Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 04 Direito Processual Penal p/ PC-AP (Delegado) - Com videoaulas Professor: Renan Araujo Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 73 AULA 04: SUJEITOS DO PROCESSO. SUMçRIO 1 SUJEITOS PROCESSUAIS ...................................................................................... 2 1.1 Conceito e espcies ........................................................................................ 2 1.2 Do Juiz ........................................................................................................... 2 1.3 Do Ministrio Pblico ..................................................................................... 5 1.4 Do acusado .................................................................................................... 6 1.5 Do defensor do acusado ................................................................................. 8 1.6 Do assistente de acusao ........................................................................... 11 1.6.1 Atuao do assistente de acusao ................................................................. 12 1.7 Dos auxiliares da Justia .............................................................................. 14 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 15 3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 18 3.1 Smulas do STF ............................................................................................ 18 3.2 Smulas do STJ ............................................................................................ 19 4 RESUMO .............................................................................................................. 19 5 LISTA DE EXERCêCIOS ........................................................................................ 24 6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 40 7 GABARITO .......................................................................................................... 72 Ol, meus amigos! Hoje vamos estudar os sujeitos do Processo, que so aqueles que, de uma forma ou de outra, atuam no processo penal. Bons estudos! Prof. Renan Araujo Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 73 1! SUJEITOS PROCESSUAIS 1.1!Conceito e espcies Sujeitos do processo so as pessoas que atuam, de maneira obrigatria ou no, no processo criminal. Podem ser: ¥! Sujeitos essenciais Ð Casos devam, necessariamente, fazer parte do processo criminal. So apenas trs: Juiz, acusador (MP ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste; ¥! Sujeitos acessrios (no essenciais) Ð So aqueles que no necessariamente atuaro no processo, agindo somente em alguns casos. Exemplo: Assistente de acusao. Sujeito do processo no necessariamente aquele que integra a relao processual. Sujeito do processo toda pessoa que pratica ato no processo. A relao processual, por sua vez, composta pelos sujeitos que possuem interesse no processo (Juiz, acusador, acusado e assistente, que faz parte da acusao). Pode ocorrer de um sujeito no possuir nenhum interesse na causa (perito, por exemplo). O interesse do Juiz se constitui na prestao da tutela Jurisdicional em nome do Estado. Os sujeitos do processo esto regulamentados nos arts. 251 a 281 do CPP. Vamos estud-los individualmente. 1.2!Do Juiz O sujeito processual, na verdade, o Estado-Juiz, que atua no processo atravs de um rgo jurisdicional, que o Juiz criminal. O Juiz criminal possui alguns poderes: a) Poder de polcia administrativa Ð Exercido no curso do processo, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. Ao contrrio do que a nomenclatura possa transparecer, no est relacionada fora policial, mas ao conceito administrativo de poder de polcia (limitao ou regulamentao das liberdades individuais). Est previsto no art. 251 do CPP, dentre outros: Art. 251. Ao juiz incumbir prover regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a fora pblica. b) Poder Jurisdicional Ð Relativo conduo do processo, no que toca atividade-fim da Jurisdio (instruo, decises interlocutrias, prolao da sentena, execuo das decises tomadas, etc.). Dividem-se em: b.1) Poderes- meio (atos cuja prtica atingir uma outra finalidade Ð a prestao da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinatrios e instrutrios; b.2) Poderes-fins (que so relacionados prestao da efetiva tutela jurisdicional e Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 73 seu cumprimento), dividindo-se em atos decisrios (dizem o direito, condenando, absolvendo, etc.) e atos executrios (colocam em prtica o que foi decidido); Existem determinadas hipteses nas quais o Juiz no pode atuar, pelo fato de se considerar prejudicada a sua condio de imparcialidade. So as hipteses de impedimento ou suspeio. As hipteses de impedimento esto previstas no art. 252 do CPP, e so consideradas como ensejadoras de incapacidade absoluta para atuar no processo: Art. 252. O juiz no poder exercer jurisdio no processo em que: I - tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito; II - ele prprio houver desempenhado qualquer dessas funes ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo; IV - ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Nestas hipteses o CPP estabelece uma presuno absoluta (jure et de jure) de que o Juiz seria parcial, violando um dos deveres da Jurisdio, que a imparcialidade. Este rol considerado um rol taxativo (numerus clausus), no admitindo interpretao extensiva, portanto. Ocorrendo uma dessas hipteses, o Juiz tem o dever de se declarar impedido, no podendo atuar no processo. Se no o fizer, qualquer das partes poder arguir seu impedimento, nos termos do art. 112 do CPP. Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais o julgamento se d atravs de rgos colegiados (mais de um Juiz), o art. 253 estabelece que: Art. 253. Nos juzos coletivos, no podero servir no mesmo processo os juzes que forem entre si parentes, consangneos ou afins, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive. CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma incompatibilidade (e no impedimento ou suspeio). As incompatibilidades seriam situaes de impossibilidade de atuao em razo de fatos que geram graves hipteses de inconvenincia na atuao do magistrado, mas que no estejam previstas como impedimento ou suspeio.1 1 Outra parcela da Doutrina simplesmente se refere a este art. 253 como mais uma hiptese de impedimento. Ver, por todos: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execuo penal. 12.¼ edio. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 490. No mesmo sentido, Eugnio Pacelli entende que este art. 253 se refere a uma causa de IMPEDIMENTO. As incompatibilidades, para o autor, referem-se apenas quelas situaes em que no h previso legal expressa aplicvel ao caso, mas nas quais h inconvenincia da Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 73 A suspeio, por sua vez, considerada uma incapacidade subjetiva do Juiz, que podeou no se declarar suspeito (vejam a diferena!). Caso o Juiz no se declare suspeito, as partes podero entender que est prejudicada sua imparcialidade e arguir a suspeio, nos termos do mesmo art. 112 do CPP. As hipteses de suspeio esto previstas no art. 254 do CPP: Art. 254. O juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia; III - se ele, seu cnjuge, ou parente, consangneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl - se for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Entretanto, o CPP traz uma regra curiosa em seu art. 256: Se a parte, de alguma forma, der causa, de maneira proposital situao de suspeio, esta no poder ser declarada nem reconhecida: Art. 256. A suspeio no poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la. EXEMPLO: Imaginem que Fulano est sendo julgado pelo crime de estupro por uma Juza extremamente rigorosa. Entretanto, fulano sabe que o outro Juiz criminal da comarca no to rigoroso. Assim, fulano cria, propositalmente, uma rixa pessoal com a Juza, de forma a arguir, posteriormente, sua suspeio, com base no art. 254, I do CPP, afim de que o processo seja remetido para julgamento ao outro Juiz. Nessa hiptese, o CPP veda o reconhecimento ou declarao da suspeio. A suspeio ou o impedimento em decorrncia de parentesco por afinidade (parentesco que no de sangue) cessa com a dissoluo do casamento que fez surgir o parentesco. Esta a regra. No entanto, existem duas excees: a) Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeio no se extingue em hiptese nenhuma; atuao do Juiz (ex.: hiptese em que o Juiz se declara suspeito para atuar no caso, por razes de foro ntimo). PACELLI, Eugnio. Curso de processo penal. 