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Madeira: Vantagens, Desvantagens e Produção

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Madeiras para Construção Civil 
 Pode ser obtida a um preço relativamente baixo 
 As reservas são renováveis, caso exploradas com 
responsabilidade 
 Pode ser trabalhada com ferramentas simples 
 Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações e 
emendas 
 Primeiro material empregado capaz de resistir tanto a 
esforços de compressão como de tração 
 Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: 
sua resistência permite absorver impactos que romperiam ou 
estilhaçariam outros materiais 
 Boas condições naturais de isolamento térmico e absorção 
acústica 
 No seu estado natural apresenta uma infinidade de padrões 
estéticos e decorativos 
Vantagens do uso da madeira 
 É um material heterogêneo que pode possuir falhas em 
seu interior 
 É bastante vulnerável aos agentes externos, e sua 
durabilidade, quando desprotegida é limitada 
 É combustível 
 É muito sensível aos agentes atmosféricos, aumentando 
ou diminuindo de dimensões com as variações de 
umidade 
 Possui limitação dimensional 
 
 Estas características negativas podem ser eliminadas ou 
atenuadas através de processos especiais de 
beneficiamento 
 
Desvantagens do uso da madeira 
 Endógenas 
 De germinação interna, em que o desenvolvimento 
transversal do caule se processa de dentro pra fora; a 
parte externa do lenho é mais antiga e mais endurecida. 
 São pouco aproveitadas na produção de madeiras para 
fins estruturais. Ex.: Palmeiras e bambus. 
 Exógenas 
 De germinação externa, em que o desenvolvimento da 
árvore se processa pela adição de novas camadas 
concêntricas de células, de fora para dentro (anéis de 
crescimento). 
 Compreendem o grande grupo de árvores aproveitáveis 
para a produção de madeira para a construção. 
Classificação das árvores 
Classificação das madeiras 
As árvores exógenas diferenciam-se, morfológica 
e anatomicamente, em dois grandes grupos: 
 
Gymnospermas: madeiras porosas, coníferas. 
 
