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So ft w ar e L iv re e L in u x – P ág in a 1 Software Livre e Linux 1. HISTÓRICO Em 1971, quando Richard Stallman iniciou sua carreira no Laboratório de Inteligência Artificial do MIT (Massachusetts Institute of Technology), fazia parte de uma comunidade que incluía empresas e programadores onde havia cooperação entre seus membros, compartilhando programas. Porém, no início dos anos 80, quase todos os softwares passaram a ser proprietários, proibindo e impedindo a livre troca de softwares entre os usuários. Numa tentativa de trazer de volta o espírito cooperativo que prevalecia na comunidade de informática nos seus primórdios, Stallman idealizou o Projeto GNU (Gnu is Not Unix) em 1983, com a intenção de criar um sistema operacional livre e tornar a cooperação possível outra vez, removendo os obstáculos impostos pelos donos dos softwares proprietários. Como o interesse no Projeto GNU e seus softwares começou a crescer, outras pessoas se envolveram no projeto e, em 1985, foi criada a Free Software Foundation, uma instituição filantrópica para o desenvolvimento dos softwares livres e arrecadar fundos para ajudar a desenvolver o GNU. O primeiro objetivo do projeto deveria ser a construção de um sistema operacional, que serviria como base para a instalação de qualquer outro software livre. O sistema operacional Unix foi escolhido como modelo por ser um software com design geral já testado e portável, muito robusto, usado em computadores de grande porte nas empresas e universidades e porque a compatibilidade tornava fácil para os atuais usuários do Unix a mudança para o GNU. De 1984 ao início dos anos 90 o Projeto GNU já havia conseguido produzir todos os componentes principais do sistema operacional, exceto um: compiladores, editores, formatadores de texto, software de e-mail e muitos outros estavam prontos, mas faltava o kernel, o núcleo do sistema. Em 1991, o estudante finlandês Linus Torvalds desenvolveu um kernel Unix-like (semelhante ao UNIX) e concorrente do MINIX (um outro sistema UNIX-Like, criado por um conhecido professor americano e autor de diversos livros: Andrew Tanenbaum), batizando-o Linux, disponibilizado em 1992. Linus enviou, aos interessados, o código-fonte do seu sistema, para que pudessem entender, modificar e melhorar o seu projeto. Ele já o havia testado rodando alguns programas, mas precisava de ajuda para torná-lo um sistema operacional viável. Ele escreveu uma mensagem numa lista de discussão na Internet encorajando outros programadores e usuários do UNIX a ajudá-lo na tarefa de criar um sistema operacional semelhante para micros domésticos que superasse, em muitos aspectos, o MINIX (até então, uma das pouquíssimas opções de sistema UNIX-Like para PCs). A combinação do Linux com o quase completo sistema GNU resultou em um sistema operacional completo: o sistema GNU/Linux. A meta do Projeto GNU era dar liberdade aos usuários, não apenas ser popular. Então, foram criadas algumas regras de distribuição que evitassem a transformação do software GNU em software proprietário. O método utilizado é chamado de Copyleft, o qual usa a lei de direitos autorais dos softwares licenciados (copyright), mas no sentido oposto de seu propósito habitual: em vez de um meio de privatização do software, torna-se um meio de manter o software livre. A ideia central do copyleft é dar a todos permissão para executar o programa, copiar o programa, modificar o programa, e distribuir versões modificadas, mas não a permissão para adicionar restrições próprias. Assim, as liberdades cruciais que definem o "software livre" são garantidas a todos que tem uma cópia, pois eles tornam-se direitos inalienáveis. A licença de software livre deve minimamente conceder ao usuário os direitos de executar o programa, estudar o código-fonte e adaptá-lo às suas necessidades, redistribuir cópias, além de aperfeiçoar e comercializar o programa [ANAC - Cargo 7: Analista Administrativo – Área 2: Tecnologia da Informação - Caderno R – Cespe 07/2009]. A GNU General Public