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Aula 01 Direitos Básicos e Política Nacional das Relações de Consumo

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Aula 01
Direito do Consumidor p/ BANPARÁ (Técnico Bancário) Com videoaulas - Pós-Edital
Professores: Aline Santiago, Renata Armanda
78441030278 - ANA PAULA ARAÚJO DOS SANTOS
 
 
 
 www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 51 
DIREITO DO CONSUMIDOR ± BANPARÁ 2018 
Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
 
AULA 01 
Direitos Básicos e 
Política Nacional de 
Relações de Consumo. 
 
SUMÁRIO 
Direitos Básicos e Política Nacional de Relações de Consumo. ...................................................... 2 
Cronograma da Aula .................................................................................................................... 2 
Política Nacional das Relações de Consumo. ................................................................................. 3 
Direitos Básicos dos Consumidores. .............................................................................................. 3 
¾ Direito à vida, à saúde e à segurança. ........................................................................................... 4 
¾ Direito à liberdade de escolha e igualdade nas contratações. ........................................................ 5 
¾ Direito à informação adequada e clara. ........................................................................................ 6 
¾ Direito à proteção contra as práticas comerciais e contratuais abusivas. ....................................... 7 
¾ Direito à modificação e revisão como formas de preservação do contrato de consumo. ................. 7 
¾ Direito à efetiva prevenção e reparação de danos materiais e morais. ........................................... 8 
¾ Direito ao acesso à justiça. ........................................................................................................... 9 
¾ Direito à inversão do ônus da prova. ............................................................................................ 9 
¾ Direito ao recebimento de serviços públicos adequados e eficazes. ............................................. 11 
Instrumentos que Concretizam a Política Nacional das Relações de Consumo. ............................ 12 
¾ Ministério Público. ..................................................................................................................... 13 
¾ Defensoria Pública. .................................................................................................................... 14 
¾ Delegacia do Consumidor. .......................................................................................................... 15 
¾ Procon. ...................................................................................................................................... 15 
¾ O Cadastro de reclamações. ............................................................................................................ 16 
¾ Associações civis de defesa do consumidor. ................................................................................ 17 
¾ Brasilcon. ................................................................................................................................... 18 
¾ IDEC........................................................................................................................................... 18 
¾ DPDC. ........................................................................................................................................ 18 
¾ SINDEC. ..................................................................................................................................... 20 
¾ Outros órgãos que também promovem a defesa do consumidor. ................................................ 20 
Considerações Finais .................................................................................................................. 21 
Questões da FADESP/FGV/FCC/CESPE ........................................................................................ 22 
Lista de Questões e Gabarito ...................................................................................................... 22 
Questões Comentadas ............................................................................................................... 30 
Anexo - Lei nº 8.078/1990 .......................................................................................................... 48 
 
78441030278 - ANA PAULA ARAÚJO DOS SANTOS
 
 
 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
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Direitos Básicos e Política Nacional de Relações de 
Consumo. 
Olá aluno! Olá aluna! 
 
Se nós estamos tendo este segundo contato é sinal que a sua confiança em 
meu trabalho foi depositada e, portanto, espero poder corresponder da melhor 
forma possível. - 
 
Na aula de hoje, vamos estudar os direitos básicos do consumidor, a política 
nacional de relações de consumo e, também, as entidades nacionais, públicas e 
privadas que estão voltadas à defesa dos interesses dos consumidores. 
 
Esta aula é muito tranquila, como foi a anterior. 
Vamos começar. 
Coragem. 
 
Cronograma da Aula 
Aulas Tópicos abordados no edital Data 
Aula 01 Direitos Básicos e Política Nacional de Relações de Consumo. 29/03/2018 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que 
elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
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&216802� 
Política Nacional das Relações de Consumo. 
O art. 4º da Lei n. 8.078/90 introduziu a Política Nacional de Relações de 
consumo, que visa o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito 
à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, 
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia das 
relações de consumo. 
Para que esta política se efetivasse, também no art. 4º do CDC, temos 
alguns princípios norteadores, que vimos na aula passada, quais sejam: Princípio 
da vulnerabilidade do consumidor (Vulnerabilidade e Hipossuficiência); Da Defesa 
do Consumidor pelo Estado; Princípio da Harmonia nas relações de consumo 
(Princípio da boa-fé objetiva e Princípio da Equivalência Negocial); Princípio da 
educação e da informação; Princípio da Confiança ou princípio da segurança e 
qualidade e Princípio de Combate ao Abuso. 
Os princípios elencados no art. 4º, encontram correspondência em diversos 
outros dispositivos do CDC, como no capítulo dedicado aos direitos básicos do 
consumidor e no capítulo das práticas comerciais (aula 03 deste curso). 
Para concretizar a Política Nacional das Relações de Consumo, o CDC 
estabelece instrumentos eficazes, em seu art. 5º, determinando que o Poder 
Público mantenha assistência jurídica integral e gratuita para o consumidor 
carente, institua Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor (no âmbito do 
MP1), crie delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores 
vítimas de infrações penais de consumo, e também JuizadosEspeciais de 
Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo. 
Por fim, deve o Poder Público conceder incentivos para o surgimento e 
desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. Todos estes 
instrumentos serão estudados ainda nesta aula. ;) 
 
Direitos Básicos dos Consumidores. 
 Os direitos básicos dos consumidores estão elencados no art. 6º do 
CDC, mas, da mesma maneira que a Política Nacional das Relações de Consumo, 
estes direitos se manifestam em outros dispositivos do código e até em outras 
leis, como afirma o art. 7º do CDC: 
 
Art. 7º. Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados 
ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna 
 
1 MP = Ministério Público. - 
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ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, 
bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e 
equidade. 
 
 Assim, o CDC não exclui as demais normas protetoras consumeristas, 
recebendo-as e recepcionando-as como regras importantes ao alcance de seus 
objetivos. É sabido que o CDC regula as relações de consumo, mas tal fato não 
impede a aplicação, por exemplo, de regras previstas no Código Civil de 2002. 
 
Dito isso, vamos começar o estudo dos direitos básicos do Consumidor. - 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
 
 Como podemos ver no caput do art. 6º, tratam-se de direitos básicos. 
Direitos que constituem um patamar mínimo de direitos e garantias dos 
consumidores, os quais servirão de orientação nas relações de consumo. 
 
¾ Direito à vida, à saúde e à segurança. 
 Este direito está previsto no art. 6º, inciso I do CDC: 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
 
Além deste inciso, temos também, no Capítulo IV, que trata da Qualidade 
de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos (assunto de 
nossa próxima aula ± aula 02), uma seção exclusiva para tratar deste direito. 
Atente: 
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos 
à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis 
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer 
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
§ 1º. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a 
que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o 
produto. 
§ 2º. O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no 
fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e 
informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de 
contaminação. 
 
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde 
ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua 
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nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis 
em cada caso concreto. 
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço 
que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde 
ou segurança. 
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no 
mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá 
comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, 
mediante anúncios publicitários. 
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à 
saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios deverão informá-los a respeito. 
 
