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97
CAPÍTULO
Átomos
e moléculas7
 O que é uma molécula? O que é um átomo?
Mudanças climáticas, camada de ozônio e governança global
 “Um resfriamento global, com mais invernos rigorosos e má distribuição de chuvas, 
é esperado nos próximos vinte anos, em vez do aquecimento global antropogênico (AGA) 
alardeado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
O AGA é uma hipótese sem base científica 
sólida. [...]
Seu pilar básico é a intensificação do efeito 
estufa pelas ações humanas emissoras de dióxi-
do de carbono e metano, por meio da queima de 
combustíveis fósseis e de florestas tropicais, das 
atividades agrícolas e da pecuária ruminante.
Porém, o efeito estufa jamais foi comprovado, 
nem sequer é mencionado nos textos de Física. Ao 
contrário, há mais de cem anos o físico Robert W. 
Wood demonstrou que seu conceito é falso.
As temperaturas já estiveram mais altas com 
concentrações de gás carbônico inferiores às atuais. 
Por exemplo, entre 1925 e 1946 o Ártico, em particu-
lar, registrou aumento de 4 °C com concentração de 
gás carbônico inferior a 300 ppmv (partes por milhão 
em volume). Hoje, a concentração é de 390 ppmv.
Após a Segunda Guerra, quando as emissões 
aumentaram significativamente, a temperatura 
global diminuiu até a metade dos anos 1970.
Ou seja, é obvio que o gás carbônico não contro-
la o clima global. Reduzir as emissões, a um custo 
enorme para a sociedade, não terá impacto no cli-
ma. Como mais de 80% da matriz energética global 
depende de combustíveis fósseis, reduzir emissões 
significa reduzir a geração de energia e condenar 
países subdesenvolvidos à pobreza eterna, aumen-
tando as desigualdades sociais no planeta.
Essa foi, em essência, a mensagem central 
da carta aberta entregue à presidenta Dilma 
 Rousseff antes da Rio+20 – assinada por 18 cien-
tistas brasileiros, eu inclusive.
A trama do AGA não é novidade e seguiu a 
mesma receita da suposta destruição da camada 
de ozônio pelos clorofluorcarbonos (CFC) nos anos 
1970 e 1980.
Criaram a hipótese que moléculas de CFC, 
cinco a sete vezes mais pesadas que o ar, subiam 
a mais de 40 km de altitude, onde ocorre a forma-
ção de ozônio. Cada átomo de cloro liberado des-
truiria milhares de moléculas de ozônio, redu-
zindo a sua concentração e permitindo a maior 
entrada de radiação ultravioleta na Terra, o que 
aumentaria os casos de câncer de pele e elimi-
naria milhares de espécies de seres vivos.
Reuniões com cientistas, inclusive de países 
subdesenvolvidos, foram feitas para dar um ca-
ráter pseudocientífico ao problema inexistente […] 
Porém, em 2007 cientistas do Jet Propulsion 
Laboratory da Nasa demonstraram que as [...] 
equações não ocorrem nas condições da estratos-
fera antártica e que não são a causa da destruição 
do ozônio.”
Luiz Carlos Baldicero Molion (Físico pela USP, Ph.D. em Meteorologia pela 
Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, e Professor Associado da 
Ufal, Maceió, AL.). Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/
opiniao/57751-mudancas-climaticas-e-governanca-global.shtml>. 
Acesso em: 24 ago. 2012.
Saiu na Mídia!
Você sabe explicar? 
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Unidade 2 • Oxigênio e ozônio98
Na tabela abaixo estão apresentadas as principais etapas do mé-
todo científico indutivo utilizado pelos cientistas para a construção do 
conhecimento que vamos começar a estudar agora.
Etapas Características
Observação Descrição qualitativa e/ou quantitativa de um fenômeno.
Experimentação Verificação prática de todas as condições em que ocorre o fenômeno em estudo.
Verificação de 
 regularidades
Constatação das condições em que o fenômeno se 
repete da mesma maneira.
Reunião e organização 
dos dados Organização dos dados obtidos.
Interpretação Interpretação e explicação do fenômeno a partir dos dados obtidos.
Afirmação de regras Generalizações de fatos que ocorrem apenas com uma parcela dos itens relacionados ao fenômeno. 
Afirmação de leis Generalizações que ocorrem sem restrições, baseadas em experimentações e deduções lógicas.
Elaboração de teorias
A teoria elaborada para a explicação de uma lei 
pode ser abandonada a favor de outra teoria que se 
mostre mais completa e correta.
Criação de modelos
Um modelo é uma imagem mental que o cientista 
utiliza para explicar uma teoria a respeito de um 
fenômeno que não pode ser observado diretamente. 
Previsão de outros 
fenômenos
A teoria elaborada para explicar o fenômeno deve 
ser capaz de prever o que ocorrerá em outras 
situações além das que foram experimentadas.
