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C lo u d C o m p u ti n g – P ág in a 1 Cloud Computing 1. INTRODUÇÃO O conceito de nuvem não é recente. Já utilizamos recursos armazenados ou “hosteados” há bastante tempo. E-mail gratuito, blogs, aluguel de espaço em provedores para colocar servidores e hosting de sites web estão entre as opções mais conhecidas. Entretanto, com a evolução das tecnologias e links de acesso, provavelmente muitos fabricantes pensaram: porque eu preciso “vender” o meu software/hardware se eu posso “alugar” e garantir minha sustentabilidade, além de propor um modelo de utilização bastante atrativo para todos os tamanhos de organização? E assim nasceu a mais nova onda da informática, como tantas outras que já tivemos (linguagens visuais, por exemplo): o Cloud Computing. Uma empresa que desempenhou um papel importante na definição e consolidação do Cloud Computing foi a Amazon. Mesmo preparada para uma grande capacidade de processamento, na maior parte do tempo utiliza aproximadamente apenas 10% de sua total capacidade, deixando o excesso para eventuais picos (Natal, Dia das Mães). Como apenas a Amazon se utilizava desses recursos de processamento e armazenamento de dados no datacenter criado por ela, com acesso às informações através da Internet, criara uma nuvem privada. A infraestrutura utilizada no armazenamento de dados em nuvem privada é própria e atende, exclusivamente, a uma única organização [TRT 10ª - Analista Jud. - Conhec. Básicos Cargos 1-9 – Cespe 02/2013]. 2. DEFINIÇÃO Cloud computing (computação em nuvem), um termo amplamente utilizado na área de tecnologia da informação, consiste em uma tecnologia de armazenamento e processamento de informações [PM AL - Cargo 1 - Oficial Combatente – Cespe 09/2012], em que recursos computacionais são compartilhados através da Internet por provedores de serviços especializados e se cobra pelo nível de uso dos mesmos, mediante acordo prévio estabelecido entre fornecedor e a empresa contratante. O elemento central de processamento e armazenamento dos dados e das informações na nuvem é o datacenter na rede, que normalmente é provido por terceiros [TJ RR – Cargos de nível médio - Cespe 08/2012]. Para que a aplicação seja considerada realmente na nuvem, ela deve atender a características essenciais, tais como autosserviço sob demanda; acesso por banda larga; agrupamento de recursos; elasticidade rápida; e serviço mensurado [CNJ - Técnico Judiciário – Cargo 14: Programação de Sistemas – Cespe 02/2013]. Sem essas características o serviço oferecido pela rede mundial é apenas Web Service. 3. VANTAGENS 1. Diminuição da carga de responsabilidade dos profissionais de TI, disponibilizando mais tempo destes profissionais para tratar de assuntos que suportem o núcleo de negócio da empresa – não cabe ao usuário do serviço se responsabilizar pelas tarefas de armazenamento, atualização e backup da aplicação disponibilizada na nuvem [Câmara dos Deputados - Conhecimentos Básicos para todos os cargos – Cespe 06/2012], e sim ao terceirizado. 2. Possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador. Com a cloud computing, não há mais necessidade de instalar ou armazenar aplicativos, arquivos e outros dados afins no computador ou em um servidor próximo, dada a disponibilidade desse conteúdo na Internet [MPU - Conhecimentos Básicos Cargos 34 e 35 – Cespe 10/2013]. O cloud computing permite a utilização de diversas aplicações por meio da Internet, com a mesma facilidade obtida com a instalação dessas aplicações em computadores pessoais [TRT 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário - Área Administrativa (12/2013]. 3. Melhor controle de gastos com aplicativos, pois a maioria dos sistemas de computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de uso de software. 4. Diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem como da instalação dos softwares nos computadores corporativos, pois esta fica a cargo do provedor do software em nuvem, bastando que os computadores clientes tenham acesso à Internet. 