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TRABALHO DE Geologia para Engenharia

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA- UNOESC XANXERÊ 
 
ÁREA DAS EXATAS APLICADAS 
 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ EDUARDO ZANETTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geodos de Ametista: Como ocorreu a formação de Geodos de 
Ametista em Entre Rios – Santa Catarina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê/SC 
2018 
 
 
JOSÉ EDUARDO ZANETTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geodos de Ametista: Como ocorreu a formação de Geodos de 
Ametista em Entre Rios – Santa Catarina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho referente a disciplina de Geologia para 
Engenharia, apresentado ao curso de Engenharia 
Civil, Área das Exatas e Aplicadas, da 
Universidade do Oeste de Santa Catarina. 
 
 
 
Orientador: Prof. Cristina Gouvea Redin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê/SC 
2018 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Os geodes ou geodos (do grego, geoides, terroso) são formações rochosas que 
ocorrem em rochas vulcânicas e ocasionalmente em rochas sedimentares. São 
essencialmente cavidades que se formam nas rochas, apresentando-se revestidas 
por formações cristalinas, muitas vezes apresentando a forma de faixas 
concêntricas. O exterior dos geodos mais comuns é geralmente constituído por 
calcário, enquanto que o interior contém cristais de quartzo e/ou depósitos de 
calcedônia. Outros geodos apresentam-se completamente preenchidos com cristais, 
apresentando-se como uma massa sólida, e tomam o nome de nódulos. 
Os geodos são criados quando bolsões de ar se formam em rocha vulcânica quente. 
Com o passar do tempo, os cristais vão formando-se gradualmente à medida que 
água se infiltra e vaza no bolsão de ar. Os minerais contidos na água se depositam 
na rocha e se acumulam gradualmente para criar os cristais. 
Os cristais de geodo têm aparência diferente dependendo do local onde se 
formaram. As cores dos cristais são majoritariamente determinadas pelos tipos de 
minerais presentes na água que se infiltra nos bolsões de ar. Alguns dos geodos 
mais impressionantes são encontrados na América do Sul. Esses geodos têm 
cristais roxo-escuros no centro e são chamados de geodos de ametista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
A estratigrafia dos derrames e o mecanismo responsável pela forma dos geodos 
(oblatos ou prolatos) são dois significativos aspectos geológicos relacionados à 
formação de jazidas de geodos de ametista nas rochas vulcânicas do Grupo Serra 
Geral. O sul do Brasil, com ênfase em Ametista do Sul (RS), produz 400 ton de 
geodos por mês. 
Abaixo visualizamos um mapa que contem imagens e locais das principais jazidas 
de ametistas e demais pedras Brasileiras: 
 
 
Fonte: Google Imagens 
 
No oeste de Santa Catarina foram realizadas atividades de geologia de campo onde 
integradas com estudos de imagens de satélite e análises químicas de rochas para o 
entendimento da estratigrafia das lavas. O conteúdo de elementos químicos imóveis 
é uma característica de cada um dos seis derrames de basalto da região e possibilita 
a sua identificação. Dentre um total de sete derrames estudados, os dois primeiros 
 
