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Imunologia dos Transplantes Transplante Método de tratamento amplamente utilizado para substituição de órgãos e tecidos “doentes” por outros saudáveis Transplante Células Tecido Órgãos DOADOR RECEPTOR ENXERTO Mesmo indivíduo Outro indivíduo Tipos de transplantes Autólogo Próprio indivíduo Singênico Entre indivíduos geneticamente idênticos Alogênico Mesma espécie Geneticamente diferentes www.abto.org.br Cenário dos transplantes no Brasil A crise em muitos setores do país, inclusive na saúde, parece ter atingido também a doação e o transplante. Neste trimestre, houve queda não apenas em relação às previsões de crescimento, mas, de forma preocupante, na comparação com 2015. www.abto.org.br Realização dos transplantes Maior problema transplantes R E J E I Ç Ã O Imunologia dos transplantes Como o receptor reconhece o enxerto como estranho?? Reconhecimento de Aloantígenos Moléculas que são reconhecidas: Aloantígenos Células alorreativas Doador Receptor Aloenxerto Transplante Alogênico Reconhecimento de aloantígenos Informações que a rejeição é causada por mecanismos imunológicos da resposta adaptativa (especificidade, memória – mediada por linfócitos T): Segundo transplante Memória Mediada por linf. Aloantígenos Proteínas codificadas por genes altamente polimórficos - Genes de histompatibilidade - Diferem entre diferentes membros de uma espécie Moléculas do complexo principal de histocompatibilidade MHC/HLA Todas células nucleadas APCs MHC humano: HLA Identificação: procura de moléculas de superfície celular (leucócitos) em um indivíduo que seriam reconhecidas como estranhas por um outro indivíduos. HLA: Human leukocyte antigen HLA Genes MHC: altamente polimórficos Genes do MHC alelos Genes MHC de classes I e II são os genes mais polimórficos do genoma Número total de alelos de HLA na população: <3.500 Genes do MHC Genes MHC: altamente polimórficos Lócus do MHC: genes do MHC-classe I e genes MHC-classe II Codificam dois grupos de proteínas estruturalmente distintas porém homólogas Lócus do MHC: genes não polimórficos envolvidos na apresentação de antígenos Expressão do gene: codominante Para um determinado gene do MHC, cada indivíduo expressa os alelos que são herdados de cada um dos pais – maximiza o número de moléculas de MHC para ligar um determinado peptídeo Genes do MHC Seres humanos: genes MHC Braço curto do cromosso 6 Ocupa grande segmento de DNA (3.500kb) 3 genes de MHC-classe I: HLA-A, HLA-B, HLA-C (3 moléculas) 3 loci gênicos MHC-classe II: HLA-DP, HLA-DQ, HLA-DR - loci gênicos classe II: genes que codificam cadeias α, β Genes do MHC Haplótipo do HLA Conjunto dos alelos do MHC presente em cada cromossomo Exemplo de haplótipo (1 cromossomo) HLA-A2, HLA-B5, HLA-DR3 Indivíduos heterozigotos: 2 haplótipos de HLA Genes do MHC Reconhecimento de aloantígenos Como as moléculas alogênicas de MHC são reconhecidas pelo receptor??? Enxerto Sistema Imune Doador Receptor DIRETA INDIRETA 1. Reconhecimento direto APC doador MHC-II doador Linfócito CD4 Receptor Reconhecimento da molécula de MHC (doador) pelos linfócitos T (receptor) MHC-I doador Linfócito CD8 Receptor MHC doador Molécula intacta Não processada APC presente no enxerto * Não há necessidade de APC do receptor 1. Reconhecimento direto Reconhecimento da molécula de MHC (doador) pelos linfócitos T (receptor) Células apresentadoras de antígeno do doador Deixam o enxerto Migram através da linfa até os linfonodos regionais Ativação linfócitos T Migração até enxerto De que modo as células T (TCR) conseguem reconhecer moléculas de MHC estranhas uma vez que durante a maturação elas são selecionadas para serem restritas ao MHC próprio ???? 1 a cada 102 linfócitos reconhecem e respondem a uma molécula MHC alogênica 1 a cada 105 ou 106 linfócitos reconhecem um determinado peptídeo microbiano Resposta convencional: MHC receptor + peptideo estranho TCR receptor Conformação MHC doador se encaixa no TCR receptor Conformação MHC doador + peptídeo se encaixa no TCR receptor Reação cruzada 2. Reconhecimento indireto : Necessita de uma APC do receptor - APC receptor - Fagocita célula enxerto (lesada) e Processa MHC doador - Apresenta peptideos do MHC do doador aos linfócitos do receptor * MHC alogênico comporta-se como um antígeno estranho! Molécula de MHC alogênica gera vários peptídeos estranhos Ativa vários/diferentes clones de linfócitos Reconhecimento da molécula de MHC (doador) pelos linfócitos T (receptor) MHC doador Molécula processada Reconhecimento da molécula de MHC (doador) pelos linfócitos T (receptor) Outros aloantígenos Antígenos de histocompatibilidade secundários/menores Pouco entendido! Induzem reações mais fracas e lentas em comparação ao MHC • ABO • MIC-A (céls endoteliais) • Antígeno masculino H-Y Fêmeas