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AULA 04 SUJEITOS DO PROCESSO

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Aula 04
Direito Processual Penal p/ PC-AP (Delegado) - Com videoaulas 
Professor: Renan Araujo
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AULA 04: SUJEITOS DO PROCESSO. 
SUMçRIO 
1 SUJEITOS PROCESSUAIS ...................................................................................... 2 
1.1 Conceito e espŽcies ........................................................................................ 2 
1.2 Do Juiz ........................................................................................................... 2 
1.3 Do MinistŽrio Pœblico ..................................................................................... 5 
1.4 Do acusado .................................................................................................... 6 
1.5 Do defensor do acusado ................................................................................. 8 
1.6 Do assistente de acusa‹o ........................................................................... 11 
1.6.1 Atua‹o do assistente de acusa‹o ................................................................. 12 
1.7 Dos auxiliares da Justia .............................................................................. 14 
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 15 
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 18 
3.1 Sœmulas do STF ............................................................................................ 18 
3.2 Sœmulas do STJ ............................................................................................ 19 
4 RESUMO .............................................................................................................. 19 
5 LISTA DE EXERCêCIOS ........................................................................................ 24 
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 40 
7 GABARITO .......................................................................................................... 72 
Ol‡, meus amigos! 
Hoje vamos estudar os sujeitos do Processo, que s‹o aqueles que, de uma 
forma ou de outra, atuam no processo penal. 
Bons estudos! 
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1! SUJEITOS PROCESSUAIS 
1.1!Conceito e espŽcies 
Sujeitos do processo s‹o as pessoas que atuam, de maneira obrigat—ria ou 
n‹o, no processo criminal. Podem ser: 
¥! Sujeitos essenciais Ð Casos devam, necessariamente, fazer parte do 
processo criminal. S‹o apenas trs: Juiz, acusador (MP ou querelante) 
e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste; 
¥! Sujeitos acess—rios (n‹o essenciais) Ð S‹o aqueles que n‹o 
necessariamente atuar‹o no processo, agindo somente em alguns 
casos. Exemplo: Assistente de acusa‹o. 
Sujeito do processo n‹o Ž necessariamente aquele que integra a 
rela‹o processual. Sujeito do processo Ž toda pessoa que pratica ato no 
processo. A rela‹o processual, por sua vez, Ž composta pelos sujeitos que 
possuem interesse no processo (Juiz, acusador, acusado e assistente, que faz 
parte da acusa‹o). Pode ocorrer de um sujeito n‹o possuir nenhum interesse na 
causa (perito, por exemplo). O interesse do Juiz se constitui na presta‹o da 
tutela Jurisdicional em nome do Estado. 
Os sujeitos do processo est‹o regulamentados nos arts. 251 a 281 do CPP. 
Vamos estud‡-los individualmente. 
1.2!Do Juiz 
O sujeito processual, na verdade, Ž o Estado-Juiz, que atua no processo 
atravŽs de um —rg‹o jurisdicional, que Ž o Juiz criminal. 
O Juiz criminal possui alguns poderes: 
a) Poder de pol’cia administrativa Ð Exercido no curso do processo, com
a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. Ao contr‡rio do que 
a nomenclatura possa transparecer, n‹o est‡ relacionada ˆ fora policial, mas ao 
conceito administrativo de poder de pol’cia (limita‹o ou regulamenta‹o das 
liberdades individuais). Est‡ previsto no art. 251 do CPP, dentre outros: 
Art. 251. Ao juiz incumbir‡ prover ˆ regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a fora pœblica. 
b) Poder Jurisdicional Ð Relativo ˆ condu‹o do processo, no que toca ˆ
atividade-fim da Jurisdi‹o (instru‹o, decis›es interlocut—rias, prola‹o da 
sentena, execu‹o das decis›es tomadas, etc.). Dividem-se em: b.1) Poderes-
meio (atos cuja pr‡tica Ž atingir uma outra finalidade Ð a presta‹o da efetiva 
tutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinat—rios e instrut—rios; b.2) 
Poderes-fins (que s‹o relacionados ˆ presta‹o da efetiva tutela jurisdicional e 
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seu cumprimento), dividindo-se em atos decis—rios (dizem o direito, condenando, 
absolvendo, etc.) e atos execut—rios (colocam em pr‡tica o que foi decidido); 
Existem determinadas hip—teses nas quais o Juiz n‹o pode atuar, pelo fato 
de se considerar prejudicada a sua condi‹o de imparcialidade. S‹o as 
hip—teses de impedimento ou suspei‹o. 
As hip—teses de impedimento est‹o previstas no art. 252 do CPP, e s‹o 
consideradas como ensejadoras de incapacidade absoluta para atuar no 
processo: 
Art. 252. O juiz n‹o poder‡ exercer jurisdi‹o no processo em que: 
I - tiver funcionado seu c™njuge ou parente, consangŸ’neo ou afim, em linha reta ou 
colateral atŽ o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, —rg‹o do 
MinistŽrio Pœblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito; 
II - ele pr—prio houver desempenhado qualquer dessas fun›es ou servido como 
testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de outra inst‰ncia, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a quest‹o; 
IV - ele pr—prio ou seu c™njuge ou parente, consangŸ’neo ou afim em linha reta ou 
colateral atŽ o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 
Nestas hip—teses o CPP estabelece uma presun‹o absoluta (jure et de 
jure) de que o Juiz seria parcial, violando um dos deveres da Jurisdi‹o, que Ž a 
imparcialidade. 
Este rol Ž considerado um rol taxativo (numerus clausus), n‹o admitindo 
interpreta‹o extensiva, portanto. 
Ocorrendo uma dessas hip—teses, o Juiz tem o dever de se declarar 
impedido, n‹o podendo atuar no processo. Se n‹o o fizer, qualquer das partes 
poder‡ arguir seu impedimento, nos termos do art. 112 do CPP. 
Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais o julgamento 
se d‡ atravŽs de —rg‹os colegiados (mais de um Juiz), o art. 253 estabelece que: 
Art. 253. Nos ju’zos coletivos, n‹o poder‹o servir no mesmo processo os ju’zes que 
forem entre si parentes, consangŸ’neos ou afins, em linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive. 
CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma 
incompatibilidade (e n‹o impedimento ou suspei‹o). As incompatibilidades 
seriam situa›es de impossibilidade de atua‹o em raz‹o de fatos que geram 
graves hip—teses de inconvenincia na atua‹o do magistrado, mas que n‹o 
estejam previstas como impedimento ou suspei‹o.1 
1 Outra parcela da Doutrina simplesmente se refere a este art. 253 como mais uma hip—tese de impedimento. 
Ver, por todos: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu‹o penal. 12.¼ edi‹o. Ed. 
Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 490. No mesmo sentido, Eugnio Pacelli entende que este art. 253 se 
refere a uma causa de IMPEDIMENTO. As incompatibilidades, para o autor, referem-se apenas ˆquelas 
situa›es em que n‹o h‡ previs‹o legal expressa aplic‡vel ao caso, mas nas quais h‡ inconvenincia da 
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A suspei‹o, por sua vez, Ž considerada uma incapacidade subjetiva do 
Juiz, que podeou n‹o se declarar suspeito (vejam a diferena!). Caso o Juiz 
n‹o se declare suspeito, as partes poder‹o entender que est‡ prejudicada 
sua imparcialidade e arguir a suspei‹o, nos termos do mesmo art. 112 do 
CPP. As hip—teses de suspei‹o est‹o previstas no art. 254 do CPP: 
Art. 254. O juiz dar-se-‡ por suspeito, e, se n‹o o fizer, poder‡ ser recusado por 
qualquer das partes: 
I - se for amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja controvŽrsia; 
III - se ele, seu c™njuge, ou parente, consangŸ’neo, ou afim, atŽ o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por 
qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for s—cio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Entretanto, o CPP traz uma regra curiosa em seu art. 256: Se a parte, de 
alguma forma, der causa, de maneira proposital ˆ situa‹o de suspei‹o, esta 
n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida: 
Art. 256. A suspei‹o n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida, quando a parte 
injuriar o juiz ou de prop—sito der motivo para cri‡-la. 
EXEMPLO: Imaginem que Fulano est‡ sendo julgado pelo crime de estupro por 
uma Ju’za extremamente rigorosa. Entretanto, fulano sabe que o outro Juiz 
criminal da comarca n‹o Ž t‹o rigoroso. Assim, fulano cria, propositalmente, 
uma rixa pessoal com a Ju’za, de forma a arguir, posteriormente, sua suspei‹o, 
com base no art. 254, I do CPP, afim de que o processo seja remetido para 
julgamento ao outro Juiz. 
Nessa hip—tese, o CPP veda o reconhecimento ou declara‹o da suspei‹o. 
A suspei‹o ou o impedimento em decorrncia de parentesco por 
afinidade (parentesco que n‹o Ž de sangue) cessa com a dissolu‹o do 
casamento que fez surgir o parentesco. Esta Ž a regra. No entanto, existem 
duas exce›es: 
a) Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspei‹o n‹o se
extingue em hip—tese nenhuma; 
atua‹o do Juiz (ex.: hip—tese em que o Juiz se declara suspeito para atuar no caso, por raz›es de foro 
’ntimo). PACELLI, Eugnio. Curso de processo penal. 16¼ edi‹o. Ed. Atlas. S‹o Paulo, 2012, p. 444/445 
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b) Havendo ou n‹o filhos da rela‹o, o impedimento ou suspei‹o
permanece em rela‹o a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado 
(e os correspondentes femininos, Ž claro)2; 
Mas e se o Juiz suspeito ou impedido continuar atuando no processo, 
como se nada tivesse acontecido? Haver‡ um v’cio processual. Esse v’cio ir‡ 
variar conforme o caso (suspei‹o ou impedimento. Se o Juiz for impedido, a 
Doutrina entende que o ato Ž inexistente, pelo fato de que o Juiz est‡ 
impedido de exercer a Jurisdi‹o naquele caso, ou seja, os atos foram praticados 
por Juiz sem Jurisdi‹o. O STJ, contudo, possui decis›es no sentido de tratar-
se de nulidade absoluta.3 
No caso de Juiz suspeito, a Doutrina se divide. Parte entende que se 
trata de nulidade absoluta e outra parte entende que Ž causa de nulidade 
relativa, que Ž o que vem prevalecendo, inclusive no STJ. 
