Buscar

640_levant_ solo_apost

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
 
DISCIPLINA 
LEVANTAMENTO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 
MÓDULO 
LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO DO SOLO 
ANTONIO RODRIGUES FERNANDES 
PROFESSORES 
BELÉM/PA 
2009 
LEVANTAMENTO DO SOLO 
1. Levantamentos pedológicos 
1.1. Conceitos 
1.1.1. Definição: É um prognóstico da distribuição geográfica dos solos como corpos naturais, 
determinados por um conjunto de relações e propriedades observáveis na natureza. O levantamento de 
solos identifica e separa unidades de mapeamento, prevê e delineia suas áreas nos mapas. Assim sendo, 
pode-se dizer que o levantamento pedológico trabalha com unidades de mapeamento gerando como 
produto final mapa(s) e relatório(s) (EMBRAPA, 1995). 
Levantamentos de solos pressupõe trabalhos prévios de escritório (mapa preliminar), 
levantamento a campo (amostragem e observação), análises laboratoriais e interpretação dos dados com a 
elaboração do mapa e relatório técnico final. “A interpretação, é tanto mais adequada quanto melhores e 
mais informações disponíveis” (RANZANI, 1969). 
1.1.2. Objetivos: O objetivo principal de um levantamento pedológico é subdividir áreas heterogêneas 
em parcelas homogêneas, que apresentem a menor variabilidade possível, em função dos parâmetros de 
classificação e das características utilizadas para distinção dos solos (EMBRAPA, 1995). 
1.1.3. Utilidades: As informações contidas num levantamento pedológico são essenciais para a avaliação 
do potencial e das limitações de uma área, constituindo uma base de dados para estudos de viabilidade 
técnica e econômica de projetos e planejamento de uso, manejo e conservação de solos (EMBRAPA, 
1995). 
1.2. Definições e critérios essenciais para levantamentos pedológicos: 
1.2.1. Unidades taxonômicas: A unidade taxonômica é definida segundo um conjunto de características 
e propriedades do solo, conhecidas por meio do estudo de pedons (EMBRAPA, 1995). 
1.2.3. Unidades de mapeamento: São o conjunto de áreas de solos com relações e posição definidas na 
paisagem em função das unidades taxonômicas que os compõe. Por exemplo: uma unidade simples que 
aparece no mapa de solos pode ter até 30% de inclusão de outras classes de solos (EMBRAPA, 1995). 
Além de unidades simples, no mapa de solos podem ocorrer unidades combinadas, como as 
associações e complexos, com mais de uma classe de solo e em sua composição entram dois ou mais 
componentes que podem ser nitidamente ou pouco diferenciados, tanto na morfologia como no conjunto 
de propriedades físicas, químicas e mineralógicas. E ainda tipos de terrenos que são unidades de 
mapeamento especiais e não são propriamente classes de solos. Exemplos: áreas de empréstimo e de 
despejo de entulhos, aterros, áreas urbanas, cascalheiras, escarpas rochosas e afloramento de rochas 
(EMBRAPA, 1995). 
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
1.2.4. Fases de unidade de mapeamento: É um recurso utilizado para indicar mudanças na morfologia, 
feições do meio físico e comportamento dos solos para fins específicos de uso e manejo e subdividir 
unidades de mapeamento, segundo características relacionadas ao uso do solo, como pedregosidade, 
erosão, rochosidade, relevo, drenagem, vegetação ou qualquer outra característica importante para os 
objetivos do levantamento (EMBRAPA, 1995). 
1.2.5. Legendas (adaptado de EMBRAPA, 1995): Pode-se dividir o levantamento pedológico em três 
fases quando se trata de legendas. A primeira fase é a de escritório onde se inicia o trabalho do 
levantamento e é nessa fase que se elabora a Legenda preliminar que servirá de guia durante o 
levantamento, partindo de uma vistoria geral programada com o propósito de identificar unidades de 
mapeamentos e estabelecer correlações destas com as características da paisagem, podendo também ser 
utilizadas, se disponível, fotos aéreas e sensores remotos. 
A fase seguinte é a de campo onde a Legenda preliminar vai se modificando e passa ter símbolos 
