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TRABALHO PENAL IV ESTATUTO DO DESARMAMENTO

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LEI N° 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
Define-se como arma de fogo todo utensílio produzido, industrial ou artesanalmente, com a finalidade de projeção de projétil sólidos, denominados munições. Desde a antiguidade, o homem se utiliza das armas de fogo com as mais diversas finalidades: caça, autodefesa ou a defesa de seus domínios. 
Há muitas controvérsias em relação ao assunto que muito se é abordado em pauta nas mesas discursivas que vêm sendo um desafio para muitos leitores que tentam conhecer ou até mesmo entender sobre a lei n° 10.826 – estatuto do desarmamento, que versa sobre a aquisição e o porte de arma de fogo, no qual proíbe o porte de arma por civis, com a exceção para os casos onde haja necessidade comprovada. A inevitabilidade do estatuto ocorreu a fim de aplicar alguns de seus artigos, como por exemplo o teste psicotécnico para a aquisição e porte de arma de fogo. 
Somente poderão portar arma de fogo os responsáveis pela garantia da segurança pública, integrante das forças armadas, policiais civis, federais e rodoviários federais, agentes de inteligência, agentes e guardas prisionais, auditores fiscais e os agentes de segurança privada quando em serviço. Os civis, por sua vez, por meio da ou não concessão do porte de arma de fogo, só podem comprar os maiores de 25 anos correspondente as estatísticas que recomendam grande números de perpetrador e vitimas de mortes ocorridas com jovens entre 17 e 24 anos. 
Para estabelecer melhor o que versa sobre o Estatuto do Desarmamento, os conceitos que estão sendo abordados vêm com o fim de possibilitar melhor o desfecho que gira em torno dessa lei, no qual viabiliza o mais adequado parâmetro para um entendimento mais eficaz e coerente. Isso tem como instrumentos os mecanismos que trazem campanhas com o intuito de fazer criticas cujo objetivo é estabelecer a sociedade o que vem gerando divergências na doutrina e jurisprudência. 
Para melhor entendimento sobre o assunto, é eficaz versar sobre ideias de doutrinadores renomados que disponibilizam críticas e adentram com mais clareza no assunto; como Fernando Capez, que por sua vez, entende haver caso de atipicidade. E Luiz Flavio Gomes, que com o seguinte entendimento, perdura não existir tipicidade formal na conduta de possuir arma de fogo em residência ou em empresa, como é destacado no art. 12 da lei n° 10.826/03. 
Assim, independentemente da posição que se venha adotar, o regulamento que regulariza essa lei dispõe sobre comercialização de arma de fogo e munição, que é o que justamente tenta impossibilitar o acesso a pessoas que não têm o devido acesso. Portanto, com efeito, tipifica-se a posse ilegal de arma de fogo, o porte e o transporte dessa arma em via pública, o disparo, o comércio e o tráfico de tais artefatos, com vias a impedir que tais comportamentos, evoluam até se transformar em efetivos ataques. 
Com o aludido acima, é indispensável se falar sobre o Sinarm, que é um Sistema Nacional de armas, no qual trata-se de um meio de melhor proporcionar a proteção da incolumidade dos cidadãos. A lei não foi feita para proteger o Sinarm, mas a vida, a integridade física e a segurança de um número determinado de pessoas. Isso leva a mais um entendimento de Fernando Capez, que diz não ser possível levar os crimes de arma de fogo previstos na lei do Estatuto do Desarmamento para o âmbito da Justiça Federal, pois tornaria impraticável a prestação jurisdicional. 
Em regra, os crimes que estão inseridos no Estatuto do Desarmamento são de competência da Justiça Estadual, o que visa estabelecer as penas para os crimes nela estabelecidos. A jurisprudência se destaca de forma sucinta e elencada nesse assunto, como sobre a arma desmontada, o STJ entende que se for fácil montar a arma, configura-se crime, pois estabelece que seja de possibilidade de funcionar como de tal modo. Já no que versa sobre arma com funcionamento imperfeito, segundo o informativo 505 do STJ, arma com funcionamento imperfeito também se configura crime, de modo que ressalva sobre a possibilidade de apenas uma trava não funcionar num momento, mas em outro conseguir configurar o disparo. 
