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AULA PRÁTICA: CONTROLE DE POTABILIDADE DA ÁGUA IMPERATRIZ – MA JUNHO DE 2018 Universidade Federal do Maranhão Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia - CCSST Engenharia de Alimentos – 2018.1 Microbiologia Geral 05 de junho de 2016 Profa Esp. Ellen Karoline Mota da Silva Soares Cristian da Silva Neres CRISTIAN DA SILVA NERES AULA PRÁTICA: CONTROLE DE POTABILIDADE DA ÁGUA Relatório da disciplina de Microbiologia Geral do curso Engenharia de Alimentos sobre o controle de potabilidade da água para obtenção de nota parcial na disciplina. IMPERATRIZ – MA JUNHO DE 2018 1. INTRODUÇÃO O controle microbiano da água se faz necessário para que o consumido não possa contrair uma Hepatite A doença de cunho viral acometida pelo consumo de água de má qualidade. Dessa forma, com o controle microbiano é de essencial importância no que diz respeito ao consumo do bem mais precioso para não só para o organismo humano mais sim para todas espécies de animais e vegetais que necessitam da mesma para seu desenvolvimento [1]. Além dos microrganismos de importância para a biotecnologia, especial atenção deve ser dada aos microrganismos que podem deteriorar alimentos processados de forma geral e bebidas e aos indicadores de condições higiênicas. Tais microrganismos podem contaminar a água, seja na fonte ou processamento, por diversas vias. A contaminação microbiológica da água mineral pode ser específica de uma dada fonte. Os microrganismos indicadores são rotineiramente empregados para avaliar a qualidade do produto final e a higiene empregada no seu processamento. O isolamento e identificação e controle de surtos, não sendo prática a sua aplicação em outras circunstâncias, já que muitas vezes envolvem técnicas demoradas e caras [1]. Os microrganismos considerados indicadores de contaminação em águas minerais, são: Coliformes totais, Coliformes fecais e/ou E. Coli, Clostrídios sulfitos redutores a 46 °C, Enterococos, Pseudomonas aeruginosa e a contagem de bactérias heterotróficas. No Brasil, os padrões de identidade e qualidade da água mineral e natural, são regulamentados pela RDC 54/00 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. O controle microbiológico deve ser adotado em todas as indústrias, no mínimo, do produto final [2]. Antes das formulações de qualquer metodologia de identificação de unidades formadoras de colônia por mililitros da amostra, é realizada a preparação dos meios de cultura que é uma preparação química que possui nutrientes necessários para que microrganismos de determinada amostra biológica se multipliquem, permitindo seu estudo, identificação e análise. Os principais componentes de um meio de cultura são fontes de carbono, energia (açúcares), nitrogênio, fósforo e sais minerais. Diversos outros componentes podem ser encontrados em um meio de cultura específico para determinado organismo, satisfazendo as condições ideais para os testes. Cada tipo de meio de cultura é indicado para uma função e um microrganismo específicos: alguns visam nutrir e estimular o crescimento, enquanto outros inibem determinado organismo e até indicam seu potencial hidrogeniônico [3]. Práticas laboratoriais são utilizadas comumente para contagem de microrganismos presentes em uma determinada amostra. Dentre essas práticas, destaca- se as técnicas de espalhamento em superfície (spread plate) e plaqueamento em profundidade (pour plate). A primeira técnica consiste em sucessivas diluições da amostra, e que em cada diluição é espalhada em duas placas de Petri contendo meio de cultura 0,1 ml da amostra. Também conhecido como método das diluições seriadas, este método serve tanto para o isolamento quanto para contagem de microrganismos. Após o plaqueamento e incubação, por tempo e temperatura adequados, as células ou pequenos agrupamentos vão crescer isoladamente, dando origem a colônias que serão contadas na diluição apropriada e, portanto, chamadas de unidades formadoras de colônia (UFC). Evidentemente, nos tubos muito diluídos não se têm células suficientes, ao mesmo tempo em que nos tubos muito concentrados têm excesso de células, e assim sendo não será possível se fazer uma contagem adequada nas respectivas placas. O ideal é que cada placa