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BIOGEOGRAFIA Matéria Completa - Unisa

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BIOGEOGRAFIA 
Ciência que estuda os padrões de distribuição dos seres vivos pela biosfera através do tempo.
 
Biogeografia: mitos de criação 
 Toda sociedade tem o seu mito de criação 
 Surgem comparações entre a distribuição dos seres vivos hoje e a distribuição por ocasião da sua criação. 
 Hipóteses são elaboradas para explicar as diferenças encontradas. 
 
Biogeografia: histórias bíblicas 
 Criação do ser humano; 
 Criação dos demais seres vivos; 
 O dilúvio e a arca de Noé; 
 A torre de Babel. 
 
Biogeografia: criação do ser humano 
 Como os descendentes de Adão e Eva se dispersaram pelo mundo? 
 
Biogeografia: criação dos demais seres vivos 
 Como os demais animais e as plantas se dispersaram pelo mundo? 
 
Biogeografia: o dilúvio e a arca de Noé 
 Como os seres vivos (incluindo os humanos) se dispersaram pelo mundo? 
 
Biogeografia: a torre de Babel 
 Como a partir da torre de Babel os seres humanos se dispersaram pelo mundo? 
 
Biogeografia desvinculada da teologia 
 Percepção de que tanto os seres vivos quanto o planeta estão em constante mutação. 
 
Biogeografia desvinculada da teologia 
 Isto ocorre devido a dois mecanismos: 
 
 – Evolução; 
 – Tectônica de placas. 
 
Biogeografia e evolução 
 Evolucionistas pré-darwinistas (final do século XVIII e início do século XIX): 
 
– Erasmus Darwin, 
– Jean-Baptiste Lamarck, 
– Auguste de Saint-Hilaire, 
– Robert Chambers. 
 
• Darwin observou que: 
– Variações individuais existem no nível das espécies e das populações. 
– Todos os organismos produzem mais descendentes do que aqueles que irão sobreviver até a maturidade, já que normalmente 
as populações permanecem razoavelmente constantes. 
 
• Darwin concluiu que: 
– A competição ou luta pela sobrevivência elimina muitos indivíduos. 
– Indivíduos que sobrevivem transmitem suas características para futuras gerações. 
 
Biogeografia e tectônica de placas 
 
• Alfred Wegener (1912) observou que: 
– Muitos padrões de fenômenos geológicos e biológicos não se adequavam à moderna geografia. 
– Tais dificuldades desapareceriam caso se admitisse que em algum momento os continentes estiveram dispostos de forma 
adjacente. 
 
• Alfred Wegener propôs que: 
– Todos os continentes atuais foram originalmente parte de um super continente denominado Pangéia. 
– Diferentes blocos separaram-se, flutuando como icebergs. 
– Nasceu assim a teoria da deriva continental. 
 
• Na década de 1960 surgem evidências da movimentação dos continentes: 
– Dados relativos à expansão do assoalho oceânico; 
– Dados paleomagnéticos. 
– A deriva continental transforma-se na teoria da tectônica de placas (Harry Hess). 
 
• O planeta está dividido em: 
– Sete placas maiores (Africana, Euro-Asiática, Indo-Australiana, Norte-Americana, Sul-Americana, Pacífica e Antártica); 
– Diversas placas menores. 
 
• As placas podem conter: 
– Continentes e partes de oceanos; 
– Somente assoalho oceânico. 
 
• As placas são separadas por: 
– Cadeias vulcânicas formadoras de novo assoalho oceânico (zonas de divergência); 
– Fossas oceânicas onde o assoalho oceânico desaparece (zonas de convergência). 
 
• As placas se movimentam umas contra as outras sobre a camada do manto denominada astenosfera, a uma velocidade de alguns 
centímetros por ano. 
 
Padrões de biodiversidade 
 
Megadiversidade 
• Termo que designa os países mais ricos em biodiversidade do mundo. 
• O número de plantas endêmicas é o principal critério. 
• Outros critérios incluem o número de espécies endêmicas em geral, e o número total de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. 
 
Causas da alta biodiversidade nas regiões tropicais 
• Hipótese da estabilidade climática (favorece a evolução e diminui as extinções). 
• Hipótese da especialização das espécies (nichos ecológicos mais reduzidos e especializados). 
• Hipótese da competição/parasitismo (populações reduzidas). 
• Hipótese da superfície (maior área); 
• Hipótese da heterogeneidade espacial (maior heterogeneidade do hábitat). 
• Hipótese da energia/produtividade primária (maior produtividade primária). 
 
Zonas críticas para a conservação (hotspots) 
• Grande diversidade de espécies de diferentes táxons (pelo menos 1.500 espécies vegetais). 
• Mais de 70% da área original alterada. 
• São centros de biodiversidade. 
• 25 zonas críticas para a conservação no mundo; 
• Representam 1,4% da superfície terrestre; 
• 2 zonas críticas para a conservação no Brasil. 
• 8 zonas críticas para a conservação = 3,5% da superfície de florestas; 
• 8 zonas críticas para a conservação = 13% das espécies endêmicas. 
 
