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PENSADORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

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PENSADORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
Max Weber, Émile Durkheim e Karl Marx - os três principais pensadores clássicos da sociologia.
ÉMILE DURKHEIM
Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês. É considerado o pai da Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica Francesa. É o criador da teoria da coesão social. Junto com Karl Marx e Max Weber, formam um dos pilares dos estudos sociológicos.
Émile Durkheim (1858-1917) nasceu em Epinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de 1858. Descendente de família judia, filho e neto de rabinos, foi preparado para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua herança judaica. Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris. Estudou filosofia na Escola Normal Superior de Paris.
O fato de Durkheim não ter seguido os preceitos da cultura judaica pode ter influenciado no teor de seus estudos e de suas preocupações religiosas, preferindo analisá-las desde o ponto de vista social. Estudou as teorias de Auguste Comte e Herbert Spencer, o que fez com que conferisse uma matriz científica às suas teorias.
Em 1897 fundou a revista L’Année Sociologique na qual reuniu um eminente grupo de estudiosos. Formou grande número de discípulos que por sua vez forneceram contribuições à pesquisa sociológica. A teoria dos fatos sociais de Durkheim influiu decisivamente sobre o desenvolvimento da Sociologia Científica do século XX.
Émile Durkheim foi nomeado professor de Ciências Sociais em curso criado especialmente para ele, e de Pedagogia, na Universidade de Bordeaux. Em 1902, foi nomeado para a primeira cadeira de Sociologia na França, e para a cadeira de Pedagogia, ambas na Sorbonne. Émile Durkheim foi considerado um dos fundadores da Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica Francesa, rival da Escola da Ciência Social de Frédéric Le Play.
Durkheim escreveu obras que foram definitivas nos rumos dos estudos sociológicos. No livro "Da Divisão do Trabalho Social" (1893), ele estabeleceu as bases da sociedade comparando a um organismo vivo, onde cada parte funcionava como um órgão biológico que agiria de forma dependente. Assim, numa sociedade "doente", que ele denominava de anomia, a cura para o melhor funcionamento social seria a solidariedade orgânica.
No livro "As Regras do Método Sociológico" publicado em 1895, estabeleceu as bases para a sociologia como ciência. Em sua obra "O Suicídio" (1897), avaliou que o maior nível de integração social estava ligado aos índices de suicídio, que seriam maiores quanto mais frágeis fossem os laços sociais. Também pesquisou assuntos sobre religião, através do livro "Formas Elementares da Vida Religiosa", publicado em 1912.
Émile Durkheim morreu no dia 15 de novembro de 1917. Seus restos mortais encontram-se no cemitério de Montparnasse, em Paris.
OBRAS DE ÉMILE DURKHEIM
Da Divisão do Trabalho Social, 1893
As Regras do Método Sociológico, 1895
O Suicídio, 1897
As Formas Elementares da Vida Religiosa, 1912
A Educação e a Sociologia, 1922 (obra póstuma)
Sociologia e Filosofia, 1924 (obra póstuma)
A Educação Moral, 1925 (obra póstuma)
KARL HEINRICH MARX
Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, Economia, entre outras.
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trèves, cidade ao sul da Prússia - um dos muitos reinos em que a Alemanha estava fragmentada, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Frederico Guilherme III. Em 1835 concluiu o curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm. Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura na Universidade de Bonn.
No final de 1836, vai para Berlim, onde se propagam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha. Entre 1838 e 1840, dedica-se a elaboração de sua tese. Doutorou-se em Filosofia em 1841, na Universidade de Iena, com a tese "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".
Por motivos políticos, Karl não é nomeado professor, as universidades não aceitam mestres que seguem as ideias de Hegel. Desiludido, dedica-se ao jornalismo. Escreve artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação. Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal Gazeta Renana, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.
Em julho de 1843, casa-se com Jenne, irmã de seu amigo Edgard von Westphalen. O casal muda-se para Paris, onde Marx junto com Ruge funda a revista "Anais Franco Alemães", e publica os artigos de Fredrich Engels. Publica também "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Ingressa numa sociedade secreta, mas é expulso da cidade.
Em fins de 1844, Marx começa a escrever para o "Vornaerts", em Paris. As opiniões desagradam o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia, que pressiona o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre eles Marx e Engels. Em fevereiro é obrigado a sair da França e vai para a Bélgica.
Dedica-se a escrever teses sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães, com filiais por toda a Europa. No Segundo Congresso da Liga, são solicitados para redigir um manifesto.