 Com a leitura dos dispositivos acima, podemos perceber a clara intenção 
do legislador de que os produtos e serviços colocados no mercado de consumo, 
não podem expor o consumidor a quaisquer riscos e prejuízos à sua vida, 
segurança e saúde, preservando, assim, sua incolumidade física, mental e 
patrimonial. 
 Desta forma, e de acordo com o que estudamos até agora, o fornecedor, 
no exercício de sua atividade, deve promover de forma efetiva a educação do 
consumidor para a utilização de seus produtos e serviços, sem que corra riscos, 
por meio de informações adequadas. 
 
¾ Direito à liberdade de escolha e igualdade nas 
contratações. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
 
 Conforme vimos, na aula 00, no art. 4º, inciso IV do CDC, o direito à 
educação e informação do consumidor é princípio norteador da Política Nacional 
das Relações de Consumo, sendo imprescindível para a harmonização destas 
relações. 
 Pois, quanto melhor e mais bem informado o consumidor estiver, sobre os 
produtos e serviços postos no mercado de consumo, melhor será sua escolha, ou 
seja, melhor poderá optar pela aquisição ou não do produto, ou do serviço. 
 
 ³$� HGXFDomR� H� GLYXOJDomR� VREUH� R� FRQVXPR� DGHTXDGR� GRV� SURGXWRV� H�
serviços asseguram a liberdade mínima de escolha ao consumidor e, 
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consequentemente, estará concretizada a igualdade nas contratações realizadas 
QR�PHUFDGR�GH�FRQVXPR´2. 
 
 Desta forma, este direito reforça a missão do CDC de estabelecer o 
equilíbrio nas relações de consumo para a concretização do princípio 
constitucional da igualdade. 
 
¾ Direito à informação adequada e clara. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
 
 Conforme vimos, quando estudamos o princípio da boa-fé objetiva, o dever 
do fornecedor de informar é um dos deveres anexos da relação de consumo. E 
assim o é, porque presume-se ser ele o expert, o detentor do monopólio dos 
meios produtivos. Presume-se que quem fabrica possui o conhecimento sobre o 
produto ou serviço. 
 Portanto, se por um lado temos o dever do fornecedor de informar, de outro 
lado temos o direito básico do consumidor de ser informado, sempre lembrando 
ser este o vulnerável da relação jurídica de consumo. 
 Da leitura do dispositivo podemos perceber duas características da 
informação, quais sejam, a ¹adequação e a ²clareza. Informação adequada é 
aquela que chega à finalidade que se pretende alcançar com ela, e informação 
clara é aquela que é facilmente identificada pelo consumidor. 
 ³1RV� WHUPRV�GR�TXH�IRL�HVWXGDGR�QR�VXELWHP�DQWHULRU��SRGHPRV�FRQFOXLU�
que a informação não é um fim em si próprio, na medida em que se trata de 
elemento importantíssimo para assegurar a liberdade de escolha do consumidor 
e, desta forma, concretizar a igualdade material na relação de consumo. 
Igualmente, contribuirá para o equilíbrio entre os sujeitos consumidor e 
IRUQHFHGRU�H��FRQVHTXHQWHPHQWH��SDUD�XPD�UHODomR�KDUPRQLRVD´3. 
 
Atenção: por força da Lei n. 12.741 de 8 de dezembro de 2012, a partir 
de junho de 2013, nos documentos fiscais, ou equivalentes, emitidos ao 
consumidor, deverão constar as informações do valor aproximado 
 
2 Fabrício Bolzan. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013. Pág. 229. 
3 Fabrício Bolzan. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013. Pág. 232. 
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correspondente a totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja 
incidência influi na formação dos respectivos preços de venda. 
 
¾ Direito à proteção contra as práticas comerciais e 
contratuais abusivas. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos 
ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento 
de produtos e serviços; 
 
 O CDC, além de obrigar a clara e precisa informação das características dos 
produtos e serviços, também regulamenta a maneira como se dará essa 
informação ao consumidor, especificamente pelos meios de divulgação. Deste 
modo, é direito básico do consumidor a proteção contra tais métodos, quando 
enganosos ou abusivos. 
 Veremos este assunto em nossa aula 03, quando estudarmos as Práticas 
Comerciais, mas fique sabendo que, nenhum fornecedor de produtos ou serviços 
é obrigado a fazer publicidade, mas é claro que, ao realizá-la, está buscando 
atingir um maior número de consumidores; desta forma, deverá o fornecedor não 
infringir as normas de consumo que proíbem a promoção de publicidades 
enganosas ou abusivas. 
 
¾ Direito à modificação e revisão como formas de 
preservação do contrato de consumo. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais 
ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente 
onerosas; 
 
 Desta regra decorrem os direitos de ¹modificação e ²revisão das 
cláusulas contratuais. Modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais e revisão das cláusulas em razão de fatos 
supervenientes que a tornem excessivamente onerosas. 
 A grande dúvida sobre este tema é saber se esta revisão tem ou não 
fundamento na Teoria da Imprevisão do Código Civil. 
A Teoria da Imprevisão tem como requisito fundamental a imprevisibilidade 
do fato superveniente para a revisão contratual. Atente para a redação do art. 
317 do CC/2002: 
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Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o 
valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a 
pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
 Prevalece na doutrina que o CDC NÃO adotou a teoria da imprevisão, na 
medida em que o art. 6º, V, em nenhum momento exigiu o requisito da 
imprevisibilidade. Desta forma, basta a ocorrência do fato superveniente para 
legitimar a revisão do contrato caso este venha a se tornar excessivamente 
oneroso ao consumidor. 
 
¾ Direito à efetiva prevenção e reparação de danos 
materiais e morais. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; 
 
Podemos perceber, logo na primeira leitura deste inciso, que temos a 
existência de dois direitos: ¹efetiva prevenção de danos e ²efetiva reparação de 
danos. 
 
 Sobre este assunto temos que observar duas súmulas do STJ (Superior 
Tribunal de Justiça): 
Súmula 387: ³e�OtFLWD�D�FXPXODomR�GDV�LQGHQL]Do}HV�GH�GDQR�HVWpWLFR�H�GDQR�
PRUDO´� 
Súmula 402: ³2�FRQWUDWR�GH�VHJXUR�SRU�GDQRV�SHVVRDLV�FRPSUHHQGH�GDQRV�
PRUDLV��VDOYR�FOiXVXOD�H[SUHVVD�GH�H[FOXVmR´� 
 
 Observe que o CDC dispôs primeiramente sobre a prevenção de danos, uma 
vez que todas as regras de boa conduta devem ser utilizadas para que os danos 
no mercado de consumo sejam evitados. 
 Assim, a responsabilidade de prevenção recairá sobre os fornecedores e 
sobre o poder público. Quanto aos fornecedores, vimos no início da aula quando 
estudamos os arts. 8º, 9º e 10 do CDC, que, estes, devem se abster de colocar 
no mercado produtos ou serviços com alto grau de nocividade ou periculosidade 
(caput do art. 10), também, devem informar adequadamente sobre os riscos 
normais e previsíveis (caput do art. 8º), ou informar ostensivamente quando os 
riscos dos produtos e serviços forem potencialmente nocivos (art. 9º). Como o 
Estado é o responsável pela defesa do vulnerável da relação jurídica de consumo, 
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caberá a ele, a implementação, por meio de seus órgãos competentes, da 
fiscalização daquilo que for fornecido ao consumidor. 
 Não sendo exitosa esta prevenção, uma efetiva reparação dos prejuízos 
sofridos pelos consumidores será imprescindível. Por efetiva reparação, entenda 
reparação integral, não sendo admitida qualquer tipo de tarifação de indenização. 
 