Ameaças aos Recursos Naturais 
 
Desmatamento: o caso das florestas tropicais 
• Representam 6% da superfície da Terra. 
• Abrigam mais de 50% das espécies conhecidas de plantas e de animais. 
• Perde-se 180.000Km2 por ano (2,1%): 
– 100.000km2 degradados 
– 80.000Km2 destruídos: 
• 28% para produção de lenha 
• 50% para corte seletivo de madeira 
• 22% para criação de gado 
 
Fragmentação de habitats 
• Interrupção do fluxo gênico; 
• Maximização do chamado efeito de borda. 
 
Fragmentação: fluxo gênico 
• A fragmentação pode interromper o fluxo de indivíduos de uma mesma espécie entre as duas manchas de mata resultantes. 
 
Fragmentação: efeito de borda 
• Efeito que ocorre naturalmente devido à existência de uma área de borda ao redor de qualquer ambiente. 
• Os fatores bióticos e abióticos que ocorrem na borda tendem a ser diferentes dos que ocorrem na área central. 
 
Fragmentação: consequências do efeito de borda 
• Aumento nos níveis de temperatura, umidade, luz e vento; 
• Maior frequência de incêndios; 
• Aumento da competição pela presença de espécies generalistas; 
• Invasão de espécies exóticas e nativas ruderais; 
– Intercâmbio de zoonoses com espécies domésticas e com o homem. 
 
Fragmentação: efeito de borda 
• Com a fragmentação do ambiente, o centro de cada fragmento fica cada vez mais próximo da borda. 
• A fragmentação: 
– Aumenta a área de borda em relação à área do habitat; 
– Maximiza o efeito de borda. 
 
Represamento: a problemática das hidrelétricas 
 
Represamento: problemas durante a instalação 
• Represamento das águas do rio; 
• Inundação de cidades e aldeias; 
• Deslocamento de populações ribeirinhas; 
• Inundação de matas; 
• Morte e deslocamento da fauna. 
 
Represamento: problemas durante o funcionamento 
• Redução da velocidade da água (36% na bacia do Paraná); 
• Redução do volume de sedimentos em suspensão (70% na bacia do Paraná); 
• Aumento da transparência das águas; 
• Aumento da taxa de predação de certas espécies; 
• Proliferação de algas (maior alcance da luz solar); 
• Desequilíbrio na comunidade aquática; 
• Diminuição da diferença entre os níveis máximos de água durante a seca e a cheia; 
• Falta de conexão do rio com lagoas onde os peixes desovam; 
• Criação de marés diárias, ampliando efeito da erosão nas margens (200% na bacia do Paraná). 
 
Mudanças climáticas globais: o efeito estufa 
 
PRINCIPAIS GASES DE EFEITO ESTUFA 
– Dióxido de carbono - CO2, 
– Metano - CH4, 
– Óxido nitroso - N2O, 
– Vapor d’água - H2O, 
– Clorofluorcarbonos - CFCl3 
 
AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DE CO2: 
CURVA DE KEELING 
• Aumento de 280ppm para 345ppm em 150 anos; 
• Hoje já ultrapassou a casa das 380ppm. 
 
QUANTO A TEMPERATURA MÉDIA DO PLANETA DEVE AUMENTAR? 
• Em um século a temperatura deve aumentar entre 2 e 6ºC. 
 
PERDA DE HABITAT: O CASO DO URSO POLAR 
• O derretimento do gelo leva a afogamentos. 
• Sofrem com a falta de alimento (canibalismo). 
• Muitos filhotes não atingem a maturidade sexual. 
• A população de Western Hudson Bay, Canada, declinou de 1200 animais (1987) para 1100 animais (1995) e para 950 animais 
(2004). 
• Estimativas indicam que até 2050, 2/3 dos ursos polares terãodesaparecido. 
 
A importância da camada de ozônio 
• A emissão de clorofluorcarbonos (CFCs) está reduzindo a camada de ozônio, levando a um aumento da radiação UV (redução de 
50% em altas latitudes); 
• Danifica os dispositivos fotossintéticos das plantas, podendo reduzir a produção primária. 
 
Super-exploração das espécies: 
 Lenha e carvão 
 Caça ilegal 
 Biopirataria 
 
Introdução de espécies exóticas: as grandes navegações 
• Colonização européia (cabritos, porcos, etc); 
• Transporte acidental (ratos, insetos, parasitas, invertebrados marinhos, etc); 
 
Introdução de espécies exóticas: os mosquitos 
• Introdução de mosquitos Culex no Havaí, no fim do séc. XIX, trouxe novas doenças aviárias, como malária e febre do oeste do 
Nilo. 
• Das 42 espécies de beija-flor existentes, 23 desapareceram (54,8%). 
• Em meados da década de 1980, o mosquito Culex foi introduzido nas ilhas Galápagos! 
 
Aumento da ocorrência de doenças: o declínio dos anfíbios 
• Quitridiomicose 
 
Poluição e desperdício de água 
• Orçamento de água no planeta: 
– 97,4% oceanos e lagos salinos; 
– 2,6% água doce; 
 
• Água doce (2,6%): 
– 1,994% calotas polares e geleiras; 
– 0,592% águas subterrâneas; 
– 0,014% água doce acessível. 
 
Biomas Terrestres 
• São regiões biogeográficas que diferem umas das outras na estrutura de sua vegetação e na dominância de certas espécies 
vegetais. 
• Estrutura da vegetação 
• Dominância de espécies vegetais. 
• Biomas são grandes ecossistemas formados por uma comunidade clímax. 
• Um bioma tem aspecto homogêneo e condições climáticas semelhantes em toda a sua extensão. 
• O estado de clímax atingido pelo bioma depende de fatores abióticos como latitude, relevo, clima e tipo de solo. 
 