das designações das respectivas unidades de mapeamento, então se tem a Legenda de campo. 
A terceira e última fase é a de conclusão do levantamento com a elaboração da Legenda final de 
identificação dos solos sendo organizada após o término dos trabalhos de campo e laboratório, quando 
são feitos os ajustes necessários e estabelecida a classificação definitiva dos solos. 
As Legendas refletem as relações entre os solos e as feições da paisagem e são, em última análise, 
a listagem de unidades de mapeamento e seus respectivos símbolos. 
1.2.6. Métodos de prospecção 
Os métodos de prospecção (transeptos, áreas piloto, toposseqüência, malha, livre) utilizados em 
levantamentos pedológicos visam a coleta de dados, descrição de características dos solos no campo e a 
verificação de limites entre unidades de mapeamento (EMBRAPA, 1995). 
1.2.6.1. Transeptos: Esse método consiste de observações por meio de caminhos planejados para detectar 
características dos solos e variação da paisagem, compreendendo particularidades fisiográficas, tais como 
geologia, geomorfologia, vegetação, redes de drenagem superficial, e uso atual do solo. As observações 
são efetuadas a intervalos regulares ou sempre que se perceba mudanças de classes de solos ou outras 
características importantes (IBGE, 1994). 
1.2.6.2. Áreas-Piloto: Os levantamentos de áreas-piloto são indicados para mapeamentos de natureza 
genérica e constam de investigações mais detalhadas de áreas menores, que sejam representativas de uma 
determinada feição fisiográfica e posteriormente extrapolada parta o restante da área (EMBRAPA, 1995). 
1.2.6.3. Toposseqüências: Este método permite verificar e correlacionar as variações do solo com as 
superfícies geomórficas e é o mais apropriado para a execução de levantamentos pedológicos detalhados 
(EMBRAPA, 1995). 
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
Malu Neres
Realce
1.2.6.4. Malha: O sistema de malhas é utilizado em levantamentos detalhados e ultradetalhados, em 
escala grande, para projetos de uso intensivo do solo. Consta de observações a espaços prefixados que 
formam uma malha, ou retículo, em toda a extensão da área. A fotointerpretação auxilia esse método na 
hora de subdividir a área em áreas menores e mais heterogêneas (EMBRAPA, 1995). 
1.2.6.5. Livre: Para utilizar este método, do caminhamento livre, deve-se levar em conta a experiência do 
pedólogo que o realizará, pois as escolhas dos pontos de observações e amostragens terão que ser 
representativos, de modo que ofereça o máximo de informações para a caracterização e mapeamento do 
solo. A utilização de fotografias aéreas, imagens de radar e de satélite, material cartográfico é essencial. 
1.2.7. Densidade de observações: A determinação da densidade de observações leva em conta alguns 
fatores como tipo de levantamento, escala de mapeamento, extensão e homogeneidade ou 
heterogeneidade da área. 
De acordo com BURINGH (1962), citado por EMBRAPA (1995), existem três tipos de observações: 
Para classificação (identificação das unidades de mapeamento); Para definição de limites (limite entre 
unidades de mapeamento); e Aspectos especiais (registro de fenômenos específicos). 
Recomendações de observações com base em levantamentos pedológicos executados no Brasil 
(EMBRAPA, 1995): 
• Levantamento Detalhado: 0,20 – 4,00 obs/ha. 
• Levantamento Semidetalhado: 0,02 – 0,20 obs/ha. 
• Levantamento Reconhecimento: 0,04 – 0,02 obs/km2 . 
• LevantamentoExploratório: menos de 0,04 obs/km2 . 
1.2.8. Freqüência de amostragem: É referente ao número total de perfis completos, complementares e 
amostras extras em um levantamento pedológico utilizados para determinação de propriedades físicas, 
químicas e mineralógicas dos solos (EMBRAPA, 1995). 
Para a determina/cão da Freqüência de Amostragem leva-se em conta o tipo de levantamento, 
escala de publicação, grau da heterogeneidade da área e da constituição das unidades de mapeamento 
(IBGE, 1994). 
