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Análise do escoamento nas tubulações através da viscosidade dos fluidos. (Larissa Furlan; Lucas Augusto Lenzi; Matheus Oliveira de Souza; Pedro Henrique da Cunha) Universidade São Francisco, Avenida São Francisco de Assis, 218, Cidade Universitária, Bragança Paulista- SP Orientadora: Prof.ª Dra. Roberta Bianchi Resumo O objetivo deste artigo é fornecer um estudo detalhado sobre a interferência da viscosidade de cada fluidos no escoamento dentro das tubulações I.INTRODUÇÃO Podemos definir fluido como toda substância que se deforma com a aplicação de uma força qualquer. O fluido pode ser encontrado tanto na forma de gás, ou no estado liquido. A tubulação é o principal meio de escoamento de fluidos em uma construção, seja ela de caráter residencial, comercial, ou até mesmo grandes galerias de águas pluviais e de esgoto. Com o passar dos anos e do avanço tecnológico novos tipos de tubulações passaram a surgir no mercado. Desde novas tecnologias no processo de fabricação, bem como o uso de novos materiais vem sendo aprimorados a cada dia. Cada tubulação possui características únicas de composição e escoamento de fluidos, porém uma característica constante a todo fluido que interfere consideravelmente no escoamento dentro da tubulação é sua própria viscosidade ou como é comumente chamado atrito interno. O atrito que o fluido produz com as paredes da tubulação é o principal fator que interfere na vazão do fluido e consequentemente na sua classificação de escoamento, %este podendo ser definido em três classes com características distintas, sendo elas: Escoamento laminar; Escoamento de transição e Escoamento turbulento. Cada fluido possui uma viscosidade diferente conforme características únicas de cada elemento. Na atualidade são consumidos os mais diversos alimentos e à vista disso os mais variados tipos de fluidos, que como consequência acabam indo parar nas tubulações da residência e rede coletora ocasionando em muitos casos problemas graves que acabam gerando altos custos na manutenção, diante disto é possível realizar um estudo sobre como a viscosidade interfere no regime de escoamento e com base nos dados obtidos definir uma maneira de maximizar o escoamento dentro da tubulação. Através de pesquisa experimental utilizando dois fluidos com viscosidades diferentes pode ser obtido o regime de escoamento de cada material em um modelo idêntico, fazendo uso das fórmulas de vazão, velocidade media e do Coeficiente de Reynolds. II. OBJETIVO O objetivo do grupo é analisar como dois fluidos com viscosidade diferentes se comportam dentro de uma tubulação de PVC, habitualmente utilizada em residências, e determinar o coeficiente de escoamento através das formulas de velocidade média, vazão volumétrica, e coeficiente de Reynolds. III. METODOLOGIA Analisando um modelo com duas tubulações idênticas (Fig. 1), medindo 0,70m de comprimento e 32mm de diâmetro é possível determinar o coeficiente de escoamento ao despejar os dois fluidos na tubulação, usando como base a equação de velocidade média “(1)” e o cálculo da vazão volumétrica no percurso “(2)”. V= ∆s/∆t (1) Q= Vol./t (2) Com os dados obtidos e o que foi observado é possível determinar o Coeficiente de Reynolds e definir que tipo de escoamento cada fluido detém no percurso analisado. Usando dois fluidos com viscosidades diferentes, sendo estes água e óleo, com índices de viscosidade 1,0030x10-3 e 6,35x10-3 respectivamente, é possível compor todo o escopo da equação que determina o número de Reynolds em um sistema, obtendo desta forma o regime de escoamento do mesmo. “(3)” ρ.vel.D µ Re= (3) Fig.1. Modelo de tubulação produzido para análise de escoamento. IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo José A. Martins, no ínicio de qualquer escoamento superficial forma-se uma película laminar que aumenta de espessura, a medida que o fluído prossegue, até atingir um estado de equilíbrio. Segundo White, 2002, a caracterização de escoamentos passa pela medição de propriedades locais, integradas e globais. As propriedades locais podem ser termodinâmicas, como pressão, temperatura, massa específica, viscosidade, etc., que definem o estado do fluido, além de sua velocidade. Com os dados iniciais que eram conhecidos e o tempo cronometrado necessário para o total escoamento, foi possível realizar a equação de velocidade média para ambos os fluidos, conforme descrito abaixo. “(1)” Vágua=0,70 ÷ 1,98 Vágua= 1,39 m/s Vóleo= 0,70 ÷ 19,78 Vóleo= 0,035 m/s Ao utilizar 2 litros de cada fluido estamos inserindo no modelo um volume igual a 0,002 m3, quantia esta necessária para determinar a vazão volumétrica do fluido em metros cúbicos por segundos conforme demonstra o cálculo “(2)”. Qágua= 0,002 ÷ 1,98 Qágua=0,001 m3/s Qóleo= 0,002 ÷ 19,78 Qóleo= 0,0001 m3/s Fazendo uso dos resultados obtidos com as equações anteriores é possível realizar o cálculo do Coeficiente de Reynolds “(3)” e definir o fluxo de escoamento conforme apresentado na Tabela (1). Tabela 1- Regime de escoamento Re <= 2000 Escoamento laminar 2000< Re <2400 Escoamento de transição Re >= 2400 Escoamento Turbulento Para determinar a massa especifica de cada fluido utiliza-se a relação entre a massa do fluido e o seu volume utilizado, no caso do ensaio realizado o volume é idêntico para ambos os elementos, variando apenas sua massa. ρ= m÷v (4) Realizando os cálculos para obter a massa especifica de cada fluido: (4) ρágua= 2000 ÷ 0,002 ρágua= Através da observação do funcionamento do modelo e da realização dos cálculos matemáticos foram obtidos os dados contidos na Tabela (2). Tabela 2- Resultados finais Água Óleo Tempo de escoamento 1,98 segundos 19,78 segundos Velocidade de escoamento 1,39 m/s 0,035 m/s Massa específica Volume 0,002 m3 0,002 m3 Vazão volumétrica Viscosidade 1,0030x10-3 6,35x10-3 Coeficiente de Reynolds
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