Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ CAMPUS MACAPÁ CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM QUÍMICA CURVA DE EQUILÍBRIO SÓLIDO – VAPOR: A sublimação no processo de estamparia. MACAPÁ-AP 2018 DIRCEU BARRIGA DE SOUZA ELIERBEM ALMEIDA DE MELO FÁBIO DE SOUZA MELO FILIPE ANDRÉ SANTIGO DE MIRANDA JAILSON SILVA DAMASCENO LINÉIA SOARES RAICLÉIA CONTANDINI SAMPAIO RODRIGO DE SOUSA CAVALCANTE RODOLFO CARMO DE SOUZA LEITE CURVA DE EQUILÍBRIO SÓLIDO – VAPOR: A sublimação no processo de estamparia. Trabalho apresentado ao curso Superior de Licenciatura em Química, do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá – Ifap, como requisito avaliativo para obtenção de nota parcial na disciplina Físico- Química II ministrado pelo docente Erlysson Farias Fernandes. MACAPÁ-AP 2018 RESUMO A pesquisa apresenta dados de um artigo com métodos de impressão sobre tecidos de moda. Aponta processos e estratégias produtivas, tendo como principal objetivo a impressão usando o processo de sublimação têxtil. A sublimação tem por fundamentação, a mudança do estado sólido para o gasoso, sem que a substância passe pelo estado líquido, a impressão por sublimação usa disso para estampar em tecidos, aquecendo a tinta sólida até que vaporize para o tecido. Palavras chaves: sublimação, indústria têxtil, estamparia SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 2 A CURVA DE EQUILÍBRIO SÓLIDO – VAPOR. ............................................................... 5 3 A SUBLIMAÇÃO NO PROCESSO DE ESTAMPARIA ...................................................... 6 4 TINTAS SUBLIMÁTICAS .................................................................................................... 7 5 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 9 1 INTRODUÇÃO Novas tecnologias e processos levam a todo momento a avanços na indústria da moda, como novas fibras, fios, processos de estamparia, corantes ou processos de manufatura que, por sua vez, desencadeiam novas ideias para construir tecidos e coleções afim de atender a este setor tão dinâmico. Manter-se atualizado é uma imposição de um mercado que cada vez mais mostra um consumidor exigente e que procura por constantes variedades de peças no setor comercial. A dinâmica exigência pelo consumidor tem obrigado as empresas de produção na área da moda a lançar produtos constantemente, o desejo pelo produto exclusivo se torna imprescindível para se destacar dos concorrentes. Esta situação se reflete nas indústrias, que veem no produto estampado uma possibilidade de destacar criativamente suas coleções, sem atrasar ou onerar os lançamentos com processos de manufatura complexos. A estamparia artesanal produz impressões únicas e exclusivas, personalizando o tecido, contudo o processo é considerado lento para a produção de tecidos em massa. Já as técnicas industriais garantem maior velocidade no processo de produção com a qualidade e padrão exigido pelo consumidor. Para as empresas, a escolha da técnica industrial para estamparia pode variar de acordo com o resultado que se deseja atingir e o porte da empresa que o procura (PEZZOLO, 2007). 2 A CURVA DE EQUILÍBRIO SÓLIDO – VAPOR. Conhecer as diversas transformações físíco-químicas que ocorrem na matéria é importante para compreender a natureza profunda da mesma e assim poder controlar e manipular tais transformações. Na busca de produtos e processos que pudessem trazer ao homem e a sociedade novas tecnologias, os conhecimentos sistematizados acerca das mudanças de estado foram de suma importância pelo desenvolvimento de produtos como a naftalina, a pedra-sanitária, o gelo seco, além do processo de estamparia têxtil via sublimação. As curvas representadas pelos diagramas de fase são instrumentos que permitem o estudo e visualização sistemática dos dados referentes as mudanças de estado físicos da matéria, segundo Chang (2013, p.505) o diagrama de fases resume as condições para as quais uma substância existe no estado sólido, líquido ou gasoso, portanto, é um instrumento de dados científicos que permite uma melhor compreensão, além da possibilidade de controlar as condicionantes (pressão e temperatura) para aplicação na indústria, por exemplo. A curva de equilíbrio sólido-vapor é uma das quais são apresentadas nos diagramas de fases, segundo Chang (2013, p.504) designa-se por sublimação o processo pelo qual as moléculas vão diretamente da fase sólida para a fase de vapor. Deposição é o processo inverso, isto é, as moléculas transitam do vapor para o sólido diretamente. 