16¼ edio. Ed. Atlas. So Paulo, 2012, p. 444/445 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 73 b) Havendo ou no filhos da relao, o impedimento ou suspeio permanece em relao a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado (e os correspondentes femininos, claro)2; Mas e se o Juiz suspeito ou impedido continuar atuando no processo, como se nada tivesse acontecido? Haver um vcio processual. Esse vcio ir variar conforme o caso (suspeio ou impedimento. Se o Juiz for impedido, a Doutrina entende que o ato inexistente, pelo fato de que o Juiz est impedido de exercer a Jurisdio naquele caso, ou seja, os atos foram praticados por Juiz sem Jurisdio. O STJ, contudo, possui decises no sentido de tratar- se de nulidade absoluta.3 No caso de Juiz suspeito, a Doutrina se divide. Parte entende que se trata de nulidade absoluta e outra parte entende que causa de nulidade relativa, que o que vem prevalecendo, inclusive no STJ. Os institutos (inexistncia jurdica e nulidade absoluta) so parecidos, mas possuem efeitos bem diferentes. No caso de inexistncia, o ato simplesmente no existe, um Ònada jurdicoÓ. No caso de nulidade absoluta o ato existe, sendo apenas viciado pela nulidade. Os efeitos que decorrem so graves. No caso de inexistncia, como o ato no existe, uma sentena proferida, por exemplo, sequer considerada sentena, sendo desconsiderada. J no caso de uma sentena nula, ela existe e produzir efeitos caso a nulidade no seja arguida. Assim, se um ru absolvido por um Juiz suspeito, e a deciso transita em julgado, Òj eraÓ, o acusado no poder ser julgado novamente. Entretanto, se o Juiz fosse impedido, simplesmente o processo seria retomado em seu andamento, pois a sentena proferida NÌO EXISTE. Por fim, o art. 274, que trata dos funcionrios da Justia, estabelece que a eles se aplicam as prescries do CPP no que se refere s hipteses de suspeio do Juiz: Art. 274. As prescries sobre suspeio dos juzes estendem-se aos serventurios e funcionrios da justia, no que Ihes for aplicvel. 1.3!Do Ministrio Pblico O MP o rgo responsvel por desempenhar as funes do Estado- acusador no processo. Instituio permanente, essencial Justia e com previso no art. 127 da Constituio da Repblica. O MP o responsvel por ajuizar a ao penal pblica (condicionada e incondicionada), bem como fiscalizar o cumprimento da lei na ao penal privada e tambm na ao penal pblica! O MP rotulado pela Doutrina majoritria como Òparte imparcialÓ (esquizofrnico isso...), pois sua funo no ver o acusado ser condenado, mas 2 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 495 3 Ver, por todos: EDcl no AgRg nos EREsp 1084522/CE, Rel. Ministro MARCO AURLIO BELLIZZE, TERCEIRA SEÌO, julgado em 10/04/2013, DJe 17/04/2013 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 73 promover a Justia (da o nome: Promotor de Justia), fazendo com que a verdade surja e o acusado seja culpado, se for o caso. Tanto assim que o MP pode, inclusive, pedir a absolvio do acusado quando, no decorrer do processo, entender que a denncia foi um equvoco e que no ficou provada sua culpa. Nos termos do art. 385 do CPP: Art. 385. Nos crimes de ao pblica, o juiz poder proferir sentena condenatria, ainda que o Ministrio Pblico tenha opinado pela absolvio, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. Ao membro do MP se aplicam, no que for cabvel, as mesmas hipteses de suspeio e impedimento previstas para os Juzes. Alm disso, o membro do MP no pode atuar em processo que o Juiz ou qualquer das partes for seu parente, nos termos estabelecidos pelo art. 258 do CPP: Art. 258. Os rgos do Ministrio Pblico no funcionaro nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cnjuge, ou parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicvel, as prescries relativas suspeio e aos impedimentos dos juzes. Vale ressaltar que o simples fato de o membro do MP ter participado da fase investigatria no causa de impedimento ou suspeio (verbete n¼ 234 da smula de jurisprudncia do STJ). 1.4!Do acusado O acusado aquele que figura no polo passivo do processo criminal, ou seja, a pessoa a quem se imputa a prtica de uma infrao penal. Nem todas as pessoas, no entanto, podem figurar no polo passivo de um processo criminal: a) Entes que no possuem capacidade para serem sujeitos de direito. Ex.: mortos; b) Menores de 18 anos Ð hiptese de inimputabilidade que gera a ilegitimidade da parte, em razo da disposio expressa na Lei no sentido de que os menores de 18 anos respondam por seus atos infracionais perante o ECA; c) Pessoas detentoras de imunidade diplomtica; d) Pessoas que possuam imunidade parlamentar. Ex: Deputados, Senadores, etc. (Essa espcie discutvel, pois em alguns casos eles podem ser sujeitos passivos do processo criminal); As pessoas jurdicas podem ser sujeitos passivos no processo criminal, pois a Constituio previu a possibilidade de se imputar pessoa jurdica a prtica de crimes (art. 225, ¤ 3¡ da CRFB/88). O STF corrobora este entendimento.4 4 O STF entende que, atualmente, a pessoa jurdica somente pode ser sujeito passivo em processo criminal (sujeito ativo do crime, portanto) por crime ambiental, por no haver expressa previso para outros casos. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br7 de 73 Quanto aos inimputveis em decorrncia de doena mental, desenvolvimento mental incompleto e embriaguez total decorrente de caso fortuito ou fora maior, nada impede que integrem o polo passivo do processo, pois, ao final, eles sero absolvidos, sendo-lhes aplicada medida de segurana (salvo no caso da embriaguez). Entretanto, devem se submeter ao processo criminal. A identificao do acusado deve ser feita da forma mais ampla possvel. No entanto, a impossibilidade de identificao do acusado por seu nome civil no impede o prosseguimento da ao, nos termos do art. 259 do CPP: Art. 259. A impossibilidade de identificao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos no retardar a ao penal, quando certa a identidade fsica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execuo da sentena, se for descoberta a sua qualificao, far-se- a retificao, por termo, nos autos, sem prejuzo da validade dos atos precedentes. O CPP prev, ainda, que o acusado dever comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e, caso no comparea a algum ato que no possa ser realizado sem ele, o Juiz poder determinar sua conduo fora: Art. 260. Se o acusado no atender intimao para o interrogatrio, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, no possa ser realizado, a autoridade poder mandar conduzi-lo sua presena. Pargrafo nico. O mandado conter, alm da ordem de conduo, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicvel. Embora o art. 260 diga ÒautoridadeÓ, sem distinguir autoridade policial e autoridade judiciria, a Doutrina entende que esse poder est restrito ao Juiz, pois o CPP fala em acusado, o que d a entender que esta norma se aplica somente quele que j est sendo processado judicialmente. Caso o Delegado necessite da presena do indiciado (no IP) em algum ato, dever solicitar ao Juiz que determine a conduo do indiciado. A Doutrina diverge, ainda quanto extenso desta norma. Parte da Doutrina entende (e o STJ tambm) que a conduo do acusado fora s possvel nos casos de recusa ao comparecimento a ato processual cuja presena deste seja indispensvel. Outra parcela entende que o art. 260 viola o princpio da vedao autoincriminao e, portanto, o acusado no poderia ser conduzido fora.5 O acusado possui, ainda, direitos, previstos na Constituio e na Legislao infraconstitucional, dentre eles: a) No produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se detegere) Ð Previsto no art. 5¡, LXIII da Constituio e art. 186 do CPP (que tratam do direito ao silncio, um dos corolrios mais clssicos desse princpio). 5 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 500 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 73 b) Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente Ð Consubstancia-se no princpio do Juiz Natural, e est previsto no art. 5¡, LIII da Constituio. c) Direito ao contraditrio e ampla defesa Ð Direito de contradizer tudo o que for dito pela acusao e se manifestar sempre aps esta. Trata-se de princpio constitucional previsto no art. 5¡, LV da Constituio. d) Direito entrevista prvia e reservada com seu defensor Ð Direito que decorre do princpio da ampla defesa, e est materializado no art. 185, ¤ 2¡ do CPP. Muitos outros existem, previstos tanto na Constituio quanto no CPP. O CPP prev, tambm, que se o acusado for menor de idade, no poder figurar no polo passivo do processo sem que lhe seja nomeado um curador: Art. 262. Ao acusado menor dar-se- curador. CUIDADO! Quando o art. 262 se refere ao acusado ÒmenorÓ no est se referindo menoridade penal (nesse caso nem poderia ser acusado!), mas menoridade CIVIL. Durante muito tempo a maioridade civil era atingida somente aos vinte e um anos, enquanto a maioridade penal era atingida antes, aos 18 anos. Assim, o acusado que tinha entre 18 e 21 anos, embora PENALMENTE MAIOR, no possua maioridade civil, sendo, para estes efeitos, menor. com relao a este acusado (Que tinha mais de 18 e menos de 21 anos) que se aplicava o art. 262. Atualmente, a maioridade civil tambm se atinge aos 18 anos, ou seja, no h possibilidade de haver um acusado que seja civilmente menor. Portanto, este artigo est temporariamente sem aplicao. Contudo, nada impede que futuramente a maioridade civil e a maioridade penal voltem a ser alcanadas em idades diferentes. 