receptoras Aumento de rejeição Outros aloantígenos Outros aloantígenos Antígenos de histocompatibilidade secundários Ativação de linfócitos autorreativos Reconhecimento de aloantígenos por células T Local: linfonodo drenante Direta Indireta Ativação de linfócitos autorreativos Reconhecimento de aloantígenos por células T Ativação das células T alorreativas Coestimulação: B7 – CD28 Como as APCs ficam ativadas – expressam B7? * Ausência de infecção Transplante: dano isquêmico, morte de células do enxerto - DAMPs (Padrões moleculares associados a danos) Tempo de isquemia – frequência e gravidade da rejeição aguda Resposta de células T alorreativas Mecanismos efetores das células alorreativas - T CD4: citocinas, resposta inflamatória - T CD8: morte da célula alvo Resposta de células B alorreativas - Maioria dos aloanticorpos de alta afinidade: produzidos contra antígenos T-dependentes - Antígeno: moléculas MHC/HLA - Anticorpos: anti-HLA Resultados da resposta imune contra o enxerto • Principal obstáculo ao sucesso do transplante: REJEIÇÃO * Células T CD4, células T CD8 e anticorpos Rejeição aguda - Rejeição aguda do órgão: pode ser revertida com agentes imunossupressores - Rejeição crônica: decorrentes de episódios de rejeição aguda, não respondem ao tratamento= maior desafio atualmente! Minutos-horas Deposição Ig (pré-formados receptor) Antígenos endoteliais doador (ABO - raro) , HLA , Ags menores Ativação complemento Lesão endotelial: Coagulação: Trombose Oclusão vasculatura - Lesão isquêmica Dias-semanas Atualmente: anos (*redução imunossupressão) Alvo: céls endoteliais vasculares Lesão parênquima/vasos CELULAR E HUMORAL Morte mediada por CD8 Anticorpo Recrutamento celular Inflamação Dano endotelial/ tecidual ALVO: Células endoteliais Anticorpos: ativa complemento, NK e neutrófilos A rejeição esta associada à: Rim e coração: oclusão vascular e fibrose Pulmão: bronquiolite obliterante Fígado: fibrose ducto biliar Oclusão vascular Proliferação céls musculares lisas (via citocinas) Vasculopatia de enxerto Isquemia do órgão Fibrose Substituição do parenquima do órgão por tecido fibroso Como a terapia para rejeiçãoaguda melhorou, a principal causa de falha dos aloenxertos de órgãos vascularizados tem sido a rejeição crônica. O feto é um aloenxerto que é repetidamente tolerado O feto é portador de HLAs paternos e antígenos de histocompatibilidade menores diferentes daqueles da mãe A camada externa da placenta, a interface entre os tecidos fetais e maternos, é o trofoblasto. Esse não expressa as proteínas clássicas do MHC de classes I e II, tornando-se resistente ao reconhecimento e ao ataque pelas células T maternas. * Expressão de HLA-G Liga-se aos dois principais receptores inibidores dos das céls NK, inibem a morte por NK O feto é um aloenxerto que é repetidamente tolerado O feto é portador de HLA-s paternos e antígenos de histocompatibilidade menores diferentes daqueles da mãe Tanto o epitélio uterino quanto o trofoblasto secretam citocinas, incluindo o TGF-β, a IL-4 e a IL-10 Esse padrão de citocinas tende a suprimir as respostas Th1 O feto é tolerado por duas razões principais: - Ele ocupa um local protegido por uma barreira tecidual não-imunogênica - Promove uma resposta imunossupressora local na mãe Transplante medula óssea • Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias, Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda, Mieloma Múltiplo e Linfomas • Doenças autoimunes 28 milhões de doadores em todo o mundo No Brasil, o REDOME tem cerca de 4 milhões doadores. - Aspiração ossos chatos (crista ilíaca) - Sangue periférico (fator es estimuladores de colônias, mobilização) Receptor: quimioterapia – “zerar “a medula óssea Necessidade de compatibilidade em todos os locus MHC CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (CD34+) Transplante medula óssea Linfopenia DECH ou GVHD Doença do enxerto contra hospedeiro (graft-versus-host-disease) Receptor imunossuprimido * Linfócitos são bons para enxerto!!! Linfócitos T doador/NK (???) GVHD agudo: Ataque: células epiteliais Pele, fígado, trato gastrointestinal (desprendimento epitélio) Crônica: atrofia órgãos Reação enxerto x leucemia Enxertamento da medula Hospedeiro: imunocomprometido, antígenos menores de histocompatibilidade *Principal causa de morte após TMO alogênico DECH ou GVHD Doença do enxerto contra hospedeiro (graft-versus-host-disease) Receptor imunossuprimido Hospedeiro: imunocomprometido, antígenos menores de histocompatibilidade *Intestino delgado, o pulmão ou o fígado (mtos linfócitos) 15% to 20% of SCT recipients will develop severe GVHD that is refractory to therapy and die Testes imunológicos pré-transplante Métodos para reduzir a imunogenicidade de aloenxertos Minimizar diferenças aloantigênicas entre doador e receptor Compatibilidade