FORMA DE COLETA TREINAMENTO DE BANHEIRO Data Hora Urina no aparelho Não urinou no aparelho Acidente (urina ou fezes) Fezes no aparelho Iniciado (urina ou fezes) VEJAM O VIDEO… COLETA DE DADOS Critério para aprendizagem; Baseline Pré-teste; Gráficos; Critério para a aprendizagem de todo o programa, CRITÉRIO DE APRENDIZAGEM Descreve o nível de performance esperado para considerar a tarefa / habilidade aprendida; Por percentagem: 80% correta; Por fluência: 5 respostas corretas por minuto; Performance por condição: sem nenhuma ajuda (prompt) em 3 dias consecutivos. BASELINE Os dados são coletados antes da introdução do programa; Testa a habilidade do aluno para saber se o programa desenvolvido é apropriado; O aluno é instruído a realizar o passo final do programa sem ajuda ou reforço positivo; Por exemplo: programa de cores – testar todas as cores antes de começar o planejamento. NÃO há entrega de recompensas nesse estágio! O terapeuta pode entregar reforços positivos pela colaboração da criança. PRÉ-TESTE Isso é feito no começo de todo novo passo dentro de um programa com várias etapas. Nenhuma ajuda (prompt) ou reforço positivo é dado para ajudar na resposta. Exemplo: testar a cor vermelha antes de ensiná-la. Dá-se recompensa APENAS pela colaboração da criança durante a atividade. ENSINANDO A COLETAR DADOS Agora você está ensinando a habilidade: ajuda (prompts) e como extingui-los. O resultado de cada oportunidade é anotado. O aluno deve ter, pelo menos, dez oportunidades de responder (trials). CONDIÇÕES DE MUDANÇA Uma vez que o aluno alcance os critérios para aprendizagem, mude para a próxima etapa. Faça um teste para o próximo passo do programa; Continue esse ciclo até que todo o programa tenha sido assimilado. EXEMPLOS DE MUDANÇA Programa sons dos animais: aluno já teve três S durante 3 dias consecutivos; Ele sabe que cachorrinho faz au-au, gato miau, e leão arrrrrrrrr. Próximo passo: saber que patinho faz quack, porco oinc-oinc e cavalo pocotó pocotó.. CAIXA DE MANUTENÇÃO DE DADOS Quando o aluno tiver aprendido um programa ou uma parte dele, não deixe de re-acessá-lo. À medida que ele for completando as etapas do programa, anote numa ficha e coloque na “caixa de manutenção”. Na caixa, faça fichas em que tenha a descrição do programa e a(s) terapeutas vão anotar as datas que elas testaram, assinando ao lado. QUANDO O ALUNO JÁ APRENDEU O PROGRAMA TODO? Um programa é considerado aprendido quando todos os passos já foram assimilados e generalizados… em um novo ambiente; com outras pessoas. com material diferente. É muito importante praticar os programas anteriores periodicamente para se certificar que algumas habilidades se mantiveram. Linha variável: Mude o jeito de ensinar! Linha decrescente: Mude o jeito de ensinar já! Ensinar habilidade x extinção de comportamento Linha crescente: Continue com esse método: está dando resultado!! Linha estável: Quando a linha está estável, algo não está funcionando. ANTES DE COMEÇAR Decida o que vai ensinar; Considere as habilidades de seu aluno. Ele atende prontamente? Identifique 15/20 objetivos relevantes para se trabalhar; Molde a tolerância de seu aluno para as aulas. DESENVOLVENDO SEU PLANO DE AÇÃO Onde e quando serão as sessões ? Que materiais você vai precisar ? Que reforços positivos você vai usar ? Qual a definição de uma resposta correta ? Quais são as etapas do programa ? Como serão os erros corrigidos ? Como será o plano para generalização ? Como se saberá que o aluno assimilou o conteúdo ? COMO AJUDAR SEU ALUNO A TOLERAR AS SESSÕES Aprender é difícil = o aluno será resistente Planeje suas aulas de forma divertida! Seja entusiasta! Elogie constantemente seu aluno por sentar na cadeira e colaborar com as sessões; Intercale as atividades de mesa com as brincadeiras no chão; Comece com 5 -10’ de trabalho e dê um intervalo com a mesma duração; Comece com tarefas que o aluno já sabe fazer! QUE PROGRAMAS COMEÇAR? Responder