Angiospermas: dicotiledôneas, representam a 
maioria dos vegetais, como: cedro; jatobá, 
imbuia etc. 
Classificação das madeiras 
Coníferas 
 Cor bege, 
amarelada 
 Leves e fáceis de 
trabalhar 
 500 espécies 
Dicotiledôneas 
 Grande variação de 
cor 
 Cerne e alburno 
diferenciado pela cor 
 Trabalhabilidade 
variável 
 3000 espécies na 
Amazônia 
A estrutura da madeira 
 Câmbio – tecido que 
sob ação de hormônios 
é estimulado a dividir 
as camadas de 
crescimento tanto em 
direção ao centro do 
tronco como em 
direção a casca da 
árvore, constituindo os 
anéis de crescimento 
A estrutura da madeira 
 Lenho – Consiste no 
núcleo de sustentação 
da árvore. 
Compreende as 
células que crescem 
para o centro do 
tronco denominadas 
de alburno e cerne. 
A estrutura da madeira 
 O Alburno é a parte mais permeável do 
caule e apresenta maior importância para a 
trabalhabilidade. É a parte mais atacada 
pelos insetos, fungos e outros 
microorganismos. 
 O Cerne é constituído de células mortas. 
Apresenta baixa permeabilidade e 
durabilidade mais elevada. 
A estrutura da madeira 
 O cerne e o alburno 
são formadas por 
células que crescem 
para o centro do 
tronco: fibras, 
elementos de vaso; 
raios; traqueídeos e 
parênquima axial. 
Ultraestrutura da madeira 
O lenho é composto por vários polímeros: 
- Celulose: molécula linear de açúcar 
(polissacarídeo), compõem cerca de 45% do peso 
molecular. 
- Hemicelulose – difere da celulose pelo grau de 
polimerização e peso molecular. 
- Lignina – molécula polifenóica tridimensional. 
Possui estrutura complexa e alto peso molecular. 
Confere à madeira resistências características a 
esforços mecânicos. 
 A produção das madeiras se inicia com o corte das 
árvores e desenvolve-se na toragem, falquejamento, 
desdobro e aparelhamento da peças. 
 Na exploração bem conduzida de reservas florestais, 
a operação de corte é sempre precedida de um 
levantamento dendrométrico que esclarece sobre o 
aproveitamento adequado dos espécimes a serem 
abatidos. 
Produção 
Corte 
 O corte deve ser realizado em épocas apropriadas, 
geralmente no inverno, por questões de durabilidade, 
tendo em vista que: 
 A secagem é lenta, sem rachar ou fendilhar. 
 A vida vegetativa das árvores é reduzida, contendo 
menos seiva elaborada, amido e fosfato que nutrem 
os fungos e insetos destruidores da madeira. 
 Ferramentas utilizadas: 
 Machados, serras manuais (hoje pouco utilizadas) e 
serras elétricas. 
Toragem 
 A árvore abatida e desgalhada é traçada em toras 
de 5 a 6 metros para facilitar o transporte. 
Falquejo 
 Antes da operação seguinte, as toras podem ser 
falquejadas, ou seja, são retiradas quatro 
costaneiras, ficando a seção grosseiramente 
retangular. 
Desdobro ou desdobramento 
 Operação final na obtenção de madeira bruta (pranchas). 
 Realiza-se nas serrarias com a utilização de serras de fita 
contínua. 
 Dois são os principais tipos de desdobro 
 A – Tangencial 
 Também chamado de desdobro normal, o 
desdobro é feito na pranchas paralelas e 
tangenciais aos anéis de crescimento. 
 B – Radial 
 Produz pranchas normais aos anéis de 
crescimento. 
 Produz pranchas de melhor qualidade, mas exige 
mais mão de obra e gera maior desperdício. 
 A tora também pode ser aproveitada sem que seja feito 
o desdobro. Duas alternativas podem então ocorrer: 
 Maior área possível 
Maior quadrado inscrito na seção da tora 
 Maior momento resistente 
Será um retângulo com dimensões: b = 0,57d e 
h = 0,82 d 
Desdobro ou desdobramento 
Aparelhamento 
 As peças após o desdobro são serradas novamente em 
bitolas comerciais. 
 