Os institutos (inexistncia jur’dica e nulidade absoluta) s‹o parecidos, mas 
possuem efeitos bem diferentes. No caso de inexistncia, o ato simplesmente n‹o 
existe, Ž um Ònada jur’dicoÓ. No caso de nulidade absoluta o ato existe, sendo 
apenas viciado pela nulidade. Os efeitos que decorrem s‹o graves. No caso de 
inexistncia, como o ato n‹o existe, uma sentena proferida, por exemplo, sequer 
Ž considerada sentena, sendo desconsiderada. J‡ no caso de uma sentena nula, 
ela existe e produzir‡ efeitos caso a nulidade n‹o seja arguida. 
Assim, se um rŽu Ž absolvido por um Juiz suspeito, e a decis‹o transita em 
julgado, Òj‡ eraÓ, o acusado n‹o poder‡ ser julgado novamente. Entretanto, se o 
Juiz fosse impedido, simplesmente o processo seria retomado em seu 
andamento, pois a sentena proferida NÌO EXISTE. 
Por fim, o art. 274, que trata dos funcion‡rios da Justia, estabelece que 
a eles se aplicam as prescri›es do CPP no que se refere ˆs hip—teses de suspei‹o 
do Juiz: 
Art. 274. As prescri›es sobre suspei‹o dos ju’zes estendem-se aos serventu‡rios e 
funcion‡rios da justia, no que Ihes for aplic‡vel. 
1.3!Do MinistŽrio Pœblico 
O MP Ž o —rg‹o respons‡vel por desempenhar as fun›es do Estado-
acusador no processo. ƒ Institui‹o permanente, essencial ˆ Justia e com 
previs‹o no art. 127 da Constitui‹o da Repœblica. 
O MP Ž o respons‡vel por ajuizar a a‹o penal pœblica (condicionada e 
incondicionada), bem como fiscalizar o cumprimento da lei na a‹o penal privada 
e tambŽm na a‹o penal pœblica! 
O MP Ž rotulado pela Doutrina majorit‡ria como Òparte imparcialÓ 
(esquizofrnico isso...), pois sua fun‹o n‹o Ž ver o acusado ser condenado, mas 
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 495 
3 Ver, por todos: EDcl no AgRg nos EREsp 1084522/CE, Rel. Ministro MARCO AURƒLIO BELLIZZE, TERCEIRA 
SE‚ÌO, julgado em 10/04/2013, DJe 17/04/2013 
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promover a Justia (da’ o nome: Promotor de Justia), fazendo com que a 
verdade surja e o acusado seja culpado, se for o caso. Tanto Ž assim que o MP 
pode, inclusive, pedir a absolvi‹o do acusado quando, no decorrer do processo, 
entender que a denœncia foi um equ’voco e que n‹o ficou provada sua culpa. Nos 
termos do art. 385 do CPP: 
Art. 385. Nos crimes de a‹o pœblica, o juiz poder‡ proferir sentena condenat—ria, 
ainda que o MinistŽrio Pœblico tenha opinado pela absolvi‹o, bem como 
reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. 
Ao membro do MP se aplicam, no que for cab’vel, as mesmas 
hip—teses de suspei‹o e impedimento previstas para os Ju’zes. AlŽm 
disso, o membro do MP n‹o pode atuar em processo que o Juiz ou qualquer das 
partes for seu parente, nos termos estabelecidos pelo art. 258 do CPP: 
Art. 258. Os —rg‹os do MinistŽrio Pœblico n‹o funcionar‹o nos processos em que o juiz 
ou qualquer das partes for seu c™njuge, ou parente, consangŸ’neo ou afim, em linha 
reta ou colateral, atŽ o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for 
aplic‡vel, as prescri›es relativas ˆ suspei‹o e aos impedimentos dos ju’zes. 
Vale ressaltar que o simples fato de o membro do MP ter participado da fase 
investigat—ria n‹o Ž causa de impedimento ou suspei‹o (verbete n¼ 234 da 
sœmula de jurisprudncia do STJ). 
1.4!Do acusado 
O acusado Ž aquele que figura no polo passivo do processo criminal, 
ou seja, a pessoa a quem se imputa a pr‡tica de uma infra‹o penal. Nem todas 
as pessoas, no entanto, podem figurar no polo passivo de um processo 
criminal: 
a) Entes que n‹o possuem capacidade para serem sujeitos de direito.
Ex.: mortos; 
b) Menores de 18 anos Ð ƒ hip—tese de inimputabilidade que gera a
ilegitimidade da parte, em raz‹o da disposi‹o expressa na Lei no sentido de que 
os menores de 18 anos respondam por seus atos infracionais perante o ECA; 
c) Pessoas detentoras de imunidade diplom‡tica;
d) Pessoas que possuam imunidade parlamentar. Ex: Deputados,
Senadores, etc. (Essa espŽcie Ž discut’vel, pois em alguns casos eles podem ser 
sujeitos passivos do processo criminal); 
As pessoas jur’dicas podem ser sujeitos passivos no processo 
criminal, pois a Constitui‹o previu a possibilidade de se imputar ˆ 
pessoa jur’dica a pr‡tica de crimes (art. 225, ¤ 3¡ da CRFB/88). O STF 
corrobora este entendimento.4 
4 O STF entende que, atualmente, a pessoa jur’dica somente pode ser sujeito passivo em processo criminal 
(sujeito ativo do crime, portanto) por crime ambiental, por n‹o haver expressa previs‹o para outros casos. 
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Quanto aos inimput‡veis em decorrncia de doena mental, 
desenvolvimento mental incompleto e embriaguez total decorrente de caso 
fortuito ou fora maior, nada impede que integrem o polo passivo do processo, 
pois, ao final, eles ser‹o absolvidos, sendo-lhes aplicada medida de segurana 
(salvo no caso da embriaguez). Entretanto, devem se submeter ao processo 
criminal. 
A identifica‹o do acusado deve ser feita da forma mais ampla 
poss’vel. No entanto, a impossibilidade de identifica‹o do acusado por seu 
nome civil n‹o impede o prosseguimento da a‹o, nos termos do art. 259 do CPP: 
Art. 259. A impossibilidade de identifica‹o do acusado com o seu verdadeiro nome 
ou outros qualificativos n‹o retardar‡ a a‹o penal, quando certa a identidade f’sica. 
A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execu‹o da sentena, 
se for descoberta a sua qualifica‹o, far-se-‡ a retifica‹o, por termo, nos autos, sem 
preju’zo da validade dos atos precedentes. 
O CPP prev, ainda, que o acusado dever‡ comparecer a todos os atos do 
processo para o qual for intimado e, caso n‹o comparea a algum ato que n‹o 
possa ser realizado sem ele, o Juiz poder‡ determinar sua condu‹o ˆ fora: 
Art. 260. Se o acusado n‹o atender ˆ intima‹o para o interrogat—rio, reconhecimento 
ou qualquer outro ato que, sem ele, n‹o possa ser realizado, a autoridade poder‡ 
mandar conduzi-lo ˆ sua presena. 
Par‡grafo œnico. O mandado conter‡, alŽm da ordem de condu‹o, os requisitos 
mencionados no art. 352, no que Ihe for aplic‡vel. 
Embora o art. 260 diga ÒautoridadeÓ, sem distinguir autoridade policial e 
autoridade judici‡ria, a Doutrina entende que esse poder est‡ restrito ao 
Juiz, pois o CPP fala em acusado, o que d‡ a entender que esta norma se 
aplica somente ˆquele que j‡ est‡ sendo processado judicialmente. Caso 
o Delegado necessite da presena do indiciado (no IP) em algum ato, dever‡
solicitar ao Juiz que determine a condu‹o do indiciado. 
A Doutrina diverge, ainda quanto ˆ extens‹o desta norma. Parte da Doutrina 
entende (e o STJ tambŽm) que a condu‹o do acusado ˆ fora s— Ž poss’vel nos 
casos de recusa ao comparecimento a ato processual cuja presena deste seja 
indispens‡vel. Outra parcela entende que o art. 260 viola o princ’pio da 
veda‹o ˆ autoincrimina‹o e, portanto, o acusado n‹o poderia ser 
conduzido ˆ fora.5 
O acusado possui, ainda, direitos, previstos na Constitui‹o e na Legisla‹o 
infraconstitucional, dentre eles: 
a) N‹o produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se detegere) Ð
Previsto no art. 5¡, LXIII da Constitui‹o e art. 186 do CPP (que tratam do direito 
ao silncio, um dos corol‡rios mais cl‡ssicos desse princ’pio). 
5 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 500 
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b) Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade
competente Ð Consubstancia-se no princ’pio do Juiz Natural, e est‡ previsto no 
art. 5¡, LIII da Constitui‹o. 
c) Direito ao contradit—rio e ˆ ampla defesa Ð Direito de contradizer tudo
o que for dito pela acusa‹o e se manifestar sempre ap—s esta. Trata-se de
princ’pio constitucional previsto no art. 5¡, LV da Constitui‹o. 
d) Direito ˆ entrevista prŽvia e reservada com seu defensor Ð Direito
que decorre do princ’pio da ampla defesa, e est‡ materializado no art. 185, ¤ 2¡ 
do CPP. 
Muitos outros existem, previstos tanto na Constitui‹o quanto no CPP. 
O CPP prev, tambŽm, que se o acusado for menor de idade, n‹o poder‡ 
figurar no polo passivo do processo sem que lhe seja nomeado um curador: 
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-‡ curador. 
CUIDADO! Quando o art. 262 se refere ao acusado ÒmenorÓ n‹o est‡ se 
referindo ˆ menoridade penal (nesse caso nem poderia ser acusado!), mas ˆ 
menoridade CIVIL. Durante muito tempo a maioridade civil era atingida 
somente aos vinte e um anos, enquanto a maioridade penal era atingida antes, 
aos 18 anos. Assim, o acusado que tinha entre 18 e 21 anos, embora 
PENALMENTE MAIOR, n‹o possu’a maioridade civil, sendo, para estes 
efeitos, menor. 