Desse modo, segundo o método indutivo, o cientista deve primeiro 
observar dados concretos e depois, a partir de uma base experimental, 
estruturar sua teoria. Dessa forma, qualquer teoria antecipada ao ex-
perimento era considerada um entrave ao progresso da ciência.
Porém, esse não é mais o método empregado.
E hoje em dia, como é feito?
Os progressos científicos sucessivos exigem sistemas mais rápidos 
de pesquisa. Para atender a essa demanda, foram implantadas mudan-
ças gradativas no método de pesquisa e análise dos fenômenos.
• Primeiro os cientistas imaginam as teorias mais prováveis para expli-
car um fenômeno em estudo.
• Só depois essas implicações da teoria são verificadas na prática.
As informações obtidas experimentalmente servem para aperfei-
çoar a teoria. O processo, repetido quantas vezes for necessário, acaba 
levando a um modelo teórico mais preciso. Na Física, por exemplo, 
quando a Mecânica clássica passou a ser insuficiente para explicar 
determinadas observações experimentais (como o comportamento das 
partículas da matéria), os cientistas chegaram à Mecânica quântica (que 
explica o com por tamento físico de partículas), utilizando essa sequên-
cia de procedimentos. 
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Nos laboratórios de Química 
dirigidos à pesquisa, os 
equipamentos computadorizados 
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99Capítulo 7 • Átomos e moléculas
1 Modelo atômico de Dalton
Em 1803, o químico inglês John Dalton (1766-1844) desenvolveu uma 
teoria sobre a estrutura da matéria retomando a antiga ideia de átomo 
(partícula indivisível) imaginada pelos filósofos gregos Demócrito e 
Leucipo, por volta de 450 a.C. (matéria descontínua). Dalton foi muito 
habilidoso na elaboração de modelos mentais e na construção de re-
presentações físicas desses modelos. Ele utilizou pequenos círculos 
para representar os átomos dos diferentes elementos químicos. 
Neste livro, representamos os átomos de Dalton da maneira a se-
guir, com diâmetros relativos e cores fantasia, para tornar a explicação 
mais fácil e didática.
 hidrogênio oxigênio nitrogênio carbono enxofre estrôncio bário ferro zinco cobre
 fósforo magnésio sódio cálcio potássio chumbo prata ouro platina mercúrio
Átomos de: 
 hidrogênio oxigênio nitrogênio carbono enxofre
As cores da figura abaixo são ilustrativas; 
átomos e moléculas não têm cor. As ima-
gens estão fora de tamanho de escala.
Postulados de Dalton
Utilizando seu modelo, Dalton estabeleceu os postulados* a seguir:
 I. Todas as substâncias são constituídas de minúsculas partículas, 
denominadas átomos. Os átomos não podem ser criados nem des-
truídos. Cada substância é constituída de um único tipo de átomo.
 II. As substâncias simples, ou elementos, são formadas de “átomos 
simples”, que são átomos isolados, pois átomos de um mesmo ele-
mento químico sofrem repulsão mútua. Os “átomos simples” são 
indivisíveis.
 III. As substâncias compostas são formadas de “átomos compostos”, 
capazes de se decomporem, durante as reações químicas, em “áto-
mos simples”.
 IV. Todos os átomos de uma mesma substância são idênticos na forma,no tamanho, na massa e nas demais propriedades; átomos de subs-
tâncias diferentes possuem forma, tamanho, massa e propriedades 
diferentes. A massa de um “átomo composto” é igual à soma das 
massas de todos os “átomos simples” componentes.
* Postulados são uma série de afirmações 
ou proposições que não podem ser compro-
vadas, mas que são admitidas como verda-
deiras, servindo de ponto de partida para a 
dedução, ou conclusão, de outras afirmações.
Embora a teoria atômica de 
Dalton tenha surgido em um 
momento histórico no qual era 
muito grande o volume de 
informações sobre as quantidades 
de substâncias envolvidas em 
reações químicas, a atenção de 
Dalton estava voltada para outra 
direção. Seu interesse original e 
permanente sempre foi a 
Meteorologia, o ar atmosférico e 
os gases que o compõem. Foram 
esses estudos que o levaram a 
desenvolver sua teoria atômica.
As ilustrações estão fora de escala. Cores fantasia.
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Unidade 2 • Oxigênio e ozônio100
Queimada em canavial
A queima completa do carbono 
(matéria orgânica) produz gás 
carbônico e água. O monóxido de 
carbono (gás tóxico que se combina 
com a hemoglobina do sangue 
impedindo o transporte de oxigênio) 
é produto da queima incompleta. 
 9 g 1 g 8 g
 átomo composto de água * ( átomo simples de hidrogênio + átomo simples de oxigênio
Os postulados de Dalton explicavam por que compostos diferentes 
podem ser formados pelos mesmos elementos químicos, ou seja, bas-
tava para isso que a proporção entre esses elementos fosse diferente 
nos diferentes compostos. Por meio de uma única ideia, era possível 
explicar todas as leis ponderais que regiam as transformações químicas. 