License (Licença Pública Geral), GNU GPL ou simplesmente GPL é a licença com maior utilização por parte de projetos de software livre, em grande parte devido à sua adoção para o Linux. Em termos gerais, a GPL baseia-se em 4 liberdades: LIBERDADE NRO 0 - Executar o programa, para qualquer propósito [MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - ESAF 2003]. LIBERDADE NRO 1 - Estudar como o programa funciona e adaptá- lo para as suas necessidades. LIBERDADE NRO 2 - Redistribuir cópias de modo que o usuário possa ajudar ao seu próximo. LIBERDADE NRO 3 - Aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles. Software livre é software que vem com permissão para qualquer um copiar, usar e distribuir, com ou sem modificações, gratuitamente ou por um preço. Em particular, isso significa que o código fonte deve estar disponível. O Linux é um sistema operacional de código aberto que pertence à classificação de software livre e permite a verificação de seu mecanismo de funcionamento e até mesmo a correção de eventuais falhas ou problemas [SERPRO – Cargo 16 – Analista – Operação de Redes – Cespe 05/2010]. Para um software seja efetivamente livre, as versões modificadas também devem ser livres. Isso garante que o trabalho baseado em software GNU se torne disponível para a comunidade, se ele for publicado. A distribuição de software livre requer que a este seja anexada uma licença de software livre e a abertura de código [ANAC - Cargo 7: Analista Administrativo – Área 2: Tecnologia da Informação - Caderno R - Cespe 07/2009]. São liberdades ou direitos pertinentes ao conceito de software livre, como estabelecidos pela FSF, entre outros: o estudo do funcionamento do software, em seu formato de código fonte; a modificação desse código; a execução do programa para qualquer propósito, independentemente de solicitação ou consulta ao detentor da licença; a redistribuição de cópias do software livre ou trabalhos derivados livres, inclusive com cobrança de dinheiro por tal ação [ANATEL - Cargo 8: Analista Administrativo — Área: Tecnologia da Informação – Especialidade: Análise de Negócios - Caderno J – Cespe 03/2009]. Aquele que redistribuir um software GNU poderá cobrar pelo ato de transferir uma cópia ou poderá distribuí-las gratuitamente [MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - ESAF 2003]. Um modelo de negócio com o uso de software livre é a consultoria e suporte, com a implantação e a manutenção de software livre sem custo nenhum de licenciamento para o cliente, sendo pagos somente os serviços prestados [ANP - Perfil 5: Analista Administrativo – Área V – Cespe 01/2013]. O software livre (free software), difere do software gratuito (freeware), shareware e software proprietário: Ao contrário de um software proprietário, o software livre, ou de código aberto, permite que o usuário tenha acesso ao código- fonte do programa, o que torna possível estudar sua estrutura e modificá-lo. O GNU/Linux é exemplo de sistema operacional livre usado em servidores [IBAMA – Técnico Administrativo – Cespe 10/2012]. O conceito de software livre é diferente do de software em domínio público. O primeiro garante as prerrogativas de autoria do programador, enquanto o segundo surge quando o software já se tornou bem comum, segundo a legislação de cada país [EMBASA - Analista de Saneamento – TI Redes – Cespe 02/2010]. Um software é denominado freeware se o autor optar por oferecê-lo gratuitamente a todos, mas mantiver a sua propriedade legal, do que se conclui que ele pode impor restrições de uso a esse software [Correios - Analista de Correios- Cargo 5: Suporte de Sistemas – Cespe 05/2011].So ft w ar e L iv re e L in u x – P ág in a 2 2. KERNEL E DISTRIBUIÇÕES No Linux, o kernel é o próprio sistema operacional – o restante é acessório. O kernel do Linux em si é muito pequeno e não tem muita coisa, mas claro que tem o mais importante, já que ele é o sistema propriamente dito. Porém, para que o Linux seja utilizável, é necessário que existam, também, outros programas que, junto com o kernel, façam o sistema completo