ƒ com rela‹o a este acusado (Que tinha mais de 18 e menos de 21 anos) 
que se aplicava o art. 262. 
Atualmente, a maioridade civil tambŽm se atinge aos 18 anos, ou 
seja, n‹o h‡ possibilidade de haver um acusado que seja civilmente 
menor. Portanto, este artigo est‡ temporariamente sem aplica‹o. Contudo, 
nada impede que futuramente a maioridade civil e a maioridade penal voltem a 
ser alcanadas em idades diferentes. 
1.5!Do defensor do acusado 
A presena do defensor no processo criminal Ž obrigat—ria6, e decorre 
do princ’pio da ampla defesa, previsto no art. 5¡, LV da Constitui‹o. O 
defensor (advogado ou Defensor Pœblico) Ž quem realiza a chamada defesa 
tŽcnica (a defesa prestada por profissional habilitado). Sua presena obrigat—ria 
est‡ prevista, ainda, no art. 261 do CPP: 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser‡ processado ou julgado 
sem defensor. 
Par‡grafo œnico. A defesa tŽcnica, quando realizada por defensor pœblico ou dativo, 
ser‡ sempre exercida atravŽs de manifesta‹o fundamentada. (Inclu’do pela Lei n¼ 
10.792, de 1¼.12.2003) 
6 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 468 
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Vejam que o ¤ œnico trata da chamada ÒDefesa tŽcnica eficienteÓ, o que 
obriga o Defensor Pœblico ou defensor dativo a prestar a defesa tŽcnica de 
maneira eficiente, e n‹o apenas protocolar. Isso se d‡ n‹o em raz‹o de 
preconceito tŽcnico da Lei para com defensores dativos e Defensores Pœblicos, 
mas em raz‹o de que estes n‹o foram nomeados pelo acusado e n‹o est‹o sendo 
pagos por este, o que poderia gerar certa displicncia. 
ATEN‚ÌO! O STF editou o verbete n¼ 523 de sua sœmula de 
jurisprudncia, no seguinte sentido: 
SòMULA 523 
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS 
A SUA DEFICIæNCIA Sî O ANULARç SE HOUVER PROVA DE PREJUêZO PARA O RƒU. 
A Doutrina entende que esta disposi‹o se aplica tanto ˆ defesa realizada pelo 
defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor constitu’do pelo pr—prio 
acusado. 
Isso implica dizer que o Judici‡rio pode reconhecer a deficincia da defesa 
tŽcnica, ex officio. Isso porque seria pouco razo‡vel exigir que a alega‹o de 
deficincia da defesa partisse do pr—prio defensor.7 
Caso o acusado n‹o possua defensor, o Juiz nomear‡ um para que o 
defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva constituir 
advogado de sua confiana ou defender-se a si pr—prio (caso possua 
habilita‹o para isso), poder‡ destituir o defensor nomeado pelo Juiz, A 
QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do CPP: 
Art. 263. Se o acusado n‹o o tiver, ser-lhe-‡ nomeado defensor pelo juiz, ressalvado 
o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo
defender-se, caso tenha habilita‹o. 
H‡, portanto, duas grandes espŽcies de defensor do acusado: 
⇒!Defensor constitu’do Ð Aquele indicado pelo pr—prio rŽu
⇒!Defensor nomeado Ð Aquele indicado pelo Juiz, quando o rŽu n‹o se
defende. 
O ¤ œnico deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a quem for 
nomeado defensor, n‹o for pobre, ser‡ obrigado a pagar os honor‡rios do 
defensor dativo que lhe for nomeado. Em se tratando de Defensor Pœblico, 
embora estes n‹o possam receber honor‡rios, a lei permite (LC n¡ 80/94) o 
recebimento de honor‡rios pela Institui‹o Defensoria Pœblica, em conta pr—pria. 
Nos termos do art. 263, ¤ œnico: 
Par‡grafo œnico. O acusado, que n‹o for pobre, ser‡ obrigado a pagar os honor‡rios 
do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
7 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 470/471 
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A nomea‹o do defensor dativo n‹o pode ser por este recusada, salvo no 
caso de motivo relevante. TambŽm n‹o poder‡ o defensor abandonar o processosen‹o por motivo de fora maior (imperioso motivo), hip—tese na qual dever‡ 
comunicar PREVIAMENTE o Juiz: 
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores ser‹o obrigados, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-rŽis, a prestar seu patroc’nio aos acusados, 
quando nomeados pelo Juiz. 
Art. 265. O defensor n‹o poder‡ abandonar o processo sen‹o por motivo imperioso, 
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) sal‡rios 
m’nimos, sem preju’zo das demais san›es cab’veis. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 
11.719, de 2008). 
⇒! E se o defensor n‹o comparecer ˆ audincia? Os ¤¤ 1¡ e 2¡ do art. 
265 do CPP determinam que o defensor que n‹o puder comparecer ˆ audincia, 
dever‡ informar este fato ao Juiz, justificando a ausncia, hip—tese na qual a 
audincia poder‡ ser adiada. Se o defensor n‹o justificar a impossibilidade de 
comparecimento, o Juiz n‹o adiar‡ o ato, devendo constituir outro defensor para 
o acusado, ainda que s— para a realiza‹o daquele ato processual8:
¤ 1o A audincia poder‡ ser adiada se, por motivo justificado, o defensor n‹o puder 
comparecer. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
¤ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento atŽ a abertura da audincia. N‹o o 
fazendo, o juiz n‹o determinar‡ o adiamento de ato algum do processo, devendo 
nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s— para o efeito do ato. 
(Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
O art. 266 do CPP, por sua vez, determina que a constitui‹o de defensor 
independe de mandato, quando o acusado o indicar no interrogat—rio. Trata-
se da chamada procura‹o apud acta: 
Art. 266. A constitui‹o de defensor independer‡ de instrumento de mandato, se o 
acusado o indicar por ocasi‹o do interrogat—rio. 
Por fim, o defensor se encontra impedido de atuar nos processos em que 
atue Juiz que seja seu parente: 
Art. 267. Nos termos do art. 252, n‹o funcionar‹o como defensores os parentes do 
juiz. 
Este parentesco restringe-se ˆs hip—teses previstas no art. 252, I do CPP. 
AlŽm disso, pode acontecer de o defensor j‡ estar atuando no caso quando um 
Juiz, parente seu, assume o caso. Nessa hip—tese, quem est‡ impedido n‹o Ž o 
defensor, mas o Juiz. 
8 O STJ corrobora este entendimento (HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado 
em 11/03/2014, DJe 25/03/2014) 
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CUIDADO! Estar‡ impedido quem entrar por œltimo no processo, 
permanecendo quem j‡ est‡ atuando. 
1.6!Do assistente de acusa‹o 
O ofendido, seu representante legal, ou qualquer das pessoas mencionadas 
no art. 31 do CPP (c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o) poder‹o atuar 
como assistentes da acusa‹o nas a›es penais pœblicas (condicionadas e 
incondicionadas). Nos termos do art. 268 do CPP: 
Art. 268. Em todos os termos da a‹o pœblica, poder‡ intervir, como assistente do 
MinistŽrio Pœblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das 
pessoas mencionadas no Art. 31. 
A interven‹o de qualquer destas pessoas como assistente da acusa‹o pode 
se dar a qualquer momento, ATƒ O TRåNSITO EM JULGADO DA SENTEN‚A: 
Art. 269. O assistente ser‡ admitido enquanto n‹o passar em julgado a sentena e 
receber‡ a causa no estado em que se achar. 
Entretanto, a admiss‹o do assistente depende da an‡lise de dois fatores 
pelo Juiz: 
a) Tratar-se o requerente de um dos legitimados para figurar como
assistente. 
b) Estar o requerente assistido por advogado ou Defensor Pœblico.
AlŽm disso, a admiss‹o do assistente de acusa‹o depende, sempre da 
oitiva prŽvia do membro do MP, n‹o cabendo recurso contra a decis‹o 
que negar ou deferir a habilita‹o do assistente: 
Art. 272. O MinistŽrio Pœblico ser‡ ouvido previamente sobre a admiss‹o do assistente. 
Art. 273. Do despacho que admitir, ou n‹o, o assistente, n‹o caber‡ recurso, devendo, 
entretanto, constar dos autos o pedido e a decis‹o. 
O ofendido, aqui, n‹o atua como autor do processo (o autor Ž o MP), mas 
como assistente do MP. Assim, duas podem ser as situa›es do ofendido no 
processo criminal: 
a) Atua como querelante Ð Nas a›es penais privadas exclusivas e na
subsidi‡ria da pœbica, o ofendido atua como autor do processo. 
b) Atua como assistente Ð Nas a›es penais pœblicas que efetivamente
tiverem sido ajuizadas pelo MP. 
O CPP, em seu art. 270, pro’be que o corrŽu (aquele que tambŽm Ž acusado) 
no mesmo processo atue como assistente da acusa‹o. 
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Art. 270. O co-rŽu no mesmo processo n‹o poder‡ intervir como assistente do 
MinistŽrio Pœblico. 
EXEMPLO: Imagine a hip—tese em que duas pessoas tentaram cometer 
homic’dio uma contra a outra simultaneamente. Sendo julgadas no mesmo 
processo, ambas como rŽs (Ž claro), n‹o pode uma pretender ser assistente de 
acusa‹o do MP (com vistas ˆ condena‹o do outro acusado). 
O STF e o STJ, no entanto, entendem que o corrŽu, embora n‹o possa 
se habilitar no processo como assistente de acusa‹o, pode recorrer 
(apelar) para reformar a sentena que absolve o outro corrŽu.9 
1.6.1!Atua‹o do assistente de acusa‹o 
O assistente de acusa‹o poder‡ atuar de inœmeras maneiras, propondo 
provas, participando dos debates, orais, etc.. No entanto, as provas requeridas 
pelo assistente da acusa‹o ser‹o deferidas a critŽrio do Juiz, ap—s ser ouvido o 
MP. Nos termos do 271 e seu ¤ 1¡ do CPP: 
Art. 271. Ao assistente ser‡ permitido propor meios de prova, requerer perguntas ˆs 
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os 
recursos interpostos pelo MinistŽrio Pœblico, ou por ele pr—prio, nos casos dos arts. 