No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista", onde esboça suas principais ideias com a luta de classe e o materialismo histórico. Critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um apelo pela união dos operários no mundo todo. Pouco tempo depois, Karl e sua mulher são presos e expulsos da Bélgica.
Depois de vários exílios e privações, Max finalmente se instala em Londres. Apesar da crise, em 1864 funda a "Associação Internacional dos Trabalhadores", que fica conhecida como "Primeira Internacional". Com a ajuda de Engels, publica em 1867, o primeiro volume de sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia capitalista.
Karl Heinrich Marx morreu em Londres, Inglaterra, no dia 14 de março de 1883.
OBRAS DE KARL HEINRICH MARX
O Manifesto Comunista (1848): em parceria com Friedrich Engels, critica a propriedade privada e o modo de produção capitalista (que privilegia os detentores dos meios de produção) e a forma com que a sociedade acabou se estruturando em função disso. O manifesto também busca demonstrar que o proletariado pode organizar-se para reverter essa situação, na chamada luta de classes.
A maior obra de Marx é o “O capital”, nessa obra Max faz uma analise da sociedade capitalista. Karl também fala sobre cultura, politica, economia e sociedade. Uma obra extensa que até hoje é importante nos estudos para entender como funcionaria uma sociedade socialista.  Outras obras de Karl Marx são: A Ideologia Alemã, O Manifesto Comunista, A Questão Judaica, crítica ao Programa de Gotha, Guerra Civil na França. Em O Manifesto Comunista, Marx em parceria com Engels, é o tratado político do partido Comunista e até hoje é uma grande influência para muitas pessoas.
O 18 Brumário de Luís Bonaparte: analisa o que levou a Revolução de 1848 para o golpe de Estado de Napoleão, 1851, na França, interpretando o fato.
MAX WEBER
Max Weber (1864-1920) foi um importante sociólogo e destacado economista alemão. Suas grandes obras são, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e "Economia e Sociedade". Dedicou suavida ao trabalho acadêmico, escrevendo sobres assuntos variados como o espírito do capitalismo e as religiões chinesas.
Max Weber (1864-1920) nasceu em Erfurt, Turíngia, Alemanha, no dia 21 de abril de 1864. Formou-se em Direito e doutorou-se em Economia. Foi nomeado professor de economia da Universidade de Heidelberg. Entre 1900 e 1918, ficou afastado do magistério em consequência de um colapso nervoso. No período que ficou afastado, colaborou em diversos jornais alemães e realizou diversas pesquisas.
Desenvolveu importantes trabalhos na Sociologia, foi considerado um dos fundadores da Sociologia Moderna, ao lado de Conte, Marx e Durkheim. Sua grade obra chama-se "Economia e Sociedade”, onde traça um quadro do poder e da política, ou seja, das relações de dominação. Defendia a tese de que a forma de legitimação de um poder é decisiva para se compreender que tipo de poder é aquele.
Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, o sociólogo realizou importante estudo sobre como a religião, especialmente o protestantismo nos EUA, foi um fator importante para a consolidação do capitalismo.
Em contrapartida, Weber achava que o catolicismo tradicional poderia ser um fator impeditivo para o desenvolvimento e prosperidade econômica de países que praticavam aquela religião. Isso se devia ao fato do ideário católico pregar a condenação do lucro. Já a religião protestante possuía maior identificação com a produção de riquezas, justamente, por valorizar o mérito pessoal e o trabalho como meios de valorização espiritual.
A influência de Weber nas ciências sociais é imensa, só comparável a do francês Emile Durkheim e Karl Marx. 
Max Weber morreu em Munique, Alemanha, vítima de pneumonia, no dia 14 de junho de 1920
OBRAS DE MAX WEBER
1889: A história das companhias comerciais na idade média
1891: O direito agrário romano e sua significação para o direito público e privado
1895: O Estado Nacional e a Política Econômica
1904: A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social
1904: A ética protestante e o espírito do capitalismo
1905: A situação da democracia burguesa na Rússia
1905: A transição da Rússia a um regime pseudoconstitucional
1906: As seitas protestantes e o espírito do capitalismo
1913: Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva
1917/1920: Ensaios Reunidos de Sociologia da Religião
1917: Parlamento e Governo na Alemanha reordenada
1917: A ciência como vocação
1918: O sentido da neutralidade axiológica nas ciências políticas e sociais
1918: Conferência sobre o Socialismo
1910/1922: Economia e Sociedade
Dentre seus escritos mais conhecidos destacam-se A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904), a obra póstuma Economia e Sociedade (1920), A ciência como vocação (1917) e A política como vocação (1919)

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