5. Disponibilização de uma estrutura que seja equivalente à necessidade e tamanho da demanda do serviço. Em um serviço instalado na nuvem, se paga pelo que foi efetivamente utilizado, evitando assim o desperdício de recursos que se traduz em desperdício financeiro, como no caso da construção de uma estrutura superdimensionada esperando por um provável pico de acessos. 6. Possibilidade de acesso aos softwares e dados armazenados de qualquer lugar, desde que seu computador esteja conectado à Internet, não havendo necessidade de os dados serem salvos no computador local [PM AL - Cargo 1 - Oficial Combatente – Cespe 09/2012], nem dependendo da sincronização de mídias removíveis. 7. Segurança melhorada devido à centralização dos dados. Os provedores são capazes de dedicar recursos para resolver problemas de segurança pelos quais os clientes não podem pagar. O armazenamento em nuvem, ou em disco virtual, possibilita o armazenamento e o compartilhamento de arquivos e pastas de modo seguro, ou seja, sem que o usuário corra o risco de perder dados [MPU - Analista – Direito – Cespe 05/2013]. 8. Atualizações dos softwares feitas de forma automática, sem necessidade de intervenção do usuário. 9. Acesso aos dados do usuário do serviço de computação na nuvem independentemente do sistema operacional e hardware usado no computador pessoal. 10. Simplificação do processo de compartilhamento de arquivos, uma vez que todas as informações corporativas se encontram no mesmo "lugar", ou seja, na "nuvem computacional". A técnica de computação em nuvem pressupõe o uso de uma infraestrutura centralizada, com gerenciamento remoto, através da Internet, e custo de aquisição medido em função da quantidade de usuários do sistema [Assunto exigido em MEC - Ativ. Técn. Complexidade Gerencial – Cargo 12: Analista Sist. Operacionais – Cespe 10/2011]. 11. Elasticidade (Escalabilidade): a flexibilidade de escalar é poder se adaptar conforme o volume de demanda do usuário. A alocação de recursos pode variar, aumentando para atender aos grandes momentos de pico e diminuindo para os momentos de baixa demanda. A Escalabilidade, que se traduz na capacidade da infraestrutura utilizada estar preparada para demandas crescentes, o que pode ser obtido através da facilidade de expansão dos recursos utilizados como novos servidores, mais espaço de armazenamento, load balancing (balanceamento de carga), etc. 12. Medição de uso de serviço: a utilização dos recursos é medida e somente é cobrado o que foi consumido, isto é, “pague pelo que usou – pay per use”. Como a cobrança dos serviços se faz mediante o uso dos mesmos, épocas de baixa demanda pela utilização de recursos podem se traduzir, por sua vez, em economia orçamentária para a organização 13. Multitenacidade / Multi-inquilinos: permite que vários “locatários” (tenant, em inglês) compartilhem a mesma instância do serviço oferecido pela nuvem. Vários clientes podem estar centralizados no mesmo provedor, o que resulta numa divisão e diminuição dos custos. Em nuvens públicas, que são executadas por terceiros, as aplicações de diversos usuários estão misturadas nos sistemas de armazenamento. Se houver necessidade temporária de aumentar a capacidade de armazenamento de determinado usuário, parte do recurso compartilhado poderá ser utilizada, sem a necessidade de aquisição de novos dispositivos de armazenamento pelo usuário [MPOG – Categoria Profissional 2: Grupo Tecnologia da Informação – Cespe 08/2013 C lo u d C om p u ti n g – P ág in a 2 14. Os utilizadores dos serviços não necessitam se preocupar com a plataforma de hardware envolvida no suporte às suas aplicações. Preocupações com detalhes físicos são ocultadas por quem adquire uma solução de cloud computing, processo este conhecido como virtualização. O usuário pode acessar seus dados armazenados na nuvem, independentemente do sistema operacional e do hardware que esteja usando em seu computador pessoal [BACEN - Conhecimentos Básicos Técnico Áreas 1 e 2 – Cespe 10/2013]. 15. Redução e diluição de custos ao eliminar a necessidade contínua e dispendiosa de compra de novos equipamentos, aplicativos e dispositivos de armazenamento, gastos com instalações e energia, licenças de software e pessoal qualificado para manter as operações e se atribui toda essa responsabilidade para o meio externo, economizando com custos de manutenção, monitoramento, espaço físico e evolução da plataforma. 