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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DISCIPLINA LEVANTAMENTO E CONSERVAÇÃO DO SOLO MÓDULO LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO DO SOLO ANTONIO RODRIGUES FERNANDES PROFESSORES BELÉM/PA 2009 LEVANTAMENTO DO SOLO 1. Levantamentos pedológicos 1.1. Conceitos 1.1.1. Definição: É um prognóstico da distribuição geográfica dos solos como corpos naturais, determinados por um conjunto de relações e propriedades observáveis na natureza. O levantamento de solos identifica e separa unidades de mapeamento, prevê e delineia suas áreas nos mapas. Assim sendo, pode-se dizer que o levantamento pedológico trabalha com unidades de mapeamento gerando como produto final mapa(s) e relatório(s) (EMBRAPA, 1995). Levantamentos de solos pressupõe trabalhos prévios de escritório (mapa preliminar), levantamento a campo (amostragem e observação), análises laboratoriais e interpretação dos dados com a elaboração do mapa e relatório técnico final. “A interpretação, é tanto mais adequada quanto melhores e mais informações disponíveis” (RANZANI, 1969). 1.1.2. Objetivos: O objetivo principal de um levantamento pedológico é subdividir áreas heterogêneas em parcelas homogêneas, que apresentem a menor variabilidade possível, em função dos parâmetros de classificação e das características utilizadas para distinção dos solos (EMBRAPA, 1995). 1.1.3. Utilidades: As informações contidas num levantamento pedológico são essenciais para a avaliação do potencial e das limitações de uma área, constituindo uma base de dados para estudos de viabilidade técnica e econômica de projetos e planejamento de uso, manejo e conservação de solos (EMBRAPA, 1995). 1.2. Definições e critérios essenciais para levantamentos pedológicos: 1.2.1. Unidades taxonômicas: A unidade taxonômica é definida segundo um conjunto de características e propriedades do solo, conhecidas por meio do estudo de pedons (EMBRAPA, 1995). 1.2.3. Unidades de mapeamento: São o conjunto de áreas de solos com relações e posição definidas na paisagem em função das unidades taxonômicas que os compõe. Por exemplo: uma unidade simples que aparece no mapa de solos pode ter até 30% de inclusão de outras classes de solos (EMBRAPA, 1995). Além de unidades simples, no mapa de solos podem ocorrer unidades combinadas, como as associações e complexos, com mais de uma classe de solo e em sua composição entram dois ou mais componentes que podem ser nitidamente ou pouco diferenciados, tanto na morfologia como no conjunto de propriedades físicas, químicas e mineralógicas. E ainda tipos de terrenos que são unidades de mapeamento especiais e não são propriamente classes de solos. Exemplos: áreas de empréstimo e de despejo de entulhos, aterros, áreas urbanas, cascalheiras, escarpas rochosas e afloramento de rochas (EMBRAPA, 1995). Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce 1.2.4. Fases de unidade de mapeamento: É um recurso utilizado para indicar mudanças na morfologia, feições do meio físico e comportamento dos solos para fins específicos de uso e manejo e subdividir unidades de mapeamento, segundo características relacionadas ao uso do solo, como pedregosidade, erosão, rochosidade, relevo, drenagem, vegetação ou qualquer outra característica importante para os objetivos do levantamento (EMBRAPA, 1995). 1.2.5. Legendas (adaptado de EMBRAPA, 1995): Pode-se dividir o levantamento pedológico em três fases quando se trata de legendas. A primeira fase é a de escritório onde se inicia o trabalho do levantamento e é nessa fase que se elabora a Legenda preliminar que servirá de guia durante o levantamento, partindo de uma vistoria geral programada com o propósito de identificar unidades de mapeamentos e estabelecer correlações destas com as características da paisagem, podendo também ser utilizadas, se disponível, fotos aéreas e sensores remotos. A fase seguinte é a de campo onde a Legenda preliminar vai se modificando e passa ter símbolos das designações das respectivas unidades de mapeamento, então se tem a Legenda de campo. A terceira e última fase é a de conclusão do levantamento com a elaboração da Legenda final de identificação dos solos sendo organizada após o término dos trabalhos de campo e laboratório, quando são feitos os ajustes necessários e estabelecida a classificação definitiva dos solos. As Legendas refletem as relações entre os solos e as feições da paisagem e são, em última análise, a listagem de unidades de mapeamento e seus respectivos símbolos. 