1.2.9. Bases de referência: Imagens de satélites e radar, fotografias aéreas, mapas planialtimétricos, 
pedológicos, geológicos, geomorfológicos, climáticos e fitogeográficos podem ser utilizados como 
material base para o levantamento pedológico, assim como qualquer material que forneça informações 
úteis para o mesmo. Deve ser considerada a escala do material base e de publicação, para que obtenha 
uma maior precisão nas delimitações. Recomenda-se (DENT & YOUNG, 1981, citado por EMBRAPA, 
1995) utilizar mapas básicos em escala 2 ou 2,5 vezes maior que a escala de publicação (EMBRAPA, 
1995). 
1.2.10. Área mínima mapeável: AMM (ha)= (E2 x 0,4) ÷ 108 E = Escala de publicação Exemplo: 
Escala=1:5.000.000 (Mapa de solos do Brasil) AMM (ha)= (50000002 x 0,4) ÷ 108 = 100.000ha = 1000 
km2. A área mínima mapeável é determinada pelas menores dimensões que podem ser legivelmente 
delineadas em um mapa. Na prática corresponde a uma área de 0,4 cm2 no mapa (0,6cm x 0,6cm). 
1.3. Tipos de levantamentos e mapas de solos Os tipos de levantamentos de solos são exploratório, 
reconhecimento, semidetalhado, detalhado, ultradetalhado. Além dos levantamentos ainda existem os 
mapas esquemáticos, que são produzidos a partir da compilação de levantamentos de solos. 
1.3.1. Levantamento Exploratório Objetivo: Obter informações qualitativas do recurso solo para 
identificar áreas potenciais para o desenvolvimento regional. Levantamento em grande extensão 
territorial, com esparsas informações de campo. Escalas de 1:750.000 a 1:2.500.000. Exemplo: mapas do 
Projeto RadamBrasil 
1.3.2. Levantamento de Reconhecimento: Objetivo: Avaliação qualitativa e semi-quantitativa do 
recurso solo, visando estimativa potencial de uso. Subdivide-se em: Baixa intensidade (1:250.000 a 
1:750.000); Média intensidade (1:100.000 a 1:250.000); Alta intensidade (1:50.000 a 1:100.000). 
Exemplo: mapa de solos do estado do Paraná. 
1.3.3. Levantamento Semidetalhado: 
Objetivo: obter informações básicas para implantação de projetos de colonização, loteamentos rurais, 
estudos integrados de microbacias, planejamento local de uso e conservação de solos, e projetos e estudos 
prévios para engenharia civil. Escalas de 1:50.000 a 1:100.000. Exemplo: mapas semidetalhados de São 
Paulo. 
1.3.4. Levantamento Detalhado: Objetivo: Obter informações sobre os solos de áreas relativamente 
pequenas, para decisões localizadas, onde está previsto o uso realmente intensivo do solo. Escalas 
maiores ou iguais a 1:20.000. Exemplo: mapas de centros de pesquisa. 
1.3.5. Levantamento Ultradetalhado: Objetivo: visa atender problemas específicos de áreas muito 
pequenas, como parcelas experimentais e áreas residenciais ou industriais. Escalas maiores ou iguais a 
1:5.000. 
1.3.6. Mapa esquemático: • É uma mera compilação de mapas em escalas diferentes; • Não há trabalho 
de campo; • Não é um levantamento de solos • Normalmente em escalas muito pequenas (escala < 
1.000.000) Exemplo: mapa de solos do Brasil 
1.4. Métodos de levantamento de solos (Ver GOOSEN, 1968, p. 13-32; AMARAL e AUDI, 1975, p. 
429-440; DEMATTÊ, 1997, p. 19-44) As razões da existência dos métodos, segundo SIRTOLI, 2003, são 
economia de tempo, redução de custos, resultados mais precisos e criação de novas possibilidades. Dentro 
desse contexto pode-se citar, ainda, adequação das condições local de cada levantamento. 
1.4.1. Método Convencional (DEMATTÊ, 1997): • Observação da paisagem; • Abertura de perfis, 
tradagem, caracterização das unidades taxonômicas e • Delimitação das unidades no escritório. 
1.4.2. Método utilizando fotografias aéreas (DEMATTÊ, 1997): • Observação da paisagem, correlação 
campo e fotografia aérea; • Delimitação das unidades taxonômicas e • Campo: Caracterização das 
unidades delimitadas, checagem de trincheiras. 
1.4.3. Métodos utilizando sistemas de sensoriamento remoto. • Observação da paisagem, correlação 
campo e imagem + mapas planialtimétricos; • Delimitação das unidades taxonômicas e • Campo: 
Caracterização das unidades delimitadas, checagem de trincheiras. 
