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ESTUDO DIRIGIDO DE FARMACOLOGIA
PROFESSORA ETYENE.
As questões com [X] geralmente são cobradas na prova,
não necessariamente dessa maneira.
[X]1- Descreva a ação de substâncias agonistas e antagonistas adrenérgicos nos receptores e tecidos abaixo: 
a) receptor alfa 1: músculo liso vascular; músculo pupílar; fígado.
	Os receptores alfa 1 estão acoplados a enzima fosfolipase C e produzem seus efeitos principalmente pela liberação de Ca²+ intracelular. Esse sistema é uma importante via de “segundos mensageiros”. O sistema compreende ações associadas a fosfolipídeos de membrana, os fosfoinositídeos (também chamados de PI).
	O PIP2 (fosfatidil-inositol-bifosfato) é substrato para a fosfolipase C, que efetua sua clivagem em dois segundos mensageiros: o DAG (diacilglicerol) e o IP3 (inositoltrifosfato)
IP3: Age no seu receptor específico, o IP3r, que é um canal de Cálcio controlado por ligante, presente no retículo endoplasmático. Controla a liberação de Cálcio das reservas intracelulares.
DAG:é confinado a membrana e ativa uma proteinocinase sensível a fosfolipídeos e cálcio, denominada proteinocinase C. Também é fosforilado para formar ácido fosfatídico (PA), enquanto o IP3 é desfosforilado e, a seguir, reacoplado ao PA para formar PIP2 mais uma vez.
Músculo liso vascular: 
AGONISTA: Constrição
ANTAGONISTAS: diminuição da resistência vascular periférica e pressão sanguínea. Além de hipotensão ortostática, causada pela rápida mudança da posição sentado para em pé, na qual o antagonismo de alfa-1 inibe a vasoconstrição necessária para manter a pressão sanguínea quando a ação ocorre.
Músculo pupílar: 
AGONISTA: Contração do músculo pupilar, dilata a pupila
ANTAGONISTA: Inibe a contração do músculo pupilar; miose
Fígado: 
AGONISTA: Glicogenólise
ANTAGONISTA: inibição da glicogenólise
 b) receptor alfa 2: plaquetas; terminais pré sinápticos; músculo liso vascular. 
	Os receptores alfa 2 estão acoplados a proteína G(i), inibitória da enzima adenilil ciclase, e reduzem a formação de AMPc, assim como inibem canais de Ca²+ e ativam canais de K+, hiperpolarizando a célula. 
Plaquetas: Agregação
Terminais pré-sinápticos: Inibição da liberação (exocitose) de neurotransmissores excitatórios, que é cálcio-dependente.
Músculo liso vascular: Constrição/Dilatação
Antagonistas alfa-2 seletivos não são utilizados terapeuticamente.
c) Receptor beta 1:coração; células adiposas 
	Os receptores beta 1 estão acoplados a proteína G(s), estimulatória da enzima adenilil ciclase, com consequente aumento da formação de AMPc por sua ativação. O AMPc regula diversas funções, incluindo a ativação de proteínas quinases – proteína quinase dependente de AMPc (PKA) -, o transporte de íons e funcionamento de canais.
	A fosforilação e consequente abertura de canais de Cálcio ativados por voltagem nas células do músculo cardíaco aumenta a quantidade de Cálcio que entra na célula durante o potencial de ação, consecutindo no aumento da força de contração cardíaca, por exemplo.
As substâncias que agem em receptores beta 1 no coração são responsáveis pelos efeitos ionotrópicos (força de contração) e cronotrópicos (frequência) positivos, isto é, aumento da força de contração e frequência cardíacas, respectivamente, resultando em aumento do débito cardíaco e o consumo de oxigênio. Essa estimulação pode resultar em hipertrofia cardíaca.
Antagonistas: bradicardia.
d) Receptor beta 2: brônquios, útero, músculo liso vascular da musculatura esquelética. 