1.5!Do defensor do acusado A presena do defensor no processo criminal obrigatria6, e decorre do princpio da ampla defesa, previsto no art. 5¡, LV da Constituio. O defensor (advogado ou Defensor Pblico) quem realiza a chamada defesa tcnica (a defesa prestada por profissional habilitado). Sua presena obrigatria est prevista, ainda, no art. 261 do CPP: Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser processado ou julgado sem defensor. Pargrafo nico. A defesa tcnica, quando realizada por defensor pblico ou dativo, ser sempre exercida atravs de manifestao fundamentada. (Includo pela Lei n¼ 10.792, de 1¼.12.2003) 6 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 468 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 73 Vejam que o ¤ nico trata da chamada ÒDefesa tcnica eficienteÓ, o que obriga o Defensor Pblico ou defensor dativo a prestar a defesa tcnica de maneira eficiente, e no apenas protocolar. Isso se d no em razo de preconceito tcnico da Lei para com defensores dativos e Defensores Pblicos, mas em razo de que estes no foram nomeados pelo acusado e no esto sendo pagos por este, o que poderia gerar certa displicncia. ATENÌO! O STF editou o verbete n¼ 523 de sua smula de jurisprudncia, no seguinte sentido: SòMULA 523 NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIæNCIA Sî O ANULARç SE HOUVER PROVA DE PREJUêZO PARA O RU. A Doutrina entende que esta disposio se aplica tanto defesa realizada pelo defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor constitudo pelo prprio acusado. Isso implica dizer que o Judicirio pode reconhecer a deficincia da defesa tcnica, ex officio. Isso porque seria pouco razovel exigir que a alegao de deficincia da defesa partisse do prprio defensor.7 Caso o acusado no possua defensor, o Juiz nomear um para que o defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva constituir advogado de sua confiana ou defender-se a si prprio (caso possua habilitao para isso), poder destituir o defensor nomeado pelo Juiz, A QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do CPP: Art. 263. Se o acusado no o tiver, ser-lhe- nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitao. H, portanto, duas grandes espcies de defensor do acusado: ⇒!Defensor constitudo Ð Aquele indicado pelo prprio ru ⇒!Defensor nomeado Ð Aquele indicado pelo Juiz, quando o ru no se defende. O ¤ nico deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a quem for nomeado defensor, no for pobre, ser obrigado a pagar os honorrios do defensor dativo que lhe for nomeado. Em se tratando de Defensor Pblico, embora estes no possam receber honorrios, a lei permite (LC n¡ 80/94) o recebimento de honorrios pela Instituio Defensoria Pblica, em conta prpria. Nos termos do art. 263, ¤ nico: Pargrafo nico. O acusado, que no for pobre, ser obrigado a pagar os honorrios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 7 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 470/471 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 73 A nomeao do defensor dativo no pode ser por este recusada, salvo no caso de motivo relevante. Tambm no poder o defensor abandonar o processoseno por motivo de fora maior (imperioso motivo), hiptese na qual dever comunicar PREVIAMENTE o Juiz: Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores sero obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-ris, a prestar seu patrocnio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. Art. 265. O defensor no poder abandonar o processo seno por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salrios mnimos, sem prejuzo das demais sanes cabveis. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ⇒! E se o defensor no comparecer audincia? Os ¤¤ 1¡ e 2¡ do art. 265 do CPP determinam que o defensor que no puder comparecer audincia, dever informar este fato ao Juiz, justificando a ausncia, hiptese na qual a audincia poder ser adiada. Se o defensor no justificar a impossibilidade de comparecimento, o Juiz no adiar o ato, devendo constituir outro defensor para o acusado, ainda que s para a realizao daquele ato processual8: ¤ 1o A audincia poder ser adiada se, por motivo justificado, o defensor no puder comparecer. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento at a abertura da audincia. No o fazendo, o juiz no determinar o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s para o efeito do ato. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). O art. 266 do CPP, por sua vez, determina que a constituio de defensor independe de mandato, quando o acusado o indicar no interrogatrio. Trata- se da chamada procurao apud acta: Art. 266. A constituio de defensor independer de instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasio do interrogatrio. Por fim, o defensor se encontra impedido de atuar nos processos em que atue Juiz que seja seu parente: Art. 267. Nos termos do art. 252, no funcionaro como defensores os parentes do juiz. Este parentesco restringe-se s hipteses previstas no art. 252, I do CPP. Alm disso, pode acontecer de o defensor j estar atuando no caso quando um Juiz, parente seu, assume o caso. Nessa hiptese, quem est impedido no o defensor, mas o Juiz. 8 O STJ corrobora este entendimento (HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 25/03/2014) Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 73 CUIDADO! Estar impedido quem entrar por ltimo no processo, permanecendo quem j est atuando. 1.6!Do assistente de acusao O ofendido, seu representante legal, ou qualquer das pessoas mencionadas no art. 31 do CPP (cnjuge, ascendente, descendente ou irmo) podero atuar como assistentes da acusao nas aes penais pblicas (condicionadas e incondicionadas). Nos termos do art. 268 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da ao pblica, poder intervir, como assistente do Ministrio Pblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. A interveno de qualquer destas pessoas como assistente da acusao pode se dar a qualquer momento, AT O TRåNSITO EM JULGADO DA SENTENA: Art. 269. O assistente ser admitido enquanto no passar em julgado a sentena e receber a causa no estado em que se achar. Entretanto, a admisso do assistente depende da anlise de dois fatores pelo Juiz: a) Tratar-se o requerente de um dos legitimados para figurar como assistente. b) Estar o requerente assistido por advogado ou Defensor Pblico. Alm disso, a admisso do assistente de acusao depende, sempre da oitiva prvia do membro do MP, no cabendo recurso contra a deciso que negar ou deferir a habilitao do assistente: Art. 272. O Ministrio Pblico ser ouvido previamente sobre a admisso do assistente. Art. 273. Do despacho que admitir, ou no, o assistente, no caber recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a deciso. O ofendido, aqui, no atua como autor do processo (o autor o MP), mas como assistente do MP. Assim, duas podem ser as situaes do ofendido no processo criminal: a) Atua como querelante Ð Nas aes penais privadas exclusivas e na subsidiria da pbica, o ofendido atua como autor do processo. b) Atua como assistente Ð Nas aes penais pblicas que efetivamente tiverem sido ajuizadas pelo MP. O CPP, em seu art. 270, probe que o corru (aquele que tambm acusado) no mesmo processo atue como assistente da acusao. