Percepção da mentira.

Prévia do material em texto

Mentir é o ato de descrever, relatar ou contar algo que o próprio autor sabe que é inverídico, usando de artimanhas que façam o relato parecer real aos olhos do expectador.
Há quem fale que a mentira é um ato instintivo e funciona como uma arma de preservação social.
Neste contexto caberia a chamada mentira inofensiva (mentira social).
 As pessoas costumam mentir para não serem desagradáveis, um exemplo disso é quando alguém vai a um jantar que está sendo servido um prato que essa pessoa não gosta, na maioria das vezes ela construirá uma mentira para não ser desagradável.
 Um individuo pode mentir por ocultação, quando emite informações verdadeiras, mas não apresentam informações falsas, e também por dissimulação, quando apresenta falsas informações como se fossem verdadeiras, retendo aquilo que sabem que é verdade. (Ekman, 1985)
 Algumas abordagens terapêuticas utilizam técnicas para detectar contradições e trabalha-las no setting terapêutico (Otta, 1994).
O comportamento não verbal aparece como uma fonte de acesso aos estados emocionais do cliente e indica contradições entre o que o cliente diz e o que se manifesta em seu comportamento, sendo que o terapeuta pode empregar tais dados em seu trabalho ( Portella, 2006).
A mentira na Psicoterapia 
Algumas abordagens terapêuticas utilizam técnicas para detectar contradições e trabalha-las no setting terapêutico (Otta, 1994).
O comportamento não verbal aparece como uma fonte de acesso aos estados emocionais do cliente e indica contradições entre o que o cliente diz e o que se manifesta em seu comportamento, sendo que o terapeuta pode empregar tais dados em seu trabalho ( Portella, 2006).
Comportamento não verbal
 “ Mentimos mais facilmente com as palavras do que com os gestos, posturas e expressões faciais.”
A quantidade de pistas não verbais da 
mentira é imensa, o que se torna 
praticamente impossível controlar 
todas elas, mesmo para os bons 
mentirosos que conseguem controlar
a maior parte dos movimentos que 
evidenciam a mentira, há sempre 
alguns pequenos sinais que escapam 
ao controle.
Muitos indicadores permitem identificar se alguém está mentindo. Por exemplo: As pessoas costumam ficar nervosas, contam histórias mais longas e menos coerentes, aumentam o número de pausas, gaguejam, mudam a postura frequentemente , diminuem o contato visual com o interlocutor e gesticulam mais com as mãos de forma incoerente (pereira et al., 2005)
Fatores que ajudam a detectar a mentira
Estabelecer o padrão comportamental quando se fala a verdade, para assim compará-lo à situação em que se tenta mentir.
Utilização de um outro entrevistador de apoio em uma situação de interrogatório.
A mentira aos olhos da neurobiologia
 Algumas pesquisas têm buscado determinar os fundamentos neurobiológicos do comportamento mentiroso, especialmente para os casos da mentira patológica.
 
 Evidências convergentes de várias fontes sugerem que o córtex pré-frontal organiza os processos de inibição das respostas verdadeiras e articulação de respostas enganosas.
 Dentre os recursos que existem para a detecção da mentira, há algumas técnicas que são aclamadas por alguns autores e questionadas por outros.
Temos como exemplo a Programação Neuro-Linguística (PNL). De acordo com a PNL, uma pessoa quando mente, olha para cima e para direita, que seria o lado da cabeça que abriga o hemisfério do cérebro responsável pela criatividade. 
 Com relação aos aspectos comportamentais, observou-se que a comunicação não verbal pode comprometer a plausibilidade da mentira, uma vez que é mediada em grande parte pelo sistema nervoso autônomo, responsável por funções involuntárias do organismo. Funções dessa natureza, como por exemplo os batimentos cardíacos, a respiração, a sudorese e a dilatação das pupilas podem denunciar o comportamento mentiroso e por em foco as contradições da mentira contada.