 Portanto, primeiramente busca-se evitar que o dano aconteça, com a 
efetiva prevenção de danos pelos fornecedores e pelo Estado, se mesmo assim 
ocorrerem danos, o consumidor será ressarcido de forma integral pela efetiva 
reparação de danos. 
 
¾ Direito ao acesso à justiça. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada 
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
 
 O CDC garante e assegura ao consumidor a facilitação do acesso à justiça 
para efetivação dos direitos e garantias que lhe são conferidos pela lei 
consumerista e que, eventualmente, não estejam sendo respeitados. 
 Este direito tem uma relação direta com os instrumentos para a execução 
da Política Nacional das Relações de Consumo, pois para a concretização do 
acesso à justiça temos a assistência jurídica gratuita e as defensorias públicas de 
todo o país. E, em relação ao acesso às vias administrativas, temos os PROCONs 
e as Agências Reguladoras, que cada vez mais se fazem presentes na consciência 
dos consumidores e cujo serviço de atendimento vem ganhando especialização. 
 
¾ Direito à inversão do ônus da prova. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus 
da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências;Assim, a facilitação da defesa dos direitos do consumidor em juízo tem 
como principal elemento a inversão do ônus da prova. 
Aluno (a), em processo civil a prova de determinado fato caberá a quem 
alega, em uma lide envolvendo uma relação de consumo, em regra, a prova 
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caberá ao consumidor (autor da ação), ou seja, a ele caberá comprovar os fatos 
constitutivos de seu direito. 
 Entretanto, se no curso do processo, o juiz perceber a existência de um 
destes requisitos: verossimilhança das alegações do consumidor OU 
hipossuficiência do consumidor, poderá inverter o ônus da prova, que recairá, 
agora, sob o fornecedor. 
 
A verossimilhança é a plausibilidade de verdade, ou seja, é a probabilidade 
de serem verdadeiros os fatos narrados na inicial pelo consumidor. Atente para 
o seguinte exemplo: 
³&DVR�GD�DomR�MXGLFLDO�SURSRVWD�SRU�XP�FRQVXPLGRU�HP�IDFH�GD�HPSUHVD�
concessionária do serviço de energia elétrica domiciliar que teve seu computador 
queimado por uma interrupção brusca desse serviço. Ora, a verossimilhança 
dessa alegação poderá ser demonstrada por uma notícia destacando a queda da 
energia na região onde o consumidor está domiciliado. 
Diante desse contexto, poderá o juiz inverter o ônus da prova, 
determinando que a concessionária do serviço de energia daquele local 
demonstre que a falha no seu serviço não foi a causadora do prejuízo sofrido pelo 
FRQVXPLGRU´4. 
O outro requisito que poderá dar ensejo a inversão é a hipossuficiência do 
consumidor (que vimos na aula 00). Lembre-se que a hipossuficiência está 
relacionada com a fragilidade do consumidor, mas que não se confunde com a 
vulnerabilidade. 
A vulnerabilidade é uma presunção absoluta é fenômeno de direito 
material, enquanto que a hipossuficiência é uma presunção relativa é 
fenômeno de direito processual. 
 
Atenção: Quando o juiz determinar a inversão do ônus da prova baseado 
em um destes requisitos e também em sua experiência, a inversão não será 
automática porque ela não é obrigatória, e também é chamada de inversão 
ope judicis. 
 
 Desta forma, a demonstração de apenas um dos requisitos será suficiente 
para que a inversão ope judicis seja determinada pelo juiz. 
 
 
4 Fabrício Bolzan. Direito do Consumidor Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013. Pág. 248. 
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 No CDC temos, também, outra modalidade de inversão que chama ope 
legis. Esta modalidade será obrigatória porque decorre de lei. Sobre este tipo 
de inversão temos a seguinte jurisprudência: 
 
³5(&8562� (63(&,$/�� &21680,'25�� 5(63216$%,/,'$'(� 325� 9Ë&,2� 12�
352'872��$57�����'2�&'&���Ð186�'$�3529$��,19(56­2�³23(�-8',&,6´��$57��
6º, VIII, DO CDC). MOMENTO DA INVERSÃO. PREFERENCIALMENTE NA FASE DE 
SANEAMENTO DO PROCESSO. A inversão do ônus da prova pode decorrer da lei 
�³RSH�OHJLV´���FRPR�QD�UHVSRQVDELOLGDGH�SHOR�IDWR�GR�SURGXWR�RX�GR�VHUYLoR��DUWV��
���H����GR�&'&���RX�SRU�GHWHUPLQDomR�MXGLFLDO��³RSH�MXGLFLV´���FRPR�QR�FDVR�GRV�
autos, versando acerca da responsabilidade por vício no produto (art. 18 do CDC). 
,QWHOLJrQFLD�GDV�UHJUDV�GRV�DUWV������†�ž��,,��H�����†��ž��,��H��ž��9,,,��GR�&'&´�� 
(REsp 802.832/MG, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Segunda Seção, 
DJe 21-9-2011). 
 
¾ Direito ao recebimento de serviços públicos adequados e 
eficazes. 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 
 O poder público também presta serviços como fornecedor, em típica relação 
de consumo, assim, é direito básico do consumidor que o serviço público, além 
de estar à sua disposição, seja adequado e eficiente. 
 Assim, uma vez configurada a relação de consumo, os serviços públicos 
deverão ser prestados de forma adequada, ou seja, de maneira com que atinjam 
os seus objetivos quanto ao fornecimento. Os serviços públicos também devem 
ser eficientes, na medida em que cumpram com seus objetivos propostos em sua 
integralidade. 
 Portanto, o serviço público, prestado diretamente pelo Poder Público ou por 
seu concessionário ou permissionário, deve ser fornecido de maneira adequada, 
eficiente, segura e, quando essencial, deve ser prestado de forma contínua, de 
acordo com o art. 22 do Código de Defesa do Consumidor. 
 