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 73 Art. 270. O co-ru no mesmo processo no poder intervir como assistente do Ministrio Pblico. EXEMPLO: Imagine a hiptese em que duas pessoas tentaram cometer homicdio uma contra a outra simultaneamente. Sendo julgadas no mesmo processo, ambas como rs ( claro), no pode uma pretender ser assistente de acusao do MP (com vistas condenao do outro acusado). O STF e o STJ, no entanto, entendem que o corru, embora no possa se habilitar no processo como assistente de acusao, pode recorrer (apelar) para reformar a sentena que absolve o outro corru.9 1.6.1!Atuao do assistente de acusao O assistente de acusao poder atuar de inmeras maneiras, propondo provas, participando dos debates, orais, etc.. No entanto, as provas requeridas pelo assistente da acusao sero deferidas a critrio do Juiz, aps ser ouvido o MP. Nos termos do 271 e seu ¤ 1¡ do CPP: Art. 271. Ao assistente ser permitido propor meios de prova, requerer perguntas s testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, ou por ele prprio, nos casos dos arts. 584, ¤ 1o, e 598. ¤ 1o O juiz, ouvido o Ministrio Pblico, decidir acerca da realizao das provas propostas pelo assistente. A lista de atos que o assistente pode praticar est originalmente estabelecida no art. 271 do CPP, mas deve ser conjugada com outros dispositivos do CPP, como o art. 159, ¤3¼, que autoriza o assistente de acusao a indicar assistente tcnico, etc. Recentemente, com as alteraes promovidas no CPP, foi conferida ao assistente de acusao, anda, a possibilidade de requerer a priso preventiva do acusado e o desaforamento. Podemos elencar as faculdades do assistente de acusao no processo penal da seguinte forma: ⇒! Propor meios de prova Ð O MP deve ser ouvido antes de serem deferidas as provas requeridas ⇒! Requerer perguntas s testemunhas ⇒! Aditar o libelo (?) e os articulados Ð O libelo no existe mais. Era uma pea utilizada no rito do Tribunal do Jri, a fim de que o MP 9 No mesmo sentido, a Doutrina. Por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 511 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 73 adequasse a denncia ao que foi decidido pelo Juiz na pronncia10. Todavia, deixou de existir. Os articulados so quaisquer manifestaes escritas das partes. ⇒! Participar do debate oral ⇒! Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, ou por ele prprio Ð Significa que o assistente de acusao poder apresentar razes recursais11 tanto nos recursos que ele prprio interpe quanto nos recursos interpostos pelo MP. ⇒! Requerer a decretao da priso preventiva Ð Trata-se de uma faculdade prevista no art. 311 do CPP. ⇒! Requerer o desaforamento Ð O assistente pode requerer, no rito do Tribunal do jri, o desaforamento, que o deslocamento da competncia para o julgamento do caso para outra comarca, quando h risco imparcialidade dos jurados, etc. ⇒! Indicar assistente tcnico Ð A indicao de assistente tcnico nada mais que a indicao de um profissional de confiana do assistente, cuja funo acompanhar a realizao do laudo pericial (quando houver), a fim de garantir que o trabalho dos peritos judiciais est sendofeito corretamente. Alm disso, o assistente de acusao pode recorrer. Essa legitimidade recursal, todavia, considerado SUPLETIVA ou SUBSIDIçRIA. Ou seja, o assistente de acusao s pode recorrer quando o MP no tiver recorrido. O assistente pode interpor: Ø! Apelao contra sentena absolutria ou condenatria Ø! Apelao contra sentena de impronncia ou de absolvio sumria Ø! Apelao contra sentena de pronncia Ø! RESE12 contra deciso que reconhecer a extino da punibilidade Ø! Recurso contra deciso sobre priso preventiva ou medida cautelar diversa da priso13 O assistente ser intimado para todos os atos processuais. Entretanto, se devidamente intimado o assistente no comparecer, de maneira injustificada, a qualquer ato de instruo ou julgamento, o processo ir prosseguir sem que o assistente seja intimado novamente: 10 A pronncia a deciso por meio da qual o Juiz, no rito do Tribunal do Jri, encerra a primeira fase do procedimento e submete o acusado a julgamento em plenrio, por haver prova da materialidade (prova de que o crime ocorreu) e indcios suficientes de autoria. 11 So os fundamentos que o recorrente apresenta ao Tribunal para que a deciso recorrida seja reformada ou anulada. 12 Recurso em sentido estrito. Neste caso, art. 581, IX do CPP. 13 A Doutrina passou a sustentar tal possibilidade em razo da faculdade conferida ao assistente de requerer a decretao de tais medidas. Ora, se pode requerer a priso preventiva, por exemplo, deve ter o direito, tambm, de recorrer de tal deciso, caso seja indeferido o pedido. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 73 ¤ 2o O processo prosseguir independentemente de nova intimao do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instruo ou do julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado. 1.7!Dos auxiliares da Justia Os peritos e intrpretes no possuem interesse na causa (no acusam, no julgam, no so acusados), mas contribuem para que a tutela jurisdicional seja efetivamente prestada. Esto regulamentados nos arts. 275 a 281 do CPP. O CPP regulamenta a atividade dos peritos, e equipara a estes, os intrpretes. Nos termos do art. 281 do CPP: Art. 281. Os intrpretes so, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. Os peritos tambm podem ser suspeitos, de forma a no poder atuar no processo. Isso acontece porque o perito TAMBM DEVE SER IMPARCIAL. Nos termos do art. 280 do CPP: Art. 280. extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicvel, o disposto sobre suspeio dos juzes. Alm disso, o art. 279 do CPP traz trs vedaes ao exerccio da funo de perito: Art. 279. No podero ser peritos: I - os que estiverem sujeitos interdio de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Cdigo Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da percia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Entretanto, o inciso III deve ser analisado luz do Cdigo Civil de 2002, que alterou a maioridade civil para 18 anos (quando da publicao do CPP, a maioridade civil era de 21 anos). Assim, atualmente a vedao em razo da idade se d somente para os menores de 18 anos. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei (21 anos), deve ser marcada a alternativa como correta. Quanto ao inciso I, ele se refere ao art. 69, I a IV do CP. No entanto, essa referncia se d ao texto original do CP. Atualmente vigora, na parte geral do CP, a redao conferida pela Lei 7.209/84, que revogou este art. 69 do CP, conferindo a ele outra redao, que no guarda qualquer pertinncia com essa vedao. Assim, entende-se que esse inciso I perdeu vigncia. O inciso II trata de uma hiptese de impedimento, pois no caso de o perito ter prestado depoimento anteriormente no processo ou ter nele opinada, nitidamente h prejuzo sua imparcialidade. A nomeao do perito ato privativo do Juiz (bvio, dada a sua imparcialidade), no cabendo s partes intervirem nesse ato. Alm disso, o Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 73 perito nomeado no poder recusar o encargo, salvo se provar motivo relevante para isso, sob pena de multa: Art. 276. As partes no interviro na nomeao do perito. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade ser obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-ris, salvo escusa atendvel. Poder ser multado, ainda, o perito que, sem justa causa, faltar com suas obrigaes de auxiliar da Justia. Estas obrigaes esto previstas no art. 277, ¤ nico do CPP: Art. 277 (...) Pargrafo nico. Incorrer na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir intimao ou ao chamado da autoridade; b) no comparecer no dia e local designados para o exame; c) no der o laudo, ou concorrer para que a percia no seja feita, nos prazos estabelecidos. No caso de o descumprimento da obrigao ser o no comparecimento a algum ato para o qual tenha sido intimado, poder o perito ser conduzido fora, semelhana do que ocorre com o acusado. Nos termos do art. 278 do CPP: Art. 278. No caso de no-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poder determinar a sua conduo. 2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES CîDIGO DE PROCESSSO PENAL Ä Arts. 251 a 281 do CPP - Regulamentao dos sujeitos processuais no CPP: DO JUIZ Art. 251. Ao juiz incumbir prover regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a fora pblica. Art. 252. O juiz no poder exercer jurisdio no processo em que: I - tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito; II - ele prprio houver desempenhado qualquer dessas funes ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo; IV - ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consangneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253. Nos juzos coletivos, no podero servir no mesmo processo os juzes que forem entre si parentes, consangneos ou afins, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 73 Art. 254. O juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia; III - se ele, seu cnjuge, ou parente, consangneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl - se for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Art. 255. O impedimento ou suspeio decorrente de parentesco por afinidade cessar pela dissoluo do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, no funcionar como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. Art. 256. A suspeio no poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la. CAPêTULO II DO MINISTRIO PòBLICOArt. 