Exemplos 
• Uma floresta ou um deserto constituem exemplos de biomas terrestres. 
• Lagos e mares são exemplos de biomas aquáticos. 
 
Biomas Terrestres 
• Característica mais marcante é o tipo de vegetação predominante (composição florística) do ponto de vista: 
– Morfológico, 
– Funcional. 
• Classificação fisionômica é mais útil que a classificação taxonômica. 
• São formações fitogeográficas. 
 
• Os principais biomas terrestres são: 
– tundras, 
– taigas (florestas boreais de coníferas), 
– florestas temperadas, 
– florestas tropicais, 
– campos. 
– desertos. 
• Existem relações entre os biomas em um gradiente de latitude e outro de altitude. 
• A cada 200m de altitude a temperatura cai cerca de 1°C, mudando o regime de chuvas. 
• O clima (temperatura e precipitação média anual) também caracteriza estes biomas determinados pela altitude. 
 
Tundras: localização 
• Norte do Canadá, Europa e Ásia (próximo ao Ártico). 
 
Tundras: clima 
• Clima frio e seco (precipitação sob forma de neve): 
– 2 a 3 meses de verão (máximo de 10°C), 
– 10 a 9 meses de inverno. 
 
Tundras: solo 
• Solo do tipo permafrost, que dificulta a absorção de nutrientes. 
• No verão, com o degelo da camada superficial do solo, formam-se grandes brejos. 
• Apesar do solo encharcado, as plantas sofrem da seca fisiológica. 
 
Tundras: flora 
• Musgos, líquens, capins, juncos e pequenos arbustos (principalmente ao sul). 
• Pequeno porte é adaptação para evitar os ventos que sopram partículas de gelo com efeito abrasivo. 
 
Tundras: fauna 
• Rena, caribú, boi-almiscarado, lebres árticas, lemingues, raposas, lobos árticos, urso polar, aves migratórias. 
• Os animais endotérmicos apresentam proteção da camada de gordura e de pelos ou penas. 
• No inverno, os grandes mamíferos migram para a taiga, as aves migram para outras regiões e os insetos entram em dormência. 
• Os que permanecem (ptármigas, lebres e raposas) refugiam-se em tocas (podem hibernar) e apresentam sempre camuflagem 
protetora. 
 
Taigas: localização 
• Hemisfério norte, ao sul da tundra, na América do Norte, Europa e Ásia. 
 
Taigas: clima 
• Frio, com verão mais longo e ameno que o da tundra. 
 
Taigas: solo 
• Solos rasos, com espessa camada de matéria orgânica. 
 
Taigas: flora 
• Coníferas (pinheiros e abetos), musgos e líquens. 
• Árvores sempre verdes graças às adaptações: 
– contra perda de água (folhas aciculares com cutícula cerificada), 
– para o isolamento térmico (troncos com cortiça espessa). 
 
Taigas: fauna 
• Alces, ursos pardos, lobos, raposas, linces, visons, martas, esquilos, aves migratórias. 
 
Florestas Temperadas: localização 
• América do Norte, Europa, Ásia e Australia. 
 
Florestas Temperadas: clima 
• Clima temperado, com 4 estações bem definidas e precipitação bem distribuída ao longo do ano. 
 
Florestas Temperadas: solo 
• Solos profundos, ricos em matéria orgânica (mais que a taiga) e organismos detritívoros. 
 
Florestas Temperadas: flora 
• Árvores caducifólias ou decíduas. 
• Carvalhos, magnólias, nogueiras, castanheiras. 
• Muitos arbustos, plantas herbáceas e musgos. 
• A perda das folhas no inverno é adaptação contra a perda de água (seca fisiológica). 
 
Florestas Temperadas: fauna 
• Veados, javalis, linces, pumas, raposas, doninhas, racuns, esquilos, aves (corujas). 
 
Florestas Tropicais: localização 
• América do Sul, América Central, África, Ásia e Oceania (ao norte e ao sul do equador). 
 
Florestas Tropicais: clima 
• Quente e úmido. 
 
Florestas Tropicais: solo 
• Solos pobres: 
– matéria orgânica rapidamente decomposta, 
– nutrientes rapidamente absorvidos pelas plantas. 
 
Florestas Tropicais: flora 
• Árvores perenifólias. 
• A vegetação forma elevada estratificação. 
• Plantas epífitas (bromélias, orquídeas, cipós e samambaias). 
• Pouca vegetação próximo ao solo (baixa luminosidade). 
• Raízes pouco profundas. 
 
Florestas Tropicais: fauna 
• Grande diversidade de animais arborícolas. 
• Veados, antas, onças, gatos do mato. 
• Bioma de maior diversidade biológica. 
• Inúmeros fatores bióticos (simbioses) criando grande complexidade estrutural. 
• Intensa participação da fauna na: 
– Polinização, 
– Dispersão de sementes. 
 