584, ¤ 1o, e 598. 
¤ 1o O juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, decidir‡ acerca da realiza‹o das provas 
propostas pelo assistente. 
A lista de atos que o assistente pode praticar est‡ originalmente 
estabelecida no art. 271 do CPP, mas deve ser conjugada com outros 
dispositivos do CPP, como o art. 159, ¤3¼, que autoriza o assistente de 
acusa‹o a indicar assistente tŽcnico, etc. Recentemente, com as altera›es 
promovidas no CPP, foi conferida ao assistente de acusa‹o, anda, a 
possibilidade de requerer a pris‹o preventiva do acusado e o 
desaforamento. 
Podemos elencar as faculdades do assistente de acusa‹o no processo penal 
da seguinte forma: 
⇒! Propor meios de prova Ð O MP deve ser ouvido antes de serem
deferidas as provas requeridas 
⇒! Requerer perguntas ˆs testemunhas
⇒! Aditar o libelo (?) e os articulados Ð O libelo n‹o existe mais. Era
uma pea utilizada no rito do Tribunal do Jœri, a fim de que o MP 
9 No mesmo sentido, a Doutrina. Por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 511 
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adequasse a denœncia ao que foi decidido pelo Juiz na pronœncia10. 
Todavia, deixou de existir. Os articulados s‹o quaisquer manifesta›es 
escritas das partes. 
⇒! Participar do debate oral
⇒! Arrazoar os recursos interpostos pelo MinistŽrio Pœblico, ou por
ele pr—prio Ð Significa que o assistente de acusa‹o poder‡ 
apresentar raz›es recursais11 tanto nos recursos que ele pr—prio 
interp›e quanto nos recursos interpostos pelo MP. 
⇒! Requerer a decreta‹o da pris‹o preventiva Ð Trata-se de uma
faculdade prevista no art. 311 do CPP. 
⇒! Requerer o desaforamento Ð O assistente pode requerer, no rito do
Tribunal do jœri, o desaforamento, que Ž o deslocamento da 
competncia para o julgamento do caso para outra comarca, quando 
h‡ risco ˆ imparcialidade dos jurados, etc. 
⇒! Indicar assistente tŽcnico Ð A indica‹o de assistente tŽcnico nada
mais Ž que a indica‹o de um profissional de confiana do assistente, 
cuja fun‹o Ž acompanhar a realiza‹o do laudo pericial (quando 
houver), a fim de garantir que o trabalho dos peritos judiciais est‡ 
sendofeito corretamente. 
AlŽm disso, o assistente de acusa‹o pode recorrer. Essa legitimidade 
recursal, todavia, Ž considerado SUPLETIVA ou SUBSIDIçRIA. Ou seja, o 
assistente de acusa‹o s— pode recorrer quando o MP n‹o tiver recorrido. O 
assistente pode interpor: 
Ø! Apela‹o contra sentena absolut—ria ou condenat—ria 
Ø! Apela‹o contra sentena de impronœncia ou de absolvi‹o sum‡ria 
Ø! Apela‹o contra sentena de pronœncia 
Ø! RESE12 contra decis‹o que reconhecer a extin‹o da punibilidade 
Ø! Recurso contra decis‹o sobre pris‹o preventiva ou medida cautelar diversa 
da pris‹o13 
O assistente ser‡ intimado para todos os atos processuais. Entretanto, se 
devidamente intimado o assistente n‹o comparecer, de maneira injustificada, a 
qualquer ato de instru‹o ou julgamento, o processo ir‡ prosseguir sem que o 
assistente seja intimado novamente: 
10 A pronœncia Ž a decis‹o por meio da qual o Juiz, no rito do Tribunal do Jœri, encerra a primeira fase do 
procedimento e submete o acusado a julgamento em plen‡rio, por haver prova da materialidade (prova de 
que o crime ocorreu) e ind’cios suficientes de autoria. 
11 S‹o os fundamentos que o recorrente apresenta ao Tribunal para que a decis‹o recorrida seja reformada 
ou anulada. 
12 Recurso em sentido estrito. Neste caso, art. 581, IX do CPP. 
13 A Doutrina passou a sustentar tal possibilidade em raz‹o da faculdade conferida ao assistente de requerer 
a decreta‹o de tais medidas. Ora, se pode requerer a pris‹o preventiva, por exemplo, deve ter o direito, 
tambŽm, de recorrer de tal decis‹o, caso seja indeferido o pedido. 
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¤ 2o O processo prosseguir‡ independentemente de nova intima‹o do assistente, 
quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instru‹o ou do 
julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado. 
1.7!Dos auxiliares da Justia 
Os peritos e intŽrpretes n‹o possuem interesse na causa (n‹o acusam, n‹o 
julgam, n‹o s‹o acusados), mas contribuem para que a tutela jurisdicional seja 
efetivamente prestada. Est‹o regulamentados nos arts. 275 a 281 do CPP. 
O CPP regulamenta a atividade dos peritos, e equipara a estes, os 
intŽrpretes. Nos termos do art. 281 do CPP: 
Art. 281. Os intŽrpretes s‹o, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
Os peritos tambŽm podem ser suspeitos, de forma a n‹o poder atuar no 
processo. Isso acontece porque o perito TAMBƒM DEVE SER IMPARCIAL. Nos 
termos do art. 280 do CPP: 
Art. 280. ƒ extensivo aos peritos, no que Ihes for aplic‡vel, o disposto sobre suspei‹o 
dos ju’zes. 
AlŽm disso, o art. 279 do CPP traz trs veda›es ao exerc’cio da fun‹o 
de perito: 
Art. 279. N‹o poder‹o ser peritos: 
I - os que estiverem sujeitos ˆ interdi‹o de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 
69 do C—digo Penal; 
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 
o objeto da per’cia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Entretanto, o inciso III deve ser analisado ˆ luz do C—digo Civil de 2002, que 
alterou a maioridade civil para 18 anos (quando da publica‹o do CPP, a 
maioridade civil era de 21 anos). Assim, atualmente a veda‹o em raz‹o da 
idade se d‡ somente para os menores de 18 anos. Contudo, se a prova 
trouxer a literalidade da lei (21 anos), deve ser marcada a alternativa como 
correta. 
Quanto ao inciso I, ele se refere ao art. 69, I a IV do CP. No entanto, essa 
referncia se d‡ ao texto original do CP. Atualmente vigora, na parte geral do CP, 
a reda‹o conferida pela Lei 7.209/84, que revogou este art. 69 do CP, conferindo 
a ele outra reda‹o, que n‹o guarda qualquer pertinncia com essa veda‹o. 
Assim, entende-se que esse inciso I perdeu vigncia. 
O inciso II trata de uma hip—tese de impedimento, pois no caso de o perito 
ter prestado depoimento anteriormente no processo ou ter nele opinada, 
nitidamente h‡ preju’zo ˆ sua imparcialidade. 
A nomea‹o do perito Ž ato privativo do Juiz (—bvio, dada a sua 
imparcialidade), n‹o cabendo ˆs partes intervirem nesse ato. AlŽm disso, o 
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perito nomeado n‹o poder‡ recusar o encargo, salvo se provar motivo 
relevante para isso, sob pena de multa: 
Art. 276. As partes n‹o intervir‹o na nomea‹o do perito. 
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade ser‡ obrigado a aceitar o encargo, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-rŽis, salvo escusa atend’vel. 
Poder‡ ser multado, ainda, o perito que, sem justa causa, faltar com suas 
obriga›es de auxiliar da Justia. Estas obriga›es est‹o previstas no art. 277, ¤ 
œnico do CPP: 
Art. 277 (...) Par‡grafo œnico. Incorrer‡ na mesma multa o perito que, sem justa 
causa, provada imediatamente: 
a) deixar de acudir ˆ intima‹o ou ao chamado da autoridade;
b) n‹o comparecer no dia e local designados para o exame;
c) n‹o der o laudo, ou concorrer para que a per’cia n‹o seja feita, nos prazos
estabelecidos. 
No caso de o descumprimento da obriga‹o ser o n‹o comparecimento a 
algum ato para o qual tenha sido intimado, poder‡ o perito ser conduzido ˆ 
fora, ˆ semelhana do que ocorre com o acusado. Nos termos do art. 278 do 
CPP: 
Art. 278. No caso de n‹o-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade 
poder‡ determinar a sua condu‹o. 
2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 
CîDIGO DE PROCESSSO PENAL 
Ä Arts. 251 a 281 do CPP - Regulamenta‹o dos sujeitos processuais no CPP: 
DO JUIZ 
Art. 251. Ao juiz incumbir‡ prover ˆ regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a fora pœblica. 
Art. 252. O juiz n‹o poder‡ exercer jurisdi‹o no processo em que: 
I - tiver funcionado seu c™njuge ou parente, consangŸ’neo ou afim, em linha reta ou 
colateral atŽ o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, —rg‹o do 
MinistŽrio Pœblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito; 
II - ele pr—prio houver desempenhado qualquer dessas fun›es ou servido como 
testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de outra inst‰ncia, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a quest‹o; 
IV - ele pr—prio ou seu c™njuge ou parente, consangŸ’neo ou afim em linha reta ou 
colateral atŽ o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 
Art. 253. Nos ju’zos coletivos, n‹o poder‹o servir no mesmo processo os ju’zes que 
forem entre si parentes, consangŸ’neos ou afins, em linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive. 
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Art. 254. O juiz dar-se-‡ por suspeito, e, se n‹o o fizer, poder‡ ser recusado por 
qualquer das partes: 
I - se for amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja controvŽrsia; 
III - se ele, seu c™njuge, ou parente, consangŸ’neo, ou afim, atŽ o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por 
qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for s—cio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Art. 255. O impedimento ou suspei‹o decorrente de parentesco por afinidade cessar‡ 
pela dissolu‹o do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo 
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, n‹o 
funcionar‡ como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for 
parte no processo. 
Art. 256. A suspei‹o n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida, quando a parte 
injuriar o juiz ou de prop—sito der motivo para cri‡-la. 