257. Ao Ministrio Pblico cabe: (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). I - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma estabelecida neste Cdigo; e (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). II - fiscalizar a execuo da lei. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 258. Os rgos do Ministrio Pblico no funcionaro nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cnjuge, ou parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicvel, as prescries relativas suspeio e aos impedimentos dos juzes. CAPêTULO III DO ACUSADO E SEU DEFENSOR Art. 259. A impossibilidade de identificao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos no retardar a ao penal, quando certa a identidade fsica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execuo da sentena, se for descoberta a sua qualificao, far-se- a retificao, por termo, nos autos, sem prejuzo da validade dos atos precedentes. Art. 260. Se o acusado no atender intimao para o interrogatrio, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, no possa ser realizado, a autoridade poder mandar conduzi-lo sua presena. Pargrafo nico. O mandado conter, alm da ordem de conduo, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicvel. Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser processado ou julgado sem defensor. Pargrafo nico. A defesa tcnica, quando realizada por defensor pblico ou dativo, ser sempre exercida atravs de manifestao fundamentada. (Includo pela Lei n¼ 10.792, de 1¼.12.2003) Art. 262. Ao acusado menor dar-se- curador. Art. 263. Se o acusado no o tiver, ser-lhe- nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitao. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 73 Pargrafo nico. O acusado, que no for pobre, ser obrigado a pagar os honorrios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores sero obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-ris, a prestar seu patrocnio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. Art. 265. O defensor no poder abandonar o processo seno por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salrios mnimos, sem prejuzo das demais sanes cabveis. (Redao dada pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 1o A audincia poder ser adiada se, por motivo justificado, o defensor no puder comparecer. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). ¤ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento at a abertura da audincia. No o fazendo, o juiz no determinar o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s para o efeito do ato. (Includo pela Lei n¼ 11.719, de 2008). Art. 266. A constituio de defensor independer de instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasio do interrogatrio. Art. 267. Nos termos do art. 252, no funcionaro como defensores os parentes do juiz. CAPêTULO IV DOS ASSISTENTES Art. 268. Em todos os termos da ao pblica, poder intervir, como assistente do Ministrio Pblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente ser admitido enquanto no passar em julgado a sentena e receber a causa no estado em que se achar. Art. 270. O co-ru no mesmo processo no poder intervir como assistente do Ministrio Pblico. Art. 271. Ao assistente ser permitido propor meios de prova, requerer perguntas s testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, ou por ele prprio, nos casos dos arts. 584, ¤ 1o, e 598. ¤ 1o O juiz, ouvido o Ministrio Pblico, decidir acerca da realizao das provas propostas pelo assistente. ¤ 2o O processo prosseguir independentemente de nova intimao do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instruo ou do julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado. Art. 272. O Ministrio Pblico ser ouvido previamente sobre a admisso do assistente. Art. 273. Do despacho que admitir, ou no, o assistente, no caber recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a deciso. CAPêTULO V DOS FUNCIONçRIOS DA JUSTIA Art. 274. As prescries sobre suspeio dos juzes estendem-se aos serventurios e funcionrios da justia, no que Ihes for aplicvel. CAPêTULO VI DOS PERITOS E INTRPRETES Art. 275. O perito, ainda quando no oficial, estar sujeito disciplina judiciria. Art. 276. As partes no interviro na nomeao do perito. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 73 Art. 277. O perito nomeado pela autoridade ser obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-ris, salvo escusa atendvel. Pargrafo nico. Incorrer na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir intimao ou ao chamado da autoridade; b) no comparecer no dia e local designados para o exame; c) no der o laudo, ou concorrer para que a percia no seja feita, nos prazos estabelecidos. Art. 278. No caso de no-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poder determinar a sua conduo. Art. 279. No podero ser peritos: I - os que estiverem sujeitos interdio de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Cdigo Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da percia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Art. 280. extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicvel, o disposto sobre suspeio dos juzes. Art. 281. Os intrpretes so, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. CONSTITUIÌO FEDERAL Ä Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no que tange ao penal pblica: Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico: I - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei; 3! SòMULAS PERTINENTES 3.1!Smulas do STF Ä Smula 208 do STF: Estabelece a ilegitimidade do assistente de acusao para recorrer contra deciso que concede habeas corpus. H quem sustente que este enunciado de smula ficou ultrapassado aps as alteraes da Lei 12.403/11, j que o assistente de acusao passou a ter legitimidade para requerer, dentre outras coisas, a priso preventiva do acusado, o que lhe conferiria legitimidade para impugnar eventual deciso concessiva de habeas corpus: Smula 208 do STF - ÒO assistente do Ministrio Pblico no pode recorrer, extraordinariamente, de deciso concessiva de habeas corpus.Ó Ä Smula 210 do STF: Trata da legitimidade do assistente de acusao para recorrer: Smula 210 do STF: ÒÒO assistente do Ministrio Pblico pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ao penal, nos casos dos arts. 584, pargrafo 1o, e 598 do Cdigo de Processo Penal.Ó Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 73 Ä Smula 448 do STF: Estabelece o incio da fluncia do prazo para que o assistente de acusao interponha seu recurso supletivo (caso no haja recurso do MP): Smula 448 do STF - ÒO prazo para o assistente recorrer, supletivamente, comea a correr imediatamente aps o transcurso do prazo do Ministrio Pblico.Ó Ä Smula 523 do STF: Estabelece que a presena do defensor no processo criminal obrigatria, e decorre do princpio da ampla defesa (defesa tcnica). A defesa deve,ainda, ser eficiente. A falta de defesa constitui nulidade absoluta, enquanto a sua deficincia causa de nulidade relativa: Smula 523 do STF - ÒNo processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficincia s o anular se houver prova de prejuzo para o ru.Ó 3.2!Smulas do STJ Ä Smula 234 do STJ: O STJ sumulou entendimento no sentido de que o fato de o membro do MP ter atuado na fase investigatria no gera suspeio ou impedimento para atuao no processo penal: Smula 234 do STJ Ð ÒA participao de membro do Ministrio Pblico na fase investigatria criminal no acarreta o seu impedimento ou suspeio para o oferecimento da denncia.Ó 4! RESUMO Para finalizar o estudo da matria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugesto a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao incio da aula seguinte, como forma de ÒrefrescarÓ a memria. Alm disso, segundo a organizao de estudos de vocs, a cada ciclo de estudos fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informao, no deixem de retornar aula. SUJEITOS PROCESSUAIS Conceito - Pessoas que atuam, de maneira obrigatria ou no, no processo criminal. ¥! Sujeitos essenciais Ð Necessariamente devem fazer parte do processo criminal. So apenas trs: Juiz, acusador (MP ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste. ¥! Sujeitos acessrios (no essenciais) Ð No necessariamente atuaro no processo. Exemplo: Assistente de acusao. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 73 JUIZ Conceito - O sujeito processual, na verdade, o Estado-Juiz, que atua no processo atravs de um rgo jurisdicional, que o Juiz criminal. Poderes: ¥! Poder de polcia administrativa Ð Exercido no curso do processo, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. ¥! Poder Jurisdicional Ð Relativo conduo do processo, no que toca atividade-fim da Jurisdio (instruo, decises interlocutrias, prolao da sentena, execuo das decises tomadas, etc.). Dividem- se em: b.1) Poderes-meio (atos cuja prtica atingir uma outra finalidade Ð a prestao da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinatrios e instrutrios; b.2) Poderes-fins (que so relacionados prestao da efetiva tutela jurisdicional e seu cumprimento), dividindo-se em atos decisrios (dizem o direito, condenando, absolvendo, etc.) e atos executrios (colocam em prtica o que foi decidido). IMPEDIMENTO E SUSPEIÌO Situaes capazes de afetar a imparcialidade do Juiz. IMPEDIMENTO E SUSPEIÌO DO JUIZ ESPCIE HIPîTESES OBSERVAÍES IMPEDIMENTO §! Tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito. §! O prprio Juiz houver desempenhado qualquer dessas funes (anteriores) ou servido como testemunha. §! O prprio Juiz tiver atuado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo. §! O prprio Juiz ou seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for parte OBS.: Presuno absoluta de parcialidade. Rol taxativo. OBS.: Juiz tem o dever de se declarar impedido, no podendo atuar no processo. Se no o fizer, qualquer das partes poder arguir seu impedimento. OBS.: Doutrina v como ato inexistente. Jurisprudncia v como nulidade absoluta. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 73 ou diretamente interessado no feito. SUSPEIÌO §! Se for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. §! Se o Juiz, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. §! Se o Juiz, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes. §! Se o Juiz tiver aconselhado qualquer das partes. §! Se o Juiz for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes. §! Se o Juiz for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. OBS.: Presuno relativa de imparcialidade do Juiz. OBS.: Juiz no est obrigado a se declarar suspeito. OBS.: A suspeio no pode ser declarada, nem reconhecida, quando a parte criar o motivo para alega-la (propositalmente). OBS.: Jurisprudncia v como nulidade relativa (controvrsia na Doutrina). ATENÌO! A suspeio ou o impedimento em decorrncia de parentesco por afinidade (parentesco que no de sangue) cessa com a dissoluo do casamento que fez surgir o parentesco. EXCEÍES: §! Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeio no se extingue em hiptese nenhuma. §! Havendo ou no filhos da relao, o impedimento ou suspeio permanece em relao a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado. OBS.: Aplicam-se aos serventurios e funcionrios da Justia as prescries sobre suspeio dos Juzes. MINISTRIO PòBLICO Conceito Ð rgo responsvel por desempenhar as funes do Estado- acusador no processo. Pode atuar de duas formas: §! Como autor da ao (ao penal pblica) §! Como fiscal da Lei Suspeio e impedimento Mesmas hipteses de suspeio e impedimento previstas para os Juzes, no que for cabvel. Alm disso, no podero atuar nos processos em que o juiz ou Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 73 qualquer das partes for seu cnjuge, ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive. OBS.: O fato de o membro do MP ter atuado na fase investigatria no gera suspeio ou impedimento (verbete n¼ 234 da smula de jurisprudncia do STJ). ACUSADO §! Aquele que figura no polo passivo da ao penal §! A identificao do acusado deve ser feita da forma mais ampla possvel. A impossibilidade de identificao do acusado por seu nome civil, contudo, no impede o prosseguimento da ao, quando CERTA a identidade fsica. §! Deve comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e, caso no comparea a algum ato que no possa ser realizado sem ele, o Juiz poder determinar sua conduo fora Ð Divergncia doutrinria quanto constitucionalidade desta previso. Direitos do acusado: §! No produzir prova contra si mesmo §! Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente §! Direito ao contraditrio e ampla defesa §! Direito entrevista prvia e reservada com seu defensor DEFENSOR DO ACUSADO A presena do defensor no processo criminal obrigatria, e decorre do princpio da ampla defesa (defesa tcnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente. SòMULA 523 DO STF NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIæNCIA Sî O ANULARç SE HOUVER PROVA DE PREJUêZO PARA O RU. OBS.: Doutrina entende que o Judicirio pode reconhecer a deficincia da defesa tcnica, ex officio. Acusado no nomeia defensor Ð Juiz nomear um para atuar em seu favor. Se no for pobre, ser obrigado a pagar os honorrios do defensor dativo que lhe for nomeado. Acusado poder, posteriormente, desconstituir o advogado nomeado pelo Juiz e constituir outro, de sua confiana? Sim. Defensor nomeado pode recusar atuao? Somente em caso de motivo relevante. Defensor nomeado pode abandonar a causa? Sim, por motivo imperioso, mas deve comunicar previamente ao Juiz. Defensor constitudo precisa apresentar procurao? Em regra, sim,salvo quando o acusado o indicar em seu interrogatrio (procurao apud acta). Impossibilidade de atuao Ð No podem atuar como defensor do acusado os parentes do Juiz (mesmas hipteses do art. 252, I do CPP). Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 73 ASSISTENTE DE ACUSAÌO Conceito Ð Trata-se da figura do ofendido (ou seu representante legal) ou seus sucessores, que podero atuar na ao penal pblica como assistentes do MP (no sero autores da ao penal). Caractersticas: §! Deve ocorrer durante o processo Ð Entre o recebimento da denncia e o trnsito em julgado §! Deve o requerente estar assistido por profissional habilitado (advogado ou defensor pblico) §! MP deve ser previamente ouvido §! Deciso de deferimento ou indeferimento do pedido IRRECORRêVEL (Cabe MS, caso indeferido o requerimento). OBS.: O corru (aquele que tambm acusado) no pode atuar como assistente da acusao (em relao aos outros rus). Contudo, pode recorrer da sentena que absolve os demais rus. Assistente pode ⇒! Propor meios de prova ⇒! Requerer perguntas s testemunhas ⇒! Aditar os articulados ⇒! Participar do debate oral ⇒! Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico, ou por ele prprio ⇒! Requerer a decretao da priso preventiva ⇒! Requerer o desaforamento ⇒! Indicar assistente tcnico Legitimidade recursal do assistente Ð Trata-se de legitimidade recursal SUPLETIVA ou SUBSIDIçRIA, ou seja, s pode recorrer quando o MP no tiver recorrido. O assistente pode interpor: Ø! Apelao contra sentena absolutria ou condenatria Ø! Apelao contra sentena de impronncia ou de absolvio sumria Ø! Apelao contra sentena de pronncia Ø! RESE contra deciso que reconhecer a extino da punibilidade Ø! Recurso contra deciso sobre priso preventiva ou medida cautelar diversa da priso AUXILIARES DA JUSTIA Os peritos e intrpretes devem ser imparciais, pois no possuem interesse na causa. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 73 Estende-se aos peritos (e aos intrpretes) as mesmas regras de suspeio dos Juzes. Vedaes ao exerccio da funo de perito No podem exercer a funo: §! Aqueles que estiverem sujeitos interdio de direito §! Aqueles que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da percia §! Os analfabetos e os menores de 21 anos Ð Atualmente, com a maioridade civil aos 18 anos, esse dispositivo deve ser adaptado nova maioridade civil. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei, deve ser marcado como correta a idade de 21 anos. Observaes: §! Nomeao do perito ato privativo do Juiz §! As partes no podem intervir na nomeao §! Perito no pode recusar a nomeao, salvo se provar motivo relevante §! Perito que faltar com suas obrigaes pode ser multado §! Perito pode ser conduzido fora caso no comparea a algum ato para o qual foi intimado Bons estudos! Prof. Renan Araujo 5! LISTA DE EXERCêCIOS 01.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE) Ministrio Pblico compete, de acordo com o art. 257 do CPP, fiscalizar a execuo da lei e promo-ver, privativamente, a ao penal a) pblica. b) pblica incondicionada, e manifestar--se como custos legis, nas aes penais pblicas condi-cionadas. c) privada, quando houver representao da vtima d) pblica condicionada, e manifestar--se como custos legis, nas aes penais pblicas incondicionadas. e) pblica e, quando houver representao da vtima, promover em seu nome a ao penal privada 02.