Propriedades da madeira 
 Organolépticas – propriedades capazes de 
impressionar os sentidos do homem. 
 Cor – Deriva de substâncias químicas 
presentes no tronco. Tende a alterar-se com o 
passar do tempo, escurece devido a oxidação. 
 Odor – classificado como agradável ou 
desagradável. 
 Resistência ao corte manual. 
Propriedades da madeira 
 Peso específico – relação entre volume 
verde (amostra saturada em água até peso 
constante) fornecido em cm³ e o peso da 
madeira seca em estufa fornecido em 
gramas. 
 Textura – é a característica que envolve o 
diâmetro dos poros, sua distribuição e 
quantidade no lenho. 
Propriedades da madeira 
 Figura – é o conjunto de alterações de caráter 
decorativo que a torna facilmente distinta das 
demais. 
 Brilho – é a capacidade de refletir luz. 
 Sabor – amargo ou doce. 
 Grã – envolve a orientação dos elementos 
celulares em relação ao eixo vertical da 
árvore. 
Propriedades Mecânicas 
 Definem o comportamento da madeira 
quando submetida a esforços de natureza 
mecânica. 
 Resistência à compressão axial – carga na 
direção paralela as fibras. 
 Flexão estática – carga tangencialmente aos 
anéis de crescimento em uma amostra 
apoiada nos extremos. 
Propriedades Mecânicas 
 Resistência à compressão axial – carga na 
direção paralela às fibras. 
 Flexão estática – carga tangente aos anéis 
de crescimento em uma amostra apoiada 
nos extremos. 
Propriedades Mecânicas 
 Resistência à tração – facilita a seleção de 
madeiras capazes de serem empregadas em 
treliças de telhados, cujas seções tornam-se 
reduzidas em função de ligações. 
 Cisalhamento – resultante da separação das 
fibras, resultando num deslizamento de um 
plano sobre outro, devido a um esforço no 
sentido paralelo ou oblíquo as mesmas.Propriedades Mecânicas 
 Compressão perpendicular – carga aplicada 
sobre a peça de madeira a fim de verificar 
o valor máximo que a espécie suporta sem 
ser esmagada. 
 Resistência à flexão dinâmica – capacidade 
da madeira de suportar esforços mecânicos 
de choque. 
Propriedades Mecânicas 
 Elasticidade – capacidade de apresentar 
deformação proporcional à intensidade de 
carga, e retornar à sua forma original. 
 Dureza superficial – propriedade de resistir 
à penetração localizada, ao desgaste e 
abrasão. 
Propriedades Mecânicas 
Compressão 
Tração 
Cisalhamento 
Flexão 
Propriedades Físicas 
 Massa específica – a medida que aumenta, 
elevam-se proporcionalmente a resistência 
mecânica e a durabilidade, em sentido 
contrário diminuem a permeabilidade à 
soluções preservantes. 
 Umidade – a anatomia do xilema influencia 
no teor de água. Pode estar preenchendo 
vazios, sendo água livre ou de capilaridade. 
Propriedades Físicas 
 Umidade – da umidade depende poder 
calorífico, capacidade de receber adesivos 
e secagem. 
 Retratibilidade – é o fenômeno de variação 
das dimensões e do volume em função da 
perda e ganho de umidade. 
Defeitos de secagem 
Propriedades Físicas 
 Condutividade sonora – a propagação das ondas 
sonoras é reduzida ao entrar em choques com a 
superfície de madeira. 
 Resistência ao fogo – com espessura superior a 
25mm são consumidas mais lentamente pelo 
fogo. Peças com espessura 50mm podem ser 
consideradas mais seguras que peças de aço. 
Peças com espessura abaixo de 20mm tornam-se 
elementos de alimento para incêndio. 
Resistência ao fogo 
Propriedades Físicas 
 Condutividade térmica – devido a organização 
estrutural do tecido, que retém volumes de ar em 
seu interior, impede a transmissão de ondas de 
calor ou frio. 
 A condutividade térmica depende do peso 
específico e teor de umidade. Quanto mais alto o 
peso específico e a umidade, maior será a 
capacidade da madeira de conduzir calor. 
 Madeira seca e com umidade constante apresenta 
melhor desempenho como isolante. 
Propriedades Físicas 
 Os coeficientes Condutividade Térmica K 
(expressa capacidade de conduzir calor) e 
Resistência Térmica R (indica a capacidade 
isolante) são indicadores do isolamento 
térmico de uma material. 
 A propagação do calor na madeira é maior 
no sentido paralelo às fibras e menor no 
sentido perpendicular. 
Comparação de K e R de materiais 
de construção 
 Material 
 Tijolo 
 Concreto 
 Mármore 
 Aço 
 Alumínio 
 Isolantes (fibras vidro) 
 Madeira seca 
 K R 
 4,5 0,22 
 7,5 0,13 
 17 0,06 
 310 0,003 
 1.400 0,0007 
 0,2 a 0,3 3,3 a 5 
 0,4 a 1,2 0,8 a 2,528 
 
Degradação da madeira 
 A perda ou diminuição das características físicas e 
químicas da madeira, ou mesmo do seu efeito 
estético constitui a sua deterioração. 
 Depende das condições de exposição, se terrestre 
ou marinho, com a ocorrência de regiões de 
interface. 
 Os principais responsáveis pela degradação são os 
fungos e bactérias e, em menor escala, os insetos, 
moluscos e crustáceos 
 São suscetíveis ao fogo 
 Resistem bem a substâncias químicas inorgânicas 
como ácidos, bases e sais 
 