Causas da alta biodiversidade nas regiões tropicais 
• Hipótese da estabilidade climática (favorece a evolução e diminui as extinções). 
• Hipótese da especialização das espécies (nichos ecológicos mais reduzidos e especializados). 
• Hipótese da competição/parasitismo (populações reduzidas). 
• Hipótese da superfície (maior área); 
• Hipótese da heterogeneidade espacial (maior heterogeneidade do hábitat). 
• Hipótese da energia/produtividade primária (maior produtividade primária). 
 
Campos: localização 
• América do Norte, América do Sul, Europa, África, Ásia e Austrália. 
 
Campos: clima 
• Tropical e temperado, baixa pluviosidade e períodos de seca: – Dias quentes, noites frias. 
 
Campos: solos 
• Solos permeáveis e ricos em húmus. 
 
Campos: flora 
• Plantas herbáceas (gramíneas), poucos arbustos e árvores. 
 
Campos: flora 
• Os campos podem ser classificados em: 
– estepes (predominam gramíneas, períodos de seca), 
– savanas (com arbustos e árvores). 
 
Campos: fauna 
• Bisão, búfalos, antílopes, girafas, tatus, pacas, cotias, leões, hienas, chacais. 
• Vários mamíferos de grande porte vivem em grandes grupos (efeito de grupo) e são velozes. 
• Alguns mamíferos de pequeno porte vivem em grupo em tocas subterrâneas. 
• São euritérmicos. 
 
Desertos: localização 
• América do Norte, América Central, América do Sul, África, Ásia e Austrália. 
 
Desertos: clima 
• Baixa pluviosidade e baixa umidade; 
• Temperaturas altas durante o dia e baixas à noite. 
 
Desertos: solo 
• Característica é aridez e não areia. 
• Solo de: 
– areia, 
– superfície rochosa, 
– barro ressecado. 
 
Desertos: flora 
• Flora: Rala e esparsa, com gramíneas, cactáceas e pequenos arbustos em locais de acúmulo de água (raízes profundas). 
• Adaptações da vegetação contra a perda de água: 
– redução da superfície foliar, 
– estômatos de rápida ação, 
– camada de cera,– armazenamento de água. 
 
Desertos: fauna 
• Fauna euritérmica: dromedários; 
• Fauna euritérmica: camelos; 
• Fauna euritérmica: roedores, 
• Fauna euritérmica: répteis, 
• Fauna euritérmica: invertebrados. 
 
Desertos: adaptações da fauna contra a perda de água 
• Urina e fezes concentradas, 
• Escassez ou ausência de glândulas sudoríparas, 
• Utilização da água metabólica, 
• Tolerância à desidratação, 
• Tolerância às variações internas de temperatura. 
 
Biomas de água doce 
 
Fatores abióticos fundamentais 
• Velocidade da água; 
• Temperatura da água; 
• Luminosidade; 
• Natureza do fundo; 
• Oxigenação da água; 
• Composição química da água. 
 
Classificação dos organismos 
• Plâncton; 
• Nêuston; 
• Nécton; 
• Bentos. 
 
Plâncton 
• Organismos em suspensão na água; 
• Carregados passivamente pela correnteza: 
• Dividem-se em: 
– Fitoplâncton 
– Zooplâncton. 
 
Nêuston 
• Organismos que vivem na superfície d’água. 
• Exemplos: 
– aranhas d’água, 
– gerrídeos. 
• Organismos que nadam ativamente na coluna da água. 
• Exemplos: 
– peixes, 
– mamíferos aquáticos, 
– tartarugas. 
 
Bentos 
• Organismos associados ao substrato. 
• Dividem-se em: 
– Fixos (sésseis); 
– Errantes (vágeis). 
Biomas de água doce 
• Águas lênticas (águas paradas), 
• Águas lóticas (águas correntes). 
 
Águas lênticas 
• Lagos, lagoas e charcos. 
 
Águas lênticas: zonação pela temperatura 
• Zona do epilímnio; 
• Zona do metalímnio; 
• Zona do hipolímnio. 
 
Zona do epilímnio (superficial) 
• Águas agitadas pelo vento, 
• Rica em oxigênio dissolvido, 
• Temperaturas mais elevadas. 
 
Zona do metalímnio (transição ou termoclina) 
• Diminuição rápida da temperatura: 
– 1 grau Celsius/metro. 
 
Zona do hipolímnio (profunda) 
• Pobre em oxigênio dissolvido, 
• Temperatura baixa e constante. 
 
Águas lênticas: zonação pela luminosidade 
• Zona eufótica, 
• Zona afótica. 
 
Zona eufótica (de produção) 
• Profundidades de 2 a 30m, 
• Fácil penetração da luz, 
• Produtividade > Respiração. 
 
Zona afótica (de decomposição) 
• Sem luminosidade, 
• Produtividade < Respiração. 
 
Águas lênticas: zonação pela profundidade 
– Zona litorânea, 
– Zona limnética, 
– Zona profunda. 
 
Zona litorânea 
– Vegetação enraizada ao longo da praia, 
– Produtividade > Respiração. 
 
Zona limnética 
– Águas abertas dominadas pelo plâncton, 
– Produtividade > Respiração. 
 
Zona profunda 
– Águas profundas contendo somente heterótrofos, 
– Produção < Respiração. 
 
Águas lênticas: matéria orgânica dissolvida 
– Lagos oligotróficos, 
– Lagos mesotróficos, 
– Lagos eutróficos, 
– Lagos hipertróficos. 
 