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias 
ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços 
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. 
 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
Instrumentos que Concretizam a Política Nacional das 
Relações de Consumo. 
Nesta última parte da aula, vamos estudar as entidades nacionais, públicas 
e privadas que estão voltadas à defesa dos interesses dos consumidores. 
O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) foi criado com o 
objetivo de implementar e executar a defesa do consumidor por meio de órgãos 
públicos e entidades privadas. 
Tais órgãos públicos e entidades privadas devem obedecer o modelo 
disposto no CDC através dos artigos 105 e 106, para efetivar a Política Nacional 
das Relações de Consumo (Capítulo II, arts. 4º e 5º do CDC). 
 
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos 
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa 
do consumidor. 
 
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de 
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de 
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: 
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao 
consumidor; 
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões 
apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou 
privado; 
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias; 
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de 
comunicação; 
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de 
delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente; 
VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas 
processuais no âmbito de suas atribuições; 
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem 
administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos 
consumidores; 
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e 
Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e 
segurança de bens e serviços; 
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a 
formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos 
estaduais e municipais; 
(.....) 
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento Nacional de 
Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória 
especialização técnico-científica. 
 
 Nas palavras de Leonardo Roscoe Bessa5: ³$�FRQILJXUDomR�GR�6LVWHPD�
Nacional de Defesa do Consumidor e respectiva proposta de articulação entre as 
entidades e órgãos que o compõe se justificam pela grande dimensão do país. 
Cuida-se de instrumento para viabilizar a Política Nacional das Relações de 
&RQVXPR�� RX� VHMD�� ³R� DWHQGLPHQWR� GDV� QHFHVVLGDGHV� GRV� FRQVXPLGRUHV�� R�
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses 
econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e 
harmonia das relDo}HV�GH�FRQVXPR´��DUW���ž��FDSXW��GR�&'&�´� 
A partir de agora vamos ver os principais órgãos e entidades que 
implementam o direito do consumidor, suas funções e modo de atuação. 
 
¾ Ministério Público. 
 Assim dispõe o art. 127 da Constituição Federal: 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses 
sociais e individuais indisponíveis. 
 
Nas últimas décadas uma série de leis vem ampliando as hipóteses de 
atuação do MP, que é hoje reconhecido como um importante órgão de defesa de 
direitos coletivos relacionados ao meio ambiente, portadores de deficiência, 
consumidores, crianças e adolescentes. 
 O CDC em seu art. 5º inciso II fala: 
Art. 5°. Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com os seguintes instrumentos, entre outros: 
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do 
Ministério Público; 
 
 A criação destas promotorias de defesa do consumidor dependerá da 
organização interna de cada instituição, o certo é que nas capitais dos Estados 
existem um ou mais promotores que possuem a atribuição exclusiva de defesa 
dos consumidores ± na dita promotoria de defesa do consumidor. 
 
5 Manual de Direito do Consumidor. Ed. Revista dos Tribunais; 4ª edição; 2012. Pág. 389. 
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Já nas cidades do interior a situação não é a mesma, pois nestas cidades 
um promotor terá várias atribuições, ou seja, atuará na área criminal, de família 
e também na defesa dos consumidores. 
 A promotoria de defesa dos consumidores atuará na tutela dos interesses 
e direitos coletivos dos consumidores. Investigará qualquer lesão a direitos 
coletivos do consumidor através da instauração de inquérito civil ou procedimento 
de investigação preliminar, onde realizará várias diligências investigatórias. 
 Concluídas as investigações, e tendo o Promotor ou procurador concluído 
que realmente ocorreu ofensa a direito coletivo do consumidor, haverá dois 
caminhos: 
1. O primeiro será chamar a empresa e sugerir a assinatura de um termo de 
ajustamento de conduta (TAC) com a previsão de multa em caso de 
descumprimento. 
2. Caso a assinatura do TAC não seja possível, o MP ajuizará ação coletiva 
para definir o assunto no âmbito do poder judiciário. 
Caso o promotor constate, antes ou após a realização das diligências, que 
a reclamação constitui apenas ofensa a interesse individual, orientará o 
consumidor a procurar o PROCON. Esta reclamação, que a princípio não 
configurou ofensa a interesses coletivos do consumidor, será arquivada, o que 
não impede novas investigações. 
 
¾ Defensoria Pública. 
 Apesar de não integrar formalmente o Sistema Nacional de Defesa do 
Consumidor, a defensoria pública exerce diretamente a defesa do consumidor. 
 Assim dispõe o art. 134 da Constituição Federal: 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, 
na forma do art. 5º, LXXIV. 
 
 Desta forma, enquanto um consumidor de classe média pode absorver 
pequenos custos indevidamente cobrados, sem que isto afete seu orçamento, o 
mesmo não acontece com uma pessoa considerada de baixa renda, onde a menor 
soma paga indevidamente fará diferença no orçamento da família. 
Portanto, a defensoria pública atende a consumidores lesados que não 
possuem recursos para custear um advogado particular. Mas poderá também 
defender interesses coletivos ± ajuizando ações civis públicas para resolver em 
um único processo lesões a vários consumidores. 
 
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 ¾ Delegacia do Consumidor. 
 A delegacia do consumidor é um órgão da polícia civil que irá apurar as 
infrações penais contra as relações de consumo, isto ocorrerá por meio de 
inquérito policial ou termo circunstanciado. 
 Atente para o art. 5º, III do CDC. 
 
Art. 5°. Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com os seguintes instrumentos, entre outros: III - criação de delegacias de 
polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de 
consumo; 
 
 A criação de tais órgãos depende da iniciativa do Estado. 
 A atuação da delegacia começará no momento em que se tiver notícia de 
algum crime praticado contra as relações de consumo, neste instante será feita 
uma investigação através de inquérito policial ou termo circunstanciado, 
apurando suas circunstâncias e sua autoria. Terminadas as investigações, o 
termo ou o inquérito é encaminhado ao promotor de justiça que cuide da área 
criminal para que ele decida se instaura um processo criminal ou se arquiva o 
inquérito ou termo. 
 
¾ Procon. 
 Procon é como são chamados os órgãos municipais e estaduais de defesa 
do consumidor. São eles os responsáveis pela aplicação das sanções 
administrativas aos fornecedores que infringirem as normas de proteção ao 
consumidor. 
 Além da aplicação das sanções (assunto que será estudado em nossa aula 
04), compete também ao Procon o trabalho de informação6 dos direitos do 
consumidor, como também a conciliação entre as partes. 
 Nas palavras de Leonardo Roscoe Bessa7: ³2�DWHQGLPHQWR�GD�SUHWHQVmR�GR�
consumidor, no âmbito do Procon, além de servir da circunstância atenuante na 
imposição da pena administrativa, possui outra relevante repercussão prática. 
Alguns Procons divulgam, anualmente, com base no art. 44 do CDC, relação de 
estabelecimentos comerciais que não respeitam os direitos dos consumidores. 
Essa relação é conhecida como cadastro de maus fornecedores e deve indicar a 
H[LVWrQFLD� GH� UHFODPDo}HV� IXQGDPHQWDLV�� EHP� FRPR� ³VH� D� UHFODPDomR� IRL�
atendida ou não pHOR�IRUQHFHGRU´´� 
 Por fim, ressaltamos que por força do art. 82, III do CDC qualquer entidade 
ou órgão da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem 
 
6 Alguns Procons possuem páginas na internet para orientação dos consumidores. 
7 Manual de Direito do Consumidor. Ed. Revista dos Tribunais; 4ª edição; 2012.Pág. 399. 
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personalidade jurídica, está autorizado a ajuizar ação coletiva para tutela dos 
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos do consumidor. 
 