derrames a partir do Rio Chapecó são constituídos por basaltos do tipo Esmeralda e 
os quatro superiores são basaltos do tipo Pitanga; o terceiro derrame é um riodacito 
do tipo Chapecó. 
Foram caracterizados dois derrames de basalto mineralizados a geodos do tipo 
Pitanga, presentes na mesma galeria mineralizada; estudos anteriores indicavam a 
presença de mineralização em apenas um derrame. 
Segundo Carlos Fellemberg (informação verbal), os jazimentos de Santa Catarina 
costumam ocorrer em um derrame situado muito próximo à superfície. Esse derrame 
não está bem caracterizado, parecendo ser geralmente um basalto microvesicular, 
que os garimpeiros chamam de tijolão. Esse posicionamento pode ser devido a 
falhas normais. 
Na mina subterrânea de Entre Rios, a encaixante é um basalto cinza que não parece 
se alterar facilmente como o do Rio Grande do Sul, provavelmente por não possuir, 
como aquele, matriz vítrea, homogênea e sem cristálitos. Mas, basaltos do tipo 
facilmente alterável podem ser encontrados em Coronel Martins e Herval d´Oeste. A 
ametista de Entre Rios é, em geral, de cor mais clara que a do Rio Grande do Sul e 
nem sempre é passível de transformação em citrino. Tanto ela quanto o cristal-de-
rocha podem ser muito límpidos. 
Nas minas de Entre Rios, podem-se observar geodos mineralizados oblatos 
(predominantes) e prolatos em um mesmo derrame mineralizado. A forma dos 
geodos é dependente do ponto de cedência da rocha em diagrama tensão-
deformação, que possui como fator controlador principal a extensão de alteração 
mineralógica do basalto por ação do fluido hidrotermal. A intensidade de alteração 
hidrotermal foi variável ao longo dos derrames mineralizados, devido à maior ou 
menor percolação de fluido. Geodos prolatos são resultado de um ponto de cedência 
baixo (maior alteração), enquanto os oblatos ocorrem quando a porção de rocha 
possui um ponto de cedência alto (menor alteração). 
Fica assim estabelecida a estratigrafia dos sete derrames de Entre Rios e o 
mecanismo de geração de geodos prolatos e oblatos. Esses resultados são 
significativos para a exploração mineral na região. 
Entre Rios é o único municipio do Estado de Santa Catarina que possue em seu 
território extração de Pedras Semi Preciosas como Ametista e Citrino. Existe cerca 
de 13 frentes de extração em atividade. Excursões de outros municipios já visitaram 
 
e ficaram maravilhados com o que viram. Os garimpos estão situados 
aproximadamente 1 Km do Centro da cidade. 
Edilton Ribeiro, Secretário da Administração de Entre Rios, diz que há produção de 
gemas no município em volume irregular, mas já há trinta anos. Ali se faz tratamento 
térmico da ametista e martelação dela e do citrino assim obtido. A produção é 
vendida para empresas do Rio Grande do Sul (Lajeado e Planalto). 
 Os produtores são pequenos proprietários em situação irregular do ponto de vista 
legal, mas que a Prefeitura pretende legalizar. Diferente do que ocorre em 
Itapiranga, a lavra é feita na rocha. 
 
Imagem 01: 
 
Fonte: Autor Desconhecido 
 
 
 
 
 
Imagem 02: 
 
Fonte: Autor Desconhecido 
 
À imagem 01 é do garimpo de ametista na reserva Indígena Xapecó em Entre Rios, 
e a Imagem 02 é a cavidade de onde se retira os geodos no mesmo garimpo. 
 
Imagem 03: Imagem 04: 
 
Fonte: Google Imagens 
As imagem 03 e 04 retratam um geodo de ametista partido ao meio, onde da para 
ver certinho as camadas de quartzo e os cristais ao seu interior. 
 
 
 
 
 
 
Imagem 05: 
 
 
Fonte: Google Maps 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
https://www.cristaisdecurvelo.com.br/pages/GEODO-%252d-Aprenda-Mais-Sobre-
Este-Mineral.html (acesso em 09/06/2018) 
 
 
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/47060/Resumo_9201.pdf?sequenc
e=1 (acesso em 11/06/2018) 
 
http://www.entrerios.sc.gov.br/turismo/item/detalhe/2554 (acesso em 11/06/2018) 
 
http://blogartstones.com.br/conheca-as-pedras/ametista/jazidas-de-ametista-natural/ 
(acesso em 12/06/2018) 
 
 
http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/1632/Mapa%20gemol%C3%B3gi
co%20do%20estado%20de%20Santa%20Catarina.pdf?sequence=1 
(acesso em 12/06/2018) 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=geodo+de+ametista&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwjDs4uf4NTbAhXMDJAKHR45BmUQ_AUICygC&biw=1366&bih=662#imgrc=Yo7LwiwiKwGvbM: (acesso em 13/06/2018) 
 
ZANINI, L. F. P.; BRANCO, P. DE M; CAMOZZATO, E.; RAMGRAB, G. E.. 
Florianópolis folha SG.22.Z-D-V Lagoa folha SG.22-Z-D-VI, Estado de Santa 
Catarina. Brasília: CPRM, 1997. 231 p. il. mapas. (Programa Levantamentos 
Geológicos Básicos do Brasil).

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