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1. Uma corrente elétrica flui de um condutor cilíndrico de uma liga de cobre com condutividade 𝜎 = 6,17 × 106 𝑆/𝑚 e 1 𝑚𝑚 de raio, para um resistor cilíndrico de carbono de 𝜎 = 61 × 10−3 𝑆/𝑚 e seção reta de raio de 3 𝑚𝑚, como pode ser visto na figura abaixo. Considerando que todos os meios são homogêneos e que o campo elétrico no resistor é de 579,80 𝑘𝑉/𝑚, qual será a corrente no cobre? a) 4 𝐴 b) 3 𝐴 c) 2 𝐴 d) 1 𝐴 e) 0,5 𝐴 Solução: A resposta certa é a letra d Não existem fontes de corrente entre os três meios. Ou seja, a corrente neste sistema é idêntica em todos os meios. Também sabemos que, para qualquer condutor, podemos relacionar o campo 𝑬 com a densidade de corrente por: 𝑬 = 𝑱 𝜎 Sendo assim, podemos achar a densidade de corrente no resistor: 𝑱 = 𝑬𝜎 = 579,80 × 103(61 × 10−3) = 35,37 𝑘𝐴/𝑚2 Tendo a densidade de corrente em um condutor podemos achar a corrente facilmente já que: 𝑱 = 𝑰 𝑆 ∴ 𝑰 = 𝑱𝑺 Sabemos que a corrente atravessa uma seção reta circular cuja área pode ser calculada por: 𝑆 = 𝜋𝑅2 Para o resistor de carbono: 𝑆 = 𝜋𝑅2 = 𝜋(0,003)2 = 28,27 × 10−6 𝑚2 Sendo assim a corrente será: 𝑰 = 𝑱𝑺 = 35,37 × 103(28,27 × 10−6 ) = 0,999 𝐴 ≅ 1 𝐴 2. Se uma barra de um composto de carbono de condutividade dada por 𝜎 = 3 × 104 𝑆/𝑚 , raio de 5 𝑚𝑚 e 80 𝑐𝑚 de comprimento, não isolada nos seus terminais, mas no espaço livre, está submetido a um campo elétrico 𝑬 = 120 × 10−3 𝑉/𝑚 encontre a potência que será dissipada nesta barra. Solução: Podemos começar encontrando a corrente que atravessa este condutor lembrando que podemos relacionar o campo elétrico com a densidade de corrente. Sendo assim: 𝑱 = 𝑬𝜎 = 120 × 10−3(3 × 104) = 3,6 × 103 𝐴/𝑚2 Também podemos relacionar a corrente com a densidade por meio da área da seção reta atravessada por essa corrente. Ou seja: 𝑱 = 𝑰 𝑆 ∴ 𝐼 = 𝐽𝑆 = 3,6 × 103(𝜋(5 × 10−3)2) = 282,7 × 10−3 𝐴 Logo: Também sabemos que a potência pode ser obtida apenas com a corrente e a resistência. 𝑃 = 𝑅𝐼2 Como a resistência pode ser calculada apenas com as características geométricas e físicas do condutor. 