3 A SUBLIMAÇÃO NO PROCESSO DE ESTAMPARIA Em 1957 Noël de Plasse, que trabalhava numa empresa francesa chamada Lainière de Roubaix de indústria Têxtil, percebeu que em temperaturas a partir de 190ºC, alguns dos corantes usados passavam diretamente do estado sólido para o gasoso sem passar pelo líquido. A tecnologia da impressão via sublimação ficou mais popular no final dos anos 60 e início dos anos 70. O início da era da “computação moderna”, quando a impressora matricial era a tecnologia predominante. Na impressão por sublimação, a imagem é impressa sobre papel especial com pigmentos sublimativos. Em escala industrial é utilizado processos Off-set para impressões, em menor escala pode ser feito através de “jatos de tinta” usando uma impressora especifica para pigmentos sublimativos. O processo ainda pode ser feito artesanalmente desenhando diretamente sobre o papel monolúcido através de técnicas de pintura manuais. Posteriormente ao processo de pintura, os papéis impressos com os pigmentos sublimativos são levados a um processo de prensa térmica, que transfere os pigmentos do papel para o tecido. A “tinta” ou a imagem já impressa é submetida a temperaturas próximas aos 200 ºC e aplicado uma pressão suficiente para fazer a tinta penetrar na fibra do substrato que estiver em contato, por exemplo, na fibra do poliéster. No que diz Ruthschilling: O processo requer como equipamento calandra ou prensa térmica, com três variáveis reguladas: temperatura, pressão e tempo. Nesse ambiente, o papel transfer é colocado em contato direto com o tecido, que deve ser de fibra de poliéster e alguns tipos de poliamida. Entretanto, o uso de misturas entre poliéster, algodão e outras fibras também tem sido utilizado, obtendo-se um efeito enfraquecido de cor, porque não há transferência do pigmento sublimático para fibras que não reagem quimicamente com os pigmentos sublimáticos. A alta temperatura (180º a 220º) faz o pigmento vaporizar- se, migrando do papel para o tecido que se encontra pressionado por determinado tempo. Nessa fase, estabelece-se uma reação químico-física quando os pigmentos sublimáticos penetram nas fibras do tecido, garantindo cores vivas (2013). O processo químico da Sublimação não ocorre com qualquer substrato, ou seja, não serve para todo e qualquer material ou tecido. Basicamente e resumidamente, só serve em fibras de poliéster,ou tecidos sintéticos. Tecidos de algodão são impróprios, pois, estes não são tecidos sintéticos. 4 TINTAS SUBLIMÁTICAS As tintas sublimáticas são as protagonistas do processo de sublimação têxtil, esta consiste na mistura entre resina acrílica, glicóis, água e aditivos especiais isentos de solventes. A composição destes produtos finais varia entre os diversos fabricantes. Para este trabalho usaremos como exemplo para estudos a tintas sublimática Transfer TS015, da marca Gênesis. A Transfer TS015 é composta de copolímeros a base de Acrilato de Metila e Estireno, além de pigmentos orgânicos. ¨Com base nos dados de pontos de ebulição e pressão de vapor dos seus componentes, além de informações obtidos em artigos sobre o tema, um gráfico foi criado (Figura 1) afim de mostrar a curva de equilíbrio sólido-vapor da Tinta sublimática produzida pela empresa Genesis. À pressão de 6 ATM e temperatura de 190ºC, moléculas do pigmento sublimático começam a passar do estado sólido para o vapor. Até o ponto de 6,8 ATM e 210ºC, a reta representada no gráfico demostra a coexistência de moléculas de pigmento no estado solido e gasoso. A uma temperatura de 220ºC e pressão de 7 ATM todas as moléculas do pigmento sublimático passaram do estado sólido para o gasoso. As tintas sublimáticas são adquiridas em seu estado líquido, isso porque deverá ser primeiramente impressa em um papel especial para esse trabalho, passando do líquido para o sólido, processo de solidificação. Somente após a impressão no papel, será levada à prensa térmica para o processo de sublimação e, posteriormente, ressublimação nas fibras do tecido. 5 CONCLUSÃO O avanço tecnológico empregado nas grandes e pequenas indústrias, tem mostrado progressivamente através de suas técnicas, que a ciência química tem sido aplicada de maneira primordial. Os conhecimentos científicos, portanto, são de extrema relevância no contexto social a qual estamos inseridos. A técnica de sublimação aplicada na indústria têxtil demonstra perfeitamente a aplicação de conhecimentos sobre os diagramas de fases, particularmente sobre as curvas de equilíbrio sólido-vapor. Destarte, é de suma importância que os técnicos, engenheiros e responsáveis inseridos neste contexto tenham como conhecimento as curvas de equilíbrio sólido-vapor para as tintas sublimáticas que utilizam, pois, o reconhecimento técnico das especificações, possibilitam a utilização das variantes de estado de acordo com a condição necessária e suficiente para tornar o processo eficaz, atendendo assim a demanda de mercado. REFERÊNCIAS BETTINI, A. M. S. L.; LASCHUK, T. A experimentação de diferentes matérias-primas e estruturas têxteis nos processos sublimáticos. 11º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Designer. Gramado, 2014. BOLETIN TÉCNICO, Tinta Sublimática serigrafica para transfer de remoção normal do papel. disponível em: http://www.genesistintas.com.br/produtos-categoria/linha-transfers. Acesso em 19/05/2018. CHANG, R. GOLDSBY, K.A. Química [recurso eletrônico]. ed. 11 – Porto Alegre: AMGH, 2013. PEZZOLO, Dinah Bueno. Tecidos: histórias, tramas, tipos e usos. São Paulo: Editora Senac, 2007 REVISTA TECNOLOGIA GRAFICA. Ed. 90. Publicado em 3 de dezembro de 2014. Disponível em: https://issuu.com/abigraf/docs/tec_90_completa. Acesso em 12/05/2018. RUTHSCHILLING, E. A.; LASCHUK, T. Processos contemporâneos de impressão sobre tecidos. 2013
Compartilhar