escolhida para contagem contenha um número considerado significativo no método em questão, o que para bactérias em geral seria de 30 a 300 colônias [4]. Para que os resultados obtidos sejam estatisticamente válidos, faz-se a duplicata de placas para cada diluição. Após os cálculos adequados, levando-se em conta diluição e volume, é possível determinar a quantidade de microrganismos presentes em determinado peso ou volume do material inicial. Já a segunda técnica tem como meio de cultura o ágar fundido que permite o crescimento não só ao longo da superfície como no interior do ágar. É adicionado 1,0 mL da amostra no fundo de uma placa estéril e em seguida adicionado o ágar, ainda líquido, mantido a cerca de 40 – 45 °C. A homogeneização do inoculo é feita com movimentos suaves em forma de “8” sobre a bancada. É preciso garantir que o meio não solidifique antes da homogeneização nem fique muito quente para não matar as células microbianas [4]. Dentro desse contexto, o presente trabalho tem como princípio avaliar o controle microbiano da água dos bebedouros da Universidade Federal do Maranhão Campus Bom Jesus pelos métodos pour plate e spread plate com preparação de três meios de cultura Peptona Bacteriológica, Ágar para contagem de placas e Ágar TSA e após 48 horas determinar a quantidade de unidades formadoras de colônia por mililitros de amostra e dessa forma chegar a conclusão se a água é de boa qualidade para o consumo da comunidade acadêmica. 2. MATERIAIS, VIDRARIAS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Pipeta graduada de 5,0 mL e Pipetadores automáticos de 1,0 mL e 5,0 mL; Chapa aquecedora; Água destilada; Placas de Petri; Estufa Bacteriológica; Pinça; Algodão; Álcool 70; Ágar TSA; Ágar para contagem de placas; Peptona Bacteriológica; Autoclave; Fluxo laminar; Bico de Bussen; Alça metálica; Aparelho de contagem de UFC; Tubos de ensaio e estante para guardá-los. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.0 Coleta e transporte dá água do bebedouro - Com uma pinça e um algodão umedecido com álcool em sua extremidade e tendo retirado uma quantidade da água daquele bebedouro a fim de que não houvesse nenhuma contaminação externa ali presente, foi higienizado a boca do bebedouro passando-o levemente para que não ocorresse qualquer contaminação de algum microrganismo ali presente; - Acendeu-se uma chama no algodão umedecido com álcool e passou a chama na extremidade no bebedouro; - Ainda com a chama ligada próxima ou esguicho da água foi coletada a água em um frasco de coleta previamente esterilizado e por fim foi feita a etiquetagem no frasco e em sequência realizou-se o transporte para o laboratório de microbiologia para que fosse feita as demais análises de controle microbiano. 3.1 Preparo dos meios de cultura - Os meios de cultura utilizados foram: TSA, Peptona Bacteriológica e Ágar para contagem de placas, seguindo as normas do fabricante, cada um desses meio de cultura apresenta a quantidade em gramas do solvente a ser adicionado no soluto, no caso a água destilada, contudo segue abaixo cada especificação do preparo do meio e o método: Peptona Bacteriológica – 1,0 g para 100 mL de água destilada; Ágar para contagem de placas – 2,35 g para 100 mL de água destilada; TSA – 4,0 g para 100 mL de água destilada. - Após a pesagem a diluição foi realizada em cada um dos recipientes disponíveis sendo feita sobre a chapa aquecedora para ocorrer total diluição do meio em água; - Para o Ágar TSA transferiu-se 20 mL distribuído em 5 tubos de ensaio; - O Ágar de contagem de placas foi distribuído a cada placa 20 mL de ágar totalizando cinco placas de Petri com 20 mL; - A Peptona Bacteriológica ficou separada em um só recipiente. Após a esterilização foi realizada a distribuição da mesma para cinco tubos de ensaio para ser realizada a diluição seriada e por fim analisá-los no método pour plate e spread plate; - Os meios de cultura e demais equipamentos a serem utilizados na inoculação foram devidamente esterilizados. 