	Assim como os outros dois subtipos de receptores beta (1 e 3), o receptor beta 2 está associado positivamente à enzimada adenilil ciclase. São responsáveis pelo relaxamento da musculatura lisa em vários órgãos. A vasodilatação é mediada pela liberação de óxido nítrico.
O óxido nítrico (NO) derivado do endotélio atua localmente sobre a musculatura lisa vascular subjacente. O NO ativa a enzima guanilil ciclase, aumentando os níveis de GMPc. Isso inibe a contração da musculatura lisa induzida pelo cálcio.
Brônquios: Dilatação
Útero: Relaxamento
Músculo liso vascular da musculatura esquelética: Vasodilatação
e) Receptor beta 3: tecido adiposo 
	Agonistas de receptores beta 3 induzem a lipólise, pela necessidade da disponibilidade energética, ou para controle da obesidade por fármacos.
[X] 2- Quando uma pequena dose de noradrenalina é administrada depois de uma grande dose de atropina, quais são os prováveis efeitos cardiovasculares? 
A atropina é um antagonista muscarínico. No coração há receptores muscarínicos M2 que são acoplados a proteína G(i), inibitória da adenilil ciclase, reduzindo a formação de AMPc intracelular quando ativados. Exercem efeitos inibitórios por meio de hiperpolarização da célula e inibição de canais de Cálcio.
Uma grande dose de atropina bloqueia o efeito da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos do coração. Ocorre, então, manifestação mais notável dos efeitos nicotínicos da acetilcolina no sistema nervoso simpático e a secreção de adrenalina pela medula das suprarrenais, causando elevação da pressão arterial, acompanhada de taquicardia. A administração de noradrenalina produz aumento da pressão arterial e resistência vascular periférica, e diminuição da frequência cardíaca (bradicardia).
[X] 3- Descreva a síntese, biotransformação, armazenamento da adrenalina e noradrenalina.
	SÍNTESE/BIOTRANSFORMAÇÃO:
O precursor metabólico da noradrenalina é a L-tirosina, um aminoácido aromático que está presente nos fluidos corporais e é captado por neurônios adrenérgicos. A primeira etapa da síntese de noradrenalina consiste em um processo de hidroxilação realizado pela enzima tirosina hidroxilase, uma enzima citosólica que catalisa a conversão da tirosina em DOPA (di-hidroxifenilalanina) e é inibida pela noradrenalina em um mecanismo de auto-regulação contínua da síntese.
	A próxima etapa é a descarboxilação da DOPA e sua conversão em dopamina. Esse evento é catalisado pela enzima dopa descarboxilase, uma enzima citosólica. 
Ocorre mais uma hidroxilação, desta vez catalisada pela enzima dopamina-beta-hidroxilase (DBH), convertendo a dopamina em noradrenalina. A dopamina-beta-hidroxilase é uma enzima presente em vesículas sinápticas. Logo, é necessário que a dopamina seja transportada para o interior de uma vesícula. O transporte é realizado através do VMAT (transportador vesicular de monoaminas), impulsionado pelo gradiente de prótons entre o citosol e o conteúdo vesicular.
	Na medula da suprarrenal, localiza-se a FNMT (feniletanolamina N-metiltransferase) que catalisa a N-metilação da noradrenalina para adrenalina.
	ARMAZENAMENTO: 
A maior parte da epinefrina (adrenalina) localiza-se em células liberadoras de epinefrina (E), adjacentes ao córtex da suprarrenal. A noradrenalina nas terminações nervosas ou células cromafins (da suprarrenal) está contida em vesículas em condições normais e apenas uma pequena quantidade encontra-se na forma livre no citoplasma. Para as aminas serem armazenada em vesículas é necessário um transportador [ex.: VMAT (transportador vesicular de monoaminas)], presente na membrana das vesículas sinápticas.
[X] 4- Descreva o mecanismo de ação das anfetaminas e cocaína. 
	As anfetaminas possuem semelhança suficiente as catecolaminas para serem transportadas para o interior das terminações nervosas pelo NET (transportador de noradrenalina). Uma vez dentro das terminações nervosas, eles são vesiculados pelo VMAT (transportador vesicular de monoaminas) que captura a anfetamina por sua semelhança as catecolaminas.