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: 
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem 
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos 
protegidos por este código; 
 
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser 
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: 
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas 
e ligadas por circunstâncias de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; 
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de 
origem comum. 
 
¾ O Cadastro de reclamações. 
Além da aplicação de sanções, o Procon também organizará e divulgará 
lista de fornecedores que não respeitam os direitos dos consumidores. 
Pois, assim como uma loja levanta uma quantidade razoável de 
informações a seu respeito antes de lhe conceder um crédito, nada mais justo 
que o consumidor também possa utilizar de tal ferramenta para levantar 
informações do fornecedor antes de concluir o negócio, evitando, deste modo, 
lesões a seus direitos. 
 
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de 
reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo 
divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida 
ou não pelo fornecedor. 
 
Ainda, será obrigatória a inclusão no cadastro do nome do fornecedor, 
assim como seu nome fantasia e razão social, contra o qual foi apresentada 
reclamação fundamentada e se a mesma foi atendida ou não. 
O objetivo legal é a ampla divulgação, com a publicação dos nomes, ao 
menos, no diário oficial. 
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De acordo com o parágrafo 1º do art. 44, o cadastro de reclamações deverá 
ficar à disposição dos consumidores para consulta. 
 
Art. 44. § 1°. É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e 
consulta por qualquer interessado. 
 
¾ Associações civis de defesa do consumidor. 
 Além dos órgãos estatais de defesa do consumidor teremos também as 
entidades civis ou organizações não governamentais - as ONGS ± de defesa do 
consumidor. 
 O CDC dispõe sobre o dever de o poder público incentivar a criação e 
desenvolvimento de associações representativas dos interesses dos 
consumidores nos arts. 4º, II e 5º, V: 
Art. 4º. A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento 
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a 
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como 
a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, 
segurança, durabilidade e desempenho. 
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com os seguintes instrumentos, entre outros: V - concessão de estímulos à 
criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. 
 
 Nas palavras de Leonardo Roscoe Bessa: ³$V� DVVRFLDo}HV� GH� GHIHVD� GR�
consumidor, em geral, realizam trabalho de conscientização de direitos, por meio 
de campanhas, cartilhas, revistas etc. Também estão autorizadas legalmente, 
após um ano de constituição, a ajuizar ações coletivas que podem beneficiar tanto 
os associados como os demais consumidores que se encontram em situação 
semelhante (art. 82, IV, do C'&�´� 
 
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: IV 
- as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre 
seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, 
dispensada a autorização assemblear. 
 
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 ¾ Brasilcon. 
 O Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor não se trata 
de um instituto para a defesa do consumidor, mas sim de uma associação civil 
de âmbito nacional, de caráter científico, técnico e pedagógico, sem fins 
lucrativos ou filiação partidária, ³TXH�SRVVXL�RV�VHJXLQWHV�REMHWLYRV��SURPRYHU�D�
implementação dos direitos do consumidor; buscar a harmonização da proteção 
do consumidor com o desenvolvimento econômico-social, sempre com vistas à 
realização de um mercado transparente e justo; realizar atividades de pesquisa, 
estudo, elaboração, coleta e difusão de dados sobre a proteção do consumidor; 
prestar assessoria técnico-científica a outras associações de consumidores, aos 
órgãos públicos e às entidades privadas que, direta ou indiretamente, estejam 
HQYROYLGRV�FRP�D�TXHVWmR�GD�YDORUL]DomR�GR�FRQVXPLGRU´ (www.brasilcon.org.br). 
 
¾ IDEC. 
 O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor é uma associação de 
consumidores que não mantém qualquer vínculo ou subordinação a outras 
entidades públicas ou privadas. 
 Além do trabalho de orientação voltado para seus associados, o IDEC tem 
se destacado pelo ajuizamento de ações coletivas, que resultam em benefícios 
concretos para milhares de consumidores, como também pela realização e 
divulgação de testes rigorosos que aferem a qualidade e realizam análise 
comparativa entre os mais diversos produtos e serviços disponíveis no mercado: 
www.idec.org.br 
 
¾ DPDC. 
 O objetivo do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor é 
promover a integração e harmonia entre os diversos órgãos de implementação 
do direito do consumidor. 
 Foi criado pelo Decreto 2.181/1997, no âmbito da Secretaria de Direito 
Econômico ± SDE do Ministério da Justiça. Porém, atualmente, o DPDC, auxilia a 
Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) na execução da Política Nacional 
das Relações de Consumo. Este órgão continua cumprindo com suas 
competências estabelecidas no CDC, porém, agora, vinculado a Senacon. 
 Como vimos acima, o art. 105 do CDC dispõe que integram o Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor, os órgãos federais, estaduais, do Distrito 
Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. E, na 
sequência, temos o art. 106 que dispõe sobre as atribuições do DPDC: 
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria 
Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é 
organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do 
Consumidor, cabendo-lhe: 
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Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao 
consumidor; 
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões 
apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou 
privado; 
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias; 
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de 
comunicação; 
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de 
delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente; 
VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas 
processuais no âmbito de suas atribuições; 
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem 
administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos 
consumidores; 
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e 
Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e 
segurança de bens e serviços; 
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a 
formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos 
estaduais e municipais; 
(.....) 
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades. 
Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento Nacional de 
Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória 
especialização técnico-científica. 
 
 Assim, com o objetivo de implementação e integração entre os diversos 
órgãos de defesa do consumidor, o DPDC tem realizado seminários e encontros 
QDFLRQDLV�� ³RQGH são discutidos temas diversos para se obter soluções 
KDUP{QLFDV�H�FRQVHQVXDLV´��/HRQDUGR�5RVFRH�%HVVD8). 
 Ainda, de acordo com o art. 56 do CDC é permitido que o DPDC aplique 
sanções administrativas. 
 Além disso, com o objetivo de informar a população sobre seus direitos, o 
DPDC promove a confecção de exemplares do Código de Defesa do Consumidor 
e cartilhas esclarecedoras, como também mantém uma página na internet: 
www.mj.gov.br/dpdc. 
 
