Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL 7ª Edição Traduzindo o edital Simulado Comentado Noções de Direito Previdenciário Ética no Serviço Público Regime Jurídico Único Noções de Direito Constitucional Noções de Direito Administrativo Língua Portuguesa Raciocínio Lógico Noções de Informática O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. GG EDUCACIONAL EIRELI SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF CEP: 71.200-032 CONTATOS: Capitais e Regiões Metropolitanas 4007 2501 Demais Localidades 0800 607 2500 faleconosco@editoragrancursos.com.br AUTORES: Marcelo Bórsio / Beto Fernandes Rebeca Guimarães J.W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso Ivan Lucas Bruno Pilastre / Viviane Faria Roberto Vasconcelos Henrique Sodré PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano DIAGRAMAÇÃO: Charles Maia, Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves REVISÃO: Carolina Fernandes, Emanuelle Alves Melo, Hudson Maciel, Luciana Silva e Sabrina Soares CAPA: Pedro Wgilson TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. 01/2016 – Editora Gran Cursos GS1: 789 862 062 1 582 O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 4 BETO FERNANDES Ex-servidor do Banco do Brasil e Caixa Econô- mica Federal. Atuou por mais de 3 anos no INSS. Atualmente é servidor do TJDFT. Dinâmico, didático e experiente, ministra aulas de Direito Previdenciá- rio, Direito Constitucional e Conhecimentos Bancá- rios nos melhores cursos preparatórios para concur- sos do país. BRUNO PILASTRE Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor de Redação Discursiva e Interpretação de Textos. Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora Gran Cursos. HENRIQUE SODRÉ Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde 2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí- odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e pós-graduando em Gestão Pública. Ministra aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos. IVAN LUCAS Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona Lei 8.112/90, Direito Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor do Superior Tribunal de Justiça, o professor atualmente é analista do Tri- bunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Possui grande experiência na preparação de candidatos a concursos públi- cos. É autor, pela Editora Gran Cursos, das obras: Direito do Trabalho para concursos – Teoria e Exercícios; Lei n. 8.112/90 comentada – 850 exercícios com gabarito comen- tado; Lei n. 8.666/1993 – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; Atos Administrativos – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; 1.500 Exercícios de Direito Administra- tivo; 1.000 Exercícios de Direito Constitucional; Legislação Administrativa Compilada, dentre outras. J. W. GRANJEIRO Reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre temas relativos à Administração Pública, é professor de Direito Administrativo e Administração Pública. Possui expe- riência de mais de 26 anos de regência, sendo mais de 23 anos preparando candidatos para concursos públicos e 17 de Serviço Público Federal, no qual desempenhou atribuições em cargos técnicos, de assessoramento e direção superior. Ex-professor da ENAP, ISC/TCU, FEDF e FGV/DF. Autor de 21 livros, entre eles: Direito Administrativo Simplificado, Administração Pública - Ideias para um Governo Empreen- dedor e Lei nº 8.112/1990 Comentada. Recebeu diversos títulos, medalhas e honrarias. Destacam-se os seguintes: Colar José Bonifácio de Andrada, patriarca da Independência do Brasil (SP/2005), Professor Nota 10 (Comunidade/2005), Comendador (ABACH/2003), Colar Libertadores da América (ABACH/2003), Gente que Faz (Tribuna 2003), Profissional de Sucesso (Correio Braziliense/2003), Medalha do Mérito D. João VI (Iberg/Ibem/Fenai-Fibra/Aidf/Abi-DF/2006), Cida- dão Honorário de Brasília (Câmara Legislativa do DF/2007), Empresário do Coração 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, Master in Business Leadership 2006, 2007 e 2009 con- ferido pela World Confederation of Business. MARCELO BÓRSIO Delegado da Polícia Federal. Possui graduação em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, é mestre e doutor em Direito Previdenciário pela Pontifícia Universi- dade Católica de São Paulo, pós-doutor em Direito da Segu- ridade Social pela Universidad Complutense de Madrid. Autor de obras no tema, palestrante pelo país, leciona em cursos preparatórios para concurso e é também professor e coordenador da pós-graduação de Direito Previdenciário e da Prática Previdenciária na Rede LFG/Uniderp. REBECCA GUIMARÃES Graduada em Sociologia e Antropologia pela Universi- dade de Brasília e com mestrado em Filosofia Social também pela Universidade de Brasília. Suas aulas estão relacionadas aos principais temas ligados ao Código de Ética do Servidor Público e às atualidades, tendo como principal foco concur- sos públicos e vestibulares. Rebecca Guimarães é sinônimo de aulas interessantes e bem elaboradas. É autora da obra OS E.U.A e a alienação fundamentalista religiosa pela Edi- tora UnB. AUTORES O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 5 RODRIGO CARDOSO Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, o professor Rodrigo Cardoso é graduado em Direito pela Universidade Católica de Brasília e especialista em Direito Administrativo e Direito Constitucional. Professor de Direito Administrativo, Lei 8.112/90 e palestrante, possui grande experiência na preparação de candidatos a concur- sos públicos. É coautor do livro Direito Administrativo Simpli- ficado com o professor J. W. Granjeiro. ROBERTO VASCONCELOS Engenheiro Civil formado pela Universidade Fede- ral de Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, ministrando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatís- tica. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos. VIVIANE FARIA Professora de Língua Portuguesa há 20 anos, em preparatórios para concursos e vestibulares, escolas públicas e particulares, faculdades e universidades, empresas privadas e órgãos públicos. Formada em Letras pela UnB, com dupla habilitação (Bacharelado e Licenciatura), pós-graduada em Neuroaprendizagem e mestra em Linguística pela UnB. Atualmente, além de professora, é pesquisadora pela UFG em Direitos Humanos e pelaUnB em Linguística. Disciplinas que lecionou/leciona: Gramática, Interpretação Textual, Redação Discursiva, Redação Oficial, Latim, Literatura Brasileira, Crítica Literária, Literatura Infanto-Juvenil, Arte e Literatura, Análise do Discurso. Palestrante de técnicas neurocientíficas na organização e otimização dos estudos. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. SIMULADO COMENTADO ..............................................................................................................................7 NOÇÕES DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO ......................................................................................................31 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO .....................................................................................................................229 REGIME JURÍDICO ÚNICO ..........................................................................................................................239 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................269 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................337 LÍNGUA PORTUGUESA ..............................................................................................................................451 RACIOCÍNIO LÓGICO ................................................................................................................................533 NOÇÕES DE INFORMÁTICA .......................................................................................................................645 TRADUZINDO O EDITAL ............................................................................................................................667 ÍNDICE GERAL O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. SI M U LA D O C O M EN TA D O SIMULADO COMENTADO O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 8 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O LÍNGUA PORTUGUESA (Comentários do autor Bruno Pilastre) (CESPE/CEBRASPE /CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO 1/STJ/ 2015) Texto I 1 A ideia de solidariedade acompanha, desde os primór- dios, a evolução da humanidade. Aristóteles, por