1.5. Métodos de fotointerpretação para fins de levantamento pedológico (BUTLER, 1959; GOOSEN, 
1961; VINK, 1963; BURING 1960). Segundo SIRTOLI, 2003, a fotopedologia é um exame dos 
elementos dos padrões fotográficos, quantitativos e qualitativos, que convergindo às evidências permite 
diagnosticar sobre as prováveis unidades de solos existentes em determinado local. Os métodos de 
fotointerpretação utilizados para levantamento de solos são: análise de padrões, análise fisiográfica e 
análise de elementos. 
1.5.1 Análise de padrões (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo FROST, 1960): Os elementos 
padrões são indicativos de condições superficiais e subsuperficiais. (forma do terreno, drenagem, aspectos 
erosivos, vegetação, tonalidade fotográfica e aspectos culturais). Cada elemento padrão sugere certas 
condições de solo. Grandes padrões regionais dividir a área em grandes unidades de paisagem 
condições ambientais regionais divide em unidades menores e examina os padrões locais sob 
estereoscópio. 
1.5.2. Análise fisiográfica (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo BUTLER, 1959; GOOSEN, 1961; 
VINK, 1963): Fisiografia: do grego physis – natureza e graphos – descrição. 
• Fisiografia separar unidades fisiográficas contém associação única de solos. • Diferentes formas 
de relevo e posição das unidades nesse relevo determinam sua delimitação. 
1.5.3. Análise de elementos (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo BURING 1960): As características 
da superfície da terra, de alguma maneira, estão relacionadas com as condições de solo. A análise dos 
elementos ou parâmetros fotográficos, em uma fotografia aérea, é feita separadamente. Elementos: tipos 
de terreno, relevo, forma das pendentes, condições de drenagem, padrões de drenagem (destrutivos e 
construtivos), vegetação natural, uso da terra. 
1.5.4. Elementos utilizados em fotopedologia - Relevo; erosão; vegetação; uso atual; tonalidade; 
rede de drenagem – (DEMATTÊ, 1997) : 
1.5.4.1. Relevo: É diretamente visível na fotografia aérea e é um fator de formação do solo (mudança de 
relevo = mudança de solo). É o principal elemento utilizado na fotopedologia. 
1.5.4.2. Erosão: A análise desse elemento possibilita estudar e relacionar as formas e dimensões dos 
canais de rede de drenagem com solos de diferentes texturas. 
1.5.4.3. Vegetação: É um elemento de fácil visualização em fotografias aérea e pode ser associado ao 
solo. Exemplo: Uma grande concentração de vegetação de grande porte pode indicar solos mais 
profundos. Um grande problema que ocorre é que grande parte da vegetação natural já foi removida. 
1.5.4.4. Uso atual: Pode ser um indicativo que possibilitará fazer correlações com os solos. 
1.5.4.5. Tonalidade fotográfica: • Fatores que influenciam a tonalidade da fotografia: • Umidade: quanto 
maior a umidade do solo, mais escura a tonalidade; • Textura: solos arenosos refletem mais e solos 
argilosos menos e • Teor de ferro e matéria orgânica: quanto maior o teor desses elementos, mais escura a 
tonalidade. 
1.5.4.6. Rede de drenagem: É um ótimo indicador das condições do terreno, depois do relevo é o 
elemento mais consistente e confiável. A sua fácil visualização nas fotos aéreas favorece a utilização nas 
correlações com os solos. 
1.6. Métodos declassificação de sítios (GONÇALVES, 1988; CARMO et al., 1990) Sítio é uma área 
indivisível em termos de produtividade, sendo reflexo, em última análise, da interação de todas as 
variáveis biológicas e ambientais que afetam o crescimento. 
1.6.1. Métodos diretos: Baseiam-se em medições da capacidade produtiva, diretamente do crescimento 
da floresta. Exemplo: Curvas de índice de sítio. Só pode ser usado na presença de árvores para efetuar 
medições e não avalia o potencial do sítio em futuras sucessões. 1.6.2. Indiretos: Método solo-sítio; 
Levantamento de Solos; Classificação nutricional e de produtividade de sítios florestais (BARROS et al., 
1986). 
1.6.3. Interpretação do levantamento de solos. A classificação taxonômica dos solos permite uma 