 
 
8 Manual de Direito do Consumidor. Ed. Revista dos Tribunais; 4ª edição; 2012.Pág. 409. 
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e
 
 
 
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 ¾ SINDEC. 
 O Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, é organizado 
e mantido pelo DPDC, e de acordo com a sua página ± 
www.mj.gov.br/dpdc/sindec, trata-VH� GH� ³SURJUDPD� TXH� LQWHJUD� HP� UHGH� DV�
ações e informações da defesa do consumidor. Ele representa o trabalho do 
Coordenador do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e dos Procons 
integrados, e forma um todo harmônico para proteção estratégica e qualificada 
GRV�FRQVXPLGRUHV�GH�QRVVR�3DtV´� 
 Nas palavras de Leonardo Roscoe Bessa9: ³2�6,1'(&�LQVWLWXL�XPD�EDVH�GH�
dados nacional e estadual que disponibiliza informações e gráficos em tempo real, 
cria novos mecanismos para a inclusão dos órgãos municipais e ainda estabelece 
a base tecnológica necessária para a elaboração de Cadastros Estaduais e 
Nacional de Reclamações Fundamentadas, previstos no Código de Defesa do 
&RQVXPLGRU´� 
 Este acesso a informação possibilita que os consumidores e fornecedores 
tenham transparência nas relações de consumo, sendo um instrumento de 
controle social, construindo um mercado de consumo mais equilibrado. 
 Os Procons estaduais já estão integrados ao SINDEC, sendo que por meio 
da página na internet pode-se fazer uma consulta utilizando dois critérios: ¹perfil 
do consumidor e ²fornecedor. 
 O SINDEC é um reflexo das demandas dirigidas aos Procons, o cadastro é 
a resposta do órgão em relação às reclamações dos consumidores, devendo 
informar os nomes dos fornecedores contra os quais foram apresentadas 
reclamações fundamentadas em determinado período, bem como se a pretensão 
do consumidor foi atendida ou não (Leonardo Roscoe Bessa10). 
 
¾ Outros órgãos que também promovem a defesa do 
consumidor. 
 Podemos citar aqui vários órgãos que foram criados com o objetivo de 
fiscalizar atividades econômicas, e que indiretamente defenderão os interesses 
dos consumidores. 
 No âmbito federal podemos citar a Anatel (Agência Nacional de 
Telecomunicações); Aneel (Agência Nacional de energia elétrica); ANP (Agência 
Nacional de Petróleo); ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar); Embratur 
(Instituto Brasileiro de Turismo); Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial); Anac (Agência Nacional de Aviação Civil); 
CVM (Comissão de Valores Imobiliários); Susep (Superintendência de Seguros 
Privados) e a própria ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). 
 
9 Manual de Direito do Consumidor. Ed. Revista dos Tribunais; 4ª edição; 2012. Pág. 410. 
10 Manual de Direito do Consumidor. Ed. Revista dos Tribunais; 4ª edição; 2012.Pág. 411. 
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b
 
 
 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
 No âmbito estadual temos a vigilância sanitária, que dentre outras funções, 
recebe reclamações dos consumidores acerca de questões de saúde pública, 
como higiene dos estabelecimentos, ou comercialização de alimentos impróprios 
para o consumo. 
 
Considerações Finais 
 
Assim, encerramos mais uma aula. Como de costume aconselho que faça 
as questões propostas e que também faça a releitura das aulas do curso. 
 
Até mais e bom estudo. 
Aline Baptista Santiago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d
 
 
 
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Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
Questões da FADESP/FGV/FCC/CESPE 
Como solicitado nos cursos anteriores que ministramos, apresentaremos 
uma lista de questões com gabarito e ao final colocaremos as questões com 
comentários, desta forma facilitamos para aqueles que estudam diretamente pelo 
computador, mas também ajudamos quem irá estudar pelas aulas impressas. 
 
 
 
 
Lista de Questões e Gabarito 
1. FADESP 2010/CREA-PA/Técnico em Tecnologia da Infomação e 
Comunicação - Web Designer. O Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 
8078/90) dispõe sobre os direitos básicos do consumidor e seus mecanismos de 
tutela. Acerca dos direitos nele expostos, é correto afirmar que: 
a) são garantidos ao consumidor apenas os direitos previstos na Lei n.º 
8078/90, excluindo-se os advindos de tratados e convenções, ainda que 
destes o Brasil seja signatário. 
b) a violação a direito do consumidor não constitui crime, mas tão somente 
prática reprovável pela sociedade. 
c) são consideradas válidas todas as cláusulas contratuais impostas pelo 
fornecedor, mesmo que manifestamente abusivas. 
d) é direito do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais,coletivos e difusos. 
 
2. FGV 2014/Pref. de Osasco-SP/Agente Fiscal. Entre os direitos básicos do 
consumidor, incluem-se: 
a) Informação, facilitação da defesa de seus direitos e ações possessórias; 
b) Imputabilidade, facilitação da defesa de seus direitos e ações possessórias; 
c) Informação, acesso aos órgãos judiciários e efetiva prevenção e reparação 
de danos; 
d) Revisão contratual, efetiva prevenção e reparação de danos e 
imputabilidade; 
e) Ações possessórias, efetiva prevenção e reparação de danos e 
imputabilidade. 
 
3. FGV 2013/TJ-AM/Juiz. Com relação ao Art. 6° da Lei n. 8.078/90, que, em 
seus incisos, enumera os direitos básicos do consumidor, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. São direitos básicos do consumidor "a adequada e eficaz prestação dos serviços 
públicos em geral" e "o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas 
à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos 
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ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos 
necessitados". 
II. São direitos básicos do consumidor "a modificação das cláusulas contratuais 
que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas" e, ainda, "a facilitação 
da defesa de seus direitos, sendo obrigatória, em qualquer caso, a inversão do 
ônus da prova". 
III. São direitos básicos do consumidor "a educação e divulgação sobre o 
consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha 
e a igualdade nas contratações" e "a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos". 
 
Assinale: 
a) Se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) Se todos as afirmativas estiverem corretas 
 
4. FGV 2011/OAB/Exame de Ordem Unificado. Analisando o artigo 6º, V, do 
&yGLJR� GH� 'HIHVD� GR� &RQVXPLGRU�� TXH� SUHVFUHYH�� ³6mR� GLUHLWRV� EiVLFRV� GR�
consumidor: V ± a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes 
TXH�DV�WRUQHP�H[FHVVLYDPHQWH�RQHURVDV´��DVVLQDOH�D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�� 
a) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade 
das partes. 
b) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato 
firmado entre consumidor e fornecedor. 
c) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. 
d) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. 
 