exem- plo, em clássica passagem, afirma que o homem não é um ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado 5 teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua e relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus semelhantes. Não pode renunciar à sua condição inata de membro do corpo social, porque apenas os animais e os deuses podem prescindir 10 da sociedade e da companhia de todos os demais. � O primeiro contato com a noção de solidariedade mos- tra uma relação de pertinência: as nossas ações sociais incidem, positiva ou negativamente, sobre todos os de- mais membros da comunidade. A solidariedade implica, 15 por outro lado, a corresponsabilidade, a compreen- são da transcendência social das ações humanas, do coexistir e do conviver comunitário. Percebe-se, aqui, igualmente, a sua inegável dimensão ética, em virtude do necessário reconhecimento mútuo de todos como 20 pessoas, iguais em direitos e obrigações, o que dá suporte a exigências recíprocas de ajuda ou sustento. � A solidariedade, desse modo, exorta atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros. Pede diálo- go e tolerância. Pressupõe um reconhecimento ético 25 e, portanto, corresponsabilidade. Entretanto, para que não fique estagnada em gestos tópicos ou se esgote em atitudes episódicas, a modernidade política impõe a necessidade dialética de um passo maior em dire- ção à justiça social: o compromisso constante com 30 o bem comum e a promoção de causas ou objeti- vos comuns aos membros de toda a comunidade. DINIZ, Marcio Augusto de Vasconcelos. Estado social e princípio da so- lidariedade. In: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n.3, p. 31-48, jul.-dez./2008. Internet: <www.fdv.br> (com adaptações). Julgue os itens que se seguem, relativos às estruturas linguísticas do texto Estado social e princípio da solida- riedade. 1. A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “dá suporte a exigências recíprocas” (l. 21). 2. A correção gramatical e o sentido original do texto se- riam preservados se a oração “A solidariedade, desse modo, exorta atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros” (l. 22 e 23) fosse reescrita da seguinte for- ma: Atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros são exigidas para o exercício da solidariedade. 3. A correção gramatical e o sentido original do texto se- riam preservados caso se inserisse o pronome se ime- diatamente antes da forma verbal “pode” (l. 8). 4. A forma verbal “implica” (l.14) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do tex- to, ser substituída por acarreta. 5. Na linha 18, a expressão “a sua inegável dimensão ética” constitui o sujeito da forma verbal “Percebe-se”. Texto II 1 A história da responsabilidade civil entrelaça-se com a história da sanção. O homem primitivo atribuía (e algumas tribos indígenas ainda o fazem) a fenômenos da natureza caráter punitivo, cominado por espíritos 5 ou deuses. Nas relações entre os homens, à ofensa correspondia a vingança privada, brutal e ilimi- tada, como se esta desfizesse a ofensa praticada. � No período pré-romano da história ocidental, a sanção tinha fundamento religioso e pretensão de satisfação 10 da divindade ofendida pela conduta do ofensor. Nesse período, surgiu a chamada Lei do Talião, do latim Lex Talionis — Lex significando lei e Talionis, tal qual ou igual. É de onde se extraiu a máxima “Olho por olho, dente por dente”, encontrada, inclusive, na Bíblia. 15 Embora hoje possa parecer pouco razoável a ideia de sanção baseada na retaliação ou na prática pelo ofen- dido de ato da mesma espécie da que o ofensor prati- cou contra ele, a Lex Talionis, em verdade, representou grande avanço, pois, da vingança privada, passou-se 20 a algo que se pode chamar de justiça privada. Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu destinatário, e não mais cor- respondia a todo e qualquer ato que o ofendido pre- tendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a 25 sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado. Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de outra natureza o ato do ofendido contra o originário ofensor. SILVA, Carlos B. I.; COSTA, Cynthia L. Evolução histórica da responsa- bilidade civil e efetivação dos direitos humanos. In: Renata F. de Barros e Paula Maria T. Lara (Orgs.). Direitos humanos: um debate contem- porâneo. Raleigh, Carolina do Norte, EUA: Lulu Publishing, 2012, p. 69-70. Internet: <https://books.google.com.br> (com adaptações). Acerca das estruturas linguísticas do texto Evolução histórica da responsabilidade civil e efetivação dos direitos humanos, julgue os itens a seguir. 6. Na linha 12, a vírgula que se segue ao vocábulo“Talio- nis” representa a elipse da forma verbal “significando”. 7. Do ponto de vista sintático, as vírgulas que isolam a frase “se o dano fosse físico” (l.26-27) são de empre- go facultativo, razão por que a correção do texto seria preservada caso se eliminassem ambas ou se apenas uma delas — seja a primeira, seja a segunda — fosse eliminada. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 9 SI M U LA D O C O M EN TA D O 8. A substituição das formas verbais “deixou” (l.21), “cor- respondia” (l.22-23) e “passou” (l.24) por deixa, cor- responde e passa, respectivamente, manteria a cor- reção e a coerência do texto. (CESPE/CEBRASPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/ MECPS/ 2015) Texto III 1 Faço compras no supermercado. Encho o tanque do automóvel. Compro um livro, um filme, um CD. Vou almo- çar, pago a conta, saio. E então reparo que não encontrei um único ser humano em todo o processo. Só máquinas. 5 Eu, o meu cartão de crédito ― e uma máquina. Então penso: será que Paul Lafargue (1842–1911) tinha razão? � Lafargue é pouco lido hoje em dia. Genro do famo- so Karl Marx, Lafargue escreveu O direito à pre- guiça em finais do século XIX. Para deixar uma 10 mensagem otimista: a humanidade deixará o tra- balho para trás porque o progresso tecnológico vai libertar os homens da condenação da jornada. � A mensagem de Lafargue é uma espécie de pro- fecia bíblica do avesso: quando Adão e Eva foram 15 expulsos do paraíso, Deus condenou o par deso- bediente a ganhar a vida com o suor do rosto. As máquinas, escreveu Lafargue, permitirão que os homens regressem ao paraíso, deixando as can- seiras da labuta para os brinquedos da tecnologia. 20 Não sei quantas vezes li o opúsculo de Lafargue. Umas dez. Umas cem. Sempre à espera do dia em que a máquina libertaria os homens para o lazer. COUTINHO, João Pereira. Nós, os escravos. In: Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). Em relação as estruturas linguísticas e as ideias do texto III, julgue os itens a seguir. 9. No primeiro parágrafo do texto, a ausência de conec- tores entre os quatro primeiros períodos e o uso de formas verbais em primeira pessoa constituem es- tratégias discursivas que favorecem a construção de uma atmosfera de automatismo e de individualismo no texto. 10. Na linha 10, os dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação referente à informação anterior. Texto IV 1 Não é fácil ser um organismo. Em todo o universo, pelo que sabemos até agora, só existe um lugar, um posto avançado discreto da Via Láctea chamado Terra, que sustentará você e, mesmo assim, com muita má vontade. 5 Do fundo da fossa oceânica mais profunda ao topo da montanha mais elevada, a zona que abrange quase toda a vida conhecida, existem menos de vinte quilô- metros ― não muito se comparados com a vastidão do cosmo como um todo. 10 Para os seres humanos, a situação é ainda pior, porque pertencemos por acaso ao grupo de seres vivos que tomaram a decisão precipitada, mas ousada, 400 milhões de anos atrás, de rastejar para fora dos ocea- nos, tornando-se terrestres e respirando oxigênio. Em 15 consequência, nada menos que 99,5% do espaço habi- tável do mundo em termos de volume, de acordo com uma estimativa, estão fundamentalmente ― em termos práticos, completamente ― fora do nosso alcance. � Não se trata apenas de que não conseguimos respirar 20 na água, mas de que não suportaríamos as pressões. Como a água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar, as pressões aumentam rapidamente à medida que se desce ― o equivalente a uma atmosfera para cada dez metros de profundidade. Em terra, se você subisse 25 em uma construção de 150 metros ― a catedral de Colônia ou o monumento de Washington, digamos ―, a mudança de pressão, de tão pequena, seria impercep- tível. No entanto, à mesma profundidade na água, suas veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam 30 até ficar do tamanho de uma lata de refrigerante. BRYSON, Bill. O planeta solitário. In: Breve história de quase tudo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 247-8 (com adaptações). No que se refere às estruturas linguísticas do texto IV e às ideias nele desenvolvidas, julgue os próximos itens. 