CAPêTULO II 
DO MINISTƒRIO PòBLICOArt. 257. Ao MinistŽrio Pœblico cabe: (Reda‹o dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
I - promover, privativamente, a a‹o penal pœblica, na forma estabelecida neste 
C—digo; e (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
II - fiscalizar a execu‹o da lei. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
Art. 258. Os —rg‹os do MinistŽrio Pœblico n‹o funcionar‹o nos processos em que o 
juiz ou qualquer das partes for seu c™njuge, ou parente, consangŸ’neo ou afim, em 
linha reta ou colateral, atŽ o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que 
Ihes for aplic‡vel, as prescri›es relativas ˆ suspei‹o e aos impedimentos dos ju’zes. 
CAPêTULO III 
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR 
Art. 259. A impossibilidade de identifica‹o do acusado com o seu verdadeiro nome 
ou outros qualificativos n‹o retardar‡ a a‹o penal, quando certa a identidade f’sica. 
A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execu‹o da sentena, 
se for descoberta a sua qualifica‹o, far-se-‡ a retifica‹o, por termo, nos autos, sem 
preju’zo da validade dos atos precedentes. 
Art. 260. Se o acusado n‹o atender ˆ intima‹o para o interrogat—rio, reconhecimento 
ou qualquer outro ato que, sem ele, n‹o possa ser realizado, a autoridade poder‡ 
mandar conduzi-lo ˆ sua presena. 
Par‡grafo œnico. O mandado conter‡, alŽm da ordem de condu‹o, os requisitos 
mencionados no art. 352, no que Ihe for aplic‡vel. 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser‡ processado ou 
julgado sem defensor. 
Par‡grafo œnico. A defesa tŽcnica, quando realizada por defensor pœblico ou dativo, 
ser‡ sempre exercida atravŽs de manifesta‹o fundamentada. (Inclu’do pela Lei n¼ 
10.792, de 1¼.12.2003) 
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-‡ curador. 
Art. 263. Se o acusado n‹o o tiver, ser-lhe-‡ nomeado defensor pelo juiz, ressalvado 
o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo
defender-se, caso tenha habilita‹o. 
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Par‡grafo œnico. O acusado, que n‹o for pobre, ser‡ obrigado a pagar os honor‡rios 
do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores ser‹o obrigados, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-rŽis, a prestar seu patroc’nio aos acusados, 
quando nomeados pelo Juiz. 
Art. 265. O defensor n‹o poder‡ abandonar o processo sen‹o por motivo imperioso, 
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) sal‡rios 
m’nimos, sem preju’zo das demais san›es cab’veis. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 
11.719, de 2008). 
¤ 1o A audincia poder‡ ser adiada se, por motivo justificado, o defensor n‹o puder 
comparecer. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
¤ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento atŽ a abertura da audincia. N‹o o 
fazendo, o juiz n‹o determinar‡ o adiamento de ato algum do processo, devendo 
nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s— para o efeito do 
ato. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
Art. 266. A constitui‹o de defensor independer‡ de instrumento de mandato, se o 
acusado o indicar por ocasi‹o do interrogat—rio. 
Art. 267. Nos termos do art. 252, n‹o funcionar‹o como defensores os parentes do 
juiz. 
CAPêTULO IV 
DOS ASSISTENTES 
Art. 268. Em todos os termos da a‹o pœblica, poder‡ intervir, como assistente do 
MinistŽrio Pœblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das 
pessoas mencionadas no Art. 31. 
Art. 269. O assistente ser‡ admitido enquanto n‹o passar em julgado a sentena e 
receber‡ a causa no estado em que se achar. 
Art. 270. O co-rŽu no mesmo processo n‹o poder‡ intervir como assistente do 
MinistŽrio Pœblico. 
Art. 271. Ao assistente ser‡ permitido propor meios de prova, requerer perguntas ˆs 
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os 
recursos interpostos pelo MinistŽrio Pœblico, ou por ele pr—prio, nos casos dos arts. 
584, ¤ 1o, e 598. 
¤ 1o O juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, decidir‡ acerca da realiza‹o das provas 
propostas pelo assistente. 
¤ 2o O processo prosseguir‡ independentemente de nova intima‹o do assistente, 
quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instru‹o ou do 
julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado. 
Art. 272. O MinistŽrio Pœblico ser‡ ouvido previamente sobre a admiss‹o do 
assistente. 
Art. 273. Do despacho que admitir, ou n‹o, o assistente, n‹o caber‡ recurso, 
devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decis‹o. 
CAPêTULO V 
DOS FUNCIONçRIOS DA JUSTI‚A 
Art. 274. As prescri›es sobre suspei‹o dos ju’zes estendem-se aos serventu‡rios e 
funcion‡rios da justia, no que Ihes for aplic‡vel. 
CAPêTULO VI 
DOS PERITOS E INTƒRPRETES 
Art. 275. O perito, ainda quando n‹o oficial, estar‡ sujeito ˆ disciplina judici‡ria. 
Art. 276. As partes n‹o intervir‹o na nomea‹o do perito. 
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Art. 277. O perito nomeado pela autoridade ser‡ obrigado a aceitar o encargo, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-rŽis, salvo escusa atend’vel. 
Par‡grafo œnico. Incorrer‡ na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada 
imediatamente: 
a) deixar de acudir ˆ intima‹o ou ao chamado da autoridade;
b) n‹o comparecer no dia e local designados para o exame;
c) n‹o der o laudo, ou concorrer para que a per’cia n‹o seja feita, nos prazos
estabelecidos. 
Art. 278. No caso de n‹o-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade 
poder‡ determinar a sua condu‹o. 
Art. 279. N‹o poder‹o ser peritos: 
I - os que estiverem sujeitos ˆ interdi‹o de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 
69 do C—digo Penal; 
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 
o objeto da per’cia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Art. 280. ƒ extensivo aos peritos, no que Ihes for aplic‡vel, o disposto sobre suspei‹o 
dos ju’zes. 
Art. 281. Os intŽrpretes s‹o, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
CONSTITUI‚ÌO FEDERAL 
Ä Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no que 
tange ˆ a‹o penal pœblica: 
Art. 129. S‹o fun›es institucionais do MinistŽrio Pœblico: 
I - promover, privativamente, a a‹o penal pœblica, na forma da lei; 
3! SòMULAS PERTINENTES 
3.1!Sœmulas do STF 
Ä Sœmula 208 do STF: Estabelece a ilegitimidade do assistente de acusa‹o 
para recorrer contra decis‹o que concede habeas corpus. H‡ quem sustente que 
este enunciado de sœmula ficou ultrapassado ap—s as altera›es da Lei 
12.403/11, j‡ que o assistente de acusa‹o passou a ter legitimidade para 
requerer, dentre outras coisas, a pris‹o preventiva do acusado, o que lhe 
conferiria legitimidade para impugnar eventual decis‹o concessiva de habeas 
corpus: 
Sœmula 208 do STF - ÒO assistente do MinistŽrio Pœblico n‹o pode recorrer, 
extraordinariamente, de decis‹o concessiva de habeas corpus.Ó 
Ä Sœmula 210 do STF: Trata da legitimidade do assistente de acusa‹o para 
recorrer: 
Sœmula 210 do STF: ÒÒO assistente do MinistŽrio Pœblico pode recorrer, inclusive 
extraordinariamente, na a‹o penal, nos casos dos arts. 584, par‡grafo 1o, e 598 do 
C—digo de Processo Penal.Ó 
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Ä Sœmula 448 do STF: Estabelece o in’cio da fluncia do prazo para que o 
assistente de acusa‹o interponha seu recurso supletivo (caso n‹o haja recurso 
do MP): 
Sœmula 448 do STF - ÒO prazo para o assistente recorrer, supletivamente, comea 
a correr imediatamente ap—s o transcurso do prazo do MinistŽrio Pœblico.Ó 
Ä Sœmula 523 do STF: Estabelece que a presena do defensor no processo 
criminal Ž obrigat—ria, e decorre do princ’pio da ampla defesa (defesa tŽcnica). A 
defesa deve,ainda, ser eficiente. A falta de defesa constitui nulidade absoluta, 
enquanto a sua deficincia Ž causa de nulidade relativa: 
Sœmula 523 do STF - ÒNo processo penal, a falta da defesa constitui nulidade 
absoluta, mas a sua deficincia s— o anular‡ se houver prova de preju’zo para o rŽu.Ó 
3.2!Sœmulas do STJ 
Ä Sœmula 234 do STJ: O STJ sumulou entendimento no sentido de que o fato 
de o membro do MP ter atuado na fase investigat—ria n‹o gera suspei‹o ou 
impedimento para atua‹o no processo penal: 
Sœmula 234 do STJ Ð ÒA participa‹o de membro do MinistŽrio Pœblico na fase 
investigat—ria criminal n‹o acarreta o seu impedimento ou suspei‹o para o 
oferecimento da denœncia.Ó 
4! RESUMO 
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de 
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza‹o 
de estudos de vocs, a cada ciclo de estudos Ž fundamental 
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em 
compreender alguma informa‹o, n‹o deixem de retornar ˆ 
aula. 
SUJEITOS PROCESSUAIS 
Conceito - Pessoas que atuam, de maneira obrigat—ria ou n‹o, no processo 
criminal. 
¥! Sujeitos essenciais Ð Necessariamente devem fazer parte do 
processo criminal. S‹o apenas trs: Juiz, acusador (MP ou querelante) 
e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste. 
¥! Sujeitos acess—rios (n‹o essenciais) Ð N‹o necessariamente 
atuar‹o no processo. Exemplo: Assistente de acusa‹o. 
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JUIZ 
Conceito - O sujeito processual, na verdade, Ž o Estado-Juiz, que atua no 
processo atravŽs de um —rg‹o jurisdicional, que Ž o Juiz criminal. 
Poderes: 
¥! Poder de pol’cia administrativa Ð Exercido no curso do processo, 
com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. 