𝑅 = 𝑙 𝜎𝑆 = 800 × 10−3 3 × 104(𝜋(5 × 10−3)2) = 339,5 × 10−3 Ω Logo: 𝑃 = 𝑅𝐼2 = (339,5 × 10−3)(282,7 × 10−3)2 = 27,14 × 10−3 𝑊 Ou como: 𝑰 𝑆 = 𝑬𝜎 ∴ 𝐼 = 𝑆𝑬𝜎 Então: 𝑃 = 𝑙 𝜎𝑆 (𝑆𝑬𝜎)2 = 𝑙𝑆2𝐸2𝜎2 𝑆𝜎 = 𝑙𝑆𝐸2𝜎 𝑃 = 800 × 10−3(𝜋(5 × 10−3)2)(120 × 10−3)2(3 × 104) = 27,14 × 10−3 𝑊 3. Duas cargas pontuais localizadas no espaço livre, exercem entre si uma força de 4 𝜇𝐶. Quando o espaço entre elas é totalmente preenchido com um material dielétrico com permissividade relativa de 0,5. Encontre a nova força entre estas cargas. Solução: Trata-se da aplicação da Lei de Coulomb e de uma única consideração sobre o enunciado. Sabemos que a Lei de Coulomb para cargas no espaço livre é, na sua forma escalar: 𝐹 = 𝑄1𝑄2 4𝜋𝜖0𝑅2 = 𝐹1 Também sabemos que em qualquer dielétrico esta Lei terá a forma: 𝐹 = 𝑄1𝑄2 4𝜋𝜖𝑅2 = 𝐹2 Onde 𝜖 = 𝜖𝑟𝜖0, sendo assim podemos equacionar a Lei de Coulomb em materiais dielétricos: 𝐹2 = 𝑄1𝑄2 4𝜋𝜖𝑟𝜖0𝑅2 ∴ 𝐹2𝜖𝑟 = 𝑄1𝑄2 4𝜋𝜖0𝑅2 Observe que o valor que temos do lado direito do igual é 𝐹1, sendo assim: 𝐹2𝜖𝑟 = 𝐹1 Logo a segunda força, 𝐹2 será dada por: 𝐹2 = 𝐹1 𝜖𝑟 = 4 × 10−6 0,5 = 8 𝜇𝑁 4. Uma esfera de material condutor e raio de 10 𝑐𝑚 está centrada na origem e envolvida por um material dielétrico com 𝜖 = 2,5𝜖0. Sabendo que esta esfera carrega uma densidade superficial de cargas de 4 𝑛𝐶/𝑚2 e que a área da superfície da esfera é dada por 𝑆 = 4𝜋𝑅2 encontre o valor do campo elétrico 𝑬 a distância de 12 𝑐𝑚 do centro da esfera na direção 𝒂𝑟 Solução: Primeiro, sabemos que a densidade será uma grandeza dividido por uma dimensão. Então: 𝐷 = 𝑄 𝑆 Como temos a densidade superficial e o raio, será fácil calcular a carga. Neste caso, consideraremos a esfera como uma carga pontual colocada na origem, centro da esfera. Sendo assim: 𝐷 = 𝑄 𝑆 ∴ 𝑄 = 𝐷𝑆 = 4 × 10−9(4 × 𝜋(100 × 10−3)2) = 502,7 × 10−12𝐶 Sabemos que o campo elétrico tem origem na carga e se espalha de forma radial até o infinito. Então esta densidade de cargas é normal a superfície da esfera em todos os pontos e, em coordenadas esféricas segue o sentido 𝒂𝑟 que coincide com a direção pedida no enunciado. Também sabemos que podemos relacionar a densidade de cargas com o campo elétrico em meios dielétricos: 𝑫 = 𝜖𝑬 Já vimos também que o campo elétrico devido a uma carga pontual em qualquer ponto do espaço será dado por: 𝑬 = 𝑄 4𝜋𝜖0𝑟2 𝒂𝑟 Neste caso, como estamos em um dielétrico teremos: 𝑬 = 𝑄 4𝜋2,5𝜖0𝑟2 𝒂𝑟 Logo, substituindo os valores que