3.2 Método de crescimento microbiano Pour Plate - No método Pour Plate, realizou-se as mesmas diluições, da mesma forma como foi feito no método Spread-Plate. Após serem feitas as diluições, pegou-se uma pipeta graduada e retirou-se 0,1 de cada tubo (diluições 100 a 10-4) e colocou-se cada solução em uma Placa de Petri anteriormente esterilizada e contendo a solução de ágar ___. - Manualmente foi espalhada a solução contendo a cultura microbiana homogeneamente sobre a superfície do ágar. - Ao final de cada metodologia foram incubadas as placas de Petri em estufa a temperatura de 37 °C por um período de 72 horas, após esse período, realizou-se a contagem das unidades formadoras de colônia. 3.3 Método de crescimento microbiano Spread Plate - No método Spread-Plate foram feitas cinco diluições com a solução concentrada de cultura bacteriana (10 0 a 10 -4 ), ao qual essa cultura, onde estava presente a amostra de água do bebedouro, foram diluídas na Peptona Bacteriológica. - Essas diluições foram feitas da seguinte forma: Com o auxílio de uma pipeta graduada de 5,0 mL foi adicionada 1mL da solução concentrada de cultura bacteriana ao tubo de ensaio onde a diluição foi de 100, tendo-se, posteriormente, homogeneizado o tubo. - Com outra pipeta graduada de 5,0 mL, foi adicionado 1,0 mL da solução primeiramente diluída no tubo de diluição 10-1, assim sucessivamente até chegar na concentração 10-4. Com essa mesma pipeta, retirou-se 0,1mL da solução diluída de 10-1 e colocou-se em uma Placa de Petri anteriormente esterilizada. Pegou-se uma terceira pipeta graduada e retirou-se, também 0,1 mL, da solução diluída de 10-2 e colocou-se em outra Placa de Petri, anteriormente esterilizada, assim sucessivamente até chegar na concentração 10-4 e retirar da mesma 0,1 mL. Teve-se, devidamente etiquetada, cinco placas de Petri com cada diluição - Após ter colocado nas placas as culturas diluídas, colocou-se sobre ele o ágar para contagem de placas em seu estado líquido, lembrando que o ágar deve estar em uma temperatura ideal para que não ocorra a morte dos microrganismos ali presentes. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da contagem de colônia nos métodos pour plate e spread plate estão apresentados logo nas tabelas abaixo. Método - Spread Plate Diluição 100 10-1 10-2 10-3 10-4 UFC/mL 238 292 379 177 572 Tabela 1 Autor, 2018. Método - Pour Plate Diluição 100 10-1 10-2 10-3 10-4 UFC/mL - - 473 286 176 Tabela 2: Autor, 2018. - Nas diluições 100 e 10-1 do método pour plate ocorreu erro na solidificação do meio de cultura na placa o que causou a liquefação do meio e dessa forma não se teve condição de fazer a contagem das unidades formadoras de colônia; - Nota-se que houve números exorbitantes de unidades formadoras de colônia para um bebedouro que tem como objetivo disponibilizar água de boa qualidade para os alunos; - Constatou-se através da morfologia da unidade formadora de colônia a presença de Staphylococcus aureus, presenças de fungos que de acordo com a faixa de temperatura podem ser do grupo leveduras; - Como a faixa de temperatura de crescimento foi 37 °C conclui-se que os microrganismos que cresceram ali eram mesófilos em sua temperatura ótima (37°C). Logo, nessa faixa de temperatura os mesófilos incluem a maioria dos organismos deteriorantes e patogênicos. 5. CONCLUSÃO De acordo com os dados apresentados e o conhecimento da literatura sobre, pode se confirmar que a presente água utilizada nos bebedouros para consumo de toda comunidade acadêmica da Universidade Federal do Maranhão campus Bom Jesus não possui controle microbiológico satisfatório a ponto de não ser própria para o consumo. 6. REFERÊNCIAS [1] SANT’ANA, A. S.; SILVA, S, C, F, L.; FARANI, I, O, J.; AMARAL, MACEDO, V, F. Qualidade microbiológica de águas minerais. Ciência e Tecnologia dos Alimentos (23), dez. 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cta/v23s0/19495 >. Acesso em 03 de junho de 2018. [2] BRASIL, 1997. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n° 54 de junho de 2000. Regulamento Técnico para fixação de Identidade e Qualidade de Água Mineral Natural e Água Natural. Diário Oficial da União. Brasília, 19 de junho de 2000. [3] BRASIL. O que é meio de cultura e para que serve. Disponível em: <http://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/> Acessado em 03 de junho de 2018. [4] PELCZAR, MICHAEL. Microbiologia - Conceitos e Eplicações - Vol. 2 - 2ª Ed. . Editora: Makron Books, 2005.
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