Lagos oligotróficos 
– Baixa produtividade. 
 
Lagos mesotróficos 
– Produtividade média. 
 
Lagos eutróficos 
– Alta produtividade. 
 
Lagos hipertróficos 
– Produtividade ainda mais alta. 
 
Águas lóticas 
• Rios, riachos e córregos. 
 
Zonação de um rio 
• Nascente, 
• Curso superior, 
• Curso inferior. 
 
Nascente 
• Temperaturas baixas e relativamente constantes; 
• Curso lento; 
• Água pouco oxigenada. 
• Habitada por espécies estenotérmicas. 
• Principal fonte de energia: restos vegetais que caem na água. 
• Baixa produtividade primária. 
 
Curso superior 
• Forte declive; 
• Temperaturas mais elevadas que as da nascente; 
• Curso rápido; 
• Água bem oxigenada; 
• Erosão e transporte de materiais predominam; 
• Sedimentação irrelevante. 
• Ausência quase total de plâncton; 
• Principal fonte de energia: produtividade primária de macrófitas. 
 
Curso inferior 
• Fraco declive; 
• Temperaturas mais elevadas que as do curso superior; 
• Curso lento; 
• Água pouco oxigenada; 
• Erosão e transporte de materiais pouco relevante; 
• Sedimentação predomina. 
• Presença de plâncton; 
• Principal fonte de energia: produtividade primária do plâncton. 
 
Águas lóticas: zonação pela velocidade 
• Zona de corredeira, 
• Zona de poças. 
 
Zona de corredeira 
• Águas mais rasas; 
• Correnteza veloz; 
• Substrato firme e livre de lama; 
• Organismos que se fixam ou se agarram ao substrato. 
 
Zona de poças 
– Águas mais profundas; 
– Correnteza com velocidade reduzida; 
– Fundo coberto com areia e lama; 
– Organismos nadadores, organismos que vivem em tocas, plantas com raízes e plâncton. 
 
Importância dos ecossistemas de água doce 
• Fonte de água mais conveniente e barata para as necessidades domésticas e industriais; 
 
Biomas marinhos 
 
• Cobrem mais de 70% da superfície da Terra; 
 
Grande estabilidade 
• Composição química, 
• Temperatura. 
 
Salinidade 
• Cerca de 3,5g/l de sais (NaCl). 
 
Fatores abióticos fundamentais 
• Temperatura da água (diminui progressivamente, com a profundidade, chegando próximo a 0oC); 
• Luminosidade; 
• Composição química da água; 
• Pressão hidrostática (aumento de 1 atmosfera/10m profundidade). 
 
Classificação dos organismos 
• Plâncton; 
• Nêuston; 
• Nécton; 
• Bentos. 
 
Plâncton 
• Organismos em suspensão na água, 
• Carregados pela correnteza. 
Fitoplâncton 
• Organismos autótrofos fotossintetizantes: 
– Cianobactérias, 
– Algas. 
• Responsável pelo teor de O2 da atmosfera, 
• Libera dimetil-sulfeto, que auxilia a formação de nuvens. 
 
Zooplâncton 
• Organismos heterótrofos: 
– Protozoários, 
– Invertebrados, 
– Peixes (ovos e larvas). 
 
Plâncton: classificação quanto ao ciclo de vida 
• Holoplâncton, 
• Meroplâncton. 
 
Holoplâncton 
• Ciclo de vida totalmente planctônico. 
Meroplâncton 
• Ciclo de vida parcialmente planctônico. 
 
Plâncton: classificação quanto ao tamanho 
• Picoplâncton, 
• Nanoplâncton, 
• Microplâncton, 
• Mesoplâncton, 
• Macroplâncton, 
• Megaloplâncton. 
 
Nêuston 
• Organismos que vivem na camada superficial da água; 
• Têm capacidade de deslocamento, 
• Possuem alguns centímetros. 
 
Plêuston 
• Organismos que vivem na superfície d’água com parte do corpo emersa; 
• Aproveitam a ação do vento no deslocamento: 
– Caravelas. 
 
Epinêuston 
• Organismos que vivem sobre a interface ar/água: 
– Insetos gerrídeos. 
 
Hiponêuston 
• Organismos que vivem sob a interface ar/água: 
– Gastrópodos heterópodos. 
 
Nécton 
• Organismos que nadam ativamente (peixes pelágicos, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, cefalópodos). 
 
Bentos 
• Organismos associados ao substrato: 
– Fixos (sésseis); 
– Errantes (vágeis) 
 
Zonação pela luminosidade 
• Zona eufótica, 
• Zona afótica. 
 
Zona eufótica (fótica) 
• Até 200m de profundidade, 
• Presença de fitoplâncton, 
• Produtividade > Respiração. 
 
Zona afótica (obscura) 
• Profundidades abaixo de 200m, 
• Sem fitoplâncton, 
• Produtividade < Respiração. 
 
Ambientes marinhos 
• Ambiente pelágico, 
• Ambiente bentônico. 
 
Ambiente pelágico 
• Situado na coluna d’água, da superfície até as grandes profundidades. 
 
Ambiente pelágico: zona nerítica 
• Água geralmente turva; 
• Recebe as águas dos estuários (poluentes); 
• Variação de temperatura devido aos ventos e às correntes; 
• Mais rica em nutrientes; 
• Teias alimentares complexas; 
• Grande riqueza de espécies; 
• Grande abundância de organismos. 
 