ao nome; Nomear receptivamente – objetos de escola, partes do corpo; Pedir – mandos Relacionar objetos (escolha uns 5 no início); Imitação com objetos; Imitação de movimentos; Brincar apropriadamente com brinquedos. OUTRAS IDEIAS Contato olho-no-olho; Colorir; Usar o tablet; Seguir instruções: bater palmas, levantar, sentar, tocar a cabeça, etc. Comer usando a colher. E DEPOIS? Imitação verbal; Seguir o que é apontado; Pedir por objetos favoritos; Identificar cores, números, letras e formas geométricas; Responder a cumprimentos; Responder a perguntas sociais; Saber os sons de animais; Atividades de vida diária: escovar dentes, usar o banheiro, lavar as mãos. TRABALHANDO EM GRUPO Júlio tem 3 anos e acabou de ser diagnosticado autista. Ele não olha para as pessoas, gosta de ficar se balançando e adora carregar seus dinossauros com ele. Fala “ba” e “bo” e só come macarrão e biscoito cream cracker. Escolha três programas para começar com ele e defina os próximos passos. ESCOLA INCLUSIVA ELA REALMENTE EXISTE? E COMO AJUDAR? INCLUSÃO: VALE A PENA? LDB no. 9394 Data: 20/12/1996 Capítulo V: “a educação para alunos com deficiência deve ser oferecida , preferencialmente na rede regular de ensino, assegurando os mesmos currículos, técnicas, recursos educativos específicos para atender às necessidades, métodos dentre outros recursos e adaptações. CARACTERÍSTICAS Meta de participação para todos os estudantes; O estudo e a celebração da diversidade; Currículos e métodos que estão adaptados para as necessidades individuais. Parceria ativa com os pais. Suportes suficientes para estudantes e equipe da escola. BENEFÍCIOS PARA TODOS Desenvolvem apreciação pela diversidade individual; Adquirem experiência direta com a variação natural das capacidades humanas; Demonstram crescente responsabilidade e melhorada aprendizagem através do ensino entre alunos; Estão melhor adaptados para a vida adulta em uma sociedade diversificada. PARAOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA Têm acesso a uma gama mais ampla de modelos de papel social, atividades de aprendizagem e redes sociais; Beneficiam-se da aprendizagem sob condições instrucionais diversificadas; Demostram crescente responsabilidade e aprendizagem através da educação em salas de aula diversificadas. NÃO É INCLUSÃO Colocar estudantes com deficiência em salas de aula comuns e ambientes comunitários; Ignorar as necessidades individuais do estudante mediante decisões baseadas em suas deficiências; Expôr estudantes a perigos ou riscos desnecessários. Colocar demandas desmedidas sobre professores e diretores, sobrecarregando escolas com mais estudantes do que podem suportar. NÃO É ASSIM… Ignorar as preocupações dos pais mediante designação da sala e decisões instrucionais sem a participação deles. Limitar oportunidades integradas para estudantes deficientes às atividades “especiais” (em arte, música, reuniões), quaisquer que sejam suas necessidades individuais. POR QUE A INCLUSÃO ? As pesquisas indicam. Separado não é igual. Princípio da valorização da diversidade. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA É BOA PARA TODOS. SUPORTE DE PESQUISADORES Poulin (2008): a imitação e o jogo simbólico favorecem o desenvolvimento das estruturas intelectuais em alunos com deficiência. Mantoan (1995): a inteligência das pessoas com deficiência intelectual testemunha certa plasticidade ao reagir satisfatoriamente à solicitação adequada do meio. Vigotsky (1993): as leis que regulam o desenvolvimento infantil são as mesmas para a criança com e sem deficiência. PREPARAÇÃO ESCOLAR Um processo de iniciativa, responsabilidade e envolvimento de várias pessoas do quadro pessoal precisam ser decididas. O plano da escola precisa enfatizar a importância da colaboração com os pais. A matrícula de uma criança deficiente implica na definição de papéis, coordenação do trabalho colaborativo e fornecimento de assistência