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA) Imagine que durante o curso de processo penal, e tendo como objetivo afastar o juiz da causa, o rgo do Ministrio Pblico ou o defensor do acusado maneje Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 73 uma queixa crime contra o juiz, a fim de buscar configurar uma inimizade capital. Nessa hiptese, a suspeio (CPP, art. 256) a) no poder ser declarada e nem reconhecida. b) dever ser reconhecida, impondo-se multa parte que provocou a situao. c) dever ser reconhecida, impondo-se o afastamento do processo e/ou multa parte que provocou a situao. d) no poder ser declarada, apenas reconhecida. e) no poder ser reconhecida, apenas declarada. 03.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) Nos termos do art. 252 do CPP, o juiz no poder exercer jurisdio no processo em que (A) ele prprio ou seu cnjuge ou seu irmo for amigo ntimo de qualquer das partes. (B) for parte entidade associativa ou de classe da qual faa ou tenha feito parte. (C) seu amigo ntimo for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das partes. (D) tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo. (E) ele prprio ou seu cnjuge ou parente em linha reta ou colateral at o terceiro grau tiver servido como testemunha. 04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð ESCREVENTE JUDICIçRIO) ÒNenhum acusado, ser processado ou julgado sem defensor.Ó Assinale a alternativa que preenche, adequada e completamente, a lacuna, nos termos do art. 261 do CPP. (A) com exceo do foragido (B) com exceo do ausente ou foragido (C) com exceo do ausente (D) ainda que ausente (E) ainda que ausente ou foragido 05.! (VUNESP Ð 2007 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Analise as afirmaes: I. Estendem-se aos escreventes judicirios as regras de suspeio dos juzes. II. O juiz no poder exercer a jurisdio em processo em que ele prprio tiver servido como testemunha. III. O juiz dar-se- por suspeito se for vizinho do ru. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 73 Est correto o contido apenas em A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) I. E) II. 06.! (VUNESP Ð 2006 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Para manter a justa aplicao da lei penal, o Juiz poder A) intervir nas funes policiais de investigao. B) requisitar fora policial. C) nomear, por iniciativa prpria, assistentes tcnicos para o acompanhamento dos exames periciais. D) avocar o inqurito policial. E) designar novo promotor para a causa. 07.! (VUNESP Ð 2006 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) So causas de suspeio judicial: I. amizade ntima com o ru; II. inimizade capital com o Ministrio Pblico; III. aconselhamento ao ru ou ao Ministrio Pblico. Est correto o contido em A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) I, II e III. 08.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Nos termos do art. 257 do CPP cabe, ao Ministrio Pblico, I. promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma estabelecida no CPP. II. buscar a condenao dos indiciados em inqurito policial; III. fiscalizar a execuo da lei. correto o que se afirma em A) I e II, apenas. B) II e III, apenas. C) I e III, apenas. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 73 D) I, II e III. E) I, apenas. 09.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) O CPP (art. 261) admite que seja o acusado processado ou julgado sem defensor? A) Sim, apenas o foragido. B) No. C) Sim, o foragido, o ausente e o revel. D) Sim, apenas o ausente. E) Sim, apenas o revel. 10.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE/MT Ð DEFENSOR PòBLICO) Fica caracterizada a causa legal de suspeio do magistrado no processo penal: A) se o magistrado for enteado de uma das partes no processo, ainda que o casamento que tenha originado esta relao de parentesco por afinidade tenha sido dissolvido. B) se o parente, consanguneo ou afim, at o terceiro grau, inclusive, do magistrado, estiverrespondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. C) se o parente do magistrado, consanguneo ou afim, at o quarto grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes. D) se tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o quarto grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar da justia ou perito. 11.! (VUNESP Ð 2010 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Normatiza o art. 274 do Cdigo de Processo Penal: as prescries sobre suspeio dos juzes estendem-se aos serventurios e funcionrios da justia, no que lhes for aplicvel. Nos exatos termos do art. 254 do mesmo Cdigo de Processo Penal, o juiz considerado suspeito se I. for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; II. tiver aconselhado qualquer das partes; III. tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando- se, de fato ou de direito, sobre a questo. correto o que se afirma em A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 73 D) II e III, apenas. E) I, II e III. 12.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Considere as seguintes assertivas: I. a suspeio no poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la II. nos juzos coletivos, no podero servir no mesmo processo os juzes que forem entre si parentes, consanguneos ou afins, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive; III. o juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes, se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. correto o que se afirma em A) III, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. 13.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Considere as seguintes assertivas: I. a suspeio no poder ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la; II. nos juzos coletivos, no podero servir no mesmo processo os juzes que forem entre si parentes, consanguneos ou afins, em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive; III. o juiz dar-se- por suspeito, e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes, se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. correto o que se afirma em A) III, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 73 14.! (VUNESP Ð 2004 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE) Considera-se impedido de atuar o juiz (A) parcial, nos termos do artigo 252 do Cdigo de Processo Penal. (B) inabilitado, situao que deve ser analisada no caso concreto. (C) incompetente, nos termos da lei. (D) amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. (E) suspeito, nos termos do artigo 254 do Cdigo de Processo Penal. 15.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) O juiz no poder exercer jurisdio no processo em que (A) ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o quinto grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. (B) ele no houver funcionado como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar de justia, perito ou servido como testemunha. (C) tiver funcionado seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o quinto grau, inclusive, como defensor ou advogado, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar de justia ou perito. (D) tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo. (E) ele prprio ou seu cnjuge ou parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at o quarto grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 16.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) O serventurio ou funcionrio da justia dar-se- por suspeito e, se no o fizer, poder ser recusado por qualquer das partes, (A) se ele, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o quinto grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes. (B) se ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. (C) se ele, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o quarto grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes. (D) se no for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer deles. (E) se ele, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 73 17.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO) Se por ocasio do interrogatrio o acusado indica seu defensor (advogado), o qual no traz por escrito o instrumento de mandato (procurao), (A) dever o juiz nomear defensor pblico ao acusado. (B) referida constituio vlida, no sendo necessria outra providncia de regularizao. (C) dever o advogado providenciar a juntada do instrumento de mandato no prximo ato processual que realizar. (D) dever o juiz conceder prazo de 2 (dois) dias, a fim de que a representao processual seja regularizada. (E) dever o juiz declarar o acusado indefeso, intimando-o a indicar por escrito novo defensor no prazo de 2 (dois) dias. 18.! (FCC Ð 2015 Ð TRE/SE Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA ADMINISTRATIVA) Manoel e Joaquim esto sendo processados acusados da prtica de crime de concusso contra a vtima Jos. No curso da ao penal, Jos pretende intervir como Assistente do Ministrio Pblico, assim como o corru Joaquim. Nos termos preconizados pelo Cdigo de Processo Penal, (A) o despacho que no admitir o assistente recorrvel atravs de recurso em sentido estrito. (B) o corru no poder intervir como assistente do Ministrio Pblico. (C) o assistente ser admitido enquanto no for prolatada a sentena em primeiro grau e receber a causa no estado em que se achar. (D) o Ministrio Pblico no ser ouvido previamente sobre a admisso do assistente. (E) ao assistente no permitido propor meios de prova. 