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Caso pra av2

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Caso pra av2
Caso 08
1) Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o serviço de manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro com um pequeno plus fornecido pelo restaurante ? outro carro, BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer qualquer comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com Anabella.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao manobrista qual a correta tipificação de sua conduta?
RESPOSTA: A conduta de Claudinei Bom de Papo corresponde ao disposto no art. 171 do Código Penal:
Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
Quando Claudinei Bom de Papo recebe o veículo trocado e nota a diferença e não avisa o manobrista mantendo o mesmo em erro, pratica o crime de estelionato, pois agiu com dolo de ocultar o erro do manobrista para auferir vantagem com a troca do veículo. Sua namorada Annabela não concorreu para o crime e nos termos do art. 29 do Código Penal não há que se falar em concurso de pessoas neste caso concreto.
Caso 10
1) Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de estranhos no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art. 229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art. 230, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada:
RESPOSTA: Embora as condutas de Luana, Vanessa e Isabela encontrem previsão legal no delito previsto no art. 229 do Código Penal.
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiros, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Não devem ser enquadradas neste dispositivo visto a tolerância por parte da sociedade em relação aos diversos estabelecimentos existentes destinados a práticas sexuais, e não só é tolerado pela sociedade, quanto é pelas próprias autoridades que conhecendo estes locais pela sua notoriedade não fazem vista grossa com relação a repreensão de tais prática, isso só deixa demonstrado que a conduta das indiciadas é tanto tolerada pela sociedade quanto até pelas autoridades que possuem a missão de zelar pela segurança e bem estar da sociedade bem como estão incumbidas da manutenção da segurança social e eliminação de todas as formas de delitos.
Nesse sentido a jurisprudência tem entendido de que o princípio da adequação social deve ser levado em consideração no momento da aplicação da lei penal, analisando as transformações experimentadas pela sociedade afim de se buscar o alcance ou a negativa da lei penal a determinado caso concreto.

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