necessária. PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES Quanto mais cedo os professores souberem as necessidades específicas de seus alunos, eles se sentem mais seguros e capazes. Os planos individuais de cada aluno deve conter objetivos acadêmicos e SOCIAIS e maneiras de atingí-los. Mas atenção: os planos individuais podem encorajar a segregação. FAMÍLIA X ESCOLA A transparência da escola é a melhor maneira para ajudar os pais na superação dos receios e na comprovação do bem-estar das crianças. Ambas educam a criança para fazer-lhe o bem. Uma verdadeira colaboração em nível de igualdade passa pelo respeito mútuo e um certo nível de confiança. FUNÇÕES DA FAMÍLIA Pautas e controles de conduta; Sistemas alternativos de comunicação; Exercícios físicos; Hábitos de autonomia pessoais; Atividades complementares à escola; Desenvolvimento das tarefas escolares. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA Trazer recursos materiais para a aula e para as atividades; Participação na escola (período de adaptação, reuniões, festas e passeios); Participação em elaboração do PEI. ADOLESCÊNCIA A adolescência gera incerteza quanto ao futuro profissional. Sexualidade. Aumento da presença do adolescente em casa. Preocupação com seus cuidados quando um pai falecer. Círculo de amigos? MUDANÇAS FÍSICAS Disposição das cadeiras; Quadro de giz ou branco; Trabalhos em grupos; Poluição visual; Regras de convivência; Horário do dia. RECURSOS Música; Fantoches; Dobraduras; Carimbos e/ou adesivos; Filmes; Brinquedos; Livros de história; Material de arte. PRÁTICA EM SALA DE AULA Inclusão: uma comunidade de pessoas diferentes que atinjam um nível mais alto de forma conjunta e não sozinhas. TODOS OS ALUNOS TÊM NECESSIDADES ESPECIAIS. Os professores precisam ser pró-ativos, planejando a sala de aula, os espaços para a aprendizagem, fornecendo materiais, garantindo interação face a face. PLANOS DE IMPLEMENTAÇÃO Questões do pessoal: escolher os professores e dar tempo, informações e apoio para que eles se preparem; Desenvolvimento do pessoal e novas técnicas: pesquisar vários métodos de trabalho e novas abordagens de ensino; Auxílios: mudanças físicas na escola, novos equipamentos e materiais de ensino. PAIS : PRIMEIROS PROFESSORES Sensibilização dos pais: muitas vezes cansados e frustrados. Trazem perguntas difíceis de responder. Diálogo claro e aberto entre a equipe para definir responsabilidades, direitos e informações sobre o que está sendo feito na escola. Uma colaboração bem sucedida é uma das pré- condições para o sucesso da educação do aluno com deficiência. E OS OUTROS PAIS ? Não é preciso divulgar diagnóstico; A informação é importante para evitar preconceitos; É possível realizar uma reunião de pais com os alunos da turma e pedir para que cada um fale um pouquinho sobre seu filho. O professor pode falar das necessidades do aluno principalmente se este gera problemas comportamentais. E OS OUTROS ALUNOS ? Vale realizar dinâmicas de sensibilização sobre o que é inclusão, vantagens e desvantagens. Trazer filmes e documentários. Desenhos animados. Revistas em quadrinhos. Estórias. ATENÇÃO A criança não tem preconceito, é o adulto que tem. Adultos = pais Adultos = professores. DIFERENTES IDEIAS Todos os alunos trabalham nas mesmas atividades; Os alunos com necessidades especiais trabalham em atividades diferentes e têm um material diferente, mas sentam-se ao lado de seus colegas de turma; Os alunos com necessidades especiais têm o mesmo material mas realizam tarefas diferentes; Alguns alunos podem sair de sala de aula e trabalhar individualmente no mesmo assunto com o professor de apoio. OUTRAS IDEIAS Aprendizagem cooperativa. Instrução baseada em projetos. Ensino entre alunos de todas as idades. Educação que reconheça e ensine para inteligências múltiplas e diferentes estilos de aprendizagem. Senso de comunidade na escola. MEDIADOR: O QUE É? EM INGLÊS... Teacher assistant; Instructional