11. O emprego da palavra “discreto” (l.3) enfatiza a ideia da pequena dimensão em que ocorrem as condições mínimas para a vida humana. 12. Na linha 26, o emprego da vírgula após o travessão é facultativo. 13. Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o pronome “você”, em suas duas ocorrências (l. 4 e 24), poderia ser substituído por alguém. 14. A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “a zona que abrange quase toda a vida conhecida” (l. 6 e 7) fosse reescrito da se- guinte forma: a área que preserva quase toda a vida de que se têm conhecimento. Texto V 1 A vitória da beleza brasileira � A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primei- ra negra eleita miss DF. A modelo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da moda, 5 pois exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os traços. Amanda recusou-se e foi consa- grada naquela que seria a última tentativa de ser modelo. Correio Braziliense, 13/07/2015, capa (com adaptações). O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 10 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O Julgue os seguintes itens, referentes as ideias e as estruturas linguísticas do texto V. 15. Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em “Amanda recusou-se” (l.6), fosse deslocado para imediatamente antes da forma verbal “recusou”: Amanda se recusou. 16. No trecho “exigiram que ela alisasse o cabelo, afinas- se o nariz e mudasse os traços” (l. 5 e 6), o sujeito da forma verbal “exigiram” é indeterminado. CESPE/ CEBRASPE/ NÍVEL INTERMEDIÁRIO (CAR- GO 12) /FUB/2015 1 Estação do ano mais aguardada pelos brasilei- ros, o verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época 5 do ano, mas acentuado na última década pelas mudan- ças climáticas ― traz desconfortos e riscos à saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, 10 mostrou que as temperaturas altas aumentam hospita- lizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de calor são um fenômeno mundial. Portanto, os resultados 15 podem ser considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística da faculdade e principal autora do estudo, publicado no jornal Jama, da Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos que associem as ondas de 20 calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma Domininci. “Precisamos que os colegas de outras partes do planeta façam pesquisas seme- lhantes para compreendermos melhor essa importante 25 questão para a saúde pública”, observa. Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações) Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue os itens que se seguem. 17. Elementos presentes no texto permitemclassificá-lo como narrativo. 18. Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “há” (l. 19) por existe. 19. Seria mantida a correção gramatical do período caso o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros” (l. 1) fosse deslocado e inserido, entre vír- gulas, após “verão” (l. 2) feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas. 20. Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “es- pecíficos” têm a mesma justificativa gramatical. 21. O termo ‘aí’ (l. 20) tem como referente “Brasil” (l. 18). 22. O emprego da vírgula após “momento” (l. 9) explica-se por isolar o adjunto adverbial, que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição padrão. 1 “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que compõem o preconceito 5 mais presente na cultura brasileira: o linguístico”. � A redação acima poderia ter sido extraída do edito- rial 7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada 10 pelo Ministério da Educação em parceria com a Fun- dação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). � A autora do artigo é estudante do 2.º ano do ensino médio em uma escola estadual do Ceará, e foi premiada 15 ao lado de outros dezenove alunos de escolas públi- cas brasileiras, durante um evento em Brasília, no último mês de dezembro. Como nos três anos anterio- res, vinte alunos foram vencedores ― cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de opinião (2.º e 20 3.º anos do ensino médio), a olimpíada destacou pro- duções em crônica (9.º ano do ensino fundamental), poema (5.º e 6.º anos) e memória (7.º e 8.º anos). Tudo regido por um só tema: “O lugar em que vivo”. Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações) No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto, julgue os itens a seguir. 23. Os trechos ‘especialista no assunto’ (l. 3), ‘o linguístico’ (l. 5) e “primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olim- píada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” (l. 7 a 9) exercem a mesma função sintática, a de aposto. 24. O elemento coesivo “mas” (l. 7) inicia uma oração co- ordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de fatos. 25. Na linha 18, caso o travessão fosse substituído por dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção gra- matical do texto. 26. O termo “o brasileiro” (l. 3) exerce a função de sujeito da oração em que se insere. (CESPE/ CEBRASPE/ NÍVEL SUPERIOR (TODOS OS CARGOS)/ FUB/ 2015) 1 O fator mais importante para prever a perfor- mance de um grupo é a igualdade da participação na conversa. Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm desempenho pior do que aqueles em que O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 11 SI M U LA D O C O M EN TA D O 5 há mais troca. O segundo fator mais importante é a inteligência social dos seus membros, medida pela capacidade que eles têm de ler os sinais emitidos pelos outros membros do grupo. As mulheres têm mais inte- ligência social que os homens, por isso grupos mais 10 diversificados têm desempenho melhor. Gustavo Ioschpe. Veja, 31/12/2014, p. 33 (com adaptações) Julgue o iten seguinte, referentes às ideias e às estru- turas linguísticas do texto acima. 27. Em todas as ocorrências de “têm” no texto (l. 4, 7, 8 e 10) é exigido o uso do acento circunflexo para marcar o plural. GABARITO COMENTADO 1. C C O M E N T T R I O� De fato, a correção gramatical estaria prejudicada caso se empregasse o sinal indicativo de crase. Sendo a crase a fusão de preposição mais artigo, dever-se-ia registrar a sentença como “dá suporte às exigências recíprocas”, pois “exigências recíprocas” é termo nominal plural, exigindo artigo plural as. Assim, a forma “dá suporte à exigências recíprocas” é incor- reta. 2. E C O M E N T T R I O� A questão está de pronto incorreta, pois a correção gramatical da oração não é respeitada. A sentença “Atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros são exigidas para o exercício da solidariedade.” deveria ser reescrita como “Atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros são exigidos para o exercício da solidariedade.” A regra de concordância nominal que rege a forma participial é a seguinte: se as palavras determinadas forem de gêneros diferentes, a palavra determinante irá para o plural masculino ou concordará em gênero e número com a mais próxima. 3. E C O M E N T T R I O� A inserção da forma se imediatamente antes da forma verbal “pode” respeita, sim, a regra de colocação pronominal, uma vez que há a partícula atrativa “não” no início do período. No entanto, a questão está incorreta pelo fato de haver mudança de sentido original do texto. Em “Não se pode”, a partícula se é índice de indeterminação do sujeito. Na sentença origi- nal, o sujeito da forma verbal é determinado, encontrando referente nos períodos anteriores (= o homem, ele, 3ª pessoa do singular). 4. C C O M E N T T R I O� As formas “implicar” e “acarretar” são, no contexto, formas sinônimas. Ambas possuem o sentido de “ter como consequ- ência, ocasionar”. 5. C COMENTTRIO� A forma “Percebe-se” é uma passiva sintética, a qual possui a partícula apassivadora se. a reescrita da frase como passiva ana- lítica revela o sujeito: A sua inegável dimensão ética é perce- bida. 6. C COMENTTRIO� Ao se substituir a vírgula pela forma verbal, percebe-se manu- tenção do significado original e da correção gramatical: “Nesse período, surgiu a chamada Lei do Talião, do latim Lex Talionis — Lex significando lei e Talionis significando tal qual ou igual. 