19.! (FCC Ð 2015 Ð TRE-AP Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA JUDICIçRIA) No processo Z, Mrcio, magistrado curador do autor. No processo Y, Joo acionista de sociedade interessada no referido processo. Nestes casos, no processo Z e no processo Y haver a (A) suspeio de Mrcio e impedimento de Joo. (B) impedimento de Mrcio e suspeio de Joo. (C) suspeio de ambos os magistrados. (D) impedimento de ambos. (E) somente impedimento de Joo. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 73 20.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) No que concerne ao acusado e seu defensor, nos termos preconizados pelo Cdigo de Processo Penal, correto afirmar: A) A impossibilidade de identificao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos retardar a ao penal, ainda que certa a identidade fsica. B) A constituio de defensor depender de instrumento de mandato, ainda que oacusado o indicar por ocasio do interrogatrio. C) Incumbe ao defensor provar o impedimento em at 24 horas da abertura da audincia e, no o fazendo, o juiz no determinar o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s para o efeito do ato. D) Se o acusado no o tiver, ser-lhe- nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, at a prolao da sentena de primeiro grau, nomear outro de sua confiana, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitao. E) O defensor no poder abandonar o processo seno por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salrios mnimos, sem prejuzo das demais sanes cabveis. 21.! (FCC - 2011 - TRF - 1» REGIÌO - TCNICO JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) O acusado NÌO A) o sujeito passivo da pretenso punitiva. B) parte na relao processual. C) ser considerado culpado at o trnsito em julgado da sentena penal condenatria. D) ter direito a defensor se estiver ausente ou foragido. E) tem o direito de permanecer calado, cumprindo-lhe prestar todos os esclarecimentos solicitados pelo juiz. 22.! (FCC - 2010 - TCE-AP - PROCURADOR) No que concerne aos sujeitos processuais, correto afirmar que A) suspeito o juiz que for amigo ntimo ou inimigo capital do defensor do acusado. B) cabvel recurso em sentido estrito da deciso que no admite o assistente do Ministrio Pblico. C) ocorre suspeio do juiz, se este for administrador de sociedade interessada no processo. D) poder ser perito no processo aquele que tiver opinado anteriormente sobre o objeto da percia, desde que tal ressalva conste do prembulo do laudo. E) a defesa tcnica, quando realizada por defensor pblico ou constitudo, ser sempre exercida atravs de manifestao fundamentada. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 73 23.! (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURêDICO) NÌO ocorre suspeio nos casos em que o juiz A) for devedor de qualquer das partes. B) for amigo ntimo ou inimigo capital do defensor do acusado. C) estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. D) tiver aconselhado qualquer das partes. E) for administrador de sociedade interessada no processo. 24.! (FCC - 2006 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) A respeito do assistente do Ministrio Pblico correto afirmar que A) o co-ru no mesmo processo poder intervir como assistente. B) no ser permitido ao assistente propor meios de prova. C) no caber recurso do despacho que admitir ou no o assistente. D) o assistente ser admitido at a sentena de primeira instncia. E) o assistente poder ser admitido sem prvia oitiva do Ministrio Pblico. 25.! (FCC - 2006 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA - EXECUÌO DE MANDADOS) A respeito do acusado e de seu defensor, correto afirmar: A) A constituio do defensor s poder ser feita por instrumento de mandato, ainda que o acusado o indicar por ocasio do interrogatrio. B) Se o acusado for advogado e estiver foragido, poder ser processado e julgado sem defensor. C) No poder funcionar como defensor o parente do juiz, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive. D) A impossibilidade de identificao do acusado, com seu verdadeiro nome e outros dados qualificativos, impedir a propositura da ao penal, ainda que certa a identidade fsica. E) Se o ru no o tiver, ser nomeado defensor pelo juiz, no podendo o mesmo, antes da sentena, constituir outro de sua confiana. 26.! (FCC - 2010 - MPE-RN - AGENTE ADMINISTRATIVO) Em relao ao processo penal, correto afirmar que A) a impossibilidade de identificao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos no retardar a ao penal, quando certa a identidade fsica. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 73 B) no cabe ao Ministrio Pblico a fiscalizao da execuo da lei quando for parte na ao penal. C) o rgo do Ministrio Pblico no funcionar nos processos em que o juiz for seu parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o quarto grau, inclusive. D) no se aplicam aos rgos do Ministrio Pblico as prescries relativas s suspeies e impedimentos dos juzes. E) o Ministrio Pblico no pode requerer a volta do inqurito policial autoridade policial para novas diligncias, uma vez que ele tem competncia para promov- las pessoalmente. 27.! (FCC - 2009 - TJ-SE - TCNICO JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) funo do Ministrio Pblico, no Processo Penal: A) Promover a ao penal pblica, condicionada e incondicionada. B) Promover a ao penal privada, se a vtima no o fizer no prazo legal. C) Promover apenas a ao penal pblica incondicionada. D) Desistir da ao penal em curso quando no houver interesse pblico. E) Promover o andamento da ao penal no caso de inrcia do Juiz. 28.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) Se o Assistente da Acusao deixar de comparecer a qualquer ato de instruo ou do julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado, A) o juiz o declarar revel. B) o juiz designar nova data para o ato, intimando o assistente. C) o processo prosseguir independentemente de nova intimao deste. D) o processo ser sumariamente arquivado. E) o ato ser realizado e o assistente ser intimado para os prximos atos do processo. 29.! (FCC - 2007 - TRF-2R - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) A suspeio do juiz no poder ser declarada nem reconhecida, quando A) o juiz for scio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. B) o juiz for amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. C) o juiz tiver aconselhado qualquer das partes D) a parte injuriar o juiz ou de propsito der motivo para cri-la. E) ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 73 30.! (FCC - 2007 - TRE-PB - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA JUDICIçRIA) O juiz no poder exercer jurisdio no processo A) se seu ascendente ou descendente estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. B) em que seu parente consangneo em linha reta de quarto grau for parte ou diretamente interessado no feito. C) em que for amigo ntimo, bem como credor ou devedor de qualquer das partes. D) se seu cnjuge estiver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia. E) em que tiver funcionado parente afim em linha colateral de terceiro grau como rgo do Ministrio Pblico 31.! (FCC Ð 2014 Ð TRF 3 Ð TCNICO JUDICIçRIO) Aurea, vtima do delito de trfico internacional de pessoa, para fim de explorao sexual, foi admitida como assistente de acusao no curso de ao penal. Nesta qualidade, NÌO poder. a) recorrer da sentena absolutria se o Ministrio Pblico no o fizer. b) requerer perguntas s testemunhas, no curso da instruo processual. c) aditar a denncia formulada pelo Ministrio Pblico. d) indicar assistente tcnico. e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministrio Pblico. 32.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO) Aos auxiliares da justia (peritos e intrpretes) NÌO so aplicveis as regras previstas no Cdigo de Processo Penal relativas a a) suspeio e impedimento. b) priso em flagrante. c) crimes de responsabilidade de funcionrios pblicos. d) exceo de incompetncia. e) nulidades. 33.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð JUIZ) O juiz
Compartilhar