¥! Poder Jurisdicional Ð Relativo ˆ condu‹o do processo, no que toca 
ˆ atividade-fim da Jurisdi‹o (instru‹o, decis›es interlocut—rias, 
prola‹o da sentena, execu‹o das decis›es tomadas, etc.). Dividem-
se em: b.1) Poderes-meio (atos cuja pr‡tica Ž atingir uma outra 
finalidade Ð a presta‹o da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem 
em atos ordinat—rios e instrut—rios; b.2) Poderes-fins (que s‹o 
relacionados ˆ presta‹o da efetiva tutela jurisdicional e seu 
cumprimento), dividindo-se em atos decis—rios (dizem o direito, 
condenando, absolvendo, etc.) e atos execut—rios (colocam em pr‡tica 
o que foi decidido).
IMPEDIMENTO E SUSPEI‚ÌO 
Situa›es capazes de afetar a imparcialidade do Juiz. 
IMPEDIMENTO E SUSPEI‚ÌO DO JUIZ 
ESPƒCIE HIPîTESES OBSERVA‚ÍES 
IMPEDIMENTO §! Tiver funcionado seu c™njuge ou
parente, consangu’neo ou afim, em 
linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive, como 
defensor ou advogado, —rg‹o 
do MinistŽrio Pœblico, 
autoridade policial, auxiliar da 
justia ou perito. 
§! O pr—prio Juiz houver 
desempenhado qualquer dessas 
fun›es (anteriores) ou servido 
como testemunha. 
§! O pr—prio Juiz tiver atuado como
juiz de outra inst‰ncia, 
pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a quest‹o. 
§! O pr—prio Juiz ou seu c™njuge ou
parente, consangu’neo ou afim em 
linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive, for parte 
OBS.: Presun‹o 
absoluta de 
parcialidade. Rol 
taxativo. 
OBS.: Juiz tem o dever 
de se declarar 
impedido, n‹o podendo 
atuar no processo. Se 
n‹o o fizer, qualquer das 
partes poder‡ arguir seu 
impedimento. 
OBS.: Doutrina v como 
ato inexistente. 
Jurisprudncia v como 
nulidade absoluta. 
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ou diretamente interessado no 
feito. 
SUSPEI‚ÌO §! Se for amigo ’ntimo ou inimigo
capital de qualquer das partes. 
§! Se o Juiz, seu c™njuge, ascendente
ou descendente, estiver 
respondendo a processo por 
fato an‡logo, sobre cujo car‡ter 
criminoso haja controvŽrsia. 
§! Se o Juiz, seu c™njuge, ou parente,
consangu’neo, ou afim, atŽ o 
terceiro grau, inclusive, sustentar 
demanda ou responder a 
processo que tenha de ser 
julgado por qualquer das 
partes. 
§! Se o Juiz tiver aconselhado
qualquer das partes. 
§! Se o Juiz for credor ou devedor,
tutor ou curador, de qualquer 
das partes. 
§! Se o Juiz for s—cio, acionista ou
administrador de sociedade 
interessada no processo. 
OBS.: Presun‹o 
relativa de 
imparcialidade do Juiz. 
OBS.: Juiz n‹o est‡ 
obrigado a se declarar 
suspeito. 
OBS.: A suspei‹o n‹o 
pode ser declarada, nem 
reconhecida, quando a 
parte criar o motivo para 
alega-la 
(propositalmente). 
OBS.: Jurisprudncia v 
como nulidade 
relativa (controvŽrsia 
na Doutrina). 
ATEN‚ÌO! A suspei‹o ou o impedimento em decorrncia de parentesco por 
afinidade (parentesco que n‹o Ž de sangue) cessa com a dissolu‹o do 
casamento que fez surgir o parentesco. EXCE‚ÍES: 
§! Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspei‹o n‹o se
extingue em hip—tese nenhuma. 
§! Havendo ou n‹o filhos da rela‹o, o impedimento ou suspei‹o permanece
em rela‹o a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado. 
OBS.: Aplicam-se aos serventu‡rios e funcion‡rios da Justia as prescri›es sobre 
suspei‹o dos Ju’zes. 
MINISTƒRIO PòBLICO 
Conceito Ð ƒ —rg‹o respons‡vel por desempenhar as fun›es do Estado-
acusador no processo. Pode atuar de duas formas: 
§! Como autor da a‹o (a‹o penal pœblica)
§! Como fiscal da Lei
Suspei‹o e impedimento 
Mesmas hip—teses de suspei‹o e impedimento previstas para os Ju’zes, no que 
for cab’vel. AlŽm disso, n‹o poder‹o atuar nos processos em que o juiz ou 
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qualquer das partes for seu c™njuge, ou parente, consangu’neo ou afim, em linha 
reta ou colateral, atŽ o terceiro grau, inclusive. 
OBS.: O fato de o membro do MP ter atuado na fase investigat—ria n‹o gera 
suspei‹o ou impedimento (verbete n¼ 234 da sœmula de jurisprudncia do STJ). 
ACUSADO 
§! Aquele que figura no polo passivo da a‹o penal
§! A identifica‹o do acusado deve ser feita da forma mais ampla poss’vel. A
impossibilidade de identifica‹o do acusado por seu nome civil, contudo, 
n‹o impede o prosseguimento da a‹o, quando CERTA a identidade f’sica. 
§! Deve comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e,
caso n‹o comparea a algum ato que n‹o possa ser realizado sem ele, o 
Juiz poder‡ determinar sua condu‹o ˆ fora Ð Divergncia doutrin‡ria 
quanto ˆ constitucionalidade desta previs‹o. 
Direitos do acusado: 
§! N‹o produzir prova contra si mesmo
§! Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente
§! Direito ao contradit—rio e ˆ ampla defesa
§! Direito ˆ entrevista prŽvia e reservada com seu defensor
DEFENSOR DO ACUSADO 
A presena do defensor no processo criminal Ž obrigat—ria, e decorre do princ’pio 
da ampla defesa (defesa tŽcnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente. 
SòMULA 523 DO STF 
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE 
ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIæNCIA Sî O ANULARç SE HOUVER 
PROVA DE PREJUêZO PARA O RƒU. 
OBS.: Doutrina entende que o Judici‡rio pode reconhecer a deficincia da defesa 
tŽcnica, ex officio. 
Acusado n‹o nomeia defensor Ð Juiz nomear‡ um para atuar em seu favor. 
Se n‹o for pobre, ser‡ obrigado a pagar os honor‡rios do defensor dativo que lhe 
for nomeado. 
Acusado poder‡, posteriormente, desconstituir o advogado nomeado 
pelo Juiz e constituir outro, de sua confiana? Sim. 
Defensor nomeado pode recusar atua‹o? Somente em caso de motivo 
relevante. 
Defensor nomeado pode abandonar a causa? Sim, por motivo imperioso, 
mas deve comunicar previamente ao Juiz. 
Defensor constitu’do precisa apresentar procura‹o? Em regra, sim,salvo 
quando o acusado o indicar em seu interrogat—rio (procura‹o apud acta). 
Impossibilidade de atua‹o Ð N‹o podem atuar como defensor do acusado os 
parentes do Juiz (mesmas hip—teses do art. 252, I do CPP). 
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ASSISTENTE DE ACUSA‚ÌO 
Conceito Ð Trata-se da figura do ofendido (ou seu representante legal) ou seus 
sucessores, que poder‹o atuar na a‹o penal pœblica como assistentes do MP 
(n‹o ser‹o autores da a‹o penal). 
Caracter’sticas: 
§! Deve ocorrer durante o processo Ð Entre o recebimento da denœncia e
o tr‰nsito em julgado
§! Deve o requerente estar assistido por profissional habilitado
(advogado ou defensor pœblico) 
§! MP deve ser previamente ouvido
§! Decis‹o de deferimento ou indeferimento do pedido Ž IRRECORRêVEL
(Cabe MS, caso indeferido o requerimento). 
OBS.: O corrŽu (aquele que tambŽm Ž acusado) n‹o pode atuar como assistente 
da acusa‹o (em rela‹o aos outros rŽus). Contudo, pode recorrer da sentena 
que absolve os demais rŽus. 
Assistente pode 
⇒! Propor meios de prova
⇒! Requerer perguntas ˆs testemunhas
⇒! Aditar os articulados
⇒! Participar do debate oral
⇒! Arrazoar os recursos interpostos pelo MinistŽrio Pœblico, ou por ele
pr—prio 
⇒! Requerer a decreta‹o da pris‹o preventiva
⇒! Requerer o desaforamento
⇒! Indicar assistente tŽcnico
Legitimidade recursal do assistente Ð Trata-se de legitimidade recursal 
SUPLETIVA ou SUBSIDIçRIA, ou seja, s— pode recorrer quando o MP n‹o tiver 
recorrido. O assistente pode interpor: 
Ø! Apela‹o contra sentena absolut—ria ou condenat—ria 
Ø! Apela‹o contra sentena de impronœncia ou de absolvi‹o sum‡ria 
Ø! Apela‹o contra sentena de pronœncia 
Ø! RESE contra decis‹o que reconhecer a extin‹o da punibilidade 
Ø! Recurso contra decis‹o sobre pris‹o preventiva ou medida cautelar diversa 
da pris‹o 
AUXILIARES DA JUSTI‚A 
Os peritos e intŽrpretes devem ser imparciais, pois n‹o possuem interesse na 
causa. 
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Estende-se aos peritos (e aos intŽrpretes) as mesmas regras de suspei‹o 
dos Ju’zes. 
Veda›es ao exerc’cio da fun‹o de perito 
N‹o podem exercer a fun‹o: 
§! Aqueles que estiverem sujeitos ˆ interdi‹o de direito
§! Aqueles que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado
anteriormente sobre o objeto da per’cia 
§! Os analfabetos e os menores de 21 anos Ð Atualmente, com a
maioridade civil aos 18 anos, esse dispositivo deve ser adaptado ˆ 
nova maioridade civil. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei, 
deve ser marcado como correta a idade de 21 anos. 
Observa›es: 
§! Nomea‹o do perito Ž ato privativo do Juiz
§! As partes n‹o podem intervir na nomea‹o
§! Perito n‹o pode recusar a nomea‹o, salvo se provar motivo relevante
§! Perito que faltar com suas obriga›es pode ser multado
§! Perito pode ser conduzido ˆ fora caso n‹o comparea a algum ato para
o qual foi intimado
Bons estudos! 