1.2.6. Métodos de prospecção Os métodos de prospecção (transeptos, áreas piloto, toposseqüência, malha, livre) utilizados em levantamentos pedológicos visam a coleta de dados, descrição de características dos solos no campo e a verificação de limites entre unidades de mapeamento (EMBRAPA, 1995). 1.2.6.1. Transeptos: Esse método consiste de observações por meio de caminhos planejados para detectar características dos solos e variação da paisagem, compreendendo particularidades fisiográficas, tais como geologia, geomorfologia, vegetação, redes de drenagem superficial, e uso atual do solo. As observações são efetuadas a intervalos regulares ou sempre que se perceba mudanças de classes de solos ou outras características importantes (IBGE, 1994). 1.2.6.2. Áreas-Piloto: Os levantamentos de áreas-piloto são indicados para mapeamentos de natureza genérica e constam de investigações mais detalhadas de áreas menores, que sejam representativas de uma determinada feição fisiográfica e posteriormente extrapolada parta o restante da área (EMBRAPA, 1995). 1.2.6.3. Toposseqüências: Este método permite verificar e correlacionar as variações do solo com as superfícies geomórficas e é o mais apropriado para a execução de levantamentos pedológicos detalhados (EMBRAPA, 1995). Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce Malu Neres Realce 1.2.6.4. Malha: O sistema de malhas é utilizado em levantamentos detalhados e ultradetalhados, em escala grande, para projetos de uso intensivo do solo. Consta de observações a espaços prefixados que formam uma malha, ou retículo, em toda a extensão da área. A fotointerpretação auxilia esse método na hora de subdividir a área em áreas menores e mais heterogêneas (EMBRAPA, 1995). 1.2.6.5. Livre: Para utilizar este método, do caminhamento livre, deve-se levar em conta a experiência do pedólogo que o realizará, pois as escolhas dos pontos de observações e amostragens terão que ser representativos, de modo que ofereça o máximo de informações para a caracterização e mapeamento do solo. A utilização de fotografias aéreas, imagens de radar e de satélite, material cartográfico é essencial. 1.2.7. Densidade de observações: A determinação da densidade de observações leva em conta alguns fatores como tipo de levantamento, escala de mapeamento, extensão e homogeneidade ou heterogeneidade da área. De acordo com BURINGH (1962), citado por EMBRAPA (1995), existem três tipos de observações: Para classificação (identificação das unidades de mapeamento); Para definição de limites (limite entre unidades de mapeamento); e Aspectos especiais (registro de fenômenos específicos). Recomendações de observações com base em levantamentos pedológicos executados no Brasil (EMBRAPA, 1995): • Levantamento Detalhado: 0,20 – 4,00 obs/ha. • Levantamento Semidetalhado: 0,02 – 0,20 obs/ha. • Levantamento Reconhecimento: 0,04 – 0,02 obs/km2 . • LevantamentoExploratório: menos de 0,04 obs/km2 . 1.2.8. Freqüência de amostragem: É referente ao número total de perfis completos, complementares e amostras extras em um levantamento pedológico utilizados para determinação de propriedades físicas, químicas e mineralógicas dos solos (EMBRAPA, 1995). Para a determina/cão da Freqüência de Amostragem leva-se em conta o tipo de levantamento, escala de publicação, grau da heterogeneidade da área e da constituição das unidades de mapeamento (IBGE, 1994). 1.2.9. Bases de referência: Imagens de satélites e radar, fotografias aéreas, mapas planialtimétricos, pedológicos, geológicos, geomorfológicos, climáticos e fitogeográficos podem ser utilizados como material base para o levantamento pedológico, assim como qualquer material que forneça informações úteis para o mesmo. Deve ser considerada a escala do material base e de publicação, para que obtenha uma maior precisão nas delimitações. Recomenda-se (DENT & YOUNG, 1981, citado por EMBRAPA, 1995) utilizar mapas básicos em escala 2 ou 2,5 vezes maior que a escala de publicação (EMBRAPA, 1995). 1.2.10. Área mínima mapeável: AMM (ha)= (E2 x 0,4) ÷ 108 E = Escala de publicação Exemplo: Escala=1:5.000.000 (Mapa de solos do Brasil) AMM (ha)= (50000002 x 0,4) ÷ 108 = 100.000ha = 1000 km2. A área mínima mapeável é determinada pelas menores dimensões que podem ser legivelmente delineadas em um mapa. Na prática corresponde a uma área de 0,4 cm2 no mapa (0,6cm x 0,6cm). 