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DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 1 (ESTE CASO SERÁ COBRADO, EU ACHO) Questão: Maria, jovem integrante da alta sociedade paulistana, apesar de não trabalhar, reside há dois anos em um dos bairros nobres da capital paulista, visto que recebe do Estado de São Paulo pensionamento mensal decorrente da morte de seu pai, ex-servidor público. Ocorre que, após voltar de viagem ao exterior, foi surpreendida com a suspensão do pagamento da referida pensão, em razão de determinação judicial. Em razão disso, deixou de pagar a conta de luz de sua casa por dois meses consecutivos o que acarretou, após a prévia notificação pela concessionária prestadora do serviço público, o corte do fornecimento de luz em sua residência. Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) À luz dos princípios da continuidade e do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de serviço público, é lícito o corte de luz realizado pela concessionária? Resposta: Sim, o corte é lícito, pois se trata de débito recente (constituído há menos de 3 meses) e a concessionária efetuou o corte após prévia notificação que enviou para Maria (art. 6º, §3º da Lei 8.987/95). b) O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado irrestritamente à relação entre usuários e prestadores de serviços públicos? Resposta: Não, o Código de Defesa do Consumidor não pode ser aplicado irrestritamente ao caso, pois a Lei 8.987/95 regula a relação da prestação de serviços públicos. Assim, deve ser primeiramente aplicada a referida lei, devido ao seu caráter especial, devendo o CDC ser utilizado apenas nas hipóteses em que ela for omissa. DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 2 (ESTE CASO SERÁ COBRADO) Questão: O Estado W resolve criar um hospital de referência no tratamento de doenças de pele. Sem dispor dos recursos necessários para a construção e a manutenção do Hospital da Pele, pretende adotar o modelo de parceria público-privada. O edital de licitação prevê que haverá a seleção dos particulares mediante licitação na modalidade de pregão presencial, em que será vencedor aquele que oferecer o menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração estadual. Está previsto também, no instrumento convocatório, que a Administração deverá, obrigatoriamente, deter 51% das ações ordinárias da sociedade de propósito específico a ser criada para implantar e gerir o objeto da parceria. Esta cláusula do edital foi impugnada pela sociedade empresária XYZ, que pretende participar do certame. Diante disso, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A modalidade e o tipo de licitação escolhidos pelo Estado W são juridicamente adequados? Resposta: A modalidade de licitação está equivocada, pois deve ser adotada a concorrência (art. 10, caput, da Lei 11.079). b) A impugnação ao edital feita pela sociedade empresária XYZ procede? Resposta: A impugnação procede, uma vez que nas sociedades de propósito específico o poder concedente não pode deter mais de 50% do capital de controle da referida sociedade, sob pena de descaracterização da concessão (art. 9º, §4º da Lei 11.079). DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 3 (ESTE CASO NÃO SERÁ COBRADO) Questão: Recentemente, 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que atuam na defesa, preservação e conservação do meio-ambiente foram qualificadas pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Buscando obter ajuda financeira do Poder Público para financiar parte de seus projetos, as 3 (três) entidades apresentaram requerimento à autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um termo de parceria. Com base na narrativa fática, responda às indagações abaixo, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria? Resposta: Não é necessária a realização de licitação. Porém, se quiser, a Administração Pública poderá promover um procedimento licitatório simplificado para definir com qual delas irá contratar, pois as três entidades pertencem ao mesmo Município, para assim reduzir o grau de subjetividade da escolha. b) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso público? Resposta: Não pode ser realizado concurso público, pois o princípio concursal de aplica somente à Administração Pública. DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 4 (ESTE CASO SERÁ COBRADO) Questão: Uma determinada microempresa de gêneros alimentícios explora seu estabelecimento comercial, por meio de contrato de locação não residencial, fixado pelo prazo de 10 (dez) anos, com término em abril de 2011. Entretanto, em maio do ano de 2009, a referida empresa recebe uma notificação do Poder Público municipal com a ordem de que deveria desocupar o imóvel no prazo de 3 (três) meses a partir do recebimento da citada notificação, sob pena de imissão na posse a ser realizada pelo Poder Público do município. Após o término do prazo concedido, agentes públicos municipais compareceram ao imóvel e avisaram que a imissão na posse pelo Poder Público iria ocorrer em uma semana. Desesperado com a situação, o presidente da sociedade empresária resolve entrar em contato imediato com o proprietário do imóvel, um fazendeiro da região, que lhe informa que já recebeu o valor da indenização por parte do Município, por meio de acordo administrativo celebrado um mês após o decreto expropriatório editado pelo Senhor Prefeito. Indignado, o presidente da sociedade resolve ajuizar uma ação judicial em face do Município, com o objetivo de manter a vigência do contrato até o prazo de seu término, estipulado no respectivo contrato de locação comercial, ou seja, abril de 2011; e, de forma subsidiária, uma indenização pelos danos que lhe foram causados. A partir da narrativa fática descrita acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final? Resposta: Não procede o pedido consistente em compelir o Município a cumprir o contrato, pois a desapropriação é uma modalidade originária de aquisição da propriedade, razão pela qual o recebe livre de qualquer ônus, real ou pessoal, ou seja, livre e desimpedido. b) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao Poder Público municipal indenização pelos danos causados?Resposta: Se a indenização pela perda da posse não for incluída na indenização que foi paga ao proprietário, o locatário poderá pleitear indenização pela perda da posse e interrupção da atividade empresarial (perda do fundo de comércio). DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 5 (ESTE CASO SERÁ COBRADO) Questão: O Prefeito do Município XYZ desapropriou um sítio particular para instalação de um novo centro de atendimento médico de emergência. Entretanto, antes do início das obras, o Estado ABC anunciou que o Município XYZ receberá um novo Hospital Estadual de Atendimento Médico Emergencial. Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. a) O Município pode desistir da construção do centro de atendimento médico e destinar a área desapropriada à construção de uma escola? Resposta: Sim, por motivo de caracterização de tredestinação lícita, a qual consiste na destinação diversa do bem àquela prevista na declaração expropriatória, desde que com a manutenção do interesse público. b) Com o anúncio feito pelo Estado, o antigo proprietário do sítio desapropriado pode requerer o retorno da área à sua propriedade, mediante devolução do valor da indenização? Resposta: Não, pois a retrocessão é possível apenas em caso de tredestinação ilícita, o que não figura como sendo a hipótese do presente caso. DIREITO ADMINISTRATIVO II – CASOS CONCRETOS Curta a página do Facebook “Aprenda Dollynez”: https://www.facebook.com/dicasdollynho2.0/?ref=br_rs AULA 6 (ESTE CASO SERÁ COBRADO) Questão: O Estado “Y”, mediante decreto, declarou como de utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, em favor da concessionária de serviço público “W”, imóveis rurais necessários à construção de dutos subterrâneos para passagem de fios de transmissão de energia. A concessionária “W”, de forma extrajudicial, conseguiu fazer acordo com diversos proprietários das áreas declaradas de utilidade pública, dentre eles, Caio, pagando o valor da indenização pela instituição da servidão por meio de contrato privado. Entretanto, após o pagamento da indenização a Caio, este não permitiu a entrada da concessionária “W” no imóvel para construção do duto subterrâneo, descumprindo o contrato firmado, o que levou a concessionária “W” a ingressar judicialmente com ação de instituição de servidão administrativa em face de Caio. Levando em consideração a hipótese apresentada, responda, de forma justificada, aos itens a seguir. a) É possível a instituição de servidão administrativa pela via judicial? Resposta: Sim, uma vez que a servidão está prevista no art. 40 do Decreto-lei 3365/41, ou seja, no mesmo diploma legal que versa sobre desapropriação por utilidade pública. Aplicam-se à servidão as mesmas regras sobre a desapropriação, no que couber, podendo, portanto, ser instituída pela via judicial. b) Um concessionário de serviço público pode declarar um bem como de utilidade pública e executar os atos materiais necessários à instituição da servidão? Resposta: Os concessionários de serviços públicos não possuem competência para declarar, pois tal atribuição pertence apenas aos entes políticos. Por outro lado, as concessionárias podem deter competência executória, desde que mediante previsão de autorização em lei ou em contrato.
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