e amigável para um usuário qualquer. Muitas empresas e programadores obtêm o Kernel do Linux e juntam a ele outros programas que julgam importantes. Cada uma dessas mesmas pessoas ou instituições relança o Linux com seu próprio nome, ou com algum “apelido”, chamado Distribuição Linux. As diversas distribuições do Linux representam a união do kernel, que é uma parte importante do sistema operacional, com alguns programas auxiliares. [SEPLAG/IBRAM - Conhec. Básicos NS – Cespe 07/2009]. Algumas distribuições são bem pequenas (cabendo em um disquete ou em um CD) e outras já são bem maiores (com centenas de programas juntos). O que diferencia uma da outra é a maneira como são organizados e pré-configurados os aplicativos e como será feita a instalação do sistema. Entre as distribuições do sistema Linux, estão Debian, Slackware, Red Hat e Conectiva [SEPLAG/IBRAM - Conhec. Básicos NS – Cespe 07/2009]. Outros exemplos de distribuições são Suse, Fedora, Mandrake, Mandriva, Kurumin, Kalango, Ubuntu, Kubuntu, Gentoo, Knopix, Turbo Linux, Mint, CentOS. 3. DUAL BOOT Dual boot ou multi boot é a possibilidade de se escolher um entre vários sistemas operacionais disponíveis para um mesmo computador. Com o uso de programas apropriados, é possível instalar mais de um sistema operacional em um computador, tal que, ao se iniciar uma seção de trabalho, pode-se selecionar qual sistema operacional será utilizado [SEFAZ-ES – Consultor do Executivo – Cespe 04/2010]. O Linux pode ser instalado na configuração dual boot com o Windows. Nesse caso, os arquivos da partição Windows podem ser lidos dentro do Linux [EMBASA - Analista de Saneamento – TI Redes – Cespe 02/2010]. O carregamento (boot) do sistema operacional Linux pode ser gerenciado pelo programa LILO (LInux LOader) [PC-ES – Escrivão de Polícia – Cespe 01/2010]. Grub (GRand Unified Bootloader) é a ferramenta que realiza o procedimento de gerenciador de boot no Linux Ubuntu Desktop 12.10 [TRT 10ª - Técnico Jud. – Cargo 12 - TI - Cespe 02/2013]. 4.6. Shell e Usuários O Linux, assim como qualquer sistema operacional moderno, é perfeitamente capaz de oferecer interação com o usuário através de gráficos, fazendo com que seja possível utilizar a maioria de seus recursos através do mouse. Porém, em dado momento, o modo gráfico pode não estar disponível, restando apenas o modo texto (para a inserção de comandos). Além disso, determinadas tarefas só podem ser executadas por comandos digitados. Quando o comando é inserido, cabe ao interpretador de comandos, o shell, executá-lo. O Linux conta com mais de um, sendo os mais conhecidos o bash e o sh. Quando um terminal é acessado, uma informação aparece no campo de inserção de comandos. É importante saber interpretá-la. Para isso, veja os exemplos abaixo: Exemplo 1 root@tosha: /root# Exemplo 2 marrrcelo@queijominas:~$ Nos exemplos, a palavra existente antes do símbolo @ diz qual o nome do usuário que está usando o terminal. Os nomes que aparecem depois do @ indicam o computador que está sendo acessado seguido do diretório. O caractere que aparece no final indica qual o poder do usuário. Se o símbolo for #, significa que usuário tem poderes de administrador (root). Por outro lado, se o símbolo for $, significa que este é um usuário comum, incapaz de acessar todos os recursos que um administrador acessa. Independentemente de qual seja, é depois do caractere $ ou # que o usuário pode digitar os comandos. 5. DIRETÓRIOS No Linux, o sistema de diretórios e arquivos começa na raiz, simbolizada por “/”. Abaixo dela é possível achar os diretórios dos usuários, das configurações globais, dos programas instalados e dos dispositivos disponíveis no computador. Essa estrutura foi inspirada no Unix e é usada em quase todas as distribuições Linux. No Linux, pode-se definir um caminho de diretórios a partir do uso de barras não invertidas (/), diferentemente do Windows, em que são utilizadas barras invertidas (\) [Assunto exigido em CEF RJ-SP – Téc. Bancário – Cespe 04/2010]. O sistema de diretório do Linux apresenta os diretórios de maneira