7. E COMENTTRIO� A frase “se o dano fosse físico” quebra a sequência sintática da oração “isso quer dizer que a retaliação também o seria”, por isso é necessária a presença de AMBAS as vírgulas. 8. C COMENTTRIO� Em termos temporais, é possível perspectivar ambas as formas verbais “deixou” e “deixa” como o início de um novo momento após a chegada da “justiça privada”. 9. C COMENTTRIO� A ausência de conectores gera pausas mais intensas. Semelhante a uma máquina, a qual faz processos com intervalos regulares e sistemáticos, as pausas geradas pela pontuação e pela ausência de conectores geram a atmosfera de automatismo no texto. 10. C COMENTTRIO� O uso dos dois pontos introduz um aposto explicativo, o qual se refere à forma “mensagem otimista”. 11. C COMENTTRIO� A palavra “discreto” enfatiza, sim, a ideia da pequena dimen- são em que ocorrem as condições mínimas para a vida humana. Essa ideia é reforçada pelos números apresentados ao longo do texto. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 12 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O 12. E C O M E N T T R I O� A vírgula não é facultativa, uma vez que separa o termo deslocado “se você subisse em uma construção de 150 metros ― a catedral de Colônia ou o monumento de Washington, digamos ―”. Esse termo separa a sequência “Em terra, a mudança de pressão, de tão pequena, seria imperceptível”. 13. C C O M E N T T R I O� Tanto na linha4 quanto na linha 22, “você” faz referência a alguma pessoa não identificada, não definida. Assim, é perfei- tamente permutável pelo pronome indefinido “alguém”. 14. E C O M E N T T R I O� A forma verbal “têm” indica sujeito de 3ª pessoa do plural. A forma correta deve fazer referência à terceira pessoa do singular. 15. E C O M E N T T R I O� Não há prejuízo, pois a próclise também é permitida. 16. C COMENTTRIO� Não há, ao longo do texto, referência para alguma entidade. Assim, a concordância com a 3ª pessoa do plural indica inde- terminação. 17. E COMENTTRIO� Trata-se, na verdade, de um texto expositivo. 18. E COMENTTRIO� O verbo “há” (l. 19) deve ser substituído pela forma “existem”, a qual passa a concordar com “estudos específicos” (l. 19). 19. C COMENTTRIO� A expressão nominal em questão é um aposto, o qual pode, sim, ser deslocado para a posição posterior ao nome a que faz refe- rência (verão). 20. C COMENTTRIO� Ambas são proparoxítonas. 21. C. COMENTTRIO� De fato, o referente locativo da forma “aí” é Brasil. 22. E COMENTTRIO� O termo em destaque faz referência ao nome “estudo” (l. 8). Não se trata, então, de adjunto adverbial. 23. C COMENTTRIO� Os trechos destacados são expressões de natureza substantiva que se referem a outra expressão de natureza substantiva ou pro- nominal. 24. E COMENTTRIO� O elemento coesivo “mas” inicia uma oração coordenada que exprime ideia adversativa. 25. C COMENTTRIO� O travessão pode ser substituído por dois-pontos e por vírgula, inexistindo prejuízo para a correção gramatical. 26. C COMENTTRIO� A oração em questão é “o brasileiro não sabe português”, cujo sujeito é “o brasileiro”. O predicado é “não sabe português”. 27. C COMENTTRIO� Na primeira ocorrência, a forma “têm” concorda com “Grupos” (l. 2); na segunda concorda com “eles” (l. 7); na terceira con- corda com “mulheres” (l. 8); na quarta concorda com “grupos mais diversificados” (l. 9-10). REDAÇÃO OFICIAL (Comentários da autora Viviane Faria) (CESPE) Considerando os aspectos estruturais e lin- guísticos das correspondências oficiais previstos no Manual de Redação da Presidência da República, jul- gue os itens que se seguem. 28. Sempre que possível, os despachos ao memorando devem ser registrados no próprio documento, para simplificar o processo e garantir maior transparência às decisões tomadas. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 13 SI M U LA D O C O M EN TA D O 29. A exposição de motivos é uma comunicação oficial diri- gida ao presidente da República ou ao vice-presidente por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja, assinada por mais de um ministro. 30. Caso um ministro da Primeira Turma do STJ tenha de encaminhar um documento a um ministro da Quarta Turma desse mesmo tribunal, a comunicação a ser expedida para esse fim será o aviso, e o fecho a ser utilizado será “Cordialmente”. (CESPE) Assunto: encaminha processo. Excelentíssimo Senhor Ministro, Ao cumprimentá-lo, encaminhamos processo, regis- trado sob n. 1234567-00.2015.3.0.0000, para análise do mesmo e para emissão do parecer de Vossa Excelência o Senhor Ministro. Atenciosamente, [assinatura] [identificação do signatário] Considerando o fragmento da comunicação oficial hi- potética anteriormente apresentado, julgue os próxi- mos itens com base no Manual de Redação da Presi- dência da República. 31. A linguagem empregada no documento hipotético em questão atende aos princípios de clareza, concisão e uso de linguagem formal e, portanto, é adequada à co- municação oficial. 32. A estrutura do documento apresentado é adequada à composição de um ofício. (CESPE) PORTARIA STJ/ GDG N. 205, DE 6 DE MARÇO DE 2015. Prorroga o prazo estabelecido na Portaria STJ GDG n. 1.247, de 9 de dezembro de 2014. O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, usando da atribuição conferida pelo item 17.2, X, b, do Manual de Organização do Superior Tribunal de Justiça, RESOLVE: Art. 1º Prorroga, até 6 de abril de 2015, o prazo esta- belecido no art. 3º da Portaria STJ GDG n. 1.247, de 9 de dezembro de 2014. Art. 2º Esta portaria entra em vigor nesta data de sua publicação. José Joaquim Xavier Acerca de aspectos gerais das correspondências ofi- ciais e com fundamento no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os próximos itens, relativos ao documento oficial hipotético anteriormente apresentado — PORTARIA STJ/GDG N. 205. 33. Em uma portaria, denomina-se epígrafe o trecho do texto que sintetiza seu conteúdo, de modo a permitir o conhecimento imediato da matéria, como na hipótese em questão: “Prorroga o prazo [...] dezembro de 2014”. 34. Caso o artigo primeiro do documento em apreço cons- tituísse um caput seguido de um único parágrafo, este deveria ser identificado por extenso e seu texto deveria iniciar-se com letra maiúscula e encerrar-se com ponto final. (CESPE) COMUNICADO GDG N. 2, DE 30 DE JANEI- RO DE 2015 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em cumprimento ao que deter- mina o art. 1º da Resolução CNJ n. 22, de 5 de junho de 2010, divulga a frota de veículos do Tribunal, conforme a planilha anexa. José Joaquim Xavier No tocante a aspectos gerais das correspondências oficiais e com fundamento no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os próximos itens, rela- tivos ao fragmento de comunicação oficial hipotética an- teriormente apresentado — COMUNICADO GDG N. 2. 35. A comunicação oficial hipotética em questão não aten- de à concisão, uma das qualidades essenciais da re- dação oficial. 36. O vocábulo “anexa” foi empregado de acordo com o padrão culto formal da língua portuguesa. 37. O vocativo adequado, na elaboração de expediente oficial dirigido ao emitente da comunicação em apreço, seria “Digníssimo Senhor”, seguido do nome do cargo correspondente. GABARITO COMENTADO 28. C COMENTTRIO� Por ser um documento de caráter interno, o memorando prima pela agilidade. Trazer os despachos registrados em si, além de garantir a transparência, auxilia na agilidade da tramitação. 29. C COMENTTRIO� A exposição de motivos é um documento que realmente só pode ser emitido por ministro de estado, todavia, podendo ser assi- nado por mais de um. Importante lembrar que o único destinatá- rio é a Presidência da República. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 14 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O 30. E COMENTTRIO� O aviso é um documento que só pode ser emitido por minis- tro de estado, não podendo ter um ministro de tribunal supe- rior como remetente. Além disso, o fecho “cordialmente” não é aceito nos documentos oficiais, permite-se, somente, “atencio- samente” e “respeitosamente”. 31. E COMENTTRIO� O vocativo, o início do corpo do texto e seu final são a prova maior da prolixidade e do uso inadequado do tratamento, o que, por sua vez, prejudicam a clareza e a concisão. 32. C COMENTTRIO� Como diz o comando da questão, o texto apresentado é um fragmento de documento. Sendo assim, pode-se afirmar que ele comporia um ofício, já que esse documento possui “assunto”, “vocativo”, “corpo de texto”, “fecho”, “assinatura” e “registro de signatário” em sua padronização. 