Introdução à Ciência Política

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Ciência Política 
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Introdução
	¨Se assegurar o bem individual já é por si só desejável, fazê-lo no caso de um Estado ou de um povo é algo muito mais nobre e sublime."[1] [1]Aristóteles, A Política, 384-322 a.C. 
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Ciência Política-Introdução: origem, ética, 
"A racionalidade surge nos ideais dos clássicos do pensamento político que teve também sua passagem e inspiração na época medieval com Santo Tomás de Aquino (1225-1274), já a época moderna teve como sua maior expressão, o italiano nascido em Florença, Nicolau Maquiavel (1469 – 1527). 
As crises religiosas do século XVI colaboraram para impor os poderes monárquicos absolutistas como razão de paz. O rei controla a economia do país através do mercantilismo. Maquiavel (1469-1527), Jean Bodin (1530-1596) e Thomas Hobbes (1588-1679), desenvolveram diferentes teorias que justificam o absolutismo.
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Ciência Política-Introdução: origem, ética, 
 (b)
Na Idade Média, predomina a Ética Cristã baseada no amor ao próximo, que incorpora as noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e a prática do bem constitui um meio de atingi-la. Os filósofos cristãos partem do pressuposto de que a natureza humana tem um destino predeterminado e a de que Deus é o princípio da felicidade e da virtude.
Entre a Idade Média e a Modernidade, Maquiavel (1469-1527) apresenta-se como o “Colombo do novo mundo moral” e provoca uma revolução na ética. Nega as concepções gregas e cristãs de virtude e busca seu modelo moral na virilidade dos antigos romanos. Para ele, a ética cristã é “efeminada”. Maquiavel influencia o inglês Thomas Hobbes (1589-1679) e o holandês Benedito Spinoza (1632-1677), pensadores modernos extremamente realistas no que se referem à ética.
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Ciência Política-Introdução: origem, ética, 
(C)
Nos séculos XVIII e XIX, o francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e os alemães Emmanuel Kant (1724-1804) e Friederich Hegel (1770-1831) são os principais filósofos que discute ética. Segundo Rousseau, o homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer um aprimoramento quase ilimitado. Para Kant, ética é a obrigação de agir segundo regras. 
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1.Etimologia da Palavra
		A palavra ciência provém de prudentia do latim, e significa previdência, previsão, bom senso, saber, habilidade, inteligência, concepção, compreensão. Na locução ciência política, o vocábulo ciência revela que o ramo do conhecimento que goza de cientificidade, isto é, o fato político é estudado com todo rigor da ciência.
		
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1.Etimologia da Palavra (b)
a) área do conhecimento humano: de forma universal, o conhecimento humano desdobra-se em arte, religião, filosofia, política e ciência; com isso fica patente a importância do estudo da ciência política como um dos ramos de todo o saber humano;
b) atividade política: exercício de posições de mando em determinados grupos, presentes a obediência de outros homens; 
 
c) arte de governar o estado com competência, obtendo êxito em 
	todas as investidas. A arte indica o sucesso e habilidade do governante, o qual deve evitar as catástrofes e acertar nos seus atos governamentais para sempre obter bons resultados ou o que for menos pior diante do perigo iminente e inevitável.
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2.Conceito
	
	Todas as nossas interpretações sobre política inegavelmente não podem deixar de lado os ensinamentos dos clássicos gregos. Do termo “polis”, que pode significar a arte de governar, nos dá a idéia como os antigos gregos cultivavam o hábito da organização do Estado no seu mais alto patamar. O caráter político estava explicito neste papel, que tinha como conseqüência o desenvolvimento da cidade-estado e a melhoria de condições de vida de seus cidadãos. 	
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2.Conceito
	Sempre atrelado ao poder para Max Weber o conceito de política, seria realidade até mesmo quando o estado se transformaria na única fonte do “direito” à violência: “Por conseguinte, entenderemos por política o conjunto de esforços feitos visando a participar do poder ou influenciar na divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único estado.”
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3.Histórico. (História do Pensamento Político) 
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Século XX
A Ciência Política é reconhecida nas universidades, como forma de combater o caciquismo no poder local e a corrupção nos partidos políticos;
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ciência Política ganha relevo e se torna uma disciplina autônoma nas universidades. Além disso ganha força a análise de sistemas eleitorais, e também do comportamento do eleitorado;
Os fenômenos que contribuíram para o reforço da ciência política foram a proliferação dos sistemas democráticos, dos partidos políticos, dos meios de comunicações, de organizações internacionais. Estes fatos levaram ao aumento de estudos, o que suscitou também uma maior proliferação da ciência política.
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ARISTÓTELES
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Grécia Antiga
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Mar Mediterrâneo
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Nicolau Maquiavel
 (1469 – 1527)
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Nicolau Maquiavel – 1469-1527
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Queda da Bastilha – Revolução Francesa - 1789
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Liberdade
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Feudalismo
Europa
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Lenin – URSS - 1917
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Czar Nicolau II e Família
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4.Objeto de estudo
O principal objeto de estudo da Ciência política é sem dúvida o Poder nas suas mais diversas formas e dimensões. Obviamente que o Estado na sua magnitude também é o objeto de estudo da Ciência Política apresentando-se como um ente importante. 
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5.Características.
Ciência Política:
Crítica; 
Analítica;
Reflexiva 
 (sugestões).
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5.Características. 
Na sua principal característica funcional, a Ciência política apresenta suas criticas seguidas de análises do objeto em questão, para fundamentar o evento, e apresentar sugestões, se for o caso. Jamais se afasta da ótica do poder, centralizando nas investidas do mesmo, tratando sempre de casos e acontecimentos concretos, destacando-se ainda pela análise estrutural e reflexões. 
 