hierarquizada, por isso, também é conhecido como árvore de diretórios [PC-ES - Delegado Polícia Substituto – Cespe 2010]. Esses diretórios incluem /bin, /dev e /etc. No diretório /bin, encontram-se diversos comandos Linux, como ls, sort, date e chmod [UERN – Técnico NS – Cespe 04/2010]. A estrutura hierarquizada de pastas do Linux inclui, normalmente: /bin - os comandos do Linux são arquivos com permissão para serem executados e estão armazenados, em sua maioria, no diretório /bin [MinC - Nível V – Atividades de Complexidade Intelectual NS – Especialidade 12 – Cespe 08/2013]. O diretório /bin contém programas do sistema que são utilizados com frequência pelos usuários, não sendo necessário, para que esses programas sejam executados, que eles possuam a extensão .exe [TRE RJ – Analista Judiciário – Cespe 08/2012]. /boot - contém arquivos necessários para a inicialização do sistema. /cdrom - ponto de montagem da unidade de CD-ROM. /media - ponto de montagem de dispositivos diversos do sistema (rede, pen-drives, CD-ROM em distribuições mais novas). /dev - contém arquivos usados para acessar dispositivos (periféricos) existentes no computador. No Linux, o diretório raiz, que é representado pela barra /, e o diretório representado por /dev servem para duas funções primordiais ao funcionamento do ambiente: o primeiro é onde fica localizada a estrutura de diretórios e subdiretórios do sistema; o segundo é onde ficam os arquivos de dispositivos de hardware do computador em que o Linux está instalado [TRT 21ª Região - Analista Administrativo – Cespe 11/2010]. /etc - arquivos de configuração de seu computador local. Os diretórios /etc e /lib contêm, respectivamente, os arquivos de configuração dos sistemas do tipo Linux e os arquivos de bibliotecas do sistema [TRT 10ª - Técnico Jud. – Cargo 12 - TI – Cespe 02/2013]. Na criação de uma conta de usuário no Linux, origina-se um diretório de base, o qual é populado com um conjunto de arquivos padrão, copiados do diretório /etc/skel [UERN – Técnico NS - Cespe 04/2010]. Para alterar o arquivo de configuração do serviço de DHCP no Linux, deve-se acessar o diretório /etc [TRT 8ª Região - Cargo 8: Analista Judiciário - TI – Cespe 09/2013]. /floppy - ponto de montagem de unidade de disquetes /home - diretórios contendo os arquivos dos usuários. A estrutura de diretórios do Linux é diferente da estrutura do Windows: neste, os arquivos do sistema são concentrados nas pastas Windows e Arquivos de programas, podendo o usuário criar e organizar suas pastas conforme desejar; naquele, as pastas do sistema ficam no diretório-raiz, esperando-se que o usuário armazene seus arquivos pessoais em uma pasta localizada no diretório /home [TRE-ES - Tec. Jud. – Cargo 14: Oper. Computadores – Cespe 01/2011]. /lib - bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e módulos do kernel. /lost+found - local para a gravação de arquivos/diretórios recuperados pelo utilitário fsck.ext2. Cada partição possui seu próprio diretório lost+found. /mnt - ponto de montagem temporário. So ft w ar e L iv re e L in u x – P ág in a 3 /proc - sistema dearquivos do kernel. Este diretório não existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam configurações do sistema ou modificar o funcionamento de dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos. /root - diretório do usuário root. /sbin - diretório de programas usados pelo superusuário (root) para administração e controle do funcionamento do sistema. /tmp - diretório para armazenamento de arquivos temporários criados por programas. /usr - contém maior parte de seus programas. Normalmente acessível somente como leitura. /var - contém maior parte dos arquivos que são gravados com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool de impressora, cache, etc. 6. COMANDOS Quando se liga um computador, o sistema operacional é acionado, possibilitando inicializar e gerenciar o hardware e tornando possível sua utilização pelo usuário. O Linux e o Windows são sistemas operacionais distintos e possuem comandos diferentes para executar uma