ABO Antígenos ABO: todas células, incluindo as hemácias Evitar rejeição hiperaguda - Transplantes de rim : compatibilidade é extremamente importante - Incompatibilidade ABO = menor sobrevida enxerto Compatibilidade HLA • Tipificação dos antígenos HLA classe I e classe II -PCR (amplificação loco específica, hibridação com sondas alelo- específicas) - Sequenciamento DNA -Transplantes renais: a tipificação é possível porque o rim pode ser estocado por até 72 horas e o paciente fica em diálise - Coração e fígado: preservação é mais difícil (compatibilidade ABO e anatomia) Compatibilidade HLA-A, HLA-B, HLA-DR : mais importantes para previsão de sobrevida dos enxertos (DR>B>A) Compatibilidade HLA Compatibilidade HLA • Meia vida do transplante de rim Tempo necessário para que 50% dos transplantes falhem - 27 anos quando o doador é idêntico - 11 anos quando o doador é haplo-idêntico • Outros fatores que influenciam a sobrevida do enxerto: - Estado geral do receptor - Idade do receptor e doador - Condições médicas do doador - Tempo de isquemia fria (morte céls est.SI) Painel de anticorpos reativos Essa prova é realizada com a finalidade de evitar a ocorrência de rejeição hiperaguda mediada por anticorpos pré-formados contra antígenos MHC do doador ou outros antígenos * Paciente na espera (ainda não achou doador) Identificar contra quais moléculas de MHC o paciente possui anticorpos contra. Quanto mais positivo for o painel Menor a chance de encontrar Mais tempo de espera Painel de anticorpos reativos Identificar contra quais moléculas de MHC o paciente possui anticorpos contra. Como que o indivíduo desenvolve anticorpos anti-HLA? • Gravidez • Transfusão sangue • Outros transplantes Prova Cruzada ou Crossmatch * Doador potencial encontrado Pesquisar anticorpos no receptor que reagem especificamente com o MHC do doador - Presença IgG: contra-indicação formal (risco de rejeição hiperaguda) MHC doador Soro do receptor + Linfócitos do doador a) Não é uma fila, onde quem chega primeiro tem preferência. O que determina a preferência é a compatibilidade (quando possível) entre o doador e o receptor. Sendo satisfeita a exigência da compatibilidade, outro ponto determinante da escolha do receptor é a urgência do transplante. No caso do transplante renal a única situação de urgência é a impossibilidade total de acesso para hemodiálise, ou seja, aquele paciente que não pode mais realizar a hemodiálise por impossibilidade de acesso (não tem fístula e não se consegue mais o implante de cateteres). b) No caso de empate, ou seja, dois pacientes com a mesma compatibilidade o tempo de espera e outras características são utilizadas como critérios de desempate. Lista de espera - Transplantes http://www.transplanterenal.com.br/lista_espera.html Prevenção/tratamento da rejeição Imunossupressores Ciclosporina e tacrolimus :inibem proliferação e diferenciação de céls T Rapamicina (sirolimus): inibe proliferação de céls T Azatioprina:mata célula T madura (via toxinas metabólicas) OKT3: eliminação céls T (ativação complemento/fagocitose) Anti-CD25: ausência de sinalização IL-2 CTLA-4 solúvel: se liga ao B7 na APC, impede interação CD28 na cél T Anti-CD20: eliminação céls B maduras Plasmaférese: remoção plasma (anticorpos), devolução hemácias Corticosteróides: anti-inflamatórios (bloqueio citocinas, NO) Fingolimod: bloquia receptores de esfingosina 1-fosfato (S1P): retidas LN (usado por enquanto só para DAIs) Prevenção/tratamento da rejeição Imunossupressores A forte imunossupressão é geralmente iniciada em receptores de aloenxertos no momento do transplante com uma combinação de fármacos e depois de alguns dias os fármacos são alterados para a manutenção a longo prazo de imunossupressão Transplante de rim adulto 1. Anticorpo anti-IL-2R ou anticélulas T e uma alta dosagem de corticosteroides 2. Mantido em um inibidor de calcineurina, um antimetabólito e talvez esteroides em doses baixas. Prevenção/tratamento da rejeição Forte regime de imunossupressão: momento do transplante Suscetibilidade aumentada a vários tipos de infecções: - Reativação vírus Herpes, citomegalovírus, Epstein-Barr - Terapia anti-viral profilática - Infecções oportunistas Fungos (Pneumocystis jiroveci, histoplasmose, coccidioimicoses) Protozoários (toxoplasmose) Parasitas gastrointestinais (Cryptosporitium e Microsporidium) Suscetibilidade aumentada ao câncer -Cérvico uterino (vírus papiloma) -Linfomas céls B (vírus Epstein Barr) -Citotoxicidade (céls epiteliais tubulares renais) Alternativas terapêuticas - Células tronco iPS (induced Pluripotent Stem Cells) Alternativas terapêuticas - Engenharia de tecidos/órgãosbioartificiais Alternativas terapêuticas - Órgãos artificiais http://dvice.com coração fígado pulmão olhos
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