Ambiente pelágico: zona oceânica 
• Situada a partir da margem da plataforma continental até cerca de 11.000m de profundidade. 
• Divide-se nas faixas: 
– epipelágica, 
– mesopelágica, 
– batipelágica, 
– abissopelágica, 
– hadopelágica. 
 
Ambiente bentônico 
• Ambiente relacionado ao substrato dos oceanos. 
• Divide-se em: 
– Zona intertidal, 
– Zona sublitoral, 
– Zona batial, 
– Zona abissal, 
– Zona hadal. 
 
Ecossistemas Brasileiros 
Principais Ecossistemas Brasileiros 
• Floresta Amazônica; 
• Mata Atlântica; 
• Matas de Araucária; 
• Cerrados; 
• Campos sulinos; 
• Caatingas; 
• Matas dos Cocais; 
• Pantanal; 
• Restingas; 
• Manguezais. 
 
Floresta Amazônica Localização• Região norte. Planície. 
 
Clima 
• Quente (média anual de 25 a 28°C ) e úmido (+ 2.000mm/ano). 
 
Solo 
• Solo pobre, matéria orgânica rapidamente decomposta, liberando minerais logo absorvidos pelas plantas. 
• A copa das árvores protege contra lixiviação. 
 
Flora 
• Árvores latifoliadas e perenifólias; 
• Diversos estratos arbóreos; 
• O mais alto entre 30 e 40m; 
• Algumas árvores podem passar de 50m. 
• Castanheira do Pará, seringueira, cacau, guaraná, açaí; plantas epífitas (bromélias, cipós). 
• Raízes pouco profundas, muitas com raízes tabulares para melhor apoiar o tronco. 
 
A floresta e as águas 
• Divide-se em: 
– mata dos igapós, 
– mata das várzeas, 
– mata de terra firme. 
 
Fauna 
• Grande diversidade de animais arborícolas; 
• Bioma de grande diversidade biológica. 
• Antas, onças, gatos do mato, tartarugas. 
 
Desmatamento 
• Área desmatada: 17% da área total; 
• Perspectivas do desmatamento para 2060: 
– 20% (probabilidade baixa); 
– 27% (probabilidade média); 
– 40% (probabilidade alta); 
– mais de 40% (probabilidade baixa). 
 
Impactos antrópicos 
• Garimpo de ouro; 
• Mineração industrial (ferro, manganês, cassiterita, cobre, bauxita, etc); 
• Indústrias de ferro gusa; 
• Indústrias de alumínio; 
• Pólos industriais; 
• Grandes usinas hidrelétricas; 
• Grandes projetos agropecuários; 
• Construção da Transamazônica; 
• Caça e pesca predatória; 
• Crescimento populacional. 
 
Mata Atlântica 
 
Localização 
• Desde o RN até RS. 
 
Extensão original 
• Em 1500, do Cabo de São Roque (RN) até as serras do Herval e de Tapes (RS); 
• Área total cobrindo 12,5% do território brasileiro; 
• Ocupava totalmente os estados do ES, RJ, SP, PRe SC; 
• Ocupava boa parte de MG, MS e RS, alcançando a Argentina e o Paraguai. 
 
Topografia 
• Desenvolveu-se sobre extensa cadeia montanhosa na costa leste do Brasil; 
• Altitudes de em média 700 a 1.000m. 
• Ocorre na planície costeira, na serra e no planalto. 
 
Clima 
• Quente (média anual de 21°C) e úmido (+ 2.000mm/ano). 
• A umidade é garantida pela evaporação da água do mar e pelos ventos que sopram para o continente; 
• Chuvas constantes na região. 
 
Solo 
• Solo pobre, matéria orgânica rapidamente decomposta, liberando minerais logo absorvidos pelas plantas. 
• A copa das árvores protege contra lixiviação. 
 
Flora 
• Árvores latifoliadas e perenifólias, formando diversos estratos, o mais alto entre 30 e 35m. 
• 50% das espécies de árvores são endêmica; 
• 70% no caso de orquídeas e bromélias. 
• Pau-brasil, jequitibá, jacarandá, peroba, palmito, embaúba, paineira; ipê-rosa; 
• Denso estrato arbustivo; samambaias; plantas epífitas (bromélias, orquídeas). 
 
Fauna 
• Mico-leão, mono-carvoeiro, preguiças, anta, onça, cachorrovinagre, aves, serpentes, lagartos, insetos. 
 
Biodiversidade 
• Bioma de grande diversidade biológica; considerada uma das 25 zonas críticas (hotspots) do mundo. 
 
Desmatamento 
• 92% da área total; 
• No Nordeste, a situação é gravíssima, com apenas 0,3% de áreas remanescentes (relevo menos acidentado). 
 
Impactos antrópicos 
• Mineração de granito, calcário e areia. 
• Grandes siderúrgicas; 
• Transporte de combustíveis em oleodutos e gasodutos; 
• Grandes pólos industriais; 
• Agroindústrias de açúcar, álcool e celulose; 
• Atividade portuária; 
• Grandes concentrações urbanas; 
• Expansão urbana desordenada.
 
Mata de araucária 
 
Localização 
• Região sul (SP – RS). 
 