mesma tarefa, como listar arquivos de um diretório, por exemplo [IBAMA – Técnico Administrativo – Cespe 10/2012]. Para utilizar os comandos em Linux, basta digitá-los e pressionar a tecla Enter. É importante frisar que, dependendo da distribuição Linux utilizada, um ou outro comando pode estar indisponível. Além disso, alguns comandos só podem ser executados por usuários com privilégios de administrador. A relação a seguir mostra os principais comandos seguidos de uma descrição: adduser – adiciona usuário ao sistema, solicita a senha e cria o diretório home do usuário. cal (calendar) - exibe um calendário. cat arquivo (concatenate) – concatena arquivos ou mostra o conteúdo de um arquivo. cat info.txt resultado: mostra o conteúdo do arquivo info.txt na tela. cat info.txt info2.txt resultado: concatena os arquivos info.txt e info2.txt e mostra o resultado na tela. cd diretório (change directory) - abre um diretório. Por exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para ir ao diretório raiz a partir de qualquer outro, digite cd / ou cd ~ para ir à pasta pessoal do usuário atual. Permissões Os arquivos, pastas e links (objetos) no GNU/Linux pertencem a um usuário (dono do objeto, cadastrado no sistema em /etc/passwd) e um grupo (elemento cadastrado em /etc/group). Cada um desses objetos oferece um certo nível de permissão para execução (execute – x), escrita/alteração/remoção (write – w) e leitura (read – r). Quando usado o comando ls –l é listado com detalhamentos o conteúdo de uma pasta, incluindo suas permissões: drwx------ 2 root root 512 Nov 12 23:30 Editais/ -rw-r----- 1 root root 280232 Nov 16 20:52 banca.pdf permissões links, usuário dono e grupo dono tamanho em bytes data/hora última modificação nome do arquivo ou pasta O primeiro grupo de informações mostra a string, ou permissões do arquivo banca.pdf, que é formada por dez caracteres e pode ser dividida em quatro partes: - r w - r - - - - - tipo permissões do dono permissões do grupo permissões dos outros Os tipos possíveis são: - (arquivo comum), d (diretório), b (arquivo de bloco). C (arquivo especial de caractere), p (canal) e s (socket). As permissões a seguir indicam, neste exemplo, que o dono do arquivo pode ler e modificar e o arquivo não é executável; o grupo a que pertence o usuário pode apenas ler; outros usuários não podem ler ou modificar. Em sistemas Unix, a proteção de arquivos é efetuada pelo controle dos campos dono, grupo e universo, compostos de três bits (rwx), que definem se um usuário pode ler, escrever ou executar o arquivo [BACEN - Analista - Área 1: Análise e Desenvolvimento de Sistemas – Cespe 10/2013]. Considere que o resultado a seguir tenha sido obtido após a execução do comando $ ls -ld ch3 test. -rw-rw-r-- 1 corr vend 4983 Jan 18 22:13 ch3 drwxr-xr-x 2 corr vend 1024 Jan 24 13:47 test Nesse caso, é correto afirmar que o arquivo ch3 tem permissão de leitura para todos os usuários do sistema operacional e de escrita apenas para os usuários owner e group; e que, para o diretório test, o usuário owner pode adicionar, mudar e apagar arquivos [Correios - Cargo 4: Analista – Produção – Cespe 05/2011] Para alterar as permissões, pode-se usar o comando chmod nos modos simbólico ou numérico: chmod <ugOa> <+-=><rwx> <arquivo, diretório ou link> (change mode) - altera as permissões de arquivos, pastas e links usando símbolos, onde: u (usuário), g (grupo), O (outros), a (todos) + (adiciona permissão), - (remove), = (define) r (permissão de leitura), w (modificação), x (execução) chmod g+w banca.pdf resultado: dá permissão ao grupo do dono para a realização de modificações no arquivo banca.pdf. chmod ABC <arquivo, diretório ou link> (change mode) - altera as permissões de arquivos, pastas e links usando números, onde: A: número de 0 a 7 que define os direitos do usuário DONO sobre o objeto. B: número de 0 a 7 que define os direitos dos usuários pertencentes ao grupo do DONO sobre o objeto. C: número de 0 a 7 que define os direitos dos demais usuários sobre o objeto. E os números significam: 0 : --- (nenhuma permissão) 