 A molécula de anfetamina é vesiculada em troca da molécula de noradrenalina, que escapa para o citosol. Parte da noradrenalina é degradada pela enzima MAO (monoaminoxidase) presente no citosol enquanto o restante pode sair pelo NET em troca da monoamina exógena (anfetamina) para agir em receptores pós-sinápticos. A anfetamina também inibe a recaptura da noradrenalina na fenda sináptica pelo NET. Estes mecanismos têm como função inibir o NET (aumentando a assim o efeito da noradrenalina liberada) eem parte inibir a MAO.
A cocaína, na periferia, inibe os canais de sódio regulados por voltagem, bloqueando, assim, a iniciação e a condução de potenciais de ação. No SNC, inibe a recaptação de dopamina, serotonina e norepinefrina, por meio de seus respectivos transportadores, DAT, SERT e NET, aumentado assim a transmissão. A cocaína, porém é mais potente para o bloqueio do transportador de dopamina (DAT), embora concentrações maiores bloqueiam transportadores de serotonina e noradrenalina.
5- Descreva as ações cardiovasculares da adrenalina, noradrenalina e isoproterenol. 
A noradrenalina é um agonista predominantemente de receptores alfa. Causa vasoconstricção e aumento de pressão sistólica e diastólica, com uma bradicardia reflexa. A isoprenalina é um vasodilatador, mas produz expressivo aumento de força e frequência cardíacas. A pressão arterial média cai. A adrenalina é uma combinação de ambos.
[X] 6- Decreva os mecanismos de ação do propranolol. 
O propanolol é um antagonista de receptores beta adrenérgicos, que bloqueia igualmente os receptores beta 1 e beta 2 em diferentes tecidos. No indivíduo não-cardiopata em repouso, o propanolol causa pouca mudança na frequência cardíaca, no débito cardíaco ou na pressão arterial, mas reduz o efeito da atividade física sobre essas variáveis.Também reduz a tolerância ao exercício, em parte pela redução da vasodilatação mediada por receptores beta no músculo esquelético.
 O fato de ser um antagonista beta não-seletivo é de importância para asmáticos, visto que o bloqueio de receptores beta 2 pode causar broncoconstrição grave. Em diabéticos, o uso de antagonistas beta aumenta a probabilidade de hipoglicemia induzida por exercício, pois a liberação normal de glicose pelo fígado (também controlada por receptores beta 2) induzida pela epinefrina é reduzida.
7- Explique o que é a atividade intrínseca dos bloqueadores adrenérgicos.
	A atividade intrínseca de bloqueadores adrenérgicos consiste em certo grau de atividade simpatomimética, agindo como agonista adrenérgico parcial. Tal característica resulta em menor bradicardia e broncoconstrição, comparadas ao efeito geral de outros tipos de bloqueadores. Essa particularidade pode ser vantajosa para pacientes com insuficiência cardíaca, bradiarritmias, ou insuficiência vascular periférica.
 8- Quais as indicações clínicas dos agonistas e antagonistas alfa e beta. 
Agonistas alfa-1: Causam vasoconstrição e midríase , indicados para casos de hipotensão e exames oftalmológicos, também como descongestionante nasal.
Antagonistas alfa-1: Pelo bloqueio desses receptores, inibem o efeito causados pela ativação dos mesmos. Utilizados para promover vasodilatação e redução da pressão arterial.
Agonistas alfa-2: Utilizados para promover agregação plaquetária e inibição da descarga simpática. É útil como adjuvante em anestesias e como anti-hipertensivos.
Antagonistas alfa-2: Não são utilizado terapêuticamente.
Agonistas beta-1: possui efeitos cronotrópicos (frequência) e ionotrópicos (força de contração) positivos, utilizados para tratar choque cardiogênico.
Antagonistas beta-1:Diminuição da frequência e força de contração cardíacas.