Madeira transformada 
 Reestruturação da madeira com rearranjo de suas 
fibras resistentes, a partir da aglomeração de 
fragmentos do lenho original 
 Possibilidades ampliadas de tratamento, quando o 
material está reduzido a fibras, fragmentos ou 
lâminas 
 Possibilidade de melhoria de determinadas 
característica físicas ou mecânicas 
 Maior variabilidade dimensional 
 Economia: possibilita o aproveitamento integral do 
material lenhoso 
Madeira Laminada 
 Tábuas sobrepostas e coladas entre si, de maneira a 
compor peças com seções adequadas 
 As peças podem ser retas ou curvas, de qualquer 
largura e comprimento, de seção constante ou 
variável, produzidas, tratadas e prontas para o uso 
 Constituem vigas ou peças rígidas de madeira em 
estruturas pré-fabricadas, formando pórticos ou 
arcos para quaisquer vãos e flechas 
Madeira transformada 
Madeira Compensada 
 Diversas lâminas finas de madeira, coladas uma 
sobre as outras, de maneira que as fibras de uma 
lâmina se disponham perpendicularmente sobre as 
da outra lâmina 
 Restrição da retratibilidade, relativa isotropia de 
comportamento mecânico 
 Os compensados de três folhas são indicados 
apenas para serviços de marcenaria e revestimentos 
 Aplicados em móveis e formas para concreto 
Madeira transformada 
Madeira Aglomerada 
 Aglomeração de pequenos fragmentos de madeira, 
utilizando-se como aglomerante materiais minerais 
(cimento, gesso) ou resinas sintéticas 
 Reduzida retratibilidade, isolamento térmico e 
acústico e relativa resistência mecânica 
(dependendo da densidade) 
 Podem ser utilizadas para a fabricação de móveis, 
esquadrias, pisos, divisórias, escadas, telhados 
Madeira transformada 
OSB 
(Chapas de 
partículas orientadas) 
 Composta de três camadas de partículas com 
orientação alternada de 90° 
 Melhor comportamento à flexão e estabilidade 
dimensional 
 Mesmas aplicações dos aglomerados, além de 
formas e escoramentos, divisórias e tapumes 
Madeira transformada 
MDF 
(Média Densidade de Fibras) 
 Chapas confeccionadas com fibras lignocelulósicas 
ligadas por adesivos sob determinadas condições de 
pressão e temperatura 
 Satisfatório desempenho à flexão, homogeneidade, 
estabilidade dimensional, trabalhabilidade 
 Aceita todo o tipo de acabamento 
 Utilizado como integrante de divisórias, forros e 
outros componentes da edificação 
Madeira transformada 
Aplicações da madeira 
Estruturas 
Aplicações da madeira 
Acabamento 
Aplicações da madeira 
Esquadrias 
Aplicações da madeira 
Formas e escoramentos 
Uso Espécies mais usadas Alternativas possíveis 
Formas Pinho 
Pinus, Cambará, Cedrinho, Compensados 
resinados 
Cimbramento e 
escoramento 
Pinho Pinus e Eucaliptos 
Soalhos e tacos Ipê e Peroba 
Tatajuba, Cupiúba, Angelim, Freijó, 
Andiroba, Jatobá, Sucupira, Caviúna, 
Aroeira, Maçaranduba 
Esquadrias e 
portas maciças 
Mogno, Cerejeira e Imbuia 
Maçaranduba, Jatobá, Sucupira, Angelim 
vermelho, Andirona, Cabreúva vermelha, 
Angelim pedra, Angelim rajado 
Vigas e peças 
estruturais 
Peroba rosa e Maçaranduba 
Canafístula, Copaíba, Andiroba, Angelim, 
Aroeira, Eucalipto, Jatobá, Castanheira 
Aplicações das espécies de madeira

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