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5! LISTA DE EXERCêCIOS 
01.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE) 
MinistŽrio Pœblico compete, de acordo com o art. 257 do CPP, fiscalizar a execu‹o 
da lei e promo-ver, privativamente, a a‹o penal 
a) pœblica.
b) pœblica incondicionada, e manifestar--se como custos legis, nas a›es penais
pœblicas condi-cionadas. 
c) privada, quando houver representa‹o da v’tima
d) pœblica condicionada, e manifestar--se como custos legis, nas a›es penais
pœblicas incondicionadas. 
e) pœblica e, quando houver representa‹o da v’tima, promover em seu nome a
a‹o penal privada 
02.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA) 
Imagine que durante o curso de processo penal, e tendo como objetivo afastar o 
juiz da causa, o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico ou o defensor do acusado maneje 
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uma queixa crime contra o juiz, a fim de buscar configurar uma inimizade capital. 
Nessa hip—tese, a suspei‹o (CPP, art. 256) 
a) n‹o poder‡ ser declarada e nem reconhecida.
b) dever‡ ser reconhecida, impondo-se multa ˆ parte que provocou a situa‹o.
c) dever‡ ser reconhecida, impondo-se o afastamento do processo e/ou multa ˆ
parte que provocou a situa‹o. 
d) n‹o poder‡ ser declarada, apenas reconhecida.
e) n‹o poder‡ ser reconhecida, apenas declarada.
03.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) 
Nos termos do art. 252 do CPP, o juiz n‹o poder‡ exercer jurisdi‹o no processo 
em que 
(A) ele pr—prio ou seu c™njuge ou seu irm‹o for amigo ’ntimo de qualquer das 
partes. 
(B) for parte entidade associativa ou de classe da qual faa ou tenha feito parte. 
(C) seu amigo ’ntimo for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das 
partes. 
(D) tiver funcionado como juiz de outra inst‰ncia, pronunciando-se, de fato ou 
de direito, sobre a quest‹o. 
(E) ele pr—prio ou seu c™njuge ou parente em linha reta ou colateral atŽ o terceiro 
grau tiver servido como testemunha. 
04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) 
ÒNenhum acusado, ser‡ processado ou julgado sem defensor.Ó 
Assinale a alternativa que preenche, adequada e completamente, a lacuna, nos 
termos do art. 261 do 
CPP. 
(A) com exce‹o do foragido 
(B) com exce‹o do ausente ou foragido 
(C) com exce‹o do ausente 
(D) ainda que ausente 
(E) ainda que ausente ou foragido 
05.! (VUNESP Ð 2007 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Analise as afirma›es: 
I. Estendem-se aos escreventes judici‡rios as regras de suspei‹o dos ju’zes. 
II. O juiz n‹o poder‡ exercer a jurisdi‹o em processo em que ele pr—prio tiver
servido como testemunha. 
III. O juiz dar-se-‡ por suspeito se for vizinho do rŽu.
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Est‡ correto o contido apenas em 
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) II. 
06.! (VUNESP Ð 2006 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Para manter a justa aplica‹o da lei penal, o Juiz poder‡ 
A) intervir nas fun›es policiais de investiga‹o.
B) requisitar fora policial.
C) nomear, por iniciativa pr—pria, assistentes tŽcnicos para o acompanhamento
dos exames periciais. 
D) avocar o inquŽrito policial.
E) designar novo promotor para a causa.
07.! (VUNESP Ð 2006 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
S‹o causas de suspei‹o judicial: 
I. amizade ’ntima com o rŽu; 
II. inimizade capital com o MinistŽrio Pœblico;
III. aconselhamento ao rŽu ou ao MinistŽrio Pœblico.
Est‡ correto o contido em 
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
08.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Nos termos do art. 257 do CPP cabe, ao MinistŽrio Pœblico, 
I. promover, privativamente, a a‹o penal pœblica, na forma estabelecida no CPP. 
II. buscar a condena‹o dos indiciados em inquŽrito policial;
III. fiscalizar a execu‹o da lei.
ƒ correto o que se afirma em 
A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I e III, apenas.
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D) I, II e III.
E) I, apenas.
09.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
O CPP (art. 261) admite que seja o acusado processado ou julgado sem defensor? 
A) Sim, apenas o foragido.
B) N‹o.
C) Sim, o foragido, o ausente e o revel.
D) Sim, apenas o ausente.
E) Sim, apenas o revel.
10.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE/MT Ð DEFENSOR PòBLICO) 
Fica caracterizada a causa legal de suspei‹o do magistrado no processo penal: 
A) se o magistrado for enteado de uma das partes no processo, ainda que o
casamento que tenha originado esta rela‹o de parentesco por afinidade tenha 
sido dissolvido. 
B) se o parente, consangu’neo ou afim, atŽ o terceiro grau, inclusive, do
magistrado, estiverrespondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter 
criminoso haja controvŽrsia. 
C) se o parente do magistrado, consangu’neo ou afim, atŽ o quarto grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado 
por qualquer das partes. 
D) se tiver funcionado seu c™njuge ou parente, consangu’neo ou afim, em linha
reta ou colateral atŽ o quarto grau, inclusive, como defensor ou advogado, —rg‹o 
do MinistŽrio Pœblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito. 
11.! (VUNESP Ð 2010 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Normatiza o art. 274 do C—digo de Processo Penal: as prescri›es sobre suspei‹o 
dos ju’zes estendem-se aos serventu‡rios e funcion‡rios da justia, no que lhes 
for aplic‡vel. Nos exatos termos do art. 254 do mesmo C—digo de Processo Penal, 
o juiz Ž considerado suspeito se
I. for amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
II. tiver aconselhado qualquer das partes;
III. tiver funcionado como juiz de outra inst‰ncia, pronunciando- se, de fato ou
de direito, sobre a quest‹o. 
ƒ correto o que se afirma em 
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
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D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
12.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Considere as seguintes assertivas: 
I. a suspei‹o n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar 
o juiz ou de prop—sito der motivo para cri‡-la
II. nos ju’zos coletivos, n‹o poder‹o servir no mesmo processo os ju’zes que
forem entre si parentes, consangu’neos ou afins, em linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive; 
III. o juiz dar-se-‡ por suspeito, e, se n‹o o fizer, poder‡ ser recusado por 
qualquer das partes, se ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver 
respondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja 
controvŽrsia. 
ƒ correto o que se afirma em 
A) III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
13.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Considere as seguintes assertivas: 
I. a suspei‹o n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar 
o juiz ou de prop—sito der motivo para cri‡-la;
II. nos ju’zos coletivos, n‹o poder‹o servir no mesmo processo os ju’zes que
forem entre si parentes, consangu’neos ou afins, em linha reta ou colateral atŽ o 
terceiro grau, inclusive; 
III. o juiz dar-se-‡ por suspeito, e, se n‹o o fizer, poder‡ ser recusado por 
qualquer das partes, se ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver 
respondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja 
controvŽrsia. 
ƒ correto o que se afirma em 
A) III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
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14.! (VUNESP Ð 2004 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE) 
Considera-se impedido de atuar o juiz 
(A) parcial, nos termos do artigo 252 do C—digo de Processo Penal. 
(B) inabilitado, situa‹o que deve ser analisada no caso concreto. 
(C) incompetente, nos termos da lei. 
(D) amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. 
(E) suspeito, nos termos do artigo 254 do C—digo de Processo Penal. 
15.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
O juiz n‹o poder‡ exercer jurisdi‹o no processo em que 
(A) ele pr—prio ou seu c™njuge ou parente, consangu’neo ou afim, em linha reta 
ou colateral atŽ o quinto grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no 
feito. 
(B) ele n‹o houver funcionado como defensor ou advogado, —rg‹o do MinistŽrio 
Pœblico, autoridade policial, auxiliar de justia, perito ou servido como 
testemunha. 
(C) tiver funcionado seu c™njuge ou parente, consangu’neo ou afim, em linha reta 
ou colateral atŽ o quinto grau, inclusive, como defensor ou advogado, —rg‹o do 
MinistŽrio Pœblico, autoridade policial, auxiliar de justia ou perito. 
(D) tiver funcionado como juiz de outra inst‰ncia, pronunciando-se, de fato ou 
de direito, sobre a quest‹o. 
(E) ele pr—prio ou seu c™njuge ou parente, consangu’neo ou afim, em linha reta 
ou colateral atŽ o quarto grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no 
feito. 
16.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
O serventu‡rio ou funcion‡rio da justia dar-se-‡ por suspeito e, se n‹o o fizer, 
poder‡ ser recusado por qualquer das partes, 
(A) se ele, seu c™njuge, ou parente, consangu’neo, ou afim, atŽ o quinto grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado 
por qualquer das partes. 
(B) se ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a 
processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja controvŽrsia. 
(C) se ele, seu c™njuge, ou parente, consangu’neo, ou afim, atŽ o quarto grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado 
por qualquer das partes. 
(D) se n‹o for amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer deles. 
(E) se ele, seu c™njuge, ou parente, consangu’neo, ou afim, atŽ o terceiro grau, 
inclusive, estiver respondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter 
criminoso haja controvŽrsia. 
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17.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Se por ocasi‹o do interrogat—rio o acusado indica seu defensor (advogado), o 
qual n‹o traz por escrito o instrumento de mandato (procura‹o), 
(A) dever‡ o juiz nomear defensor pœblico ao acusado. 
(B) referida constitui‹o Ž v‡lida, n‹o sendo necess‡ria outra providncia de 
regulariza‹o. 
(C) dever‡ o advogado providenciar a juntada do instrumento de mandato no 
pr—ximo ato processual que realizar. 
(D) dever‡ o juiz conceder prazo de 2 (dois) dias, a fim de que a representa‹o 
processual seja regularizada. 
(E) dever‡ o juiz declarar o acusado indefeso, intimando-o a indicar por escrito 
novo defensor no prazo de 2 (dois) dias. 
