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TEXTO: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA FORENSE 
 
1. Dados históricos 
 
 Primeira década do século XX: atuação profissional e surgimento de cursos, 
instituições e publicações; 
 Psicólogos como testemunhas peritas; 
 Sociedade Americana de Psicologia Jurídica (1969). 
 
2. Psicologia Forense X Psicologia Jurídica 
 
 De acordo com Ibañez e Ávila (apud Rovinski, 2000), “Psicologia Forense é toda 
psicologia, experimental ou clínica, orientada para a produção de investigações 
psicológicas e para a comunicação de seus resultados, assim como a realização de 
avaliação e valorações psicológicas, para sua aplicação no contexto legal” (p. 183). 
 Para Freitas (2009) Psicologia Jurídica iria desde o estudo, passando pelo 
tratamento e pelo assessoramento de várias etapas da atividade jurídica, até o cuidado 
com vítimas, infratores e profissionais do Direito. 
 
3. Especificidades 
 
✓ Escopo: o foco da avaliação é determinado pelo sistema legal, relegando ao 
segundo plano aspectos clínicos como diagnóstico ou necessidade de tratamento; 
✓ A perspectiva do cliente: ainda que seja importante a perspectiva do cliente em 
relação ao caso em questão, a investigação não deve ser limitada a esta, deve-se 
levar em conta todas as fontes consideradas relevantes, em decorrência da 
preocupação em relação à exatidão das informações obtidas; 
✓ Voluntariedade e autonomia: em avaliação forense, há uma maior possibilidade 
de se lidar com clientes não-cooperativos e resistentes, uma vez que se submetem 
à avaliação por ordem de um juiz ou advogado, e não por meio de uma procura 
espontânea ou encaminhamento por profissional de saúde como comumente 
ocorre na prática clínica da Psicologia. É importante, portanto, levar em 
consideração fatores como ansiedade ou nervosismo em relação ao resultado final 
de tal modalidade de avaliação; 
✓ Riscos à validade: no contexto da avaliação forense, em decorrência da natureza 
coercitiva do encaminhamento do cliente e da importância do laudo emitido, a 
ameaça da distorção consciente e intencional é substancialmente maior do que no 
contexto clínico convencional; 
✓ Dinâmica do relacionamento: comumente, a visão que o cliente tem do 
examinador não é de alguém que está num papel de ajuda, tendo em vista o espaço 
mais distante ocupado por este em relação ao cliente, e pela constante necessidade 
de confrontação por necessidade de averiguar informações dúbias ou 
inconscientes; 
✓ O tempo de avaliação forense e o setting: as oportunidades de contato entre 
examinador e cliente podem ser bastante reduzidas em decorrência de diversos 
fatores, incluindo a pauta do foro e os limites dos recursos. Com isso, diminui-se 
também a possibilidade de revisão das formulações feitas pelo examinador. 
 
 
 
4. Principais Instrumentos 
 
 De acordo com Silva (2003), “[...] os procedimentos da perícia psicológica devem 
consistir de métodos e materiais adequados, destinados a analisar e avaliar aspectos 
referentes à estrutura da personalidade, à cognição, à dinâmica e à afetividade das pessoas 
envolvidas nos litígios” (p. 192). 
 Principais instrumentos utilizados no processo de avaliação psicológica forense: 
entrevistas clínicas e testes psicológicos. 
 
