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As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS) foram constituídas em diversos contextos políticos e sociais, tendo o Estado e os movimentos sociais como instrumentos centrais para a construção das políticas de saúde do País. O primeiro passo veio com a promulgação da Constituição de 1891, que instituiu como dever do Estado a responsabilidade pelas ações de saúde, saneamento e educação, estabelecidas como políticas sociais.
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
Em 1930, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, as políticas públicas passaram a ocupar um papel de destaque e uma das principais medidas foi a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP). Neste período, Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde, apresentou ao presidente Vargas motivos para as primeiras conferências de Saúde e Educação, ou seja, seriam "órgãos destinados a promover o permanente entendimento deste Ministério com os governos estaduais, no terreno da administração dos negócios de sua competência".
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
	As três primeiras conferências, que ocorreram no período de 1941 a 1963, privilegiaram os debates sobre organização sanitária, municipalização e descentralização. O rumo democrático no governo de João Goulart teve reflexos na 3.ª CNS, mas em 1964, com a instauração da ditadura militar, as conferências tornaram a ter um caráter técnico. 
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
	Durante quase duas décadas, várias medidas do governo afloraram a insatisfação popular, que acelerou o movimento reivindicatório contra o sistema de saúde pública vigente. É nesse contexto que, no início dos anos 80, foi criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp), com a função de analisar, racionalizar os gastos e buscar soluções para melhoria da assistência médica.
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
Com o término do regime militar em 1985, a abertura política conduziu à redemocratização do País e o movimento sanitarista assumiu posições estratégicas nas instituições responsáveis pelas políticas públicas. 
Nesse momento, foram criados o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
Nesse cenário democrático foi realizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que conferiu um novo caráter às conferências de saúde, como um espaço de participação da sociedade civil nas deliberações sobre as políticas de saúde.
A partir dessa conferência, legitimou-se a ideia da Reforma Sanitária, que ampliou o conceito de saúde – promoção, proteção e recuperação – e foi aprovada a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), instituído na Constituição de 1988.
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
Nesse cenário democrático foi realizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que conferiu um novo caráter às conferências de saúde, como um espaço de participação da sociedade civil nas deliberações sobre as políticas de saúde.
A partir dessa conferência, legitimou-se a ideia da Reforma Sanitária, que ampliou o conceito de saúde – promoção, proteção e recuperação – e foi aprovada a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), instituído na Constituição de 1988.
As Conferências Nacionais de Saúde (CNS)
Dois anos mais tarde, as Leis Orgânicas de Saúde (n.º 8.080/90 e n.º 8.142/90) estabeleceram a universalidade do direito à saúde e a participação da comunidade na gestão do SUS e instituíram as Conferências e os Conselhos de Saúde como instâncias colegiadas do SUS.
As cinco conferências subsequentes à 8ª CNS caminharam no sentido de fomentar ações para a consolidação e o aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
As Conferências Nacionais de Saúde foram criadas com a função de atuar como mecanismo de controle das instâncias estaduais e, no transcorrer do tempo, foram se transformando em espaços democráticos de mobilização social. Ao longo dos anos, elas desempenharam papel relevante nas conquistas no campo da saúde pública brasileira.

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