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6. Justificação.
A crítica vem a ser a principal arma da Ciência política, e uma grande justificação para sua existência, há muito o ser humano aprendeu com Aristóteles: o homem é um animal político. O poder como instrumento de demanda política traz muitos elementos a serem observados nessa relação entre governantes e governados. 
No exercício do poder o homem vai encontrar toda sua plenitude para realização dos seus ideais, as questões axiológicas tomarão corpo no sentido do bem-comum.
Mesmo sendo uma Ciência nova, a Ciência política sempre procurou oferecer novos rumos aos homens que lidam com o exercício do poder.
AXIOLÓGICO:QUE CONSTITUI OU DIZ RESPEITO A UM VALOR
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7.Dimensão sociológica (visão)
	Para muitos pensadores contemporâneos a grande dimensão sociológica da política veio acontecer com mais nitidez em Max Weber e sua idéia sobre a racionalização e legitimidade do poder.
 
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7.Dimensão sociológica.
	A princípio, ele apresenta sua concepção sobre essa questão que envolve o respaldo pela sociedade diante do poder estatal, contando com três fundamentos básicos para explicar a legitimidade da origem desse poder:
	 o carisma, o racional legal e a tradição.
	Nestas bases estão postos todas as razões científicas para uma investigação sobre o assentimento do povo em relação aos seus governantes. 
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	É entre os líderes pessoais que costumam aparecer os líderes carismáticos, ou seja, líderes dotados de um encanto pessoal tão forte que são considerados freqüentemente proféticos, iluminados ou mesmo sobrenaturais. Relacionamos como exemplos: Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Mão Tse-tung, Getúlio Vargas, Evita Perón, Adolf Hitler.	
Como peça importante de sustentação do grupo, o líder desempenha um papel integrador entre seus membros, transmitindo-lhes idéias, normas e valores sociais, ao mesmo tempo que representa os interesses e os valores do grupo.
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	Os grupos quase sempre aceitam a liderança com respeito.Há lideranças que chegam a ser venerada, como é o caso de Gandhi (1869-1948), líder espiritual e político dos hindus, que lutou pela paz e pela unificação da Índia, mas acabou assassinado em seu próprio país.
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8. Dimensão filosófica. (a)
 Do ponto de vista didático, o mundo atual nos leva que a essência da Ciência política, que pode ser vista sob dois prismas importantes e distintos: A Ciência Política e a Filosofia Política. 
Nesse último, segundo Norberto Bobbio são compreendidos três
tipos de investigação: 
a) da melhor forma de governo ou da ótima república; 
b) do fundamento do Estado, ou do poder político, com consequente justificação (ou justificação) da obrigação política; 
c) da essência da categoria do político ou da politicidade, com a prevalente disputa sobre a distinção entre ética e política. 
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8. Dimensão filosófica. (b)
	Com a preocupação do Estado ideal em Platão (a República), à perfeição das leis em Aristóteles (A Constituição de Atenas) a Filosofia integra-se também à sociologia e a história para retratar, sobretudo, os aspectos axiológicos na política.
 No continente europeu na época medieval a Filosofia vai encontrar nos mosteiros a teologia para ocupar-se dos espaços e dos temas políticos. 
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8. Dimensão filosófica. (c)
	São três versões de filosofia política que teve inicio no renascimento:
Thomas Morus em Utopia (1516), com influências do idealismo de Platão, em busca da república ideal; 
Nicolau Maquiavel (1469-1527) com O Príncipe onde separa a ética na atividade política da moral propriamente dita; 
Thomas Hobbes (1588 – 1679) com O Leviatã na justificação da universalidade do Estado e as razões pelas quais os homens lhes devem obediência, no assentimento da necessidade de sair do estado de natureza. 
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9. Dimensão jurídica. 
	Numa visão epistemológica na política encontram-se as relações entre a sociedade e o estado, onde primordialmente estão as questões do poder, sua legitimidade e sua legalidade, por exemplo. Quando se trata de investigações sobre a sua importância, não podemos nos afastar da Teoria Geral do Estado, devemos estar atento levando em consideração que não se deve confundir poder político com o poder estatal. O exemplo do golpe militar de 1964, no Brasil, que passou a ser confundido com o poder estatal. 
Epistemológico: Reflexão geral em torno da natureza, etapas do conhecimento humano
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	Apesar da importância dos vários estudos sobre o estado mostrarem a valor jurídico das relações entre ele e a sociedade, existe também visões diferentes para os fins dessa relação,
	segundo Lévy-Bruhl, Karl Marx na sua doutrina, admitia que o direito não existe sem estado, nem o Estado sem o direito, e o estado nada mais é que um instrumento de dominação de uma classe (burguesa) sobre outra (o proletariado).
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1. SUGESTÕES DE LEITURAS E PESQUISAS SOBRE O ASSUNTO APLICADO:
BONAVIDES, Paulo, Ciência Política, 3ª ed. Rio - São Paulo: Forense, 1976.
LAGO, Benjamim Marcos. Curso de Sociologia Política, RJ – Petrópolis – 3ª edição, 2001.
MAQUIAVEL, Nicolau, O Príncipe, tradução Lívio Xavier, São Paulo, ediouro, 1989.
2. SUGESTÕES PARA PRÁTICA: 
Exercício: Faça uma pequena resenha de cada assunto.
a) Explique o surgimento e a evolução do pensamento político.
b) Explique o objeto de estudo da Ciência política.
c) Quais as principais características da Ciência política? Justifique.
d) Qual a dimensão sociológica da Ciência política?
e) Qual a dimensão filosófica da Ciência Política?
f) Qual a dimensão Jurídica da Ciência Política?