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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES transmissão das obrigações Professor Danniel Vargas

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04/06/2018 DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: transmissão das obrigações | Professor Danniel Vargas
http://professordanniel.blogspot.com/2016/04/aula-09-tema-02-direito-das-obrigacoes.html 1/13
25th April 2016
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
1) Conceito:
Em sentido amplo, a transmissão ou cessão é a transferência negocial, a título
gratuito ou oneroso, de uma posição na relação jurídica obrigacional, tendo por
objeto um direito ou dever, com todas as características originárias.
Não há extinção do vínculo obrigacional.
2) Espécies:
a) cessão de crédito;
b) cessão de débito (assunção de dívida); e
c) cessão de contrato.
Cessão de crédito
1) Conceito:
É negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na
relação obrigacional, de forma gratuita ou onerosa. Há conservação da relação
primitiva com o mesmo devedor.
Não se confunde com:
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: transmissão das obrigações
04/06/2018 DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: transmissão das obrigações | Professor Danniel Vargas
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a) cessão de contrato, em que se procede à transmissão, ao cessionário, da
inteira posição contratual do cedente;
b) novação subjetiva ativa, porque nesta, além da substituição do credor, ocorre
a extinção da obrigação anterior, substituída por novo crédito;
c) sub-rogação legal. O sub-rogado não pode exercer os direitos e ações do
credor além dos limites de seu desembolso, não tendo, pois, caráter especulativo
(art. 350).
2) Personagens:
a) cedente: é quem realiza a cessão a outrem.
b) cessionário: é quem recebe o direito do credor.
c) cedido: é o devedor da obrigação transmitida.
3) Exemplo:
O mais corriqueiro exemplo de cessão de crédito é o desconto bancário.
O comerciante transfere seu crédito à instituição financeira e recebe
antecipadamente valores a menor.
A instituição financeira passa a ser credora e pode cobrar futuramente o crédito
do devedor.
4) Objeto:
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É o crédito, bem incorpóreo.
Em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem de título ou
não, vencidos ou por vencer, salvo se a isso se opuser “a natureza da obrigação,
a lei, ou a convenção com o devedor” (art. 286).
Existem créditos incessíveis por disposição legal, como por exemplo:
i) os créditos [vincendos] de alimentos (art. 1.707);
ii) o direito de preferência do condômino;
iii) os benefícios da gratuidade de justiça;
iv) os créditos já penhorados, com o conhecimento do credor (art. 298). A
penhora do crédito ou do bem o coloca fora do comércio. Sua alienação pelo
executado configura fraude à execução.
Existem créditos incessíveis por disposição negocial. É o pacto “non cedendo”. No
entanto, a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de
boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação (art. 286, parte final).
5) Abrangência:
Art. 287. “Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se
todos os seus acessórios”.
Há uma cessão legal dos acessórios, salvo disposição negocial diversa.
6) Formalização:
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Primeiro, deve-se destacar que a cessão não exige forma especial para valer
entre as partes [princípio da consensualidade ou da liberdade de formas], salvo
se tiver por objeto direitos em que a escritura pública seja da substância do ato.
Exigem escritura pública como condição de validade:
i) a cessão de direitos reais sobre imóveis, com valor superior a 30 salários
mínimos – art. 107), como o crédito hipotecário;
 
ii) a cessão de direitos hereditários (Art. 1.793. O direito à sucessão aberta,
bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública).
Segundo, para valer contra terceiros, o art. 288 do CC exige “instrumento
público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1º do art. 654”
(“O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a
qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a
designação e a extensão dos poderes conferidos”);
Terceiro, vale ressaltar que a cessão de títulos de crédito é feita mediante
endosso.
7) Eficácia em relação ao devedor cedido:
A cessão de crédito é válida independentemente da anuência do devedor.
Contudo, a cessão somente terá eficácia em relação ao devedor quando ele é
notificado, ou seja, quando “em escrito público ou particular, se declarou ciente
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da cessão feita” (art. 290).
Se o devedor pagar ao credor originário antes de se declarar ciente da cessão,
ficará desobrigado (art. 292).
Se depois de tomar conhecimento da cessão mesmo assim pagar ao devedor
originário, não se desvinculará da obrigação perante o cessionário. “Quem paga
mal, paga duas vezes”.
Deve-se ressaltar, ademais, que “independentemente do conhecimento da cessão
pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito
cedido” (art. 293)..
8) Defesas do devedor:
Art. 294. “O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem,
bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha
contra o cedente”.
Portanto, as defesas que o devedor cedido tinha contra o cedente (antigo credor)
até o momento da notificação da cessão, também podem ser opostas contra o
cessionário (novo credor), como a prescrição, a compensação e a exceção do
contrato não cumprido.
O devedor tem uma defesa mais ampla na cessão de crédito do que no endosso
do título de crédito.
As obrigações cambiais são autônomas.
Quando o título de crédito circula, o devedor não pode opor ao endossatário as
exceções pessoais contra credores precedentes.