4.1 Entrevista clínica 
✓ Linguagem verbal + Linguagem não-verbal; 
✓ Testar limites de aparentes contradições e tornar explícitas características 
indicadas por testes psicológicos; 
✓ Tentativas de simulação e dissimulação. 
4.2 Testes psicológicos 
✓ Solicitação crescente por laudos psicológicos; 
✓ Utilização de mesmos testes utilizados em psicodiagnósticos clínicos; 
✓ Principais testes utilizados: H.T.P., T.A.T., Pfister, Desenho da Família 
etc. 
5. Procedimentos 
 
 O procedimento adotado para a perícia psicológica depende do profissional e da 
demanda. Porém, Rovinski (2004) descreve passos que podem orientar a prática do 
psicológo em tal contexto: 
 
5.1 Iniciação do caso 
✓ Os principais fatos que levaram à solicitação da perícia, verificando a 
adequação do pedido ao profissional de Psicologia; 
✓ A provável data para entrega dos resultados; 
✓ As “perguntas hipotéticas” ou quesitos a serem respondidos pelo laudo 
pericial; 
✓ Características e disponibilidade do demandante da perícia, avaliando 
condições adversas que poderiam inviabilizar a investigação; 
✓ Solicitação de outros informes que possam ter relevância no processo atual 
(internações hospitalares, vida escolar ou de trabalho, exames 
psicológicos realizados anteriormente); 
✓ A complexidade do caso, permitindo estabelecimento de honorários e 
formas de pagamento. 
 
5.2 Preparação do expediente 
 Dados que podem ser organizados como material de expediente, a fim de facilitar 
a administração e integração de todos os dados. 
✓ Documentos iniciais (fichas de dados, informações do advogado, dados do 
processo; 
✓ Outros informes do sujeito (emitidos por diversas instâncias e outros 
peritos); 
✓ Anotações tomadas no curso da entrevista com os sujeitos, advogado ou 
juiz; 
✓ Levantamento de cada uma das provas ou procedimentos psicológicos; 
✓ Cronologia do caso; 
✓ Folha com registro dos honorários (pagamentos realizados); 
✓ Assuntos variados. 
 
5.3 Coleta de dados 
 Uso de todos os recursos metodológicos disponíveis, porém sem perder o foco nos 
quesitos na qual a perícia psicológica está sendo embasada. 
 
5.4 Avaliação de necessidades 
 Avaliar se os dados coletados estão sendo adequados às necessidades propostas 
pelas iniciais "perguntas hipotéticas”. 
 
5.5 Seleção de estratégias 
 Estratégias ocorrem tanto durante o procedimento de coleta de dados quanto 
durante a avaliação de necessidades, e diz respeito ao estabelecimento de uma proposta 
metodológica para investigação que esteja de acordo com a ética de prática profissional 
do psicólogo forense e com a demanda do caso em questão. 
 
5.6 Elaboração de laudo pericial 
 É um documento decorrente de todo o processo da perícia psicológico, em que o 
psicológo deve abranger todos os dados colhidos e que mostra um diagnóstico e/ou 
prognóstico que subdisia a decisão judicial. Deve ser um documento objetivo, com 
vocabulário claro e sem margens para ambiguidade. 
 
6. Limites éticos 
 
 Assim como toda prática da Psicologia, a perícia psicológica forense também está 
pautada por princípios éticos a serem seguidos. 
 Código de Ética Profissional dos Psicólogos no Brasil; 
 Confidencialidade e sigilo. 
 
7. Direito Penal 
 
 O exame para verificação de responsabilidade penal é realizado por peritos 
médicos (psiquiatras) e por psicólogos, em uma posição auxiliar. Esse exame tem por 
objetivo verificar se o culpado de um delito o cometeu em estado mental indôneo. 
 O exame criminológico, que visa a investigação da dinâmica do ato criminoso e 
das “causas” e dos fatores a ele associados, com o objetivo de determinar uma maior ou 
menos probabilidade de reincidência. 
 
8. Direito da Família 
 
 O trabalho do psicólogo no Direito da Família envolve questões familiares de 
maus tratos, guarda dos filhos, destituição de pátrio poder e interdições. 
 
9. Avaliação dos danos psíquicos 
 
 Mensurar de forma mais justa as perdas sofridas pela vítima. 
 Dano Psíquico X Dano Moral; 
 As alterações observadas entre o período pré e pós-traumático é que deverão 
nortear as conclusões do laudo psicológico.

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