4. DESVANTAGENS 1. Diminuição do controle sobre as informações, softwares e servidores, que agora se encontram instalados em um ambiente remoto. 2. Exposição de informações potencialmente sensíveis ao ambiente de terceiros. Para mitigar esses riscos, é importante garantir a contratação de provedores de serviços altamente confiáveis e renomados, companhias que podem assegurar que as informações estarão bem protegidas, mesmo na nuvem. Isto aumenta a dependência em relação a terceiros, para garantir segurança e confidencialidade dos seus dados armazenados no provedor Cloud Computing; 3. Vulnerabilidade a ataques de hackers. Com informações expostas na rede (Internet), sempre haverá à espreita a possibilidade de ataques a informações sensíveis. 4. Necessidade de acesso permanente à Internet para acesso às informações. 5. Exames em dispositivos de armazenamento computacional consistem na análise de arquivos, sistemas e programas instalados em diversos dispositivos de armazenamento físicos. Esses exames, geralmente, não são aplicáveis na identificação e no processamento de informações armazenadas por computação em nuvem, dada a impossibilidade de acesso aos dispositivos físicos de armazenamento [PCDF – Agente – Cespe 11/2013]. 6. MODELOS DE SERVIÇOS IaaS, PaaS e SaaS são modelos de serviço em nuvem [ANTT - Cargo 7: Analista Administrativo – TI – Desenvolvimento de Sistemas da Informação - Cespe 08/2013]: Infraestrutura como serviço (IaaS - Infrastructure as a Service), Plataforma como serviço (PaaS - Platform as a Service) e Software como Serviço (SaaS - Software as a Service). 6.1. Infraestrutura como Serviço (IaaS) Neste modelo mais básico de serviços na nuvem, provedores de cloud computing oferecem computadores (físicos ou virtuais) para o armazenamento de dados, firewalls e redes de área local. Prestadores de IaaS fornecem estes recursos sob demanda em centros de dados e, para a conectividade em grandes áreas, a Internet pode ser usada. Neste modelo, o usuário da nuvem (empresa contratante, consumidor) realiza a terceirização do equipamento (hardware, rede, armazenamento, servidores) utilizado para sua operação e o provedor do serviço é o proprietário dos equipamentos e responsável pela correção e manutenção dos sistemas operacionais e softwares aplicativos. 6.2. Plataforma como um Serviço (PaaS) No modelo de PaaS, provedores de cloud computing fornecem, além da infraestrutura, uma plataforma de computação incluindo softwares para a construção e execução de aplicações, sistema operacional, banco de dados e servidor web. Os desenvolvedores de aplicativos podem desenvolver e executar suas soluções de software em uma plataforma de nuvem, sem o custo e a complexidade de comprar e gerenciar o hardware e software. A computação em nuvem (cloud computing) oferece, entre outros, os benefícios de uma plataforma como serviço (PaaS) com escalabilidade e hospedagem na Web. O Windows Azure é um exemplo de plataforma para hospedagem e gerenciamento de aplicativos nos data centers da Microsoft na Internet [Assemb. Leg. CE – Cargo 8: Analista Legislativo – Informática – Cespe 12/2011]. São também exemplos de PaaS o Amazon Web Services, Google App Engine e Force.com. No Brasil, a LocaWeb, companhia de destaque no segmento de hospedagem de aplicações, também disponibiliza uma solução de cloud computing. Além dela, a operadora Telefônica, em parceria com a empresa de tecnologia NEC, anunciou desde o início de 2010, planos em que este tipo de serviço seria oferecido futuramente. 