Agonistas beta-2: utilizados no tratamento da asma, causa broncodilatação. Também promove relaxamento da musculatura lisa uterina, inibindo o parto prematuro.
Antagonistas beta-2: Não são muito utilizados, pelo efeito broncoconstritor e inibitório da liberação de glicose pelo fígado. Entretanto, esses receptores inibem a liberação de histamina.
[X] 9- Explique o uso de bloqueadores beta não seletivos em asmáticos. 
Os bloqueadores beta não seletivos podem causar broncoconstrição grave em asmáticos, devido ao bloqueio de receptores beta 2, responsáveis pela dilatação brônquica. Sabe-se que antagonistas de receptores beta 1 produzem efeitos antiarrítmicos no coração, entretanto a seletividade de agonistas seletivos para receptores beta 1 não é suficiente para excluir a possibilidade de algum efeito em beta 2.
10- Qual é o tipo de receptor adrenérgico?
	São receptores metabotrópicos (acoplados a proteína G). Receptores alfa (1 e 2) e beta (1, 2 e 3). Os neurônios adrenérgicos na periferia são neurônios pós-ganglionares simpáticos cujos corpos celulares estão situados nos gânglios.
 11- Explique taquifilaxia e dessensibilização com agonistas adrenérgicos. 
Taquifilaxia, um processo agudo em que o tecido-alvo torna-se menos sensível às concentrações constantes de uma droga. A resposta a agonistas mediadas por proteínas G diminuem com o tempo, mesmo com a presença continuada do agente agonista. Vários receptores acoplados a proteína G, se ativados persistentemente, são encaminhados para lisossomos e são degradados. (ultimo slide de farmacodinâmica)
12- Explique a importância da dessensibilização dos receptores adrenérgicos na tolerância e dependência dos medicamentos. 
	A dessensibilização é característica de todos os receptores acoplados a proteína G – os GPCRs -, tendo dois processos principais envolvidos: a fosforilação ou a internalização (endocitose) do receptor.
Fosforilação:
 A fosforilação dos receptores pelas proteínas quinases (por exemplo, proteínas quinases A ou C) geralmente resulta no bloqueio do acoplamento entre o receptor ativado e a proteína G, resultando em redução do efeito agonista. Isso acontece devido a baixa seletividade das proteínas quinases, o que pode dessensibilizar outros receptores além daquele que interage com o agonista. Esse evento é chamado de dessensibilização heteróloga e é de pouca intensidade e curta duração.
Endocitose: 
Ocorre também a fosforilação por GRKs (quinases específicas de receptores acoplados a proteínas G) que afeta principalmente receptores em seu estado ativado, isto é, com agonista ligado, resultando em dessenbilização homóloga.
O receptor fosforilado, nesse caso, serve como sítio de ligação de beta-arrestinas, que bloqueiam a interação do receptor com a proteína G e o direcionam para a endocitose, produzindo uma dessensibilização mais profunda e de maior duração.
13- Explique a importância da hiperexpressão dos receptores adrenérgicos bloqueadores adrenérgicos. 
	Os antagonistas podem ser reversíveis ou irreversíveis. Os primeiros se dissociam dos receptores e podem ser superados por concentrações suficientemente altas dos agonistas. Os irreversíveis não se dissociam e não podem ser superados. Neste caso, a restauração da capacidade de resposta do tecido pode depender da síntese de novos receptores, o que pode variar em tempo. O retorno dessa capacidade pode ser de importância a pacientes que sofrem evento cardiovascular súbito ou tornam-se candidatos a cirurgia de urgência.. A hiperexpressão de receptores possibilita que menor concentração de fármacos realize o efeito no tecido.
[X] 14- O que é hipertensão de rebote? 
	A hipertensão de rebote caracteriza a supersensibilidade dos receptores ao neurotransmissor. Pode ocorrer pela interrupção súbita da administração de um fármaco controlador da hipertensão arterial. Nos vasos sanguíneos pode ocorrer pela degeneração de nervos pós-ganglionares. Há vários mecanismos que causam a supersensibilidade por desnervação, incluindo a proliferação de receptores, a perda de mecanismos de remoção do neurotransmissor ou aumento da responsividade pós-juncional (as células da musculatura lisa tornam-se parcialmente despolarizadas e hiperexcitáveis após a desnervação).
