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A ORIGEM DA CURA PELA PALAVRA Freud e o despertar do inconsciente 1 CONTEXTO HISTÓRICO No século XVIII, a loucura e a histeria perdem suas prerrogativas divinas que tiveram em toda a Idade Média e passam a ser vistas como doenças da dimensão humana. 2 Franz Anton Mesmer Em 1766, o vienense Mesmer afirma que a atração universal de Kleper e Newton pode ser aplicada ao corpo e à alma humana chamando – a de “magnetismo animal”. A teoria da “atração universal animal” afirma que os seres vivos veiculam um “fluido universal” que é transmitido de um corpo a outro através de um ímã e esta transmissão reestabelece um fluxo de energia permitindo sua livre circulação que estaria bloqueada em um órgão doente. 3 A Cuba de Mesmer Seu tratamento incluía as imposições das mãos e a Cuba terapêutica. Na cuba, os doentes eram unidos por uma corda e ligados à cuba por uma barra de metal em contato como órgão doente. A outra parte da barra era mergulhada no líquido da cuba que possuía em sem interior pedaços de vidro, areia, limalha de ferro e bastões de enxofre moídos 4 A Cuba de Mesmer 5 A Cuba de Mesmer Grandes espelhos refletiam a imagem do grupo enquanto que uma música harmônica era tocada. Com uma vara de ferro magnetizada o terapeuta estimula as crises por meio de “passes”. Quando as crises vêm os pacientes são transportados para outro cômodo junto com o terapeuta 6 Marquês Chastenet de Puységur Puységur desenvolve a teoria de seu mestre Mesmer afirmando que as crises desencadeadas, na verdade, são resistências à cura. Ele vai colocar seus pacientes em estado de sonambulismo e os deixa guiar as sessões. Na relação passa a existir um jogo de submissão – resistência do paciente como terapeuta. O papel do terapeuta passa a ser devolver ao paciente seu próprio saber. É nesse contexto que começa a se perceber um movimento que vai culminar na Psicanálise. Neste momento ainda não é possível perceber a dimensão psíquica do que é dito pelo paciente. 7 Abade Faria (José Custódio de Faria) Faria faz do sono o centro de sua terapêutica abrindo uma reflexão para a influência sugestiva da linguagem sendo precursor da psicoterapia verbal embora ainda inclui-se massagens terapêuticas e o relaxamento em seu trabalho. Ele critica os modelos anteriores que utilizavam a cuba ou fluido magnético partindo do princípio que o SONO LÚCIDO como ele chamava, é quem promove os sonhos que estão ligados à intuição (que deve ser mista – ligada à memória e a sensorialidade) 8 Ambroise-Auguste Liébeault Liébeault começa a utilizar a palavra hipnose e afirma que o sonambulismo é um mecanismo normal ao ser humano e pode ser conduzido através da sugestão. Ele diz que favorecendo o ambiente como a penumbra, temperatura amena e outros é comum ao ser humano entrar em um estado de sonambulismo e o sujeito não esquece quem o adormeceu, a não ser aparentemente. Neste estado, começa-se a fazer sugestões de melhoria. O toque é o meio de manter o contato com quem o adormeceu. “O que não está nos sentidos não pode existir na inteligência”. 9 Joseph Delbouef O professor de psicologia experimental, filósofo, matemático e estudioso das ilusões de ótica Joseph Delbouef, apaixona-se pela hipnose, sua interpretação do sonho interessará muito a Freud. Delbouef cria um livro (o sono e os sonhos) que é lido, anotado e citado por Freud, para Delbouef ficou claro em seus estudos que nada se perde em nossas experiências e aprendizados, esquecer portanto não prova que se apagaram as memorias e traços de suas experiências, nossa memoria seria mais ampla que o campo de nossas recordações e apesar das aparências, nosso passado jamais é perdido. 10 Trabalho elaborado por: Aline Cristina de Lima Jéssica Ap. Marinho Briqueiz Larissa Moreira dos Santos Alves Nathalia Serico de Oliveira FREUD EXPLICA 12
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