temos: 𝑬 = 502,7 × 10−12 4𝜋 (2,5 10−9 36𝜋 ) (120 × 10−3)2 𝒂𝑟 𝑬 = 125,7 𝑉/𝑚 5. Dados os pontos 𝐶(2, −2, 3) e 𝑃(2, −1, 2) e considerando que um elemento diferencial de corrente 𝐼𝑑𝑳 = 10−4(4, −3, 1)𝐴 ⋅ 𝑚 no ponto 𝐶 produz um campo 𝑑𝑯 no ponto 𝑃. Especifique a direção do elemento diferencial 𝑑𝑯 em relação a um vetor unitário 𝒂𝐻. Solução: Usando a Lei de Biot-Savart, em forma diferencial, encontraremos: 𝑑𝑯 = 𝐼𝑑𝑳 × 𝒂𝐶𝑃 4𝜋𝑅𝐶𝑃 2 𝒂𝐶𝑃 = (2, −1, 2) − (2, −2, 3) = (0, 1, −1) = 𝒂𝑦 − 𝒂𝑧 |𝒂𝐶𝑃| = 𝑎𝐶𝑃 = √12 + 12 = √2 Logo: 𝑑𝑯 = 𝐼𝑑𝑳 × 𝒂𝐶𝑃 4𝜋𝑅𝐶𝑃 2 = 10−4(4𝒂𝑥 − 3𝒂𝑦 + 𝒂𝑧) × (𝒂𝑦 − 𝒂𝑧) 4𝜋(√2) 2 (√2) Fazendo o produto vetorial temos: 𝐼𝑑𝑳 × 𝒂𝐶𝑃 = | 𝒂𝑥 𝒂𝑦 𝒂𝑧 4 −3 1 0 1 −1 | = | −3 1 1 −1 | 𝒂𝑥 − | 4 1 0 −1 | 𝒂𝑦 + | 4 −3 0 1 | 𝒂𝑧 𝐼𝑑𝑳 × 𝒂𝐶𝑃 = [(−3)(−1) − (1)(1)]𝒂𝑥 − [(4)(−1) − (1)(0)]𝒂𝑦 +[(4)(1) − (−3)(0)]𝒂𝑧 𝐼𝑑𝑳 × 𝒂𝐶𝑃 = [3 − 1]𝒂𝑥 − [−4 − 0]𝒂𝑦 + [4 − 0]𝒂𝑧 𝑨 × 𝑩 = 2𝒂𝑥 + 4𝒂𝑦 + 4𝒂𝑧 𝑑𝑯 = 10−4(2𝒂𝑥 + 4𝒂𝑦 + 4𝒂𝑧) 4𝜋(23/2) 𝑑𝑯 = 2,813 × 10−6(2𝒂𝑥 + 4𝒂𝑦 + 4𝒂𝑧) Tudo que precisamos agora é encontrar o vetor unitário na direção 𝑑𝑯 𝒂𝐻 = 2𝒂𝑥 + 4𝒂𝑦 + 4𝒂𝑧 √22 + 42 + 42 = 2𝒂𝑥 + 4𝒂𝑦 + 4𝒂𝑧 6 𝒂𝐻 = 0,333𝒂𝑥 + 0,667𝒂𝑦 + 0,667𝒂𝑧 6. Considere o campo 𝑯 = 𝑦𝒂𝑥 − 𝑥𝒂𝑦 𝐴/𝑚 no plano 𝑧 = 0 usando a lei de Ampère, calcule a corrente na superfície definida por 𝑧 = 0; 0 < 𝑥 < 3; −1 < 𝑦 < 4 (SADIKU, 2014). Solução: Antes de qualquer coisa, precisamos observar esta superfície com cuidado. Veja a figura ao lado, neste caso, o sentido positivo do eixo 𝑧 está saído da tela na sua direção. Segundo a Lei de Ampére ∮ 𝑯 ⋅ 𝑑𝒍 = 𝑰 Então, para acharmos a corrente teremos que fazer a integral de linha de todo este percurso. Fazendo, neste caso, o produto escalar entre campo e o elemento diferencial de comprimento neste percurso assim podemos, por exemplo, resolver quatro integrais cada uma em relação a uma das linhas do retângulo que representa a superfície. Para o percurso 1 teremos que fazer a integral de linha, na linha que vai de zero a três, na direção positiva de 𝒂𝑥 em 𝑦 = −1 neste caso, o elemento diferencial de comprimento será 𝒂𝑥𝑑𝑥: 𝐼1 = ∫ (𝑦𝒂𝑥 − 𝑥𝒂𝑦) ⋅ 𝒂𝑥𝑑𝑥 3 0 = ∫ 𝑦𝑑𝑥(𝒂𝑥 ⋅ 𝒂𝑥) − 𝑥𝑑𝑥(𝒂𝑦 ⋅ 𝒂𝑥) 3 0 𝐼1 = ∫ 𝑦𝑑𝑥(1) − 𝑥𝑑𝑥(0) = 3 0 ∫ 𝑦𝑑𝑥|𝑦=−1 = −1[3 − 0] = −3 𝐴 3 0 Poderíamos ter usado apenas o componente do campo nesta direção, mas resolvi fazer toda a integral para mostrar o