Buscar

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL
 
DISCENTE: LETÍCIA PAES VAGO.
RESENHA BASEADA NO TEXTO “INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: IMPACTOS DO NEOPENTECOSTALISMO NO CAMPO RELIGIOSO AFRO-BRASILEIRO” DE VAGNER GONÇALVES DA SILVA
Niterói
2018
DISCENTE: LETÍCIA PAES VAGO.
RESENHA BASEADA NO TEXTO “INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: IMPACTOS DO NEOPENTECOSTALISMO NO CAMPO RELIGIOSO AFRO-BRASILEIRO” DE VAGNER GONÇALVES DA SILVA
Trabalho avaliativo apresentado ao curso de Serviço Social, como parte dos requisitos necessários à conclusão da disciplina de Introdução a Estudos Filosóficos.
Orientador:
Prof.º Luiz Marcos L. Jorge
Niterói
2018
INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado pretende desenvolver uma breve reflexão sobre a intolerância religiosa no Brasil e tem como base o texto “Intolerância Religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro.” de Vagner Gonçalves da Silva. 
O texto citado, além de pontuar o impacto da intolerância religiosa das igrejas neopentecostais em cima do campo religioso afro-brasileiro, reúne inúmeros casos de extremo sectarismo religioso no país, os quais, em sua maioria, foram violentos e invasivos. 
“Os casos de intolerância, antes apenas episódios e sem grandes repercussões, hoje se avolumaram e saíram da esfera das relações cotidianas menos visíveis para ganhar visibilidade publica.” (SILVA. Vagner Gonçalves da (org). Intolerância Religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro. Pág. 10, linha 8)
RESENHA
A intolerância religiosa é presente no Brasil desde a sua colonização com a imposição da crença cristã portuguesa aos nativos. Na atualidade, a laicidade e os direitos religiosos dos cidadãos são presentes na Constituição brasileira. Porém, a falta de empatia religiosa interligada a inúmeros preconceitos enraizados na sociedade –tais como o étnico e o de classe social- e a invisibilidade social da vítima geram grandes ocorrências de violências físicas e psíquicas relacionadas à repudiação de outras crenças.
Quando entramos neste assunto é de extrema importância ressaltar alguns pontos relevantes para uma observação mais abrangente sobre esta disseminação de ódio, tais como: invisibilidade publica, racismo e apropriação cultural, politica segregacionista, disseminação do ódio e falta de segurança.
Ao ler-se o conteúdo podemos observar uma enorme relutância e desrespeito da igreja neopentecostal com as culturas e tradições umbandistas/candomblecistas. Uma das mais chocantes é a parte em que o autor cita pequenas ações que evidenciam casos de apropriações culturais, onde as igrejas desqualificam os símbolos afro-brasileiros e ao mesmo tempo absorvem a cultura para si e a encaixam em seus dogmas. Exemplo disto seria a “capoeira de cristo” e o “acarajé do senhor”.
No texto, o autor relata também inúmeros casos violentos e desumanos provocados por indivíduos ignorantes, os quais possuem como “direção” a disseminação do ódio e repudio as religiões afro-brasileiras o que nos faz perceber o quanto a luta contra tal preconceito é enorme e diária em um país laico que, ironicamente, possui uma bancada politica evangélica. 
Entretanto, o que faz com que tal religião pregue o ódio e o sectarismo religioso –além dos preconceitos étnico e social-? Vagner Gonçalves Da Silva, um antropólogo da USP, explica:  “No caso das pentecostais, faz parte da própria maneira como veem o mundo, achando que ele está dividido em duas grandes categorias: o bem e o mal. O mal tem que ser derrotado através de um incessante processo de guerra, que é chamado de batalha espiritual. Quando começou há umas décadas, ainda estava no plano conceitual. Se você tinha problema com bebida, eram feitas orações e rituais para tirar esse mal de você. De repente, esse demônio não é mais virtual e vira real. E onde ele está visível? Nas religiões afro-brasileiras, nas entidades que baixam nas pessoas. Você vai no terreiro e pode ver lá a entidade no corpo da pessoa. Isso é visto como prova de que o demônio existe e está no mundo terreno e fazendo coisas. Nessas religiões afro-brasileiras têm também algumas entidades, como exu e pomba-gira, que já tinham sido associadas ao demônio no cristianismo. Mesmo que não sejam consideradas o mal absoluto dentro das crenças afro-brasileiras, e sim relativas. Podem fazer o mal, mas sobretudo fazem o bem.” (Disponível em <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/11/Como-a-intoler%C3%A2ncia-religiosa-tem-se-manifestado-no-Brasil>. Acesso em: 04 jun. 2018.)
Todavia, se eles veem o mundo dividido em bem e mal por que os ataques dirigem-se especificamente as religiões afro-brasileiras? Vagner Gonçalves Da Silva explica que  “Se olharmos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), veremos que apenas 3% da população segue essas religiões. Não justificaria o ataque do lado evangélico, que hoje deve ser a religião de 25% da população. Por que chutar o cachorro pequeno então? Por que o grande não dá para chutar. Quando chutaram a santa [episódio de 1995 em que um bispo da Igreja Universal chutou uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida], deu no que deu. Com Igreja Católica não se brinca, ela é muito forte. As religiões afro-brasileiras têm sido o cachorro chutado da história do Brasil. Foram perseguidas desde a Inquisição, na República, pela polícia. E são boas como símbolos pelos motivos que falei acima. Quando o pastor mostra que é mais forte que o exu, ele mostra que tem poder absoluto, inclusive de fazer com que uma entidade que toma conta de uma pessoa seja expulsa. É mostrar sua força por meio do ataque, de exemplificar o seu poder. “(Disponível em <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/11/Como-a-intoler%C3%A2ncia-religiosa-tem-se-manifestado-no-Brasil>. Acesso em: 04 jun. 2018.)
Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, o Brasil tem uma denuncia de intolerância religiosa a cada 15 horas e 39% das denuncias são de pessoas que possuem religião de origem africana. (Disponível em <https://veja.abril.com.br/brasil/brasil-tem-uma-denuncia-de-intolerancia-religiosa-a-cada-15-horas/>. Acesso em 04 jun. 2018.) 
5
Em decorrência de tais fatos, as religiões afro-brasileiras tem buscado se 
organizar para combater os ataques do meio neopentecostal no Brasil com a ajuda de ONGs, acadêmicos, pesquisadores, entre outros para tentar manter-se “viva”, não só a religião e a crença em si, mas também o direito que nos é resguardado de livre escolha religiosa. Tal luta é diária e cansativa, mas essencial para, no futuro, ser conquistada uma maior visibilidade e alguma mudança dessa sociedade com preconceitos tão enraizados. 
5
BIBLIOGRAFIA
SILVA. Vagner Gonçalves da (org). Intolerância Religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro. São Paulo: Edusp, 2007
NEXO Jornal - Como a intolerância religiosa tem se manifestado no Brasil – 2017 – https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/11/Como-a-intoler%C3%A2ncia-religiosa-tem-se-manifestado-no-Brasil - Acesso em 04 jun. 2018.
VEJA Abril – Brasil tem uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas – 2017 - https://veja.abril.com.br/brasil/brasil-tem-uma-denuncia-de-intolerancia-religiosa-a-cada-15-horas/ - Acesso em 04 jun. 2018.

Continue navegando

Outros materiais