Ex.: Remoção súbita da administração de Clonidina (agonista alfa-2, utilizado para reduzir a pressão arterial.
15- Descreva a ação de substâncias agonistas e antagonistas colinérgicas e quias os receptores envolvidos nos tecidos e órgãos abaixo: 
a) receptor nicotínico da placa neuro muscular. 
	Abertura de canais iônicos, entrada de íons sódio, cálcio e saída de potássio.
Esse movimento iônico cria um potencial de ação que se propaga para a região eletricamente excitável da placa motora. O cálcio acumulado anula a inibição que a troponina exerce sobre a contração muscular; a miosina fica livre para interagircom a actina e a fibra muscular se contrai. 
Antagonistas basicamente impedem a ação da acetilcolina sobre os receptores.
b) receptor nicotínico ganglionar. 
Intensificam a transmissão colinérgica pré-sinaptica simpática e parassimpática. Antagonistas inibem.
	c) Receptor muscarínico: trato gastro intestinal, coração, músculo ciliar, vasos sanguíneos, pulmão, bexiga, glândulas. 
TGI: Aumento da motilidade; Coração: Bradicardia; Músculo ciliar: contração pupilar; vasos sanguíneos: vasoconstrição; Pulmão: constrição; bexiga: relaxamento; glândulas: aumento da secreção 
Antagonistas inibem esses efeitos.
[X] 16- Relacione o mecanismo dos colinomiméticos e como podem ser utilizados nas seguintes doenças: miastemia grave; alzheimer; glaucoma. 
A miastenia gravis é uma doença da junção neuromuscular que ocorre devida a autoanticorpos que inativam receptores nicotínicos da acetilcolina, resultando na falha da transmissão neuromuscular pela perda de quantidade significante destes. O uso de anticolinesterásicos inibe a hidrólise da acetilcolina, possibilitando melhor disponibilidade do neurotransmissor. 
	O alzheimer é caracterizado pela perda de neurônios colinérgicos no hipocampo (relacionado a memória) e no córtex frontal. O reforço da transmissão colinérgica pelos anticolinesterásicos propicia ligeira melhora na função cognitiva ou inibição do avanço da doença.
	O glaucoma manifesta-se pela elevação da pressão intraocular, devido ao acúmulo humor aquoso, líquido que preenche o espaço entre a córnea e a íris. No glaucoma agudo, a drenagem do humor aquoso é melhorada quando a pupila se contrai – uma das características do quadro colinérgico -, causando diminuição da pressão intra-ocular. Nessas circunstâncias, a ativação do músculo constritor da pupila por agonistas muscarínicos reduz a pressão intra-ocular. 
QUESTIONÁRIO DE SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
17- Quais as diferenças morfológicas e no mecanismo de transdução dos receptores muscarínicos e nicotínicos? 
	Os receptores muscarínicos estão acoplados a proteína G e produzem seus efeitos através da ativação da FOSFOLIPASE C, inibição da adenilil ciclase, ativação de canais de potássio e inibição dos canais de cálcio. Medeiam os efeitos da acetilcolina nas sinapses pós-ganglionares parassimpáticas.
	Os receptores muscarínicos com número ímpar (M1, M3 e M5) estão acoplados a proteína G(q) e produzem seus efeitos pelas vias de fosfatos de inositol, enquanto os receptores com número par (M2 e M4) estão acoplados a proteína G(i) e inibem a enzima adenilil ciclase, reduzindo os níveis de AMPc intracelular.
Os receptores nicotínicos são estruturas pentaméricas que atuam como canais iônicos. Possuem duas subunidades alfa, sítios de ligação para uma molécula de acetilcolina cada, em sua composição, necessárias para abertura do canal iônico.