5. FCC 2015/TJ-PE/Juiz Substituto. Após introduzir no mercado de consumo 
um determinado modelo de liquidificador, sua fabricante descobre que, 
funcionando na potência máxima por mais de cinco minutos, o aparelho pode vir 
a explodir. Nesse caso, 
a) Compete a todos os entes federados que tomarem conhecimento da 
periculosidade do produto informar os consumidores a respeito. 
b) O fornecedor deverá imediatamente, no prazo máximo de 60 dias contados 
da ciência do fato, comunicar a periculosidade do produto às autoridades 
competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários a serem 
veiculados na imprensa, rádio e televisão. 
c) Compete ao fornecedor comunicar o perigo às autoridades competentes e 
aos consumidores, mediante anúncios publicitários às expensas da União. 
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d) Desde que o fornecedor alerte sobre o perigo na forma prevista na lei, ficará 
isento de responsabilidade perante consumidores por conta da explosão do 
aparelho, mas apenas em relação aos fatos ocorridos após a divulgação do 
alerta. 
e) Se o fornecedor conhecesse o perigo antes comercializar o liquidificador, 
ainda assim poderia introduzi-lo no mercado de consumo desde que 
prestasse aos consumidores, de forma ostensiva as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito, mediante impressos apropriados 
fornecidos juntamente com o produto. 
 
6. FCC 2013/DPE-AM/Defensor Público. Segundo o Código de Defesa do 
Consumidor, são instrumentos para a execução da política nacional das relações 
de consumo: 
a) A criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de 
consumidores vítimas de infrações penais de consumo e a harmonização 
dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os 
princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição 
Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre 
consumidores e fornecedores. 
b) A educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo, estudo 
constante das modificações do mercado de consumo e a racionalização e 
melhoria dos serviços públicos. 
c) A concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de 
Defesa do Consumidor, a criação de delegacias de polícia especializadas no 
atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo e a 
manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor 
carente. 
d) A instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito 
do Ministério Público, o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor 
no mercado de consumo e o incentivo à criação pelos fornecedores de 
meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e 
serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos 
de consumo. 
e) A manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor 
carente, a criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas 
Especializadas para a solução de litígios de consumo e o reconhecimento 
da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. 
 
7. FCC 2012/TJ-GO/Juiz. (adaptada) No sistema protetivo do consumidor 
a) Os serviços públicos são excluídos, já que objeto de leis próprias. 
b) O acesso ao Poder Judiciário é sempre gratuito aos consumidores, para 
facilitação da defesa de seus interesses. 
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c) Haverá, sempre, a inversão do ônus probatório em benefício do 
consumidor, em face de sua presumida hipossuficiência, que é absoluta. 
d) É garantido o direito de modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. 
 
8. FCC 2012/DPE-SP/Defensor Público. De acordo com o que dispõe de 
forma expressa o art. 5º do Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/90), 
para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com os seguintes instrumentos, EXCETO: 
a) Concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de 
Defesa do Consumidor. 
b) Instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito 
do Ministério Público. 
c)Criação de Delegacias de Polícia especializadas no atendimento de 
consumidores vítimas de infrações penais de consumo. 
d) Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas 
para a solução de litígios de consumo. 
e) Criação de Defensorias Públicas de Defesa do Consumidor, provendo 
assistência jurídica, integral e gratuita, em favor do consumidor 
necessitado. 
 
9. FCC 2011/MPE-CE/Promotor de Justiça. A inversão do ônus da prova para 
facilitação da defesa dos direitos do consumidor no processo civil é 
a) Obrigatória quando o pedido se fundar em norma de ordem pública, porque 
o interesse privado do fornecedor neste caso deverá ser sempre afastado. 
b) Obrigatória, sempre que o Ministério Público for o autor da ação e, nos 
casos em que, intervindo como fiscal da lei, requerer aquele benefício. 
c) Inadmissível quando o objeto do processo revestir interesse 
exclusivamente privado, para não ferir o princípio da isonomia. 
d) Admissível, a critério do juiz, desde que a parte o requeira, mediante 
declaração de pobreza firmada de próprio punho, porque ela firma 
presunção relativa de sua hipossuficiência. 
e) Admissível quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando 
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência. 
 
10. FCC 2010/Banco do Brasil/Escriturário. São direitos básicos do 
consumidor: 
I. A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
não sendo asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações. 
II. A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e 
preço, bem como sobre os riscos que apresentem. 
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III. A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, exceto contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas 
no fornecimento de produtos. 
IV. A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas. 
V. A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, IV e V. 
b) III e IV. 
c) I, II e III. 
d) I e III. 
e) I, III e V. 
 
11. FCC 2010/DPE-SP/Defensor Público. O boletim Brasil-Transgênicos, nº 
477, de 12.02.2010, da AS-PTA (Associação pela Agricultura Familiar e 
Agroecologia) e o portal www.fetecsp.org.br, em 11.02.2010, publicaram a 
seguinte nota: "O Ministro Sérgio Rezende referendou o nome de Edilson Paiva 
para presidir a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio durante os 
próximos dois anos. Paiva é tão defensor dos alimentos transgênicos que tempos 
atrás disse aos jornais que uma das vantagens da soja da Monsanto é que as 
pessoas podem até beber o veneno nela aplicado que não irão morrer. Ele 
também é contra a rotulagem de transgênicos nas embalagens dos produtos e 
considera que o princípio da prevenção é na verdade um princípio da obstrução." 
No âmbito do sistema tutelar do consumidor, as declarações do novo presidente 
da CTNBio ferem qual direito básico dos consumidores? 
a) Direito de acesso aos órgãos administrativos e judiciários. 
b) Proteção contra publicidade enganosa. 
c) Direito à segurança e ampla defesa. 
d) Presunção de vulnerabilidade do consumidor. 
e) Proteção contra os riscos e informações claras sobre os produtos. 
 
12. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. A respeito das características e princípios do CDC 
e da Política Nacional das Relações de Consumo, julgue o item. 
Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com diversos instrumentos, entre os quais se destaca a manutenção de 
assistência jurídica integral e gratuita para os consumidores lesados, 
independentemente de sua situação econômico-financeira. 
 
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13. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. A respeito das características e princípios do CDC 
e da Política Nacional das Relações de Consumo, julgue o item.O princípio da boa-
fé, previsto no CDC, tem caráter subjetivo, pois expressa um comportamento 
caracterizado pelo erro ou pela ignorância, para o estabelecimento do equilíbrio 
nas relações de consumo. 
 
14. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. A respeito das características e princípios do CDC 
e da Política Nacional das Relações de Consumo, julgue o item.Os direitos 
previstos no CDC excluem, em razão da sua especificidade, outros decorrentes 
de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem 
como os que derivem dos princípios gerais do direito, da analogia, dos costumes 
e da equidade. 
 
15. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. A respeito das características e princípios do CDC 
e da Política Nacional das Relações de Consumo, julgue o item.O princípio da 
vulnerabilidade, ou da hipossuficiência, não previsto expressamente no CDC, 
divide-se em quatro espécies: técnica, jurídica, fática e informacional. 
 
16. CESPE 2010/MPE-SE/Promotor. As formas de execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo previstas pelo governo não incluem a hipótese 
de Criação de juizado especial para causas consumeristas. 
 
17. CESPE 2010/MPE-SE/Promotor. As formas de execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo previstas pelo governo não incluem a hipótese 
de Criação de delegacias especializadas em matéria consumerista. 
 