18.! (FCC Ð 2015 Ð TRE/SE Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA 
ADMINISTRATIVA) 
Manoel e Joaquim est‹o sendo processados acusados da pr‡tica de crime de 
concuss‹o contra a v’tima JosŽ. No curso da a‹o penal, JosŽ pretende intervir 
como Assistente do MinistŽrio Pœblico, assim como o corrŽu Joaquim. Nos termos 
preconizados pelo C—digo de Processo Penal, 
(A) o despacho que n‹o admitir o assistente Ž recorr’vel atravŽs de recurso em 
sentido estrito. 
(B) o corrŽu n‹o poder‡ intervir como assistente do MinistŽrio Pœblico. 
(C) o assistente ser‡ admitido enquanto n‹o for prolatada a sentena em primeiro 
grau e receber‡ a causa no estado em que se achar. 
(D) o MinistŽrio Pœblico n‹o ser‡ ouvido previamente sobre a admiss‹o do 
assistente. 
(E) ao assistente n‹o Ž permitido propor meios de prova. 
19.! (FCC Ð 2015 Ð TRE-AP Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA 
JUDICIçRIA) 
No processo Z, M‡rcio, magistrado Ž curador do autor. No processo Y, Jo‹o Ž 
acionista de sociedade interessada no referido processo. Nestes casos, no 
processo Z e no processo Y haver‡ a 
(A) suspei‹o de M‡rcio e impedimento de Jo‹o. 
(B) impedimento de M‡rcio e suspei‹o de Jo‹o. 
(C) suspei‹o de ambos os magistrados. 
(D) impedimento de ambos. 
(E) somente impedimento de Jo‹o. 
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20.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) 
No que concerne ao acusado e seu defensor, nos termos preconizados pelo 
C—digo de Processo Penal, Ž correto afirmar: 
A) A impossibilidade de identifica‹o do acusado com o seu verdadeiro nome ou
outros qualificativos retardar‡ a a‹o penal, ainda que certa a identidade f’sica. 
B) A constitui‹o de defensor depender‡ de instrumento de mandato, ainda que
oacusado o indicar por ocasi‹o do interrogat—rio.
C) Incumbe ao defensor provar o impedimento em atŽ 24 horas da abertura da
audincia e, n‹o o fazendo, o juiz n‹o determinar‡ o adiamento de ato algum do 
processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s— 
para o efeito do ato. 
D) Se o acusado n‹o o tiver, ser-lhe-‡ nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o
seu direito de, atŽ a prola‹o da sentena de primeiro grau, nomear outro de sua 
confiana, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilita‹o. 
E) O defensor n‹o poder‡ abandonar o processo sen‹o por motivo imperioso,
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) 
sal‡rios m’nimos, sem preju’zo das demais san›es cab’veis. 
21.! (FCC - 2011 - TRF - 1» REGIÌO - TƒCNICO JUDICIçRIO - çREA 
ADMINISTRATIVA) 
O acusado NÌO 
A) Ž o sujeito passivo da pretens‹o punitiva.
B) Ž parte na rela‹o processual.
C) ser‡ considerado culpado atŽ o tr‰nsito em julgado da sentena penal
condenat—ria. 
D) ter‡ direito a defensor se estiver ausente ou foragido.
E) tem o direito de permanecer calado, cumprindo-lhe prestar todos os
esclarecimentos solicitados pelo juiz. 
22.! (FCC - 2010 - TCE-AP - PROCURADOR) 
No que concerne aos sujeitos processuais, Ž correto afirmar que 
A) Ž suspeito o juiz que for amigo ’ntimo ou inimigo capital do defensor do
acusado. 
B) Ž cab’vel recurso em sentido estrito da decis‹o que n‹o admite o assistente
do MinistŽrio Pœblico. 
C) ocorre suspei‹o do juiz, se este for administrador de sociedade interessada
no processo. 
D) poder‡ ser perito no processo aquele que tiver opinado anteriormente sobre
o objeto da per’cia, desde que tal ressalva conste do pre‰mbulo do laudo.
E) a defesa tŽcnica, quando realizada por defensor pœblico ou constitu’do, ser‡
sempre exercida atravŽs de manifesta‹o fundamentada. 
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23.! (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURêDICO) 
NÌO ocorre suspei‹o nos casos em que o juiz 
A) for devedor de qualquer das partes.
B) for amigo ’ntimo ou inimigo capital do defensor do acusado.
C) estiver respondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso
haja controvŽrsia. 
D) tiver aconselhado qualquer das partes.
E) for administrador de sociedade interessada no processo.
24.! (FCC - 2006 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA 
JUDICIçRIA) 
A respeito do assistente do MinistŽrio Pœblico Ž correto afirmar que 
A) o co-rŽu no mesmo processo poder‡ intervir como assistente. 
B) n‹o ser‡ permitido ao assistente propor meios de prova.
C) n‹o caber‡ recurso do despacho que admitir ou n‹o o assistente.
D) o assistente ser‡ admitido atŽ a sentena de primeira inst‰ncia. 
E) o assistente poder‡ ser admitido sem prŽvia oitiva do MinistŽrio Pœblico. 
25.! (FCC - 2006 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA 
JUDICIçRIA - EXECU‚ÌO DE MANDADOS) 
A respeito do acusado e de seu defensor, Ž correto afirmar: 
A) A constitui‹o do defensor s— poder‡ ser feita por instrumento de mandato,
ainda que o acusado o indicar por ocasi‹o do interrogat—rio. 
B) Se o acusado for advogado e estiver foragido, poder‡ ser processado e julgado
sem defensor. 
C) N‹o poder‡ funcionar como defensor o parente do juiz, consangŸ’neo ou afim,
em linha reta ou colateral, atŽ o terceiro grau, inclusive. 
D) A impossibilidade de identifica‹o do acusado, com seu verdadeiro nome e
outros dados qualificativos, impedir‡ a propositura da a‹o penal, ainda que certa 
a identidade f’sica. 
E) Se o rŽu n‹o o tiver, ser‡ nomeado defensor pelo juiz, n‹o podendo o mesmo,
antes da sentena, constituir outro de sua confiana. 
26.! (FCC - 2010 - MPE-RN - AGENTE ADMINISTRATIVO) 
Em rela‹o ao processo penal, Ž correto afirmar que 
A) a impossibilidade de identifica‹o do acusado com o seu verdadeiro nome ou
outros qualificativos n‹o retardar‡ a a‹o penal, quando certa a identidade f’sica. 
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B) n‹o cabe ao MinistŽrio Pœblico a fiscaliza‹o da execu‹o da lei quando for
parte na a‹o penal. 
C) o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico n‹o funcionar‡ nos processos em que o juiz for 
seu parente, consangu’neo ou afim, em linha reta ou colateral, atŽ o quarto grau, 
inclusive. 
D) n‹o se aplicam aos —rg‹os do MinistŽrio Pœblico as prescri›es relativas ˆs
suspei›es e impedimentos dos ju’zes. 
E) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode requerer a volta do inquŽrito policial ˆ autoridade 
policial para novas diligncias, uma vez que ele tem competncia para promov-
las pessoalmente. 
27.! (FCC - 2009 - TJ-SE - TƒCNICO JUDICIçRIO - çREA 
ADMINISTRATIVA) 
ƒ fun‹o do MinistŽrio Pœblico, no Processo Penal: 
A) Promover a a‹o penal pœblica, condicionada e incondicionada.
B) Promover a a‹o penal privada, se a v’tima n‹o o fizer no prazo legal.
C) Promover apenas a a‹o penal pœblica incondicionada.
D) Desistir da a‹o penal em curso quando n‹o houver interesse pœblico.
E) Promover o andamento da a‹o penal no caso de inŽrcia do Juiz.
28.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) 
Se o Assistente da Acusa‹o deixar de comparecer a qualquer ato de instru‹o 
ou do julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado, 
A) o juiz o declarar‡ revel. 
B) o juiz designar‡ nova data para o ato, intimando o assistente. 
C) o processo prosseguir‡ independentemente de nova intima‹o deste. 
D) o processo ser‡ sumariamente arquivado. 
E) o ato ser‡ realizado e o assistente ser‡ intimado para os pr—ximos atos do 
processo. 
29.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) 
A suspei‹o do juiz n‹o poder‡ ser declarada nem reconhecida, quando 
A) o juiz for s—cio, acionista ou administrador de sociedade interessada no 
processo. 
B) o juiz for amigo ’ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. 
C) o juiz tiver aconselhado qualquer das partes 
D) a parte injuriar o juiz ou de prop—sito der motivo para cri‡-la.
E) ele, seu c™njuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo
por fato an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja controvŽrsia. 
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30.! (FCC - 2007 - TRE-PB - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) 
O juiz n‹o poder‡ exercer jurisdi‹o no processo 
A) se seu ascendente ou descendente estiver respondendo a processo por fato
an‡logo, sobre cujo car‡ter criminoso haja controvŽrsia. 
B) em que seu parente consangŸ’neo em linha reta de quarto grau for parte ou
diretamente interessado no feito. 
C) em que for amigo ’ntimo, bem como credor ou devedor de qualquer das partes.
D) se seu c™njuge estiver respondendo a processo por fato an‡logo, sobre cujo
car‡ter criminoso haja controvŽrsia. 
E) em que tiver funcionado parente afim em linha colateral de terceiro grau como
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico 
31.! (FCC Ð 2014 Ð TRF 3 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO) 
Aurea, v’tima do delito de tr‡fico internacional de pessoa, para fim de explora‹o 
sexual, foi admitida como assistente de acusa‹o no curso de a‹o penal. Nesta 
qualidade, NÌO poder‡. 
a) recorrer da sentena absolut—ria se o MinistŽrio Pœblico n‹o o fizer.
b) requerer perguntas ˆs testemunhas, no curso da instru‹o processual.
c) aditar a denœncia formulada pelo MinistŽrio Pœblico.
d) indicar assistente tŽcnico.
e) arrazoar os recursos interpostos pelo MinistŽrio Pœblico.
32.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
Aos auxiliares da justia (peritos e intŽrpretes) NÌO s‹o aplic‡veis as regras 
previstas no C—digo de Processo Penal relativas a 
a) suspei‹o e impedimento.
b) pris‹o em flagrante.
c) crimes de responsabilidade de funcion‡rios pœblicos.
d) exce‹o de incompetncia.
e) nulidades.
33.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð JUIZ) 
O juiz

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