18- Por que o bloqueio dos receptores nicotínicos inibe ações no sistema nervoso periférico colinérgico e adrenérgico? 
Ambos possuem receptores nicotínicos presentes nos glângios, que recebem transmissão dos axônios pré-ganglionares de ambos sistemas, simpático e parassimpático.
 [X] 19- Descreva a síntese, biotransformação, secreção e armazenamento da acetilcolina. 
	A acetilcolina é sintetizada no citoplasma a partir da acetil-CoA e colina, pela ação da enzima colina acetiltransferase (ChAT). A acetil-CoA é sintetizada em mitocôndrias. A colina é transportada de líquido extracelular para a terminação nervosa por um transportador colina da membrana, dependente de sódio. 
	Uma vez sintetizada, é transportada do citoplasma para vesículas, por um transportador associado a vesículas (VAT) por efluxo de prótons.
	A liberação do neurotransmissor das vesículas depende de Cálcio extracelular, e acontece quando um potencial de ação é atingido possibilitando o influxo de íons Cálcio através de canais próprios do tipo N.
20- Descreva a ação da pralidoxina.
	Pralidoxina é um reversor da inibição da acetilcolinesterase. Promove o funcionamento da enzima, responsável pela hidrólise e regulação dos níveis de acetilcolina na fenda sináptica.
 [X] 21- Quais os sinais e sintomas da intoxicação por organofosforados? 
Os organofosforados inativam a acetilcolinesterase, uma enzima presente nas sinapses colinérgica, responsável pela hidrólise da acetilcolina em colina e ácido acético. Os organofosforados inibem irreversivelmente a acetilcolinesterase, causando acumulação de acetilcolina nas sinapses muscarínicas e nicotínicas.
	Os sintomas do aumento da atividade de acetilcolina nas sinapses pós-ganglionares parassimpáticas incluem: o aumento das secreções das glândulas salivares, lacrimais, brônquicas e gastrintestinais; aumento do peristaltismo; broncoconstrição; bradicardia e hipotensão; constrição pupilar.
 Na junção neuromuscular: aumento da força de contração muscular, pela exposição repetitiva a potenciais de ação.
22- Quais os usos clínicos da atropina? 
	Utilizada para o tratamento de infarto, no qual ocorre aumento do esforço do coração para bombear o sangue. Com o aumento do débito cardíaco em pessoas infartadas, o parassimpático eleva a liberação de acetilcolina para diminuir o débito cardíaco. Para evitar a parada cardíaca, a atropina é administrada para bloquear receptores M2 e reduzir a bradicardia induzida pela acetilcolina nestes receptores. É adjuvante na anestesia, reduz secreções brônquicas e possui efeito broncodilatador. É Importante no tratamento de evenenamento por anticolinesterásicos. Também possui usos oftálmicos pelo efeito de midríase importante para exames oftálmicos.
23- Quais os efeitos cardiovasculares da atropina? 
	O nódulo sinoatrial é muito sensível ao bloqueio de receptores muscarínicos. Doses moderadas ou altas de atropina causam taquicardia no coração, por bloqueio da ação vagal. Doses mais baixas induzem bradicardia inicial, pelo bloqueio de receptores muscarínicos pré-juncionais que suprem a liberação de acetilcolina. A atropina pode inibir a vasodilatação das artérias coronárias.
24- Descreva as ações da nicotina no aparelho cardiovascular, tecido adiposo e sistema nervoso central e trato gastrointestinal.
Pequenas doses de nicotina agem inicialmente como estimulatórios nos gânglios autônomos, na medula adrenal, na junção neuromuscular e no sistema nervoso central. Logo após, inicia-se o efeito depressor. O uso de altas doses em curto período de tempo resulta em efeito depressor duradouro. No SNC, libera acetilcolina, noradrenalina, além de ativar o sistema dopaminérgico mesolímbico – associado a “via de recompensa”, aumentando o estado de atenção e a sensação de bem estar.