18. CESPE 2010/MPE-SE/Promotor. As formas de execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo previstas pelo governo não incluem a hipótese 
de Criação de promotorias de justiça especializadas em matéria de consumidor. 
 
19. CESPE 2010/MPE-SE/Promotor. As formas de execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo previstas pelo governo não incluem a hipótese 
de Criação de associações de consumidores para defesa destes nas relações de 
consumo. 
 
20. CESPE 2010/MPE-SE/Promotor. As formas de execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo previstas pelo governo não incluem a hipótese 
de Garantia de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente. 
 
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21. CESPE 2012/DPE-ES/defensor. São objetivos principais do Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor ² composto por órgãos federais, estaduais, 
municipais e do Distrito Federal, além de entidades privadas de defesa do 
consumidor ² o planejamento, a elaboração, a coordenação e a execução da 
Política Nacional de Proteção ao Consumidor. 
 
22. CESPE 2012/TJ-BA/Juiz. 2V�352&21¶V��yUgãos oficiais locais subordinados 
hierarquicamente ao DNDC e criados, na forma da lei, para exercer as atividades 
contidas no CDC, atuam junto às comunidades prestando atendimento direto aos 
consumidores. 
 
23. CESPE 2012/TJ-BA/Juiz. Para a consecução de seus objetivos, o DNDC 
poderá requisitar oconcurso de órgãos e entidades de notória especialização 
técnico-científica. Se se omitir, o requisitado cometerá crime tipificado no CDC. 
 
24. CESPE 2012/TJ-BA/Juiz. O SNDC resulta da conjugação de esforços do 
Estado, nas diversas unidades da Federação, para a implementação efetiva dos 
direitos do consumidor e para o respeito da pessoa humana na relação de 
consumo. Para impedir a manipulação ao livre mercado, é vedada a participação 
de entidades privadas no SNDC. 
 
25. CESPE 2012/DPE-AC/Defensor. Com relação ao SNDC e à convenção 
coletiva de consumo, julgue o item. 
O SNDC é constituído exclusivamente de entidades públicas de âmbito nacional. 
 
26. CESPE 2012/DPE-AC/Defensor. Com relação ao SNDC e à convenção 
coletiva de consumo, julgue o item. Compete, primordialmente, à delegacia do 
consumidor, órgão do Poder Judiciário, a apuração das infrações penais contra as 
relações de consumo. 
 
27. CESPE 2012/DPE-AC/Defensor. Com relação ao SNDC e à convenção 
coletiva de consumo, julgue o item. A principal atribuição do PROCON é aplicar, 
diretamente, em conformidade com o CDC, as sanções administrativas aos 
fornecedores que violem as normas de proteção ao consumidor. 
 
28. CESPE 2011/TJ-ES/Juiz. O Departamento Nacional de Defesa do 
Consumidor, vinculado à Secretaria Nacional de Direito Econômico, do Ministério 
da Justiça, ou órgão federal que venha a substituí-lo, é organismo de 
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-
lhe incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, 
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a formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos 
públicos estaduais e municipais. 
 
29. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. O CDC prevê como instrumentos para a 
realização da política de consumo a participação de diversos órgãos públicos e 
entidades privadas, bem como o incremento de vários institutos. Determina o 
CDC que o esforço seja nacional, com a integração dos mais diversos segmentos 
que têm contribuído para a evolução da defesa do consumidor no Brasil. Em face 
dessas informações, julgue os itens a respeito do SNDC e dos demais órgãos que 
o compõem. 
Compete ao DNDC, entre outras atribuições, instaurar inquérito policial ou civil 
para apurar crime ou lesão aos consumidores, assim como ajuizar ação 
cominatória contra os infratores das normas consumeristas. 
 
30. CESPE 2012/TJ-CE/Juiz. O CDC prevê como instrumentos para a 
realização da política de consumo a participação de diversos órgãos públicos e 
entidades privadas, bem como o incremento de vários institutos. Determina o 
CDC que o esforço seja nacional, com a integração dos mais diversos segmentos 
que têm contribuído para a evolução da defesa do consumidor no Brasil. Em face 
dessas informações, julgue os itens a respeito do SNDC e dos demais órgãos que 
o compõem. 
O Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, programa que 
integra em rede as ações e informações da defesa do consumidor, representa o 
trabalho do coordenador do SNDC e dos PROCONs integrados, formando um todo 
harmônico para a proteção estratégica e qualificada dos consumidores brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
1.D 2.C 3.C 4.C 5.A 6.C 7.D 8.E 9.E 10.A 
11.E 12.E 13.E 14.E 15.E 16.E 17.E 18.E 19.C 20.E 
21.C 22.E 23.E 24.E 25.E 26.E 27.C 28.C 29.E 30.C 
 
 
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Questões Comentadas 
1. FADESP 2010/CREA-PA/Técnico em Tecnologia da Infomação e 
Comunicação - Web Designer. O Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 
8078/90) dispõe sobre os direitos básicos do consumidor e seus mecanismos de 
tutela. Acerca dos direitos nele expostos, é correto afirmar que: 
a) são garantidos ao consumidor apenas os direitos previstos na Lei n.º 
8078/90, excluindo-se os advindos de tratados e convenções, ainda que 
destes o Brasil seja signatário. 
b) a violação a direito do consumidor não constitui crime, mas tão somente 
prática reprovável pela sociedade. 
c) são consideradas válidas todas as cláusulas contratuais impostas pelo 
fornecedor, mesmo que manifestamente abusivas. 
d) é direito do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. 
 
Comentário: 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; 
Gabarito letra D. 
 
2. FGV 2014/Pref. de Osasco-SP/Agente Fiscal. Entre os direitos básicos do 
consumidor, incluem-se: 
a) Informação, facilitação da defesa de seus direitos e ações possessórias; 
b) Imputabilidade, facilitação da defesa de seus direitos e ações possessórias; 
c) Informação, acesso aos órgãos judiciários e efetiva prevenção e reparação 
de danos; 
d) Revisão contratual, efetiva prevenção e reparação de danos e 
imputabilidade; 
e) Ações possessórias, efetiva prevenção e reparação de danos e 
imputabilidade. 
 
Comentário: 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; 
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VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada 
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
Gabarito letra C. 
 
3. FGV 2013/TJ-AM/Juiz. Com relação ao Art. 6° da Lei n. 8.078/90, que, em 
seus incisos, enumera os direitos básicos do consumidor, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. São direitos básicos do consumidor "a adequada e eficaz prestação dos serviços 
públicos em geral" e "o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas 
à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos 
ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos 
necessitados". 
II. São direitos básicos do consumidor "a modificação das cláusulas contratuais 
que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas" e, ainda, "a facilitação 
da defesa de seus direitos, sendo obrigatória, em qualquer caso, a inversão do 
ônus da prova". 
III. São direitos básicos do consumidor "a educação e divulgação sobre o 
consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha 
e a igualdade nas contratações" e "a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos". 
 
Assinale: 
a) Se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) Se todos as afirmativas estiverem corretas

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