Essa norma consta nos artigos 915 e 916, do Código Civil:
Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que
tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do
título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de
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capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de
requisito necessário ao exercício da ação.
Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores
precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao
adquirir o título, tiver agido de má-fé.
9) Responsabilidade do cedente perante o cessionário pela solvência do
devedor:
• Salvo disposição contrária, a responsabilidade do cedente é pela existência do
crédito ao tempo da cessão (PRO SOLUTO ou IN VERITAS NOMINIS) – art. 295.
• Cedente e cessionário podem convencionar a responsabilidade SUBSIDIÁRIA do
primeiro no caso de insolvência do devedor (PRO SOLVENDO ou IN BONITAS
NOMINIS) – art. 296.
Existem dois fatores limitativos dessa responsabilidade subsidiária:
i) essa responsabilidade do cedente será limitada ao que recebeu do
cessionário, com os respectivos juros, mais as despesas da cessão e as
efetuadas com a cobrança (art. 297). O valor recebido pelo cedente pode
ser inferior ao valor transferido ao cessionário. O parâmetro é o valor
recebido. A responsabilidade do cedente é restitutóriae não especulativa.
 
ii) essa responsabilidade do cedente abrange a insolvência do devedor no
momento da cessão, salvo disposição expressa no sentido de estender a
responsabilidade. Portanto, o cedente não será responsabilizado se, por
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motivos supervenientes ao momento da cessão, o devedor se tornar
insolvente.
Assunção de dívida (ou cessão de débito):
1) Conceito:
Trata-se de negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem sua posição
na relação jurídica, mantendo-se a integridade da relação jurídica.
- Não se confunde com a novação subjetiva passiva, em que uma dívida é extinta
e substituída por outra.
Também não se confunde com a promessa de liberação, em que o promitente se
obriga em face do devedor (promissário) a pagar a dívida deste perante o credor.
Cuida-se de contrato preliminar que tem como objeto a obrigação de fazer
(pagamento de débito de terceiro). Exemplo: o locatário/inquilino assume o
compromisso de pagar o IPTU, a TLP e os encargos condominiais devidos pelo
proprietário do imóvel (porque a obrigação é “propterrem”). A promessa de
liberação não tem eficácia perante terceiros credores, em regra. Mas o seu
descumprimento permite a ação de regresso em face do promitente.
Na assunção de débito, por outro lado, há transmissão da obrigação ao novo
devedor, com a consequente formação de vínculo direto entre o credor e o
assuntor. Sendo assim, o credor pode cobrar a obrigação diretamente do
assuntor.
2) Personagens:
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a) devedor originário (cedente)
b) novo devedor (assuntor ou cessionário do débito)
c) credor (cedido)
3) Requisitos:
A assunção de dívida somente pode ser feita com consentimento expresso do
credor (art. 299).
Se ele é notificado e não se manifesta, presume-se que não aceitou (art. 299,
prg. único).
Na assunção de dívida, como ocorre em regra no Direito Civil, “quem cala não
consente”.
Mas atenção: Há uma exceção especial em favor do adquirente do imóvel
hipotecado: “Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu
cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar
em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento”.
- A regra se justifica ante a possibilidade de que, no caso de insolvência do
financiamento pelo devedor, o adquirente do imóvel hipotecado fique sem o
imóvel. Ele poderá assumir o pagamento das prestações vincendas do
financiamento garantido pela hipoteca. A recusa do credor deve ser justificada
(Enunciado 353 da 4ª Jornada do Direito Civil do CJF).
Se o consentimento do credor quase sempre é necessário, o consentimento do
devedor originário, por outro lado, não é necessário.
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- Quando NÃO há consentimento do devedor originário, haverá assunção por
expromissão (unifigurativa ou externa).
- Quando há consentimento do devedor originário, haverá assunção por
delegação (ou bifigurativa).
Atenção: não há vedação legal para que o devedor continue responsável pelo
débito.
- Se o devedor originário for substituído, haverá assunção liberatória (também
chamada de primitiva e de exclusiva).
- Se o devedor originário permanecer vinculado, ao lado do novo devedor, haverá
assunção cumulativa da dívida (também chamada de coassunção e de assunção
imperfeita). Haverá, nesse caso, um reforço do débito. Sobre o tema, a 1ª
Jornada de Direito Civil do CJF editou o Enunciado 16: “O art. 299 do Código Civil
não exclui a possibilidade da assunção cumulativa da dívida quando dois ou mais
devedores se tornam responsáveis pelo débito com a concordância do credor”.
4) Responsabilidade do devedor originário (cedente):
Três regras importantes:
1ª regra: o devedor originário ficará exonerado da obrigação após o
consentimento do credor. Exceção: se o novo devedor, ao tempo da assunção,
era insolvente e o credor o ignorava, o devedor cedente permanecerá obrigado,
pois a assunção, nesse caso, será, para o devedor originário, PRO SOLVENDO ou
subsidiária (art. 299).
- Observe que subsiste a responsabilidade do devedor originário ainda que ele
não tenha agido de má-fé. A legislação se preocupou mais com a tutela da boa-fé
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credor. Se tanto o credor quanto o devedor originários ignoravam a insolvência
do assuntor ao tempo da assunção de dívida, o credor é protegido.