33. E COMENTTRIO� O trecho “Prorroga o prazo [...]dezembro de 2014” é, na ver- dade, a ementa. A epígrafe é “PORTARIA STJ/GDG N. 205, DE 6 DE MARÇO DE 2015”. 34. C COMENTTRIO� De acordo com o MRPR, o “parágrafo único” é identificado por extenso. Além disso, o registro do texto de todo parágrafo ini- cia-se com letra maiúscula e termina em ponto final. 35. E COMENTTRIO� Como se pode verificar, o texto em análise é perfeitamente con- ciso, já que apresenta somente as informações necessárias, sem prolixidade ou tratamento inadequado. 36. C COMENTTRIO� Por ser um adjetivo, o vocábulo “anexa” precisou concordar com o substantivo que acompanha, no caso, “planilha”, e, por- tanto, encontra-se empregado de acordo com a norma padrão. 37. E COMENTTRIO� “Digníssimo” é um tratamento abolido da redação oficial. Caso fosse dirigido um documento a José Joaquim Xavier, o vocativo adequado seria “Senhor Diretor-Geral”. NOÇÕES DE INFORMÁTICA (Comentários do autor Henrique Sodré) (CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/FUB) Com re- lação ao Windows, ao Microsoft Office e aos progra- mas de correio eletrônico, julgue os itens a seguir. 38. No MS Excel, o procedimento denominado referência absoluta possibilita que, ao se copiar, na planilha, a fórmula de uma célula para outra célula, o programa ajuste automaticamente a fórmula para que ela se adapte à nova célula. 39. O Outlook Express dispõe de recursos que permitem manter os e-mails no servidor para que os usuários possam ler suas mensagens de quaisquer lugares ou máquinas que tiverem acesso a esse servidor. (CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/FUB) Julgue os itens que se seguem, referentes a Internet e segu- rança da informação. 40. A função da autoridade certificadora é emitir certificado digital de usuários da Internet. 41. O phishing é um procedimento que possibilita a ob- tenção de dados sigilosos de usuários da Internet, em geral, por meio de falsas mensagens de email. 42. Os navegadores de Internet, como o Internet Explorer ou o Firefox, permitem que sejam abertas quaisquer páginas que estejam no formato de arquivo denominado .http. 43. As cópias de segurança do ambiente Windows podem ser feitas por meio da ferramenta de assistente de backup, a qual oferece ao usuário opções de escolha de itens para serem copiados, como, por exemplo, pastas e arquivos pessoais ou, ainda, todas as informações do computador. (CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/FUB) Julgue os próximos itens, relativos à informática. 44. A alça de preenchimento do Excel pode ser utilizada para selecionar células com as quais se deseja realizar algum tipo de operação. 45. Por meio de programas de correio eletrônico denomi- nados webmails, os usuários podem acessar suas con- tas a partir de computadores com acesso à Internet. 46. O Windows é um sistema operacional que, ao ser ins- talado em uma máquina, permite que apenas um único usuário da máquina consiga acessar, com segurança, seus arquivos e pastas. (CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/FUB) Em re- lação ao uso da Internet e seus recursos, julgue os itens a seguir. 47. Manter a cópia de arquivos em um pendrive é uma for- ma de garantir a segurança dos dados, uma vez que essa medida também garante a segurança do ambien- te e das configurações do usuário. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 15 SI M U LA D O C O M EN TA D O 48. Certificado digital de email é uma forma de garantir que a mensagem enviada possui, em anexo, a assina- tura gráfica do emissor da mensagem. 49. A fim de evitar a infecção de um computador por vírus, deve-se primeiramente instalar uma versão atualizada de um antivírus, e somente depois abrir os arquivos suspeitos anexados a emails. (CESPE/ CONHECIMENTOS BÁSICOS/ ENAP) A fi- gura acima ilustra uma janela do Word 2010 em um computador com o sistema operacional Windows 7, na qual foi aberto o documento Dicas do Word 2010. Com relação a essa figura e ao programa Word 2010, julgue os próximos itens. 50. O Word 2010 tem vários modos de exibição, e o do- cumento em questão está aberto no modo de exibição Layout de Impressão. 51. Na situação mostrada, se o documento denominado Dicas do Word 2010 tiver sido o único aberto no pro- grama Word, ao se clicar no botão , no canto superior direito da janela, esse documento será fecha- do e o Word permanecerá aberto. (CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/ENAP) A figura acima ilustra uma pasta de trabalho aberta em uma ja- nela do programa Excel 2010, em um computador com o sistema operacional Windows 7. A respeito dessa fi- gura e do Excel 2010, julgue os itens que se seguem. 52. O resultado apresentado na célula G3 pode ter sido obtido mediante a execução da seguinte sequência de operações: selecionar a célula G3; digitar a fór- mula =SE(E3<$E$12;$G$11;SE(E3<$E$13;$G$12; $G$13)); pressionar a tecla ENTER. 53. Os valores contidos nas células de E3 a E8 podem ter sido obtidos mediante a execução do seguinte proce- dimento: clicar na célula E3; digitar =MÉDIA(B3:D3); teclar ENTER; clicar na célula E3; arrastar o canto in- ferior direito da célula E3 até a célula E8. (CESPE/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/TCU) A respeito dos sistemas operacionais Linux e Windo- ws, do Microsoft PowerPoint 2013 e de redes de com- putadores, julgue os itens a seguir. 54. O modo avião do Windows 8.1 é um recurso que torna as comunicações do tipo sem fio inativas durante um período preestabelecido, com exceção da comunica- ção bluetooth. 55. Para que o Modo de Exibição do Apresentador do Po- werPoint 2013 seja utilizado, é necessário o uso de, no mínimo, dois monitores: um para que o apresentador tenha a visão do slide atual e outro para que ele visua- lize o próximo slide a ser mostrado ao público. 56. Mesmo que seja uma rede privada de determinado ór- gão ou empresa destinada a compartilhar informações confidenciais, uma intranet poderá ser acessada por um computador remoto localizado na rede mundial de computadores, a Internet. 57. O firewall é capaz de proteger o computador tanto de ataques de crackers quanto de ataques de vírus. GABARITO COMENTADO 38. E COMENTTRIO� $C$4 é um exemplo de referência absoluta. Nessa situação, a célula C4 está com o $ fixando tanto a coluna quanto a linha. Quando os dois estão fixos, há referência absoluta. Com isso, não há ajuste automático. 39. C COMENTTRIO� O Outlook permite manter ou não uma cópia dos emails no servidor de correio eletrônico. Caso o usuário configure o pro- grama para manter uma cópia, ele poderá ler suas mensagens de quaisquer lugares ou máquinas que tiverem acesso a esse servidor. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 16 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O 40. C COMENTTRIO� Segundo o site do Instituto Nacional de Tecnologia da Infor- mação (ITI), uma Autoridade Certificadora (AC) é uma enti- dade, pública ou privada, subordinada à hierarquia da ICP- -Brasil, responsável por emitir, distribuir, renovar, revogar e gerenciar certificados digitais. Tem a responsabilidade de verificar se o titular do certificado possui a chave privada que corresponde à chave pública que faz parte do certifi- cado. Cria e assina digitalmente o certificado do assinante, onde o certificado emitido pela AC representa a declaração da identidade do titular, que possui um par único de chaves (pública/privada). Cabe também à AC emitir listas de certifi- cados revogados (LCR) e manterregistros de suas operações sempre obedecendo às práticas definidas na Declaração de Práticas de Certificação (DPC). Além de estabelecer e fazer cumprir, pelas Autoridades Registradoras (ARs) a ela vincu- ladas, as políticas de segurança necessárias para garantir a autenticidade da identificação realizada. 41. C COMENTTRIO� Segundo glossário da Cartilha de Segurança para Internet, ela- borado pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Inci- dentes de Segurança no Brasil (CERT.br), phishing é um tipo de golpe por meio do qual um golpista tenta obter dados pessoais e financeiros de um usuário, pela utilização combinada de meios técnicos e engenharia social. O phishing pode ser aplicado por meio de um site ou um email. 42. E COMENTTRIO� HTTP é protocolo para visualização de uma página. O formato ou extensão da página é HTML. Portanto, o item estaria cor- reto com a seguinte redação: “Os navegadores de Internet, como o Internet Explorer ou o Firefox, permitem que sejam abertas quaisquer páginas que estejam no formato de arquivo denomi- nado .html” 43. C COMENTTRIO� O programa de backup permite escolher os arquivos que serão copiados, o destino da cópia de segurança e o tipo de backup (normal, incremental, diferencial, de cópia e diário). 