1.3. Tipos de levantamentos e mapas de solos Os tipos de levantamentos de solos são exploratório, reconhecimento, semidetalhado, detalhado, ultradetalhado. Além dos levantamentos ainda existem os mapas esquemáticos, que são produzidos a partir da compilação de levantamentos de solos. 1.3.1. Levantamento Exploratório Objetivo: Obter informações qualitativas do recurso solo para identificar áreas potenciais para o desenvolvimento regional. Levantamento em grande extensão territorial, com esparsas informações de campo. Escalas de 1:750.000 a 1:2.500.000. Exemplo: mapas do Projeto RadamBrasil 1.3.2. Levantamento de Reconhecimento: Objetivo: Avaliação qualitativa e semi-quantitativa do recurso solo, visando estimativa potencial de uso. Subdivide-se em: Baixa intensidade (1:250.000 a 1:750.000); Média intensidade (1:100.000 a 1:250.000); Alta intensidade (1:50.000 a 1:100.000). Exemplo: mapa de solos do estado do Paraná. 1.3.3. Levantamento Semidetalhado: Objetivo: obter informações básicas para implantação de projetos de colonização, loteamentos rurais, estudos integrados de microbacias, planejamento local de uso e conservação de solos, e projetos e estudos prévios para engenharia civil. Escalas de 1:50.000 a 1:100.000. Exemplo: mapas semidetalhados de São Paulo. 1.3.4. Levantamento Detalhado: Objetivo: Obter informações sobre os solos de áreas relativamente pequenas, para decisões localizadas, onde está previsto o uso realmente intensivo do solo. Escalas maiores ou iguais a 1:20.000. Exemplo: mapas de centros de pesquisa. 1.3.5. Levantamento Ultradetalhado: Objetivo: visa atender problemas específicos de áreas muito pequenas, como parcelas experimentais e áreas residenciais ou industriais. Escalas maiores ou iguais a 1:5.000. 1.3.6. Mapa esquemático: • É uma mera compilação de mapas em escalas diferentes; • Não há trabalho de campo; • Não é um levantamento de solos • Normalmente em escalas muito pequenas (escala < 1.000.000) Exemplo: mapa de solos do Brasil 1.4. Métodos de levantamento de solos (Ver GOOSEN, 1968, p. 13-32; AMARAL e AUDI, 1975, p. 429-440; DEMATTÊ, 1997, p. 19-44) As razões da existência dos métodos, segundo SIRTOLI, 2003, são economia de tempo, redução de custos, resultados mais precisos e criação de novas possibilidades. Dentro desse contexto pode-se citar, ainda, adequação das condições local de cada levantamento. 1.4.1. Método Convencional (DEMATTÊ, 1997): • Observação da paisagem; • Abertura de perfis, tradagem, caracterização das unidades taxonômicas e • Delimitação das unidades no escritório. 1.4.2. Método utilizando fotografias aéreas (DEMATTÊ, 1997): • Observação da paisagem, correlação campo e fotografia aérea; • Delimitação das unidades taxonômicas e • Campo: Caracterização das unidades delimitadas, checagem de trincheiras. 1.4.3. Métodos utilizando sistemas de sensoriamento remoto. • Observação da paisagem, correlação campo e imagem + mapas planialtimétricos; • Delimitação das unidades taxonômicas e • Campo: Caracterização das unidades delimitadas, checagem de trincheiras. 1.5. Métodos de fotointerpretação para fins de levantamento pedológico (BUTLER, 1959; GOOSEN, 1961; VINK, 1963; BURING 1960). Segundo SIRTOLI, 2003, a fotopedologia é um exame dos elementos dos padrões fotográficos, quantitativos e qualitativos, que convergindo às evidências permite diagnosticar sobre as prováveis unidades de solos existentes em determinado local. Os métodos de fotointerpretação utilizados para levantamento de solos são: análise de padrões, análise fisiográfica e análise de elementos. 1.5.1 Análise de padrões (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo FROST, 1960): Os elementos padrões são indicativos de condições superficiais e subsuperficiais. (forma do terreno, drenagem, aspectos erosivos, vegetação, tonalidade fotográfica e aspectos culturais). Cada elemento padrão sugere certas condições de solo. Grandes padrões regionais dividir a área em grandes unidades de paisagem condições ambientais regionais divide em unidades menores e examina os padrões locais sob estereoscópio. 