1 : --x (somente execução) 2 : -w- (somente escrita) 3 : -wx (escrita e execução) 4 : r-- (somente leitura) 5 : r-x (leitura e execução) 6 : rw- (leitura e escrita) 7 : rwx (leitura, escrita e execução) x = 1 w = 2 r = 4 - = 0 chmod 640 info.txt resultado: o arquivo info.txt poderá ser lido e escrito pelo dono (não executado), poderá ser lido apenas pelos usuários do grupo do dono e nenhum outro usuário do sistema terá qualquer direito sobre ele. chmod 545 /etc/ppp resultado: dá permissão de xr ao dono, r ao grupo e xr aos usuários, em relação ao diretório /etc/ppp. chown (change owner) - para a alteração do nome do proprietário de um arquivo ou diretório, é correto utilizar o comando chown [MEC - Ativ. Técn. Complexidade Gerencial – Cargo 12: Analista Sist. Operacionais – Cespe 10/2011]. O comando chown permite a alteração do dono e do grupo relacionado ao arquivo, ou arquivos selecionados. Um usuário comum pode alterar o grupo de um arquivo caso seja membro tanto do grupo de origem quanto do grupo de destino. Porém, por motivos de segurança, apenas o super-usuário (root) pode alterar o dono de um arquivo. chown [novo_proprietário][:novo_grupo] arquivo/diretório O comando chgrp altera apenas o grupo para os arquivos ou diretórios indicados. Um usuário comum pode alterar o grupo de um arquivo caso ele pertença tanto ao grupo de origem como ao grupo So ft w ar e L iv re e L in u x – P ág in a 4 de destino. O super-usuário (root) pode alterar o grupo do arquivo para qualquer grupo válido no sistema. chgrp [ opções ] arquivo(s) clear - elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha de comando no topo, como se o sistema acabasse de ter sido acessado. cp origem destino (copy) - copia um arquivo ou diretório para outro local. Por exemplo, para copiar o arquivo info.txt com o nome info2.txt para /home, basta digitar cp info.txt /home/info2.txt. date - mostra ou altera a data e a hora atual. df - mostra o espaço livre/ocupado pelas partições. diff arquivo1 arquivo2 (difference) - mostra as diferenças entre os conteúdos de dois arquivos de texto ou diretórios. O comando diff é usado para comparar arquivos de texto [ANATEL - Cargo 2: Técnico Administrativo – Cespe 11/2012]. du diretório (directory usage) - mostra o espaço em disco ocupado por um diretório recursivamente. echo [mensagem] – mostra mensagens na tela. emacs - abre o editor de textos emacs. file arquivo - mostra informações de um arquivo.find diretório parâmetro termo - o comando find serve para localizar informações. Para isso, deve-se digitar o comando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro e o termo da busca. Parâmetros: name - busca por nome type - busca por tipo size - busca pelo tamanho do arquivo mtime - busca por data de modificação finger usuário - exibe informações sobre o usuário indicado. free - mostra a quantidade de memória RAM disponível. halt - desliga o computador. history - mostra os últimos comandos inseridos pelo usuário. id usuário - mostra qual o número de identificação do usuário especificado no sistema. Ifconfig - no Unix, o comando ifconfig mostra as interfaces de redes ativas e as informações relacionadas a cada uma delas [FUB - Cargo 20: Técnico de TI – Cespe 10/2013]. kill - encerra (mata) processos em andamento. ls (list) - no ambiente Linux, o comando ls permite listar todos os arquivos do diretório atual [EBC – Advogado – Cespe 10/2011]. Os sistemas Windows e Linux se assemelham na possibilidade de uso de interface de linha de comandos: o comando dir, no Windows, pode produzir listagem de arquivos em pasta ou diretório, assim como o comando ls, no Linux [PC-BA - Delegado de Polícia – Cespe 05/2013]. lpr arquivo - imprime o arquivo especificado. lpq - mostra o status da fila de impressão. lprm - remove trabalhos da fila de impressão. lynx - abre o navegador de internet de mesmo nome. mv origem destino (move) - em ambiente Linux, o comando mv é utilizado para mover ou renomear um ou mais arquivos e diretórios, o que facilita a organização das informações [Perícia Oficial-AL - Conhecimentos