interpretação em conjunto com outras informações que resultará em uma classificação interpretativa 
técnica. Exemplos: • Interpretação para fins silviculturais GONÇALVES, 1988; • Avaliação da aptidão 
para eucalipto CARMO et al., 1990; • Capacidade de uso das terras LEPSCH, 1991; • Aptidão das terras 
RAMALHO FILHO & BECK, 1995; • Classificação nutricional de sítios florestais BARROS et al., 1986. 
A) Clima: Variável aplicada a grandes extensões. Através da análise dos dados climáticos pode-se inferir: 
• Riscos de seca; • Riscos de geada; • Riscos de erosão; • Riscos de problemas fitossanitários, etc. B) 
Topografia: Classes de declive : plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado, montanhoso e 
escarpado. Através da análise de topografia pode-se inferir: • Diferenças microclimáticas; • Profundidade 
efetiva do solo; • Regime de nutrientes do solo; • Risco de erosão; • Necessidade de práticas de 
conservação do solo; • Possibilidade de mecanização, etc. C) Textura do solo: Classes texturais: muito 
argilosa, argilosa, média, siltosa, arenosa. Através da análise da textura do solo pode-se inferir: • 
Disponibilidade de água; • Disponibilidade de ar; • Disponibilidade de nutrientes, etc. D) Fertilidade do 
solo: • É um fator de difícil diagnóstico; • Sat. Al., pH, CTC, V%, disponibilidade de macro e 
micronutrientes, reserva de nutrientes, etc. • É um fator de grande importância para o desenvolvimento 
das árvores. E) Outros Fatores: • Hidromorfismo; • Impedimento químico às raízes; • Impedimento físico 
às raízes; • Salinidade e alcalinidade; • Riscos de inundação; • Pedregosidade; • Cobertura vegetal, etc. 
2. BIBLIOGRAFIA 
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Procedimentos normativos para levantamentos 
pedológicos. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1995. 101 p. 
GOOSEN, D. Interpretacion de fotos aereas y su importancia en levantamiento de suelos. Roma: FAO, 
1968. (Boletin sobre Suelos, 05). 
AMARAL, A.Z.; AUDI, R. Fotopedologia. In: MONIZ, A.C. (Ed.) Elementos de pedologia. São Paulo: 
EDUSP/Polígono, 1972. p. 429-442. 
DEMATTÊ, J.A.M. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo de solos. Piracicaba: ESALQ-USP, 1997. 
147 p. (Apostila). 
GONÇALVES, J.L.M. Interpretação de levantamentos de solos para fins silviculturais. IPEF, Piracicaba, 
v. 39, p. 65-72, 1988. 
CARMO, D.N.; RESENDE, M.; SILVA, T.C.A. Avaliação da aptidão das terras para eucalipto. In: 
BARROS, N.F. de; NOVAIS, R.F. de (Eds.). Relação solo eucalipto. Viçosa: Ed. Folha de Viçosa, 1990. 
p. 187-235. 
BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; CARMO, D.N.; NEVES, J.C.L. Classificação nutricional de sítios 
florestais – descrição de uma metodologia. Revista Árvore, Viçosa, v. 10, p. 112-120, 1986. 
LEPSCH, I.F. (Coord.). Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação das terras no 
sistema de capacidade de uso. 4. aprox. Campinas: SBCS, 1991. 175 p. 
RAMALHO FILHO, A.; BECK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3. ed. Rio de 
Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. 
SCOTON, L.C.; LOUZADA, P.T.C.; BORGES, J.F. Método simplificado de avaliação de terras para 
plantio de eucalipto. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO (26.: Rio de Janeiro: 
1997). Resumos... Rio de Janeiro: SBCS, 1997. p. 362. 
Quadro 1. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos 
LEVANTAMENTO 
PEDOLÓGICO OBJETIVOS MÉTODOS DE PROSPECÇÃO 
Mapa esquemático Visão panorâmica da distribuição dos solos Generalizações e amplas correlações com o meio 
ambiente 
Exploratório Informação generalizada do recurso solo em 
grandes áreas 
Extrapolações, generalizações, correlações e 
observ. de campo 
Reconhecimento de baixa 
intensidade 
Estimativa de recursos potenciais de solos Verficação de campo e extrapolações 
Reconhecimento de média 
intensidade 
Estimativa de natureza qualitativa e semiquantitativa 
do recurso solo 
Verificações de campo e correlações solo-paisagem
 