No sistema cardiovascular, os efeitos são gerados através do estímulo adrenérgico. Receptores colinérgicos nicotínicos ativam os gânglios promovendo liberação de noradrenalina pós-ganglionar e adrenalina da medula suprarrenal. Observa-se aumento da frequência cardíaca. No aparelho digestivo, a ação predominante é parassimpática, que aumenta a motilidade gastrintestinal.
	Estudos demonstraram que a nicotina aumenta os níveis de LDL e diminui de HDL.
 [X] 25- Descreva o quadro colinérgico? 
	Contração pupilar (midríase), aumento da salivação, bradicardia, broncoconstrição, aumento das atividades do estômago e pâncreas, estimulação da vesícula biliar.
26- Quais as diferenças entre o sistema nervoso periférico colinérgico e adrenérgico? 
	Os receptores pós-sinápticos colinérgicos são do tipo muscarínico, excitáveis pela acetilcolina. No simpático, os receptores pós-sinápticos são do tipo adrenérgicos..
Com relação à localização dos neurônios pós-ganglionares, no sistema simpático eles estão localizados nos gânglios paravertebrais ou nos pré-vertebrais, que se encontram a alguma distância dos órgãos-alvo. No parassimpático, os neurônios pós-ganglionares são encontrados nos gânglios parassimpáticos que estão próximos ou mesmo localizados nas paredes dos órgãos-alvo.
27- Quais os principais neurotransmissores do sistema nervoso autônomo? 
Acetilcolina e Noradrenalina.
28- Porque os bloqueadorescolinérgicos não são mais utilizados para o controle da úlcera e hipertensão arterial?
	Os bloqueadores ganglionares agem nas duas divisões do sistema nervoso autônomo de modo indiscriminado e também nos gânglios entéricos. Na prática, o efeito principal é queda acentuada da pressão arterial pelo bloqueio da transmissão da acetilcolina nos gânglios simpáticos, entretanto há diminuição de reflexos cardíacos. Ocorre inibição das secreções, entretanto também ocorre paralisia gastrintestinal, efeito colateral importante, visto que existe maior área absortiva para certos fármacos no intestino em comparação com o estômago. 
[X] 29- Explique a ação dos receptores pré sinápticos no autocontrole neuronal da síntese de acetilcolina e noradrenalina. 
	A síntese de acetilcolina depende da captação da colina de líquidos extracelulares e sua união com a acetil-CoA, produzida pelas mitocôndrias, no citoplasma. É catalisada pela colina acetiltransferase (ChAT) e posteriormente a molécula sintetizada é vesiculada. Após isso, ocorre a exocitose, liberando o neurotransmissor na fenda sináptica. Na fenda, parte da acetilcolina pode ser hidrolisada pela acetilcolinesterase, gerando colina (que pode ser reutilizada para síntese de acetilcolina) e ácido acético.
	Os receptores pré-sinápticos inibem a liberação (exocitose) do neurotransmissor na fenda, constituindo mecanismo de auto-regulação da síntese.
	Para a síntese de noradrenalina existe um mecanismo semelhante, que envolve os receptores alfa-2 pré-sinápticos e exocitose. Quantidades significativas de noradrenalina na fenda acionam estes receptores que por interação com proteína G, diminuem o influxo Cálcio e a liberação (exocitose) do neurotransmissor na fenda, que é cálcio-dependente. Também ocorre aumento de concentração do neurotransmissor no citoplasma, o que inibe novas sínteses, até que a concentração equilibrada se reestabeleça.
30- Explique o mecanismo de ação dos receptores nicotínicos.
	Os receptores nicotínicos podem ser divididos em 3 subclasses: musculares, ganglionares e no SNC. Os musculares estão confinados a região da junção neuromuscular; os ganglionares estão responsáveis pelas transmissões nos gânglios simpáticos e parassimpáticos; e os do SNC estão espalhados por todo o cérebro.
	Estes receptores atuam como canais iônicos controlados por ligantes, compostos por 5 subunidades, duas delas são subunidades alfa, que necessitam de uma moléculas de acetilcolina cada para serem abertos e permitir o fluxo de íons.

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