44. C COMENTTRIO� A alça de preenchimento é um quadrado no canto inferior direito da célula, como é possível visualizar na figura . A alça de preenchimento permite, por exemplo, copiar fórmulas e/ou formatação, por exemplo, para células adjacentes. 45. C COMENTTRIO� Webmail é um serviço de correio eletrônico em que, por meio de um navegador, é possível acessar uma página que presta o serviço. Por exemplo, por meio do navegador Chrome, o usuário poderá acessar a página do Gmail. Por meio do Webmail, como as mensagens de correio eletrônico ficam armazenadas no servi- dor de correio eletrônico, os usuários podem acessar suas contas a partir de quaisquer computadores com acesso à Internet. 46. E COMENTTRIO� Uma pasta ou um arquivo pode ser acessado por mais de um usuário se o mesmo tiver as permissões para tal. 47. E COMENTTRIO� Cópia de arquivos em pendrive para backup visa garantir a disponibilidade dos dados, mas não garante a segurança do ambiente e das configurações do usuário. 48. E COMENTTRIO� O certificado digital substitui a assinatura gráfica. Portanto, o certificado digital não possui, em anexo, a assinatura gráfica do emissor da mensagem. 49. E COMENTTRIO� O antivírus é um mecanismo de segurança. Porém, nenhum mecanismo de segurança é 100% seguro. Portanto, por questões de segurança, o correto é evitar a abertura de arquivos suspeitos. 50. C COMENTTRIO� É possível saber em qual modo de exibição o documento está sendo visualizado por meio da barra de status. 51. E COMENTTRIO� O nome do arquivo aparece na barra de títulos. O nome do arquivo é Dicas do Word. Além disso, ao se clicar no botão , no canto superior direito da janela, considerando que o arquivo em questão é o único aberto no programa Word, o documento e o Word serão fechado. 52. C COMENTTRIO� A estrutura da função SE é =se(teste_lógico;valor_se_ verdadeiro;valor_se_falso). Portanto, como E3<$E$12 (2,00<3,00), o resultado da função se será $G$11 (Reprovado). O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 17 SI M U LA D O C O M EN TA D O 53. C COMENTTRIO� O procedimento descrito no item permite obter os valores conti- dos nas células de E3 a E8. 54. E COMENTTRIO� O modo avião é um recurso que tornas as comunicações do tipo sem fio inativas, inclusive o bluetooth. 55. E COMENTTRIO� Não é necessário utilizar dois monitores para que o Modo de Exibição do Apresentador possa ser ativado. Tendo apenas um monitor, basta utilizar ALT+F5 ao invés de F5 para iniciar a apresentação. 56. C COMENTTRIO� Intranet é um ambiente corporativo que utiliza os mesmos pro- tocolos, produtos, serviços e tecnologias da Internet desen- volvido para que servidores/funcionários de um/uma órgão/ empresa tenham acesso. Conceitualmente, não há impedimento com relação à acesso externo. 57. C COMENTTRIO� O firewall é uma barreira de proteção que filtra o tráfego. Pode ser utilizado para conter invasões promovidas por hackers ou crackers e também para impedir o trânsito de códigos malicio- sos como, por exemplo, o vírus. NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL (Comentários do autor Ivan Lucas) 58. (CESPE/ STJ/ 2015) A dimensão substancial da li- berdade de expressão guarda relação íntima com o pluralismo político na medida em que abarca, antes, a formação da própria opinião como pressuposto para sua posterior manifestação. 59. (CESPE /STJ/ 2015) Ações afirmativas são mecanis- mos que visam viabilizar uma isonomia material em detrimento de uma isonomia formal por meio do incre- mento de oportunidades para determinados segmen- tos. 60. (CESPE/ STJ/ 2015) Para fins do direito à inviolabilida- de do domicílio, o conceito de casa não abrange locais nos quais são exercidas atividades de índole profissio- nal, como consultórios e escritórios. 61. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) A defe- sa, em espaços públicos, da legalização das drogas foi considerada pelo STF como manifestação pública compatível com o direito à liberdade de pensamento. 62. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) O di- reito de reunião constitui instrumento viabilizador do exercício da liberdade de expressão e propicia a ativa participação da sociedade civil mediante exposição de ideias, opiniões, propostas, críticas e reinvindicações. 63. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) A prote- ção do direito de imagem do indivíduo é autônoma em relação à sua honra. 64. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) As en- tidades associativas, se expressamente autorizadas, possuem legitimidade para representar seus filiados na esfera judicial. 65. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) Na hipótese de iminente perigo, o poder público com- petente poderá requisitar o uso de propriedade par- ticular, estando assegurada ao proprietário a possi- bilidade de ser indenizado em caso de dano ao seu patrimônio. 66. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ /2015) Como regra, não se admite a privação de liberdade de loco- moção em razão de dívidas. 67. (CESPE/ TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/ MPOG/ 2015) De acordo com a CF, e com base no direito à escusa de consciência, o indivíduo pode se recusar a praticar atos que conflitem com suas convicções reli- giosas, políticas ou filosóficas, sem que essa recusa implique restrições a seus direitos. 68. (CESPE/ ADVOGADO DA UNIÃO/ AGU/ 2015) Si- tuação hipotética: Servidor público, ocupante de cargo efetivo na esfera federal, recebia vantagem decorrente do desempenho de função comissiona- da por um período de dez anos. O servidor, após ter sido regularmente exonerado do cargo efetivo anterior, assumiu, também na esfera federal, novo cargo público efetivo. Assertiva: Nessa situação, o servidor poderá continuar recebendo a vantagem referente ao cargo anterior, de acordo com o princí- pio do direito adquirido. 69. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ STJ/ 2015) Os ser- vidores públicos gozam de todos os direitos sociais previstos no texto constitucional para os trabalhadores da iniciativa privada. 70. (CESPE/ MEC/ 2015) A respeito da organização po- lítico-administrativa do Estado brasileiro, da adminis- tração pública e dos servidores públicos, julgue o se- guinte item. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 18 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O Situação hipotética: João, ocupante de cargo efetivo em uma instituição federal de ensino superior, foi eleito prefeito de município situado no estado de Goiás, em localidade próxima àquela em que exerce suas atribui- ções. Assertiva: Nessa situação, ao assumir o manda- to, João deverá afastar-se do cargo federal, ainda que haja compatibilidade de horários, podendo optar entre a remuneração do cargo efetivo e a do cargo eletivo. 71. (CESPE/ ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ MPOG/ 2015) O texto constitucional é silente em rela- ção ao direito de greve dos servidores públicos. 72. (CESPE/ FUB/ 2015) Destinam-se apenas às atribui- ções de direção, chefia e assessoramento as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servido- res ocupantes de cargo efetivo bem como os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira, nos casos, nas condições e nos percentuais mínimos previstos em lei. 73. (CESPE/ FUB/ 2015) De acordo com a CF, os servi- dores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público adquirem a estabilidade após dois anos de efetivo exercício. 74. (CESPE/ AUDITOR/ FUB/ 2015) A contratação feita por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público é forma de admissão de pessoal que tem vínculo funcional com a administração pública de caráter jurídico admi- nistrativo. 75. (CESPE/ DIPLOMATA/ INSTITUTO RIO BRANCO/ 2015) A regra da responsabilidade civil objetiva aplica- -se indistintamente à administração direta e às entida- des que compõem a administração indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 76. (CESPE/ AUDITOR GOVERNAMENTAL/ CGE-PI/ 2015) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas a brasileiros natos e naturalizados que preencham os requisitos estabelecidos em lei. 77. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ TRE-GO/ 2015) O ato de improbidade administrativa praticado por servi- dor público, quando apurado e reconhecido mediante devido processo administrativo, resulta na cassação dos direitos políticos. GABARITO COMENTADO 58. C COMENTTRIO� Um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é o pluralismo político. Isso significa que devem coexistir na nossa sociedade diversas correntes de pensamento e grupos represen- tantes de interesses variados no seio da nossa comunidade. O pluralismo de ideias também robustece o caráter democrático de um Estado. Assim, está ínsito no fundamento do pluralismo político a ideia da liberdade de expressão. 59. C COMENTTRIO� O princípio da igualdade material determina que seja dado tra- tamento igual aos que se encontram em situação equivalente e que sejam tratados de maneira desigual os desiguais, na medida de sua desigualdade. Assim, esse princípio não veda tratamento discriminatório entre os indivíduos, desde que tais discriminações sejam razoáveis. Assim, as ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades presentes na sociedade, visando oferecer igual- dade de oportunidades a todos. 60. E COMENTTRIO� A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5o, XI, estabelece que: XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; O conceito de “casa” é abrangente e se estende, inclusive, a qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade, incluindo, portanto, con- sultórios e escritórios. 61. C COMENTTRIO� O Supremo Tribunal Federal – STF, no julgamento da Argui- ção de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 187, estabeleceu que a “Marcha da Maconha” é uma manifes- tação legítima, feita por cidadãos da República, em razão de duas liberdades individuais revestidas de caráter fundamental: o direito de reunião e o direito à livre expressão. Com esse funda- mento, o STF proibiu, com efeito vinculante, a repressão poli- cial e o enquadramento criminal dos participantes deste tipo de passeata. A ementa do julgado diz que a liberdade de expressão é um dos mais preciosos privilégios dos cidadãos em uma República fundada em bases democráticas: “núcleo de que se irradiam os direitos de crítica, de protesto, de discordância e de livre circu- lação de ideias”. Destacou-se que a livre circulação de ideias representa um signo inerente às formações democráticas que convivem com a diversidade. 62. C COMENTTRIO� A Constituição Federal estabelece que (art. 5º): XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião ante- riormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 19 SI M U LA D O C O M EN TA D O O direito de reunião, nos dizeres de José de Afonso da Silva, é o direito a qualquer agrupamento formado com o objetivo de trocar ideias ou receber manifestações de pensamento político, filosófico, religioso, científico ou artístico. Visa, portanto, expri- mir uma vontade coletiva, um sentimento comum. Diferentemente do direito à associação, que é uma organização permanente e de caráter contratual, o direito de reunião é carac- terizado por ser uma formação grupal passageira. Por outro lado, as únicas exigências feitas pelo comando cons- titucional para a realização de reuniões é que elas sejam sem armas e, também, que haja aviso prévio à autoridade. 63. C COMENTTRIO� Nos termos do art. 5o, X, da CF/1988: X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; No inciso acima transcrito, a Constituição traz em seu bojo alguns dos direitos da personalidade. Tratam-se, pois, de valo- res humanos distintos e independentes. O direito à imagem tutela o aspecto físico perceptível visualmente. Nesse sentido, o STF já julgou que a violação do direito à imagem, com a mera publicação de fotografias não consenti- das, gera direito à indenização, independentemente de ofensa à reputação da pessoa. 64. C COMENTTRIO� A Constituição Federal dispõe que: Art. 5o [...] XXI – as entidades associativas, quando ex- pressamente autorizadas, têm legitimidade para represen- tar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. Nessas hipóteses, tem-se a figura da representação processual, na qual as associações atuam em nome alheio, na defesa de direito alheio. Por isso, é indispensável a autorização expressa e específica para a atuação da associação. Entretanto, é importante ficar atento, pois as associações também possuem legitimação ativa extraordinária, na qual elas atuam em nome próprio, mas defendem direito alheio. Essa hipótese está prevista no art. 5o, LXX (mandado de segurança coletivo). Na impetração do mandado de segurança coletivo pela associação, não se exige autorização expressa e específica dos associados. 65. C COMENTTRIO� Este é o teor do art. 5o, XXV, da CF/1988, a saber: XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, asse- gurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Esse inciso trata da denominada requisição administrativa.Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, requisição é a utilização coativa de bens e serviços particulares do Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coleti- vas urgentes e transitórias. 66. C COMENTTRIO� O art. 5o, LXVII, da CF/1988 dispõe que: LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusá- vel de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; Portanto, a regra é a inexistência no nosso sistema jurídico de prisão civil por dívida, ressalvados os casos de inadimplemento voluntá- rio e inescusável de obrigação alimentícia e do depositário infiel. Ressalte-se, porém, tendo em vista a adesão do Brasil ao Pacto San José da Costa Rica, não é mais possível a prisão civil do depositário infiel. Nesse sentido, o STF editou a Súmula Vinculante n. 25, deter- minando que é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qual- quer que seja a modalidade de depósito. 67. C COMENTTRIO� A Constituição Federal dispõe que: Art. 5o [...] VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação al- ternativa, fixada em lei;” O inciso traduz o direito a denominada escusa de consciência, que possibilita aos indivíduos deixarem de cumprir determina- das obrigações ou de praticarem atos que sejam incompatíveis com as suas convicções religiosas, políticas ou filosóficas, sem que essa recusa implique restrições a seus direitos. Ressalte-se que o indivíduo, que invocar a escusa de consciên- cia, deverá cumprir prestação alternativa, sob pena de ser pri- vado de direitos. 68. E COMENTTRIO� O STF, em julgamento recente, decidiu que as vantagens remuneratórias, adquiridas no exercício de determinado cargo público, não autorizam o seu titular, quando extinta a correspon- dente relação funcional, a transportá-las para o âmbito de outro cargo, pertencente a carreira e regime jurídico distintos, criando, assim, um direito de tertium genus, composto das vantagens de dois regimes diferentes. (RE 587371, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 14/11/2013, ACÓR- DÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-122 DIVULG 23/06/2014 PUBLIC 24/06/2014). O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 20 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O 69. E COMENTTRIO� Nos termos do art. 39, § 3º, da CF/1988, aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. Assim, os servidores públicos não gozam de todos os direitos sociais a que fazem jus os trabalhadores urbanos e rurais (o art. 7o compõe-se de trinta e quatro incisos). Dessa forma, são direitos assegurados a ambos (trabalhadores urbanos e rurais e servidores públicos): – salário mínimo; – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que recebem remuneração variável; – décimo terceiro salário; – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; – salário-família; – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro horas semanais; – repouso semanal remunerado; – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, a cinquenta por cento a do normal; – férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal; – licença à gestante; – licença à paternidade; – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; – proibição de diferenças de salários, de exercício de fun- ções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor, ou de estado civil, podendo a lei estabelecer requisitos diferen- tes de admissão quando a natureza do cargo exigir. 70. C COMENTTRIO� É este o teor do art. 38 da CF/1988, a saber: Art. 38. Ao servidor público da administração direta, au- tárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, havendo com- patibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promo- ção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. 