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CAPÍTULO 6 Nunca fomos tão felizes o milagre econômico (Marcos Napolitano)

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Nunca Fomos Tão Felizes: O Milagre Econômico e Seus Limites
 “Milagre Econômico”, pois Napolitano nos mostra tanto os aspectos positivos como negativos, que ainda são pouco compreendidos por determinadas classes da sociedade. Dados como a explosão da dívida externa, o aumento da inflação e a má distribuição de renda são discutidos, com o objetivo de relativizar e esclarecer o “mito” que ronda tal evento econômico, pois diferente da forma como muitos pensam, “a maior parte da sociedade brasileira não pode desfrutar os resultados material deste processo de maneira sustentável e equânime”
-O nome do capitulo “Nunca fomo tão felizes” é referente a um slogan de tv dos anos de 1970, IDEIA CENTRAL DO TEXTO: O texto vai nos proporcionar uma visão sobre o
-A ditadura teve sim um desenvolvimento inegável e expansão capitalista, mas a maior parte dos brasileiros não pôde desfrutar os resultados materiais deste processo de maneira sustentável e equânime.
-Porem para os a favor da ditadura, o grande serviço dos militares ao Brasil foi o desenvolvimento econômico, alegando que em 1964 o Brasil tinha o 64° pib mundial, e em menos de dez anos já era a décima economia do planeta. OS críticos alegavam que este aumento econômico, tinha sido feito à custa de arrocho salarial, reforço dos laços de dependência estrutural do capital internacional e brutal concentração de renda, até para os padrões capitalistas. Porém nos dez anos seguintes ao fim do regime militar os governos civis não apenas não reverteram este quadro como aprofundaram o caos econômico, gerando uma sensação de nostalgia do “milagre econômico”.
-Entre 1964 e 1985, foi de 6,7%.2n o crescimento do “milagre” dos governos Costa e Silva e Médici (1968-1973) e do crescimento induzido pela política do governo Geisel (1974-1979) foi, em grande parte, anulada pela política recessiva do primeiro governo militar e pela profunda crise econômica pós-1980. Portanto, no jogo dos índices de crescimento entre a democracia e a ditadura, quase dá empate
-Os de direita porem não questionam que o desenvolvimentismo sem democracia imposto pela ditadura militar teve um alto custo social. O salário mínimo teve uma perda real de 25% entre 1964 e 1966 e 15% entre 1967 e 1973. Entretanto, até o final dos anos 1970, a ampla oferta de emprego e a inflação alta, mas relativamente controlada, atenuavam os efeitos da concentração de renda.
-Mas o regime não pode ser considerado tão a favor do capitalismo, já que a partir dos anos 70, empresários passa a critica-lo. A explicação é que já um primeiro momento o regime militar tem uma política dura de ajuste fiscal e monetário, tão a gosto da ortodoxia liberal. Menos dinheiro, menos crédito, controle salarial, menos gastos e mais impostos. Tudo isso, junto, e temos a política econômica do governo Castelo Branco.
-As dívidas externas do Brasil explodiram com o segundo choque do petróleo em 1979 e a crise financeira internacional de 1982.215 Assim, os anos finais do regime foram marcados pela recessão, pelo desemprego e pela inflação altíssima. Os efeitos destes processos econômicos foram atenuados no plano social por mecanismos como a indexação de preços, gerando assim reajuste salarial, e alta rotatividade no mercado financeiro.
-Em 1964, foi criado o Banco Central, que deveria ser a “autoridade monetária” do Brasil, organizando a política de emissão de moeda e as regras cambiais. Para captar recursos privados para os cofres públicos: Por um lado, evitavam a emissão de moeda aumentando assim a inflação, então o governo vendia os títulos resgatáveis e reajustados conforme a inflação. Isso em 1964, deram resultado, permitindo o financiamento de mais de 80% do déficit fiscal da União, sem necessidade de fabricar mais dinheiro.
-Para resolver o problema da moradia da classe média, foi criado o Sistema Financeiro da Habitação, integrando o Banco Nacional da Habitação, a Caixa Econômica Federal e caixas estaduais.
-Porem as mudanças do primeiro governo militar brasileiro entram em choque, já que a partir dele o Estado brasileiro se torna regulador e normativador das relações socioeconômicas, no plano fiscal, monetário e trabalhista, buscando otimizar a expansão capitalista. Porém estas reformas não modificavam o cotidiano da população, a não ser no que tinham de negativas e repressivas.
-Por volta de 1967, o Brasil estaria “preparado para crescer”, do ponto de vista capitalista, devidamente integrado ao sistema capitalista mundial liberal, porém o governo Castelo não capitalizou, politicamente falando, a ampla reforma estrutural.
-Costa e Silva mudou os rumos da política econômica. Para agradar os setores nacionalistas, inclusive do Exército. Uma das primeiras medidas foi abaixar a taxa de juros para 22%, uma queda repentina de 14 pontos percentuais, tornando o crédito mais barato.
-1967 Reconhecendo que esta política recessiva estava causando mais problemas que soluções, Costa e Silva nomeou Antonio Delfim Netto para ser o principal gestor da economia brasileira, este entendia que a inflação no contexto da segunda metade dos anos 1960 era causada mais pelo custo da reprodução da mão de obra do que pela alta demanda de consumo.
-A partir de meados de 1968, os efeitos do crescimento econômico começam a aparecer. A forte expansão da moeda e do crédito foi canalizada para o setor privado, comércio exterior aumentou significativamente, com forte crescimento de exportações de manufaturados compensando o igual aumento das importações de petróleo e máquinas.
-Porém em 1969 assustado pela retomada da produção e da demanda, o governo segura a expansão do déficit e da moeda, voltando a se concentrar no combate da inflação.
-Em 1970 e 1971 foi lançado o Plano Nacional de Desenvolvimento
-Quando a inflação voltou a subir com força, a partir de 1974 e, sobretudo, a partir de 1979, os efeitos dessa perda de renda relativa e do arrocho salarial ficariam mais visíveis, gerando ampla insatisfação nas classes populares que ao contrário da classe média estava completamente despreparada.
-A crise do petróleo também mexeu com a balança econômica brasileira a partir de 1974.
-Pode-se dizer que até a década de 1970 a economia cresceu, mas o foco dos investimento, a inflação e o retrocesso no consumo das classes médias fizeram com que o descontentamento social crescesse. Os assalariados começaram a sentir ainda mais os efeitos do arrocho salarial implantado em 1964, agravado pela inflação crescente. Vale lembrar que no final da década de 1970 a inflação chegou a 94,7% ao ano; em 1980, já era de aproximadamente 110%, e em 1983 alcançou o patamar de 200%.

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