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Introdução à Ergonomia: Histórico Prof. Esp. Karla Farias Histórico Antiguidade Ferramentas foram criadas/adaptadas para melhor servir. Histórico Final do Séc. XVIII: Revolução Industrial → Mudança na execução do trabalho: Artesanal → mecanizada; Produção em grande escala a qualquer custo; Jornada e ritmo de trabalho intenso; Epidemias: TB, cólera, alcoolismo e acidentes de trabalho Histórico 1700 - Bernardino Ramazzini Publicou o livro "As Doenças dos Trabalhadores”; "Pai Medicina do Trabalho”; "Qual a sua ocupação?" Histórico Em 1830, na Inglaterra, apareciam os primeiros médicos de fábrica. Histórico I Guerra Mundial (1914-1918) Fisiologistas e psicólogos: comissão de saúde. Final da Guerra: Instituto de Pesquisas da Fadiga Industrial (Inglaterra). - Taylor, Frank e Lilian Gilbret – estudo sobre a execução do trabalho, fadiga, deficiência do ambiente físico e tempo gasto nas operações. Histórico II Guerra Mundial (1939-1945) Aeronaves em perfeito estado de funcionamento, conduzidas pelos melhores pilotos, ainda caíam. Em 1943, Alphonse Chapanis, um tenente no exército norte-americano, mostrou que o "erro do piloto" poderia ser muito reduzido. Histórico Necessidade de melhor adaptar a máquina ao homem para construção de instrumentos bélicos e aviões e ↓ o percentual de erros gerados pela tensão extrema. Histórico Em 1947 foi fundada a Organização Internacional de Normalização (ISO) Ergonomia - data oficial: 12 de julho de 1949 1950 - Associação Internacional de Ergonomia (IEA). Histórico 1960 - → Automação e início da informatização; 1970 - Disseminação da informática Surgimento dos postos de trabalho informatizados 1980 LER 1986 ABERGO 1987 ESDE* 1990 Ergonomia no Brasil. Histórico *Sociedade Européia de Ergonomia Odontológica (ESDE): coleta, analisa, acompanha, publica e arquiva o conhecimento científico referente à ergonomia odontológica. 2006 –relatórios técnicos e documento “Requisitos ergonômicos para o equipamento odontológico: diretrizes e recomendações para o design, a construção e a seleção do equipamento odontológico”. Introdução à Ergonomia: Intervenções e princípios Prof. Esp. Karla Farias Formas de Intervenção Ergonomia de conscientização; Ergonomia de correção; Ergonomia de concepção. Ergonomia de Participação. Ergonomia de Conscientização Atua de maneira muito restrita; Apenas conscientiza o trabalhador e/ou o empregador; A eficácia é pequena; Exemplo: Empresa contrata ergonomista para ministrar palestra sobre tendinite. Ergonomia de Conscientização Objetivo: capacitar os usuários na identificação e na correção dos problemas do dia a dia e realizar ajustes necessários. Ergonomia de Correção Atua de maneira restrita; Correção parcial do posto de trabalho, sem grandes investimentos. Adequação das condições já existentes; A eficácia é limitada; Exemplo: posicionamento de mobiliário, alteração de dimensão de algum mobiliário ou alteração da forma do uso de algum equipamento. Objetivo: Resolver problemas que se refletem em segurança, fadiga excessiva, doenças do trabalhador ou quantidade e qualidade da produção. Ergonomia de Concepção Atua de maneira irrestrita. A eficácia é bem melhor. Exemplo: Empresa contrata ergonomista para projetar todo o ambiente de trabalho, aceita grandes investimentos. Objetivo: Interferir amplamente no projeto do ambiente, do produto, máquina ou do sistema de produção. Áreas de Intervenção (pilares ergonômicos) No homem; No ambiente; Na máquina; No processo. Intervenção no homem O homem é o objeto da ergonomia; Não adianta um posto de trabalho 100% ergonômico, se o usuário desconhece os recursos fornecidos pelo seu posto de trabalho ou como adaptá-los. Estão incluídos: estudo de erros e acidentes, o estudo de gastos energéticos e fadiga, motivação e treinamento. Intervenção no homem Intervenção no ambiente Diz respeito às instalações do ambiente. Inclui iluminação, ruído, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do ar e cores. Intervenção no ambiente Intervenção na máquina Entende-se por máquina a parte física (hardware) do posto de trabalho. Inclui ferramentas, equipamentos e mobília. Pode-se interferir nas dimensões, formas e concepção do equipamento. Intervenção nos instrumentais/ máquina / equipamentos Intervenção no processo O processo de trabalho é a maneira pela qual as atividades são realizadas, as rotinas, os protocolos e os procedimentos empregados, ou seja, é a organização do trabalho; Envolvem pausas, rodízios, níveis de estresse e modelo gerencial. Intervenção no processo Tríade básica da Ergonomia Conforto Segurança Eficiência (produtividade) 5 Princípios Fundamentais da Intervenção Ergonômica: Reduzir a força necessária para a realização do trabalho; Reduzir ou eliminar as posturas incorretas; Reduzir os movimentos de alta repetitividade; Evitar compressão mecânica dos tecidos; Diminuir o grau de tensão no trabalho. 1° Princípio: Reduzir a força necessária para a realização do trabalho Reduzir a força necessária. Exemplos: - instrumentos de corte adequados - usar molas mais flexíveis - utilizar motores e não força humana 1° Princípio: Reduzir a força necessária para a realização do trabalho Espalhar a força. Ex. - usar alavancas que possam ser acionadas por toda a mão, ao invés de pegar com dedos; 1° Princípio: Reduzir a força necessária para a realização do trabalho Obter vantagem mecânica. Exemplos: -tamanho do cabo dos instrumentais ferramentas. 2° Princípio: Reduzir ou eliminar as posturas incorretas; Recomendações: Colocar objetos dentro da área de alcance. Posicionar equipamento ou instrumental de modo que a articulação fique em posição mais neutra possível. Regular de altura do mobiliário no posto de trabalho. 3° Princípio: Reduzir os movimentos de alta repetitividade É difícil definir níveis de repetição que possam ser considerados como problemáticos. Trabalhos que tenham um ciclo de menos de 30 seg. são considerados como possuidores de risco de lesões por traumas cumulativos (LTC). 3° Princípio: Reduzir os movimentos de alta repetitividade Recomendações: Enriquecimento da tarefa. Exemplo: número maior e mais variado de tarefas para desenvolver Obs.: Não é indicado marcar um único dia para o mesmo procedimento 3° Princípio: Reduzir os movimentos de alta repetitividade Pausas de 5 a 10 minutos por hora ou pausas curtíssimas. Regra para pausa: → repetitividade: 5 min. a cada hora; → repetitividade + força excessiva ou posturas ruins: pausa deve ser de 10 min. por hora; → repetitividade + força excessiva + postura errada: 15 min ou mecanização; Alongamento muscular e exercícios de aquecimento. 4º Princípio - Reduzir a compressão mecânica Recomendar canto de mesa arredondado ao invés de quina viva; Usar almofadas ou coxins; Instrumentais devem ter “boa pega”; 5º Princípio- Reduzir o grau de tensão no trabalho. Estabelecer o tempo-padrão, considerando fatores de dificuldade e pausas; Esclarecer metas, prazos e meios de conseguir a produção almejada; Trabalhar respeitando os limites corporais para não ocorrer sobrecarga.
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