processo. Para o percurso 2 teremos que fazer a integral de linhana linha que vai de −1 a 4 no sentido positivo de 𝒂𝑦 para 𝑥 = 3 logo: 𝐼2 = ∫ (𝑦𝒂𝑥 − 𝑥𝒂𝑦) ⋅ 𝒂𝑦𝑑𝑦 4 −3 = ∫ 𝑦𝑑𝑦(𝒂𝑥 ⋅ 𝒂𝑦) − 𝑥𝑑𝑦(𝒂𝑦 ⋅ 𝒂𝑦) 4 −3 𝐼2 = ∫ 𝑦𝑑𝑦(0) − 𝑥𝑑𝑦(1) 4 −1 = ∫ −𝑥𝑑𝑦|𝑥=3 = −3[4 + 1] = −15 𝐴 4 −1 Para o percurso 3 teremos que fazer a integral de linha na linha que vai de 3 até zero, no sentido negativo de 𝒂𝑥 para 𝑦 = 4, logo 𝐼3 = ∫ (𝑦𝒂𝑥 − 𝑥𝒂𝑦) ⋅ 𝒂𝑥𝑑𝑥 0 3 = ∫ 𝑦𝑑𝑥(𝒂𝑥 ⋅ 𝒂𝑥) − 𝑥𝑑𝑥(𝒂𝑦 ⋅ 𝒂𝑥) 0 3 𝐼3 = ∫ 𝑦𝑑𝑥(1) − 𝑥𝑑𝑥(0) 0 3 = ∫ 𝑦𝑑𝑥|𝑦=4 0 3 = 4[0 − 3] = −12 𝐴 Para o percurso 4 teremos que fazer a integral de linha entre 4 e −3 na direção negativa de 𝒂𝑦 para 𝑥 = 0 𝐼4 = ∫ (𝑦𝒂𝑥 − 𝑥𝒂𝑦) ⋅ 𝒂𝑦𝑑𝑦 −3 4 = ∫ 𝑦𝑑𝑦(𝒂𝑥 ⋅ 𝒂𝑦) − 𝑥𝑑𝑦(𝒂𝑦 ⋅ 𝒂𝑦) −3 4 𝐼4 = ∫ 𝑦𝑑𝑦(0) − 𝑥𝑑𝑦(1) −3 4 = ∫ −𝑥𝑑𝑦|𝑥=0 −3 4 = 0[−3 − 4] = 0 𝐴 Somando estas correntes chegamos que a corrente total que atravessa a superfície dada será de −30 𝐴 7. Um filamento infinito de corrente, no espaço livre, carrega uma corrente de 2 𝐴 na direção positiva de 𝒂𝑧. Calcule a intensidade do campo magnético 𝑩 no ponto 𝑃(−3, 4, 7). Solução: Partimos do formulário para encontrar a fórmula do campo magnético 𝑩 em torno de uma distribuição linear de corrente. Contudo, precisamos fazer algumas considerações antes de começar. Sabemos de antemão que o campo magnético será dado pela regra da mão direita com o polegar apontado no sentido da corrente, na direção positiva de 𝒂𝑧 então este campo se propaga na forma de círculos por todo o espaço. Como o filamento está no eixo 𝑧, este e este propaga a corrente o campo existirá em um plano 𝑥𝑦 em um determinado 𝑧, neste caso segundo o enunciado, 𝑧 = 7 O campo 𝑩 irá variar apenas no sentido de 𝜙 lembre-se que em coordenadas cilíndricas a coordenada 𝜙 é a coordenada relacionada ao ângulo. Logo: 𝑩 = 𝜇0𝐼 2𝜋𝜌 𝒂𝜙 Temos todas a variáveis exceto este 𝜌. Trata-se da distância entre o ponto desejado e o filamento. Sobre um plano 𝑥𝑦, o 𝜌, raio do círculo que passa pelo ponto desejado pode ser encontrado usando o teorema de Pitágoras onde cada coordenada é um lado e o raio, 𝜌, a hipotenusa. Sendo assim a distância entre o filamento e o ponto desejado será: 𝜌 = √𝑥2 + 𝑦2 = √32 + 42 = 5 Sendo assim: 𝑩 = (4𝜋 × 10−7)(2) 2𝜋(5) 𝒂𝜙 𝑩 = 80 𝑛𝑊𝑏/𝑚2
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