1.5.2. Análise fisiográfica (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo BUTLER, 1959; GOOSEN, 1961; VINK, 1963): Fisiografia: do grego physis – natureza e graphos – descrição. • Fisiografia separar unidades fisiográficas contém associação única de solos. • Diferentes formas de relevo e posição das unidades nesse relevo determinam sua delimitação. 1.5.3. Análise de elementos (Elaborado por SIRTOLI, 2003, segundo BURING 1960): As características da superfície da terra, de alguma maneira, estão relacionadas com as condições de solo. A análise dos elementos ou parâmetros fotográficos, em uma fotografia aérea, é feita separadamente. Elementos: tipos de terreno, relevo, forma das pendentes, condições de drenagem, padrões de drenagem (destrutivos e construtivos), vegetação natural, uso da terra. 1.5.4. Elementos utilizados em fotopedologia - Relevo; erosão; vegetação; uso atual; tonalidade; rede de drenagem – (DEMATTÊ, 1997) : 1.5.4.1. Relevo: É diretamente visível na fotografia aérea e é um fator de formação do solo (mudança de relevo = mudança de solo). É o principal elemento utilizado na fotopedologia. 1.5.4.2. Erosão: A análise desse elemento possibilita estudar e relacionar as formas e dimensões dos canais de rede de drenagem com solos de diferentes texturas. 1.5.4.3. Vegetação: É um elemento de fácil visualização em fotografias aérea e pode ser associado ao solo. Exemplo: Uma grande concentração de vegetação de grande porte pode indicar solos mais profundos. Um grande problema que ocorre é que grande parte da vegetação natural já foi removida. 1.5.4.4. Uso atual: Pode ser um indicativo que possibilitará fazer correlações com os solos. 1.5.4.5. Tonalidade fotográfica: • Fatores que influenciam a tonalidade da fotografia: • Umidade: quanto maior a umidade do solo, mais escura a tonalidade; • Textura: solos arenosos refletem mais e solos argilosos menos e • Teor de ferro e matéria orgânica: quanto maior o teor desses elementos, mais escura a tonalidade. 1.5.4.6. Rede de drenagem: É um ótimo indicador das condições do terreno, depois do relevo é o elemento mais consistente e confiável. A sua fácil visualização nas fotos aéreas favorece a utilização nas correlações com os solos. 1.6. Métodos declassificação de sítios (GONÇALVES, 1988; CARMO et al., 1990) Sítio é uma área indivisível em termos de produtividade, sendo reflexo, em última análise, da interação de todas as variáveis biológicas e ambientais que afetam o crescimento. 1.6.1. Métodos diretos: Baseiam-se em medições da capacidade produtiva, diretamente do crescimento da floresta. Exemplo: Curvas de índice de sítio. Só pode ser usado na presença de árvores para efetuar medições e não avalia o potencial do sítio em futuras sucessões. 1.6.2. Indiretos: Método solo-sítio; Levantamento de Solos; Classificação nutricional e de produtividade de sítios florestais (BARROS et al., 1986). 1.6.3. Interpretação do levantamento de solos. A classificação taxonômica dos solos permite uma interpretação em conjunto com outras informações que resultará em uma classificação interpretativa técnica. Exemplos: • Interpretação para fins silviculturais GONÇALVES, 1988; • Avaliação da aptidão para eucalipto CARMO et al., 1990; • Capacidade de uso das terras LEPSCH, 1991; • Aptidão das terras RAMALHO FILHO & BECK, 1995; • Classificação nutricional de sítios florestais BARROS et al., 1986. A) Clima: Variável aplicada a grandes extensões. Através da análise dos dados climáticos pode-se inferir: • Riscos de seca; • Riscos de geada; • Riscos de erosão; • Riscos de problemas fitossanitários, etc. B) Topografia: Classes de declive : plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado, montanhoso e escarpado. Através da análise de topografia pode-se inferir: • Diferenças microclimáticas; • Profundidade efetiva do solo; • Regime de nutrientes do solo; • Risco de erosão; • Necessidade de práticas de conservação do solo; • Possibilidade de mecanização, etc. C) Textura do solo: Classes texturais: muito argilosa, argilosa, média, siltosa, arenosa. Através da análise da textura do solo pode-se inferir: • Disponibilidade de água; • Disponibilidade de ar; • Disponibilidade de nutrientes, etc. D) Fertilidade do solo: • É um fator de difícil diagnóstico; • Sat. Al., pH, CTC, V%, disponibilidade de macro e micronutrientes, reserva de nutrientes, etc. • É um fator de grande importância para o desenvolvimento das árvores. E) Outros Fatores: • Hidromorfismo; • Impedimento químico às raízes; • Impedimento físico às raízes; • Salinidade e alcalinidade; • Riscos de inundação; • Pedregosidade; • Cobertura vegetal, etc. 2. BIBLIOGRAFIA EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Procedimentos normativos para levantamentos pedológicos. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1995. 101 p. GOOSEN, D. Interpretacion de fotos aereas y su importancia en levantamiento de suelos. Roma: FAO, 1968. (Boletin sobre Suelos, 05). AMARAL, A.Z.; AUDI, R. Fotopedologia. In: MONIZ, A.C. (Ed.) Elementos de pedologia. São Paulo: EDUSP/Polígono, 1972. p. 429-442. DEMATTÊ, J.A.M. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo de solos. Piracicaba: ESALQ-USP, 1997. 147 p. (Apostila). GONÇALVES, J.L.M. Interpretação de levantamentos de solos para fins silviculturais. IPEF, Piracicaba, v. 39, p. 65-72, 1988. CARMO, D.N.; RESENDE, M.; SILVA, T.C.A. Avaliação da aptidão das terras para eucalipto. In: BARROS, N.F. de; NOVAIS, R.F. de (Eds.). Relação solo eucalipto. Viçosa: Ed. Folha de Viçosa, 1990. p. 187-235. BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; CARMO, D.N.; NEVES, J.C.L. Classificação nutricional de sítios florestais – descrição de uma metodologia. Revista Árvore, Viçosa, v. 10, p. 112-120, 1986. LEPSCH, I.F. (Coord.). Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação das terras no sistema de capacidade de uso. 4. aprox. Campinas: SBCS, 1991. 175 p. RAMALHO FILHO, A.; BECK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. SCOTON, L.C.; LOUZADA, P.T.C.; BORGES, J.F. Método simplificado de avaliação de terras para plantio de eucalipto. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO (26.: Rio de Janeiro: 1997). Resumos... Rio de Janeiro: SBCS, 1997. p. 362. Quadro 1. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO OBJETIVOS MÉTODOS DE PROSPECÇÃO Mapa esquemático Visão panorâmica da distribuição dos solos Generalizações e amplas correlações com o meio ambiente Exploratório Informação generalizada do recurso solo em grandes áreas Extrapolações, generalizações, correlações e observ. de campo Reconhecimento de baixa intensidade Estimativa de recursos potenciais de solos Verficação de campo e extrapolações Reconhecimento de média intensidade Estimativa de natureza qualitativa e semiquantitativa do recurso solo Verificações de campo e correlações solo-paisagem Reconhecimento de alta intensidade Avaliação da natureza qualitativa e quantitativa de áreas prioritárias Verificações de campo e correlações solo-paisagem Semidetalhado Planejamento e implantação de projetos agrícolas e de engenharia civil Verificações de campo ao longo de toposseqüências selecionadas e correlações solos-superfícies geomórficas Detalhado Execução de projetos, uso intensivo do solo Verificações de campo ao longo de topossqüências, caminhamentos e quadrículas e correlações solos- superfícies geomórficas Ultradetalhado Estudos específicos, localizados Malhas rígidas Quadro 1. Cont. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO MATERIAL CARTOGRÁFICO E SENSORES REMOTOS BÁSICOS CONSTITUIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO Mapa esquemático Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, em pequenas escalas Associações extensas de vários componentes Exploratório Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, fotoíndices, em peque. escalas Associações amplas de até 5 componentes Reconhecimento de baixa intensidade Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, carta imagem, em peque. escalas Associações de até 4 compo-nentes, unidades simples Reconhecimento de média intensidade Mapas planialtimétricos, imagens de radar e satélite, carta imagem, em escalas 1:250.000 e fotografias aéreas em escala 1:120.000 Unidades simples, associações de até 4 componentes Reconhecimento de alta intensidade Mapas planialtimétricos, em escalas 1:100.000 e fotografias aéreas em escala 1:60.000 Unidades simples, associações de até 3 componentes Semidetalhado Mapas planialtimétricos 1:50.000, levantamentos topográficos e fotografias aéreas em escala 1:60.000 Unidades simples, associações de até 3 componentes e complexos Detalhado Mapas planialtimétricos, restituições aerofotográficas, levantamentos topográficos com curvas de nível e fotografias aéreas em escala 1:20.000 Unidades simples, complexos e associações Ultradetalhado Plantas, Mapas