Clima 
• Temperado, 
• Verão/inverno bem definidos, 
• Inverno pode ser rigoroso (~ floresta temperada); 
• Temperatura média anual de 16°C, 
• Chuvas regulares = 1.400mm/ano. 
 
Flora 
• Estrato arbóreo: araucária (25m) e pinheirinho, 
• Estrato arbustivo: samambaias, 
• Estrato herbáceo: gramíneas. 
• Trata-se de uma sucessão até a Mata Atlântica. 
 
Fauna 
• Macaco-prego, bugio, ouriço-cacheiro, cutia, veado-mateiro, papagaios. 
 
Cerrado 
 
Localização 
• Principalmente Brasil central (GO, TO, MT, MS, MG, SP, MA, PI, BA). 
 
Clima 
• Quente (média anual de 26°C ); 
• Estação de chuvas e estação seca rigorosa (= 1.100 a 2.000mm/ano); 
• O fogo é fator ecológico importante (flora pirofítica). 
 
Solo 
• Ácido, pobre em minerais e rico em alumínio (tóxico para a vegetação). 
 
Flora 
• Escleromorfismo oligotrófico 
– Árvores pequenas de aspecto retorcido, 
– Casca grossa e folhas espessas. 
• Raízes profundas para alcançar o lençol freático. 
• Muitos arbustos e gramíneas (capim-flecha e barba-debode). 
 
A flora e as queimadas 
• Rápida transferência de minerais para solo; 
• Eliminação da palha seca aumenta produtividade do estrato herbáceo (maior luminosidade); 
• Casca espessa ao redor do caule; 
• Morte de gemas apicais causa aspecto tortuoso; 
• Floração após eliminação das partes aéreas; 
• Estímulo à síntese de hormônios promotores da floração; 
• Sincronia da floração facilita polinização cruzada; 
• Sincronia na abertura de frutos e dispersão de sementes (maior taxa de sobrevivência); 
• Fissuras na casca das sementes permitindo absorção de água e germinação; 
• Germinação facilitada pela destruição da palha seca. 
 
Fauna 
• Ema, tamanduá, lobo-guará, tatú, veado-catingueiro, veadocampeiro, formigas, cupins. 
 
Área original 
• 2.100.000 km2; 
• 24% do território nacional. 
 
Desmatamento 
• 50% da área total; 
• Perda anual: 1%. 
 
Impactos antrópicos 
• Garimpo de ouro e pedras preciosas; 
• Grandes projetos agropecuários; 
• Olarias; 
• Expansão urbana desordenada; 
• Invasão de reservas indígenas. 
 
Campos sulinos 
 
Localização 
• Principalmente RS. 
 
Clima 
• Verão/inverno bem definidos, 
• Temperatura média anual = 19°C, 
• Pluviosidade entre 500 e 1.000mm/ano. 
 
Solo 
• Raso e pobre. 
 
Flora 
• Gramíneas; arbustos e árvores esparsas. 
 
Fauna 
• Gato-do-pampa, graxaím, roedores, ema, papagaio. 
 
Desmatamento 
• 48% da área total. 
 
Impactos antrópicos 
• Pecuária (criação de gado e de ovelhas); 
• Agricultura (arroz, milho, trigo e soja); 
• Queimadas. 
 
Caatingas 
 
Localização 
• Principalmente nordeste. 
 
Semi-árido 
• Zona da mata (Mata Atlântica do nordeste); 
• Agreste (faixa de transição); 
• Sertão ou semi-árido (região das caatingas). 
 
Clima 
• Quente (média anual = 25°C); 
• Seco (600mm/ano), chuvas raras e irregulares. 
 
Solo 
• Raso, com pedras; 
• Fertilidade média. 
 
Flora 
• Arbustos e árvores baixas; cactáceas (xique-xique, mandacarú, coroa-de-frade). 
• Adaptações contra perda de água (perda das folhas; espinhos; caule para armazenar água; raízes ramificadas para captar água 
das chuvas). 
 
Fauna 
• Veado-catingueiro, tatu, mocó, sagui, gambá, cobras, lagartos, carcará, pomba avoante. 
 
Desmatamento 
• 36% da área total. 
 
Impactos antrópicos 
• Grandes latifúndios; 
• Prospecção e exploração de lençóis freáticos; 
• Prospecção e exploração de petróleo e gás natural; 
• Siderúrgicas e olarias; 
• Formação de pastagens; 
• Irrigação e drenagem. 
 
Mata dos Cocais 
 
Localização 
• MA, PI, CE, RN 
 
Clima 
• Quente (média anual = 26°C); 
• Úmido (entre 1500 e 2200mm/ano). 
 
Solo 
• Lençol freático pouco profundo. 
 
Flora 
• Principalmente babaçú (15-20m) e carnaúba. 
• Trata-se de uma mata secundária. 
 
Fauna 
• Cutia, tapiti, marsupiais, saracura, inhambú. 
 
Pantanal 
 
Localização 
• É a maior planície inundável do mundo. 
• MT, MS. 
 
Clima 
• Predominantemente tropical (média anual = 23-25°C); 
• Chuvas intensas de outubro a março. Cheias de dezembro a maio. 
 
Solo 
• Solo pobre que recebe grandes quantidades de matéria orgânica. 
 
Hidrografia 
• Rio Paraguai e afluentes (Taquari, Miranda, Nabileque, etc), 
• Corixos (canais), 
• Lagoas. 
 