2ª regra: a partir da assunção de dívida todas as garantias especiais dadas pelo
devedor primitivo ao credor serão extintas, salvo se este dispuser o contrário
(art. 300). O mesmo vale para as garantias prestadas por terceiros, a não ser
que estes consintam (Enunciado 352 da 4ª Jornada de Direito Civil do CJF).
3ª regra: Se a assunção vier a ser anulada [ou declarada nula], o devedor
cedente permanece vinculado, com todas as suas garantias pessoais [reais ou
fidejussórias]. Contudo, as garantias prestadas por terceiro que não anuíram à
assunção, serão extintas, salvo se o terceiro conhecia o vício incidente sobre a
assunção (art. 301). Em sintonia com o paradigma da eticidade, o Código Civil
responsabiliza quem agiu de má-fé.
4) Defesas do novo devedor:
Art. 302. “O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que
competiam ao devedor primitivo”.
Ex. O novo devedor não poderá alegar a incapacidade absoluta ou relativa do
devedor originário, tampouco a anulabilidade do negócio fundada em vícios do
consentimento. Mas as exceções gerais (como o pagamento, a prescrição e a
exceção do contrato não cumprido, p. ex.) podem ser opostas pelo assuntor.
Cessão de contrato ou de posição contratual:
- Não possui previsão no Código Civil. Insere na modalidade dos contratos
atípicos.
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1) Conceito:
Consiste na transferência da inteira posição ativa e passiva do conjunto de
direitos e obrigações de que é titular uma pessoa, derivados de um contrato
bilateral já ultimado, mas de execução ainda não concluída.
- Não há, a rigor, a cessão de um contrato, mas dos direitos e deveres
resultantes da posição de contraente. Não se cede o contrato, cede-se a posição
contratual.
2) Exemplos:
i) alienação de estabelecimento empresarial, quando o adquirente assumirá a
posição nos contratos do alienante (art. 1.046);e
ii) cessão da posição de locador, no caso de alienação de imóvel locado com
contrato de locação registrado no CRI (art. 8º da Lei do Inquilinato – Lei n.
8.245/1991).
3) Personagens:
a) o cedente (que transfere a sua posição contratual);
b) o cessionário (que adquire a posição transmitida ou cedida); e
c) o cedido (o outro contraente, que consente na cessão feita pelo cedente).
4) Características:
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a) vantagem prática: permite que uma pessoa transfira a outrem seus créditos e
débitos oriundos de uma avença, sem ter de desfazer, de comum acordo com o
contratante, o primeiro negócio e sem ter de convencê-lo a refazer o contratocom o terceiro interessado;
b) exige concordância do cedido. Tem natureza plurilateral, pois compreende o
concurso de vontades entre cedente, cessionário e cedido.
c) o contrato-base transferido há de ter natureza bilateral;
d) não se confunde com o contrato derivado ou subcontrato, porque neste o
contraente mantém a sua posição contratual (contrato-base), limitando-se a criar
um novo contrato da mesma natureza com terceiro, como ocorre na sub-locação
do imóvel;
e) distingue-se, também, da sub-rogação legal do contrato, pois esta nasce
diretamente da lei, sem necessidade do consentimento do contraente cedido;
f) igualmente difere da novação subjetiva, porque, nesta se dá a extinção da
obrigação originária e a formação de nova obrigação, com a transmissão dos
direitos (novação subjetiva ativa) ou das obrigações (novação subjetiva passiva);
na cessão do contrato ocorre a transferência dos direitos e obrigações originais
do cedente ao cessionário;
g) por fim, não se confunde com o contrato com pessoa a declarar, pois, neste
caso, uma das pessoas reserva-se o direito de indicar, posteriormente, a pessoa
que irá assumir os direitos e deveres contratuais, e, se houver aceitação, esta
opera efeitos retroativos e subjacentes ao contrato originário.
5) Efeitos entre o cedente e o contraente cedido:
A cessão da posição contratual pode efetuar-se com ou sem liberação do cedente
perante o contraente cedido. Não havendo a liberação do cedente, mantém-se o
vínculo entre este e o cedido. Pode haver, em favor do cedido, uma
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responsabilidade solidária ou subsidiária do cedente em relação ao cessionário, a
depender dos termos do contrato.
6) Efeitos entre o cedente e o cessionário:
Para o cedente, ocorre a perda dos créditos e das expectativas integrados na
posição contratual cedida, bem como a exoneração dos deveres e obrigações nela
compreendidos. Como ocorre na cessão de crédito.
7) Efeitos entre o cessionário e o contraente cedido:
Dá-se a substituição do cedente pelo cessionário na relação contratual com o
cedido. O cessionário não pode alegar as exceções (defesas) pessoais do
cedente, mas pode alegar as exceções comuns e as que lhe são próprias. Aplica-
se a mesma disciplina da cessão de crédito.
Postado há 25th April 2016 por Danniel Vargas
 
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