planialtimétricos, levantamentos topográficos com curvas de nível a pequenos intervalos, em escala 1:5.000 Unidades simples Quadro 1. Cont. Síntese de diferenciação de mapas e tipos de levantamentos pedológicos LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO Escala de publicação AMM Dens. Obs./AMM FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM Mapa esquemático 1:1.000.000 > 40 Km2 - - Exploratório 1:750.000 a 1:2.500.000 22,5 a 250 Km2 1,0 a 1,2 1 perfil completo ou complementar/classes de solo predominante em associações Reconhecimento de baixa intensidade 1:250.000 a 1:750.000 2,5 a 22,5 Km2 0,8 a 1,0 1 perfil completo ou complementar/classe de solo em unidade simples ou componente de associação Reconhecimento de média intensidade 1:100.000 a 1:250.000 40 ha a 2,5 Km2 0,7 a 0,8 1 perfil completo ou complementar/classe de solo em unidade simples ou componentede associação Reconhecimento de alta intensidade 1:50.000 a 1:100.000 10 a 40 ha 0,6 a 0,7 1 perfil completo e 1 perfil complementar/classe de solo em unidade simples ou componente de associação Semidetalhado 1:100.000 ( 1:50.000) < 40 ha 0,3 a 0,7 1 perfil completo e 1 perfil complementar/classe de solo em unidade simples ou componente de associação Detalhado 1:20.000 1,6 ha 0,2 a 0,3 1 perfil completo e 2 perfis complementares/classe de solo no nível taxonômico mais baixo identificado Ultradetalhado 1:5.000 0,1 ha 0,005 a 0,2 Perfis completos e complementares para caracterização de áreas homogêneas em termos de classe de solos LEVANTAMENTO – ATIVIDADES DE APOIO AO ENSINO-APRENDIZAGEM Não há qualquer relação entre estes exercícios e as questões das provas. 1. O que são levantamentos de solos? 2. Quais as finalidades dos levantamentos de solos? 3. Qual a seqüência de operações para se executar um levantamento de solos? 4. O levantamento de solos pode auxiliar na divisão de talhões em uma propriedade agrícola? 5. Quais os tipos de levantamento e mapas pedológicos? 6. Pode-se utilizar um levantamento exploratório de solos para se definir as áreas aptas e inaptas em uma empresa agrícola? 7. Se um governo estadual deseja conhecer, em curto prazo, os solos deste estado para definir regiões prioritárias para agricultura deverá fazer um levantamento detalhado de solos? Por que? 8. No Brasil são disponíveis levantamentos detalhados e ultradetalhados de qualquer município? Explique. 9. Para a obtenção de um mapa esquemático de solos é necessária a execução de algum tipo de levantamento? Explique. 10. É possível executar o levantamento de solos das áreas de uma empresa agrícola? Explique. 11. As unidades de mapeamento de solos são unicamente simples, ou podem representar unidades combinadas (associações, complexos, grupos indiferenciados)? Explique. 12. Quais bases de referência podem ser utilizadas em um levantamento de solos? 13. Fotos aéreas pancromáticas podem ser úteis no levantamento de solos? Explique. 14. Os solos ocorrem na paisagem de forma organizada ou ocorrem aleatoriamente? Explique. 15. O que é área mínima mapeável e como é calculada para uma dada escala de mapeamento? 16. Diferencie "unidade taxonômica" de "unidade de mapeamento". 17. Por que existem diferentes tipos de levantamentos de solos? 18. Quais são as unidades de mapeamento existentes? 19. Quais são os métodos de prospecção em um levantamento pedológico? 20. A densidade de observações é fixa para qualquer tipo de levantamento ou situação de paisagem? Explique. 21. Quais são os métodos para se efetuar um levantamento de solos? Diferencie. 22. Quais são os métodos de levantamento utilizando fotografia aéreas? 23. Explique a análise de padrões e a análise fisiográfica. 24. Na análise de elementos, quais são os elementos da fotografia que podem ser utilizados para a fotointerpretação pedológica? 25. Como o relevo e a drenagem auxiliam na fotointerpretação pedológica? 26. O que são as classificações interpretativas ou técnicas? 27. Um levantamento de solos pode ser interpretado para fins silviculturais? 28. Podem ser desenvolvidas classificações interpretativas para os diferentes usos do solo? Explique. O que são a "Classificação das Terras no Sistema de Capacidade de Uso" e o "Sistema de Avaliação da Aptidão da Terras"? Mapa de solos do Brasil (IBGE, 2006). This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.
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