Observe os exemplos a seguir envolvendo a queima do carbono:
• Dado experimental: uma massa igual a 3 g de carbono se combina 
com 4 g de gás oxigênio para formar 7 g de um gás muito tóxico, o 
monóxido de carbono. 
 carbono + oxigênio * * * ( monóxido de carbono
 3 g 4 g 7 g
Explicação pela teoria de Dalton: os “átomos compostos” de mo-
nóxido de carbono são constituídos de um “átomo simples” de carbono 
e um “átomo simples” de oxigênio.
• Dado experimental: uma massa igual a 3 g de carbono se combina 
com 8 g de gás oxigênio para formar 11 g de um gás atóxico, o dióxido 
de carbono (ou gás carbônico). 
 carbono + oxigênio * * * ( dióxido de carbono
 3 g 8 g 11 g
Explicação: pela teoria de Dalton, no dióxido de carbono, que con-
tém duas vezes mais oxigênio para a mesma quantidade de carbono, 
cada “átomo composto” é formado de um “átomo simples” de carbono 
e dois “átomos simples” de oxigênio.
A partir dessa argumentação, os cientistas da época passaram a 
aceitar integralmente a teoria atômica.
O conceito de massa relativa
Dalton também acreditava que os átomos eram muito pequenos 
e não podiam ser vistos ou contados. Desse modo, não seria possível 
medir a massa de cada átomo individualmente, mas partindo de in-
formações experimentais e de algumas “suposições”, seria possível 
estabelecer uma relação entre as massas dos diversos tipos de átomo.
Ele utilizou a regra da máxima simplicidade para determinar as massas 
atômicas relativas dos elementos. Como os xperimentos mostravam que 
cada 9 g de água decomposta formava 1 g de hidrogênio e 8 g de oxigênio, 
ele considerou o “átomo composto” de água formado por um “átomo 
simples” de hidrogênio e por um “átomo simples” de oxigênio; logo, as 
massas relativas desses elementos seriam, respectivamente, 1 e 8. 
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As ilustrações estão fora 
de escala. Cores fantasia.
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101Capítulo 7 • Átomos e moléculas
Apesar de as conclusões de Dalton em relação à composição da 
água serem incorretas, conforme ficou provado experimentalmente 
depois, a ideia de trabalhar com uma relação de massas para ter um 
parâmetro de grandeza dos diferentes tipos de átomo foi extremamen-
te importante para o desenvolvimento da Química. Esse conceito é 
utilizado até hoje.
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E John Dalton nasceu em 6 de setembro de 1766, na Inglaterra, em Eaglesfield, Cumberland, 
nos primeiros anos da Revolução Industrial. 
Apesar da pouca eloquência e do discurso monótono, Dalton sabia explicar com clareza 
certos problemas científicos. Contam que, quando tinha 10 anos, ele foi o único que conseguiu 
demonstrar a alguns camponeses qual a diferença entre uma área de 60 metros quadrados e 
um quadrado com 60 metros de lado.
A vocação de Dalton permitiu que ele 
se tornasse professor de Matemática da 
 escola onde havia estudado com apenas 
12 anos de idade. Enquanto lecionava, 
 Dalton procurava consolidar sua formação 
básica em Matemática, Ciências Naturais e 
Grego. A Meteorologia, no entanto, sempre 
foi seu maior interesse. Ainda aos 12 anos, 
Dalton começou a anotar sistemati-
camente observações meteorológicas diá-
rias, montando um registro que, cinquenta 
anos depois, conteria cerca de 200 mil 
 anotações, muito úteis no estudo retrospec-
tivo do clima.
Em 1794, publicou o livro Fatos extraor-
din‡rios relativos ˆ visão das cores, em que 
descrevia de maneira minuciosa e científi-
ca o problema de visão que o tornava inca-
paz de distinguir certas cores e que acabou 
entrando para a Medicina com um termo 
associado a seu nome − daltonismo. Dalton 
faleceu em 1844, aos 78 anos de idade. 
1. Julgue a afirmação a seguir como verdadeira ou falsa, 
justificando sua posição.
“Os modelos que os cientistas criam para ilustrar uma 
teoria representam um retrato macroscópico fiel do que 
foi observado microscopicamente.”
2. Em relação à teoria de Dalton, responda:
a) Por que, segundo Dalton, as substâncias simples eram 
necessariamente formadas por átomos isolados (“áto-
mos simples”)?
b) O que levou Dalton a concluir que o “átomo com posto” 
de água – conforme ele chamava – era formado de um 
“átomo simples” de oxigênio e um “átomo simples” de 
hidrogênio?
Questões ATENÇÃO!Não escreva no seu livro!
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