Reconhecimento de alta 
intensidade 
Avaliação da natureza qualitativa e quantitativa de 
áreas prioritárias 
Verificações de campo e correlações solo-paisagem
 
Semidetalhado Planejamento e implantação de projetos agrícolas e 
de engenharia civil 
Verificações de campo ao longo de toposseqüências 
selecionadas e correlações solos-superfícies 
geomórficas 
Detalhado Execução de projetos, uso intensivo do solo Verificações de campo ao longo de topossqüências, 
caminhamentos e quadrículas e correlações solos-
superfícies geomórficas 
Ultradetalhado 
Estudos específicos, localizados Malhas rígidas 
 
Quadro 1. Cont. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos 
LEVANTAMENTO 
PEDOLÓGICO MATERIAL CARTOGRÁFICO E SENSORES REMOTOS 
BÁSICOS 
CONSTITUIÇÃO DAS UNIDADES DE 
MAPEAMENTO 
Mapa esquemático Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, em 
pequenas escalas 
Associações extensas de vários 
componentes 
Exploratório Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, 
fotoíndices, em peque. escalas 
Associações amplas de até 5 componentes 
Reconhecimento de baixa 
intensidade 
Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, carta 
imagem, em peque. escalas 
Associações de até 4 compo-nentes, 
unidades simples 
Reconhecimento de média 
intensidade 
Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, carta 
imagem, em escalas 
 
1:250.000 e fotografias aéreas em 
escala 
 
1:120.000 
Unidades simples, associações de até 4 
componentes 
Reconhecimento de alta 
intensidade 
Mapas planialtimétricos, em escalas 
 
1:100.000 e 
fotografias aéreas em escala 
 
1:60.000 
Unidades simples, associações de até 3 
componentes 
Semidetalhado Mapas planialtimétricos 
 
1:50.000, levantamentos 
topográficos e fotografias aéreas em escala 
 
1:60.000 
Unidades simples, associações de até 3 
componentes e complexos 
Detalhado Mapas planialtimétricos, restituições aerofotográficas, 
levantamentos topográficos com curvas de nível e fotografias 
aéreas em escala 
 
1:20.000 
Unidades simples, complexos e associações
 
Ultradetalhado 
Plantas, Mapas planialtimétricos, levantamentos topográficos 
com curvas de nível a pequenos intervalos, em escala 
 
1:5.000 
Unidades simples 
 
Quadro 1. Cont. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos 
LEVANTAMENTO 
PEDOLÓGICO 
Escala de 
publicação AMM 
Dens. Obs./AMM
 
FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM 
Mapa esquemático 
 
1:1.000.000 > 40 Km2
 
- - 
Exploratório 1:750.000 a 
1:2.500.000 
22,5 a 250 Km2
 
1,0 a 1,2 1 perfil completo ou complementar/classes de solo 
predominante em associações 
Reconhecimento de 
baixa intensidade 
1:250.000 a 
1:750.000 
2,5 a 22,5 Km2
 
0,8 a 1,0 1 perfil completo ou complementar/classe de solo 
em unidade simples ou componente de 
associação 
Reconhecimento de 
média intensidade 
1:100.000 a 
1:250.000 
40 ha a 2,5 Km2
 