Básicos Técnico Forense – Cespe 11/2013]. mkdir diretório (make directory) - cria um ou vários diretórios (separados por espaços) dentro do diretório atual. Os comandos mkdir e cd permitem, respectivamente, criar um diretório e trocar o diretório atual [Assunto exigido em UERN – Técnico NS – Cespe 04/2010]. passwd usuário (password) – cadastra ou altera senha, bloqueia (-l) e desbloqueia (-u) usuários. ps (process stat) - mostra os processos em execução. Ao se executar o comando de administração ps -aux, serão apresentados todos os processos correntes no sistema Linux [MinC - Nível V – Atividades de Complexidade Intelectual NS – Especialidade 12 – Cespe 08/2013]. pwd (pathway directory) - mostra o diretório em que o usuário está. reboot - reinicia o sistema imediatamente. renice - altera-se a prioridade de um processo em execução, por intermédio do comando renice [CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) - Cargo 16: Analista em Geociências – Sistemas – Cespe 08/2013]. rm arquivo (remove) - apaga o arquivo especificado. No Linux, os comandos rm e cp permitem, respectivamente, remover e copiar um ou mais arquivos [MPS – Administrador – Cespe 01/2010]. rmdir diretório (remove directory) - apaga o diretório especificado, desde que vazio. sleep tempo – deixa o computador em espera por segundos, minutos, horas ou dias). shutdown - desliga ou reinicia o computador. shutdown -r now: reinicia o computador shutdown -h now: desliga o computador O parâmetro now pode ser modificado para indicar daqui a quanto tempo o comando deve ser executado: a execução do comando shutdown -r +10 faz o sistema ser reiniciado após 10 minutos [SEPLAG/IBRAM - Conhecimentos Básicos NM – Cespe 07/2009]. su (subsitute user) – alterna o usuário atual. tar -xzvf arquivo.tar.gz - extrai um arquivo compactado em tar.gz. telnet - ativa o serviço de Telnet em uma máquina. Para acessar esse computador a partir de outros por Telnet, basta digitar telnet nomedamáquina ou telnet IP. Por exemplo: telnet 192.168.0.10. top - exibe a lista dos processos, conforme os recursos de memória consumidos. Uma das vantagens do comando top, em relação ao comando ps, é mostrar os processos em execução, atualizando-os e ordenando-os na tela, conforme a utilização de CPU [TRT 10ª - Analista Jud. – Cargo 7: Analista Jud. TI – Cespe 11/2012]. touch - o comando touch é utilizado para criar um arquivo vazio [ANATEL - Cargo 2: Técnico Administrativo – Cespe 11/2012]. uname - mostra informações do sistema operacional e do computador. useradd usuário - cria uma nova conta de usuário, sem parâmetros. userdel usuário - apaga a conta do usuário especificado. uptime - mostra a quantas horas o computador está ligado. vi - inicia o editor de textos vi. w - mostra os usuários logados atualmente no computador, mostrando mais detalhes que o comando who. whereis nome - procura pelo binário do arquivo indicado, útil para conhecer seu diretório ou se ele existe no sistema. who - mostra os usuários conectados ao sistema, o terminal, data e hora da conexão. O Linux permite logins simultâneos de vários usuários. Para visualizar os usuários logados no Linux em determinado momento, deve-se executar o comando who [MPU - Cargo 33: Técnico TI e Comunicação – Cespe 10/2013]. whoami – exibe o nome do usuário que está conectado. Praticamente todos os comandos citados possuem parâmetros que permitem incrementar suas funcionalidades. Por exemplo, se o usuário digitar o comando ls com o parâmetro -R (ls -R), este mostrará todos os arquivos do diretório atual e subdiretórios, inclusive os arquivos ocultos (o parâmetro –R gera uma operação recursiva pois varre diretórios). A forma mais prática de conhecer os parâmetros disponíveis para cada comando é consultando as informações de ajuda. Para isso, pode-se usar a chave --help após o comando para o qual se deseja conseguir informações. Também é possível utilizar os comandos man, help ou info, seguidos do comando para o qual se deseja obter informações mais detalhadas.
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