Assistant; Special Education Teaching Assistant; Special Education Paraprofessional; Teacher Aide; Special Education Aide; Special Education Instructional Assitant; Shadow. E EM PORTUGUÊS ? Facilitador escolar; Tutor escolar; Assistente educacional; Mediador escolar. O QUE É MEDIAÇÃO ? Segundo Figueiredo (2011): “Na situação ensino- aprendizagem, a mediação relaciona um sujeito da aprendizagem, o objeto do conhecimento (os conteúdos específicos) e o mediador (que pode ser um professor, ou alguém que desempenhe um papel equivalente)” O QUE É MEDIAR? Segundo o dicionário: “ significa ficar no meio de dois pontos. Quem ou quais são esses pontos? COMO MEDIAR ? Faça uma pesquisa bibliográfica; Entreviste a família e a escola; Pesquise os fatores motivadores de seu aluno; Observe a criança no recreio e em sala. QUALIDADES DO MEDIADOR Habilidades Interpessoais Saber respeitar e compreender as dificuldades da família Flexibilidade para se adequar à mudanças Disponibilidade para aprender Criatividade Segurança e firmeza. “ É obrigação das escolas oferecercondições para facilitar a aprendizagem desses alunos. A família possui sim deveres, como atuar ativamente dessa instrução em parceria com as instituições, mas não trazer um profissional extra que não conhece a realidade nem o cotidiano da criança para exercer essa função tão importante. A inclusão é lei e o acesso deve ser assegurado”. Danielle Isabelle, pedagoga. HENRI WALLON “Sem afeto, não há aprendizagem” FUNÇÕES DO MEDIADOR Favorecer a interpretação; Chamar a atenção para os aspectos cruciais; ATRIBUIR SIGNIFICADO À INFORMAÇÃO RECEBIDA; Encorajar a criança para que seja menos passiva no ambiente. Promover pequenas mudanças para que a criança possa aprender a lidar com essas situações. FUNÇÕES DO MEDIADOR QUESTÕES SOCIAIS COMPORTAMENTO COMUNICAÇÃO BRINCADEIRAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DIRIGIDAS (ADAPTADAS OU NÃO) ONDE ATUA ? SALA DE AULA DEPENDÊNCIAS DA ESCOLA PASSEIOS ESCOLARES COMO ATUAR NA SALA ? AUTONOMIA ESTRUTURA FÍSICA ATENÇÃO INDIVIDUAL ADEQUAÇÕES CURRICULARES METAS REALISTAS QUAL A FUNÇÃO DO MEDIADOR ? Segundo FONSECA (2014): Manter-se atualizado com novas técnicas de ensino; Zelar pela higiene e limpeza do ambiente e dependências sob sua guarda; Manter o suprimento necessário à realização das atividades; Acompanhar e participar dos cuidados referentes à alimentação, à higiene pessoal, à cultura, à recreação e ao lazer da criança. MAIS FUNÇÕES: Participar na elaboração de metas para a criança (PEI); Colaborar com o professor na execução das atividades; Registrar as atividades e mudanças de comportamento; Disponibilizar os materiais pedagógicos a serem utilizados nas atividades desenvolvidas pelo professor regente. OUTRAS FUNÇÕES Colaborar na independência do aluno; Executar estrategias de manuseio de comportamento; Cuidar do asseio e da higiene da criança de sua responsabilidade; Acompanhar o aluno em atividades sociais e culturais programadas pela instituição de ensino. COMO TRABALHAR NA ESCOLA? MEDIADOR ESCOLA Traçar metas realistas Avaliar a criança de acordo com suas próprias conquistas Intervir em interações saudáveis (evitar que comportamentos atrapalhem a convivência com os colegas) Desenvolver a competência comunicacional. E A ESCOLA ? Ter um Projeto Político Pedagógico voltado para a inclusão; Tentar trazer o conteúdo programático para a realidade do aluno incluído; Usar todos os ambientes da escola; Preparar ambiente para a criança. Utilizar o tempo da melhor forma. A EFICIÊNCIA DA MEDIAÇÃO Vínculo com o aluno (linguagem, habilidades, atividades, guloseimas); Como seu aluno aprende? Estrategias variadas. Encorajar todo esforço; Trazer propostas compatíveis com a capacidade de seu aluno; Propôr desafios. Ousar sempre. COMO SE COMUNICAR ? Use frase curtas e precisas; Comandos simples; Não altere o tom de voz; Num acesso de birra, redirecione e não mantenha contato