Transportar uma arma até a delegacia para entrega-la, denomina-se fato atípico pois o sujeito está sobre o abolitio criminis temporalis. 
Durante um longo período, doutrina e jurisprudência discutiram acerca do crime tipificado do artigo 14, da lei 10.826/2003, que depõe sobre porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, no qual estabelece para alguns doutrinadores e para a 1ª turma do STF, que era preciso a conduta de portar arma de fogo para expor a perigo o bem jurídico tutelado, em virtude do princípio da ofensividade.
Com efeito, o princípio da ofensividade exige que a conduta do agente exponha o bem jurídico tutelado ao menos a um perigo de lesão, sob pena de fato atípico, já que o Direito Penal não pode se preocupar com uma conduta que não traz reflexos à coletividade de minimis non curat praetor. 
Dessa forma, é de relevância destacar sobre a discussão que reside de forma direta a esse ponto: o indivíduo que porta uma arma de fogo desmuniciada ao menos expõe a perigo o bem jurídico tutelado pelo Estatuto do Desarmamento (qual seja, a segurança pública)? Foi exatamente o que fez o STF entender no sentido de que é crime a conduta de portar arma de fogo desmuniciada, afirmando que não se pode negar que arma de fogo é propicia valer o poder de ameaça e intimidação da vítima. 
O porte de mais de uma arma é um crime só, o STJ entende ser crime único quando houver uso permitido e restrito, desde que dentro do contexto. O que destaca ressaltar a título de curiosidade, versa sobre local não habitado; dentro da esfera jurídica, configura-se fato atípico local não habitado, em contraposição ao artigo 15, que versa sobre disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via publica ou em direção a ela, desde que essa conduta tem como finalidade a pratica de outro crime. 
Em consenso no artigo 18 da lei 10.826/2003, comtempla sobre tráfico internacional de arma de fogo, que condiz sobre importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem a autorização da autoridade competente; é interessante observar que não fala de explosivo, logo responde no artigo 334 e 318 do CP. 
O que dispõe no artigo 35 do Estatuto de Desarmamento que é proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei, e que este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá da aprovação mediante referendo popular. Pois bem, o legislador previu a possibilidade de vir a ser proibida a comercialização de armas de fogo e munições, exceto para entidades previstas no art. 6º., no entanto, para a passar a vigorar, dependia do referendo popular. 
No caso em disputa, a entrada em vigor do art. 35 estava condicionada à aprovação do referendo popular, que foi realizado em outubro de 2005. Duas consequências poderiam advir: (a) a aprovação pelo referendo popular: nesse caso, o art. 35 entraria em vigor na data de publicação de seu resultado pelo TSE. A partir desse dia todo e qualquer comércio de armas e munições passaria a ser vedado, com exceção da venda realizada para as entidades previstas no art. 6°. (b) a não aprovação pelo referendo popular: nessa hipótese, o comércio de armas de fogo e munições continuaria a ser permitido nas condições da lei n° 10.326/2003, bem como a posse e o porte dos referidos artefatos. A questão gerou polêmica, uma vez que muitos sustentavam que a proibição absoluta da posse ou do porte de arma de fogo poderia inviabilizar, em parte, o exercício do consagrado direito a legítima defesa. 
Ocorre que o referendo foi realizado em 23 de outubro de 2005, e seu resultado foi negativo à proibição da comercialização de armas de fogo. Sendo assim, está permitida comercialização e, por conseguinte, a posse e o porte de arma de fogo,desde que em consonância com os requisitos exigidos pelo Estatuto. 
Por fim, é breve mencionar que o adjunto desse Estatuto possibilitou muitas criticas positivas e negativas, que de alguma forma diminuiu a criminalidade ou aumentou políticas públicas e o presente estudo envolveu referências legais, jurisprudenciais e doutrinárias com discussões e visões que desenvolveu um breve meio de discussão sobre um assunto ao combate e prevenção a criminalidade.

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