0,7 a 0,8 1 perfil completo ou complementar/classe de solo 
em unidade simples ou componentede associação
 
Reconhecimento de alta 
intensidade 
1:50.000 a 
1:100.000 
10 a 40 ha 0,6 a 0,7 1 perfil completo e 1 perfil complementar/classe de 
solo em unidade simples ou componente de 
associação 
Semidetalhado 
 
1:100.000 
(
 
1:50.000)
 
< 40 ha 0,3 a 0,7 1 perfil completo e 1 perfil complementar/classe de 
solo em unidade simples ou componente de 
associação 
Detalhado 
 
1:20.000 
 
1,6 ha 0,2 a 0,3 1 perfil completo e 2 perfis complementares/classe 
de solo no nível taxonômico mais baixo identificado
 
Ultradetalhado 
 
1:5.000 
 
0,1 ha 0,005 a 0,2 Perfis completos e complementares para 
caracterização de áreas homogêneas em termos 
de classe de solos 
 
LEVANTAMENTO – ATIVIDADES DE APOIO AO ENSINO-APRENDIZAGEM 
Não há qualquer relação entre estes exercícios e as questões das provas. 
1. O que são levantamentos de solos? 
 
2. Quais as finalidades dos levantamentos de solos?
 
3. Qual a seqüência de operações para se executar um levantamento de solos? 
4. O levantamento de solos pode auxiliar na divisão de talhões em uma propriedade agrícola? 
5. Quais os tipos de levantamento e mapas pedológicos? 
 
6. Pode-se utilizar um levantamento exploratório de solos para se definir as áreas aptas e inaptas em uma 
empresa agrícola? 
 
7. Se um governo estadual deseja conhecer, em curto prazo, os solos deste estado para definir regiões 
prioritárias para agricultura deverá fazer um levantamento detalhado de solos? Por que? 
8. No Brasil são disponíveis levantamentos detalhados e ultradetalhados de qualquer município? 
Explique. 
9. Para a obtenção de um mapa esquemático de solos é necessária a execução de algum tipo de 
levantamento? Explique. 
 
10. É possível executar o levantamento de solos das áreas de uma empresa agrícola? Explique. 
11. As unidades de mapeamento de solos são unicamente simples, ou podem representar unidades 
combinadas (associações, complexos, grupos indiferenciados)? Explique. 
 
12. Quais bases de referência podem ser utilizadas em um levantamento de solos? 
13. Fotos aéreas pancromáticas podem ser úteis no levantamento de solos? Explique. 
14. Os solos ocorrem na paisagem de forma organizada ou ocorrem aleatoriamente? Explique. 
15. O que é área mínima mapeável e como é calculada para uma dada escala de mapeamento? 
 
16. Diferencie "unidade taxonômica" de "unidade de mapeamento". 
 
17. Por que existem diferentes tipos de levantamentos de solos?
 
18. Quais são as unidades de mapeamento existentes? 
19. Quais são os métodos de prospecção em um levantamento pedológico? 
 
20. A densidade de observações é fixa para qualquer tipo de levantamento ou situação de paisagem? 
Explique. 
21. Quais são os métodos para se efetuar um levantamento de solos? Diferencie. 
22. Quais são os métodos de levantamento utilizando fotografia aéreas? 
23. Explique a análise de padrões e a análise fisiográfica. 
24. Na análise de elementos, quais são os elementos da fotografia que podem ser utilizados para a 
fotointerpretação pedológica? 
25. Como o relevo e a drenagem auxiliam na fotointerpretação pedológica? 
26. O que são as classificações interpretativas ou técnicas? 
27. Um levantamento de solos pode ser interpretado para fins silviculturais? 
28. Podem ser desenvolvidas classificações interpretativas para os diferentes usos do solo? Explique. O 
que são a "Classificação das Terras no Sistema de Capacidade de Uso" e o "Sistema de Avaliação da 
Aptidão da Terras"? 
 
Mapa de solos do Brasil (IBGE, 2006). 
 
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.

Outros materiais