71. E COMENTTRIO� A Constituição Federal estabelece que: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distri- to Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Portanto, a CF/1988 não permaneceu silente quanto ao direito de greve dos servidores públicos. Entretanto, conforme se observa da leitura do inciso, trata-se de norma de eficácia limitada, pois é necessária a edição de uma lei ordinária específica para tratar do tema. Contudo, tal lei nunca foi editada. Assim, face a inércia do legislador, o STF, em sede de Man- dado de Injunção, já determinou a aplicação temporária ao setor público, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado, até que o Congresso Nacional edite a mencionada norma. 72. C COMENTTRIO� É este o teor do art. 37, V, da CF/1988, a saber: V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 73. E COMENTTRIO� De acordo com o art. 41 da CF/1988, são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de pro- vimento efetivo em virtude de concurso público. 74. C COMENTTRIO� Nos termos do art. 37, IX, da CF/1988, a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Os servidores públicos temporários são um agrupamento excep- cional dentro da categoria de servidores públicos. Eles exercem função, mas sem estar vinculados a cargo público. Eles são contratos sob regime jurídico administrativo a ser dis- ciplinado pela lei. 75. E COMENTTRIO� Nos termos do art. 37, §6o, da CF/1988, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qua- lidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a suareprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 21 SI M U LA D O C O M EN TA D O Esse dispositivo regula a responsabilidade civil objetiva da administração pública pelos danos causados por seus agentes públicos em relação a terceiros. Aplica-se tal dispositivo à administração direita e às entidades da administração indireta que sejam de direito público e às de direito privado prestadoras de serviços públicos. Portanto, excluem-se as empresas privadas e as sociedades de economia mista, pois exploram atividade econômica. 76. E COMENTTRIO� O art. 37, I, da CF/1988 estabelece que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Portanto, no caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o atendimento dos requisitos da lei para terem acesso aos cargos, empregos e funções públicas. No caso dos estrangeiros, eles somente terão acesso se houver lei prévia autorizadora. 77. E COMENTTRIO� O art. 37, § 4º, da CF/1988 estabelece que os atos de improbi- dade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti- cos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Conforme se observa, a Constituição Federal estabelece a pena de suspensão dos direitos políticos para a prática de atos de improbidade administrativa. Ressalte-se que a CF/1988 não admite, em nenhuma hipótese, a pena de cassação dos direitos políticos. DIREITO ADMINISTRATIVO (Comentários do autor Rodrigo Cardoso) 78. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal. 79. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O prazo para anulação dos atos administrativos é de cinco anos, independentemente da boa-fé do administrado que se tenha beneficiado com tais atos. 80. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O órgão público não pode dele- gar sua competência para a edição de atos normativos. 81. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) Admite-se, em caráter excepcio- nal, a avocação definitiva de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 82. (CESPE/ ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/ ANTAQ/ 2014) A lei permite que órgão administrativo e seu ti- tular deleguem parte de sua competência a órgão não hierarquicamente subordinado. 83. (CESPE/ TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EX- TERNO/ TCU/ 2015) Agirá de acordo com a lei o servi- dor público federal que, ao verificar a ilegalidade de ato administrativo em seu ambiente de trabalho, revogue tal ato, para não prejudicar administrados, que sofre- riam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato. 84. (CESPE/ TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EX- TERNO/ TCU/ 2015) Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincu- la-se aos motivos que o determinaram, sendo, portan- to, nulo o ato administrativo cujo motivo estiver disso- ciado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização. 85. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O poder de polícia dispõe de certa discricionariedade, haja vista o poder público ter liberdade para escolher, por exemplo, quais atividades devem ser fiscalizadas para que se proteja o interesse público. 86. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O desvio de finalidade é uma espécie de abuso de poder em que o agente público, apesar de agir dentro dos limites de sua competência, pratica determinado ato com objetivo diverso daquele pautado pelo interesse público. 87. (CESPE/ AUDITOR FEDERAL DO CONTROLE EX- TERNO/ TCU/ 2015) O Poder Executivo pode, me- diante decreto autônomo, criar e extinguir cargos e órgãos da administração pública, desde que dessa medida não resulte aumento de despesa. 88. (CESPE/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ ANATEL/ 2014) De acordo com o princípio da presunção de constitucionalidade, o Estado não pode ser responsa- bilizado por danos oriundos de lei posteriormente de- clarada inconstitucional. 89. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) A responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros tem sustenta- ção na teoria da culpa administrativa. 90. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) Situação hipotética: Um policial militar, durante período de folga, em sua residência, se desentendeu com seu vizinho, desferindo-lhe um tiro com arma pertencente à corporação. Assertiva: Nessa situação, não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o dano foi causado por policial fora de suas atri- buições públicas. O conteúdo deste e-book é licenciado para Fabiana Ps - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 22 B R U N O P ILA STR E SIM U LA D O C O M EN TA D O 91. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: JUDICIÁ- RIA/ TJDFT/ 2013) No que se refere ao exercício do poder de polícia, denomina-se exigibilidade a prerro- gativa da administração de praticar atos e colocá-los em imediata execução, sem depender de prévia mani- festação judicial. Em relação ao direito administrativo, julgue os itens a seguir: 92. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ OFICIAL DE JUSTIÇA/ TJDFT/ 2013) A atribuição conferida a autoridades ad- ministrativas com o objetivo de apurar e punir faltas funcionais, ou seja, condutas contrárias à realização normal das atividades do órgão e irregularidades de diversos tipos traduz-se, especificamente, no chama- do poder hierárquico. 93. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) O decreto é ato administrativo que pode ser praticado tanto pelo chefe do Poder Executivo quanto pelos presidentes dos tribunais su- periores. 94. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) Em seu sentido subjetivo, a ad- ministração pública restringe-se ao conjunto de órgãos e agentes públicos do Poder Executivo que exercem a função administrativa. Julgue os itens seguintes, acerca do direito administrativo e da prática dos atos administrativos. 95. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMINIS- TRATIVA/ STJ/ 2015) A Presidência da República inte- gra a administração pública federal direta. 96. (CESPE/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/ ANTAQ/ 2014) Embora as autarquias não estejam hierarqui- camente subordinadas à administração pública direta, seus bens são impenhoráveis e seus servidores estão sujeitos à vedação de acumulação de cargos e fun- ções públicas. 97. (CESPE/ ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/ ANTAQ/ 2014) Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto a administração pública direta quanto a indireta. 98. (CESPE/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ ANTAQ/ 2014) A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da matéria, da hierarquia ou por critério territorial. 99. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: JUDICIÁ- RIA/ TJDFT/ 2013) As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer das formas em direito admitidas, a critério do poder público, que procede à sua criação. 100. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA: JUDICIÁ- RIA/ TJDFT/ 2013) Nos litígios comuns, as causas que digam respeito às autarquias federais, sejam estas au- toras, rés, assistentes ou oponentes, são processadas e julgadas na justiça federal.
Compartilhar