6.3. Software como Serviço (SaaS) Um dos cenários disponíveis para computação em nuvem é o SaaS (Software as a Service), cujos serviços dizem respeito a aplicações completas oferecidas aos usuários. Embora não seja instalado localmente na infraestrutura do cliente, o SaaS é utilizado pela web, podendo ser pago pelo tempo de uso ou volume, de acordo com a demanda [MPOG – Categoria Profissional 2: Grupo Tecnologia da Informação - Cespe 08/2013]. Os usuários não gerenciam a infraestrutura de nuvem ou a plataforma na qual o aplicativo está sendo executado. Isso elimina a necessidade de instalar e executar o aplicativo em computadores do próprio usuário, simplificando a manutenção e apoio, sendo essa a solução usualmente fornecida para o usuário-final. O Google, além de ser uma ferramenta de busca na Internet por páginas indexadas, também oferece outras funcionalidades, como o GoogleDocs, um espaço virtual para armazenar arquivos de usuários, com acesso por meio de conta e senha [Téc. Regul. Cinemat. Audiovisual – ANCINE – Cespe 09/2012]. Com o lançamento do Office 365, a Microsoft disponibilizou para empresas serviços que podem ser acessados a partir de computadores conectados à Internet [TJ AC - Cargo 12: Técnico em Microinformática – Cespe 12/2012]. A versão Microsoft Office 365 (Office Web Apps) é uma suíte de ferramentas de produtividade e colaboração fornecida e acessada por meio de computação em nuvem (cloud computing) [DPF - Papiloscopista Polícia Federal - Cespe 05/2012], e inclui o Word, o PowerPoint, o Excel, o Outlook e o OneNote, e permite criar, editar e compartilhar documentos e mensagens instantâneas online [TCE-ES – Auditor – Cespe 10/2012]. C lo u d C o m p u ti n g – P ág in a 3 7. CLOUD STORAGE (ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM) O cloudstorage é um serviço de aluguel de espaço em disco via Internet, no qual as empresas pagam pelo espaço utilizado, pela quantidade de dados trafegados, tanto para download como para upload, e pelo backup [BASA - Cargo 24: Técnico Bancário – Cespe 07/2012]. Armazenamento em nuvem tem as mesmas características que a computação em nuvem em termos de agilidade, escalabilidade, elasticidade e atendimento a vários clientes. São exemplos de armazenamento em nuvem: Microsoft SkyDrive, GoogleDrive, DropBox (ferramenta de backup disponibilizada na Internet, permite que sejam feitos backups [Assemb. Leg. CE - Cargo 10: Analista Legislativo –Revisão Ortográfica – Cespe 12/2011] de tipos variados), iDrive, iCloud by Apple, Amazon S3, EMC Atmos, FilesAnywhere, Ubuntuone, Windows Azure Storage. 7.1. Vantagens 1. Uma ferramenta de virtualização de storage tem como um de seus benefícios centrais o ganho de mobilidade no armazenamento [BASA - Cargo 20: Técnico - Produção e Infraestrutura – Cespe 07/2012]. 2. O armazenamento de dados em nuvens (cloudstorage) representa hoje um benefício tanto para o acesso a informações a partir de qualquer lugar em que se tenha acesso à Internet quanto para a segurança dessas informações, pois permite que uma cópia de segurança delas seja mantida em outra área de armazenamento, apesar de requerer cuidados quantoa controle de versão [BASA - Conhecimentos Básicos para os Cargos de 1 a 15 – Técnico Científico – Cespe 07/2012]. 3. O CloudStorage, como o Google Drive e o Microsoft SkyDrive, possibilita ao usuário armazenar seus arquivos em nuvens, tornando esses arquivos acessíveis em sistemas operacionais diferentes. Por meio desse serviço, o usuário pode fazer backups de seus arquivos salvos no desktop, transferindo-os para nuvens, podendo, ainda, acessar esses arquivos mediante a utilização de um computador com plataforma diferente ou um celular, desde que estes estejam conectados à Internet [TJ RR - Cargos Nível Superior – Cespe 08/2012]. 4. Proporciona melhora no compartilhamento de arquivos entre sistemas operacionais diferentes e possibilita a recuperação de arquivos, caso ocorram problemas inesperados no equipamento físico onde estiver instalado o servidor [FNDE - Cargo 2: Técnico em Financ. e Execução de Prog. e Proj. Educacionais – Cespe 11/2012]. 5. Empresas e usuários finais só precisam pagar pelo armazenamento efetivamente utilizado. 6. Não é necessário instalar dispositivos físicos de armazenamento em seu próprio datacenter ou escritórios. 7. Tarefas de manutenção, como backup, replicação de dados e aquisição de dispositivos de armazenamento adicionais são transferidas para a responsabilidade de um prestador de serviços, permitindo que as organizações se concentrem no seu core business. 8. Armazenamento em nuvem oferece aos usuários acesso imediato a uma vasta gama de recursos e aplicações hospedadas na infraestrutura de uma outra organização através de uma interface de serviço web.
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