olho-no-olho; Nunca diga não; Use pouco advérbios. DICAS EFICIENTES Evite muitos estímulos sonoros e visuais. Comece com atividades mais fáceis ou já assimiladas; Mantenha o reforçamento perto; Dê escolhas – trabalhe a comunicação; Material visualmente atraente; Ofereça intervalos antes de comportamento disruptivo. NA RODINHA COMO MOTIVAR SEU ALUNO? Observe o recreio; Observe crianças da mesma idade; Pergunte à criança; Pergunte à família; Teste; Princípio de Premack; Computador; Dia do brinquedo. NA RODINHA Estimular a imitação de sons, movimentos e atividades. Transformar as ordens verbais em visuais. Utilizar fotos de locais e pessoas para fazer a rotina da criança. Dirigir a atenção da criança para a pessoa que está falando ou a atividade que está realizando. E AS BRINCADEIRAS? Pré-requisitos: Conceito de reforçamento; Fazer atividades com finais sozinho; Imitação; Seguir instruções com um comando; Manter-se numa atividade por 3-5’. CRIANÇA NÃO VERBAL TAMBÉM SOCIALIZA! Respondem as outras crianças; Pegam brinquedos; Levam o amigo para outra atividade; Cutucam o amigo pelo ombro; Apontam para brinquedos e atividades favoritas; PECS / Linguagem de sinais. DICAS PARA BRINCAR Mantenha atividades simples; Use linguagem simples; Tenha perto uma variedade de recompensas; Pequenos intervalos funcionam melhor no início; Aumente, aos poucos, o nível dos objetivos; Treine as crianças a interagir umas com as outras; Divirta-se! COMO TREINAR AS CRIANÇAS, BABÁS E PRIMOS? Mostre como se faz; Como dar a recompensa; Como dar instruções simples; Como ajudar com prompts; Como responder com frases, PECS e linguagem de sinais. ABBLS Brincadeira paralela; Tolerar o toque do amigo; Tomar itens das mãos do amigo; Manter contato olho-no-olho; Imitar os amigos; Responder a cumprimentos; Dividir / dar itens aos colegas; TAYLOR & JASPER (Making a difference, 2001) Olhe para o amigo quando instruído por um adulto; Responde ao chamado (nome); Imitação; Imitação verbal; Segue as instruções do colega; Dá itens que o colega pediu; Responde perguntas sociais; Espera a vez num jogo; Pede por itens preferidos; Segue a brincadeira iniciada por um colega. PROGRAMAS INICIAIS SUGERIDOS Dividir espaço com colega; Receber itens do colega; Dar itens ao colega; Esperar a vez; Jogar uma partida de um jogo; Imitação – coordenação motora ampla; Brincadeira paralela; Tolerar toque (andar de mãos dadas). E DEPOIS ? Receber itens (obrigado); Dar itens (aqui); Esperar a vez (apontando ou minha vez); Imitar movimentos mais complexos; Tolerar outros no seu espaço; Ensinar gestos de músicas, por exemplo. PORQUE ENSINAR ISSO? Ensinar a pedir; A tolerar; A dividir; A conviver. PARA PREPARAR PARA A INCLUSÃO DE FATO !! E O QUE ELE PODE APRENDER DE FATO? Sentar num grupo por 15-30’; Obedecer as instruções da professora; Seguir os comandos que são dados ao grupo; Seguir os comandos que são dados com diferenciação (só as meninas…); Levantar a mão para pedir a vez de falar; Acompanhar algumas músicas (por imagens, vocalizando ou cantando). ATIVIDADES DE ROTINA ESCOLAR Seguir rotina; Pintar; Cortar; Colar; Manusear massinha; Mudar de atividade; Brincar (paralelamente). ATIVIDADES DE ESCOLA Receber itens do colega; Pegar algo em uma determinada área; Copiar o colega numa atividade; Dar itens para o amigo; Dividir e esperar; A partir daí ser mais específico como entregar lápis azul, sentar perto de Lucas. E DEPOIS? Brincando interativamente; Falando sobre o que aconteceu no dia anterior; Falando sobre outros itens; Iniciando cumprimento com colega; Pedindo ajuda quando necessário; Discriminar quais objetos necessários para um atividade. PEDAGOGIA DA NEGAÇÃO NEGA-SE a capacidade do aluno; Superproteção; Atividades sem dificuldades verdadeiras; Professor resolve atividade para o aluno; Professor não faz perguntas. OBJETIVOS PARA A ESCOLA: Desafio intelectual; Autonomia; Interação;
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