Flora 
• Característica de várias regiões (paratudo, carandá, jatobá, ipê-roxo, novateiro, jacarandá, sucupira, aroeira, capim); 
• Mataciliar; 
• Vereda de buritis 
 
Fauna 
• Anta, capivara, cervo-do-pantanal, onça, ariranha, garças tuiuiús, colhereiros, jaburús, jacarés, pacús, pintados, dourados, 
piranhas. 
 
Desmatamento 
• 11,5% da área total. 
 
Impactos antrópicos 
• Pecuária extensiva; 
• Pesca predatória e caça de jacarés; 
• Garimpo de ouro e pedras preciosas; 
• Turismo desordenado e predatório; 
• Migração desordenada; 
• Aproveitamento dos cerrados. 
 
Restingas 
 
Localização 
• Costa leste. 
 
Solo 
• Arenoso, com dunas móveis e fixas (1-3m). 
 
Flora 
• Gramíneas, arbustos e cactos, 
• Brejos e lagoas comvegetação aquática, 
• Matas (até 12m) com muitas bromélias e orquídeas. 
• Raízes superficiais para obtenção de água, 
• Retirada de nutrientes da maresia. 
 
Fauna 
• Pouco estudada; cachorro-do-mato, quati, mão-pelada, gato-do-mato, urubús, gaivotas, lagarto da praia, mariafarinha, viúva-
negra, outros artrópodes. 
 
Impactos antrópicos 
• Expansão urbana desorganizada e especulação imobiliária; 
• Extração mineral; 
• Atividades portuárias. 
 
Manguezais 
 
Localização 
• Costa leste (AP – SC). 
 
Solo 
• Lodo e areia fina, pouco compacto, com muita matéria orgânica, salinidade variada e pouco O2. 
• Proximidade de água salobra. 
 
Flora 
• Rizophoramangle (mangue-vermelho ou bravo). 
• Avicennia tomentosa (siriúba). 
• Laguncularia racemosa (mangue-branco). 
• Espécies halófitas, 
• Alto teor de tanino no caule (contra decomposição), 
• Raízes escora, 
• Raízes aéreas respiratórias (pneumatóforos), 
• Lenticelas, 
• Glândulas de sal, 
• Folhas com muita lignina (contra perda de água), 
• Adaptações especiais para absorver água do solo salgado, 
• Sementes providas de mecanismos especiais para germinação e fixação (propágulos). 
 
Fauna 
• Berçários do Atlântico. 
• Larvas de invertebrados e de peixes. 
• Siris, caranguejos, 
• Ostras, sururus, 
• Peixes, 
• Guaxinim, lontra, guará, colhereiro, jacaré-depapo- marelo. 
 
Impactos antrópicos 
• Expansão urbana desorganizada e especulação imobiliária; 
• Extração mineral; 
• Atividades portuárias; 
• Poluição por derramamento de óleo; 
• Exploração do tanino; 
• Pesca excessiva. 
 
Biogeografia insular 
 
Primeiras observações 
• Foram registradas a partir do século XVIII, como resultado de observações de naturalistas viajantes. 
 
Georg Forster (1778) 
• A flora de uma ilha apresenta menor número de espécies que a flora do continente. 
• O número de espécies varia de acordo com o tamanho da ilha. 
• O número de espécies varia de acordo com a diversidade ecológica da ilha. 
 
De Candolle (1820) 
• A diversidade da flora também é afetada: 
– Pela idade da ilha, 
– Pelo clima da ilha, 
– Pelo grau de isolamento da ilha, 
– Pelo fato da ilha ter ou não origem vulcânica. 
 
Alfred Wallace (1869, 1876, 1880) 
• Origem da ilha pode afetar a composição da comunidade. 
• Ilhas que já foram parte do continente têm flora/fauna semelhantes às do continente. 
• Ilhas que surgiram de forma independente têm flora/fauna composta por espécies que cruzaram o mar intermediário. 
• Distância entre as ilhas e o continente afeta a diversidade da comunidade 
 
MacArthur & Wilson (1967) 
• Existe uma forte correlação entre a área de uma ilha e a quantidade de espécies presentes. 
• Existe uma forte correlação entre a distância de uma ilha em relação ao continente e a quantidade de espécies presentes. 
• As taxas de colonização e de extinção, que sempre mudam e são inter relacionadas, podem levar a um equilíbrio nas 
comunidades insulares. 
• Taxa de colonização inicialmente elevada; 
• Poucas espécies, com abundância elevada; 
• Taxa de extinção inicialmente é baixa; 
• Com o tempo, a taxa de colonização se reduz; 
• Muitas espécies, com abundância reduzida; 
• Com o tempo, a taxa de extinção aumenta. 
• As taxas de colonização e de extinção podem levar a um equilíbrio • É possível determinar o número de espécies presentes na 
ilha e a taxa de alteração na composição da comunidade. 
• A taxa de imigração é afetada pela distância entre a ilha e o continente. 
• A taxa de extinção é afetada pelo tamanho da ilha. 
• Ilha grande e próxima 
 
Biogeografia insular 
• Teoria aplicável para determinar princípios de planejamento de reservas ecológicas. 
• As reservas equivalem a ilhas, pois estão cercadas por áreas destruídas.

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