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Contabilidade de Contratos de Construção

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UFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
1 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
2 CONTABILIDADE ANTES DO CPC 
2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL 
2.2 CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA 
 
3 CONTABILIDADE A PARTIR DO CPC 
 
4 CPC 17 (IAS 11) – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL 
4.1 CONCEITOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO 
4.2 RECEITAS E CUSTOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO – DEFINIÇÕES E CONTEÚDOS 
4.3 RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E CUSTOS DOS CONTRATOS 
4.4 IMPLICAÇÕES CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIAS 
4.4.1 CONTÁBEIS 
4.4.2 FISCAIS 
4.4.3 SOCIETÁRIAS 
4.5 A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DO ORÇAMENTO E SEU ACOMPANHAMENTO 
4.6 A NECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFUNDO DO CONTRATO E DO NEGÓCIO 
4.6.1 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DO CONTRATO 
4.6.2 ENTENDIMENTO DO NEGÓCIO 
 
5 ORIENTAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DO CPC PARA CONTABILIZAÇÃO DE EMPRESAS 
IMOBILIÁRIAS 
 
6 EXERCÍCIO EM CONTA “T” – PRÁTICA CONJUNTA PARA ENTENDIMENTO DOS ELEMENTOS 
E REFLEXOS CONTÁBEIS 
 
7 CASES EM OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
7.1 CONTRATO COM UNDERBILLING 
7.2 CONTRATO COM OVERBILLING 
 
 
UFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
2 
1 INTRODUÇÃO 
 
As empresas de construção no Brasil, como as demais empresas vem passando pela 
transformação de sua contabilidade, de uma contabilidade voltada muitas vezes mais para 
atendimento a questões fiscais do que ao real objetivo de prover informações adequadas para 
tomada de decisões pelos empresários e gestores. 
 
Dentre as empresas de construção, aquelas dedicadas ao negócio de incorporação imobiliária 
tinham a sua contabilidade elaborada com o foco absolutamente voltado ao atendimento de 
prerrogativas fiscais, inclusive por conta de que se assim não fosse, as empresas praticamente 
teriam o seu negócio inviabilizado por conta de uma antecipação absurda de recolhimento de 
tributos sobre as suas receitas. 
 
Esse cenário vigente no Brasil até a edição da Lei 11.638/07 mudou totalmente a partir da 
determinação de uma série de mudanças na antiga Lei 6.404/76, com o início da aplicação das 
normas contábeis editadas pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, do início da 
convivência entre uma contabilidade fiscal e uma contabilidade societária (e gerencial), bem 
como da inserção definitiva do Brasil ao amplo processo de convergência mundial de práticas 
contábeis. 
 
 
 
 
UFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
3 
2 CONTABILIDADE ANTES DO CPC 
 
A contabilidade das empresas de construção, a todo o momento tem de ser segregada entre 
as empresas de construção civil e as empresas de incorporação imobiliária. 
 
 
2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Essas empresas, como as demais empresas de prestação de serviço no Brasil, tinham de 
elaborar sua contabilidade em atendimento pleno ao Regime de Competência, o qual 
determina que as receitas e despesas devem ser registradas quando da ocorrência dos eventos 
econômicos que as determinem e não nos momentos em que os valores são recebidos ou 
desembolsados. E sempre buscando compatibilizar o registro da receita ao momento 
adequado em que se dá o registro dos custos e despesas associados à geração das 
correspondentes receitas. 
 
Uma forma sempre vista como adequada para esse reconhecimento é que a sua contabilidade 
de custos, como para as demais empresas, determinasse o registro dos eventos financeiros e 
em especial dos não financeiros nos momentos adequados, com os provisionamentos devidos, 
inclusive registro de despesas de depreciação e amortização de ativos associados aos 
contratos de construção. 
 
Feitos esses registros de custos e despesas em atendimento pleno ao Regime de Competência 
e demais Princípios de Contabilidade, seguia-se o registro das receitas, que deveria se dar nos 
momentos dos faturamentos, mas que, a depender do timming de emissão das faturas, se 
ocorrida em mês posterior à execução dos serviços, necessário se fazia então o registro das 
medições de serviços, com a utilização do procedimento e conta contábil de provisão de 
receitas, em geral denominada de Direitos a Faturar. 
 
Essa conta era e ainda é utilizada como uma conta transitória ao registro definitivo das faturas 
emitidas, como também deve ser o tratamento com os custos e contas a pagar dos 
subempreiteiros e fornecedores de serviços usualmente contratados nessa atividade 
empresarial, sendo que nesse caso a conta de obrigações associadas aos custos de serviços 
prestados contratados se denomina usualmente de Serviços Medidos a Faturar. 
 
Algumas empresas, no entanto, em geral as maiores empresas, companhias abertas, já 
adotavam o que veio a ser regra com as mudanças para o CPC, o que sempre foi incentivado, 
baseado em Norma Internacional antiga e também por existir possibilidade fiscal aplicável, 
como veremos melhor a seguir em tópico específico. 
 
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
4 
2.2 CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA 
 
A contabilidade de incorporação imobiliária tem uma influência fiscal determinante, a ponto 
de fazer com que a mesma em sua maior parte deixe de seguir o Regime de Competência e 
atenda ao Regime de Caixa, já que a regulamentação apropriada determinou que a única 
forma de evitar a tributação antecipada das receitas e resultados das vendas de unidades 
imobiliárias seria alterar a forma de registro contábil. 
 
Ou seja, ao fechar um contrato de venda de uma unidade imobiliária, a empresa deve efetuar 
esse registro do contas a receber, mas como em geral se trata de valores totais a serem 
recebidos ao longo da execução do empreendimento e também após, podendo inclusive 
existir parcela financiada quando da entrega das unidades, de forma a evitar a precipitação da 
tributação, em momento onde não se tem a chamada “capacidade contributiva”, foi criado o 
diferimento de receita, com a utilização de orçamento para poder efetuar o reconhecimento 
dos custos equivalente e conseqüente obrigação com a execução e entrega das unidades 
vendidas. 
 
A seguir apresenta um exemplo onde esse esquema contábil, bastante específico, fica claro e 
demonstra que, a despeito de ser algo positivo para as empresas, no sentido de evitar custos 
financeiros desnecessários e danosos aos negócios, o fato de forçosamente ter de se dar pela 
contabilidade, faz com que as demonstrações contábeis percam a sua capacidade informativa, 
para uso inclusive do ponto de vista gerencial. 
 
 
 
 
 
Empresa X
Empreendimento Y R$
Receita Orçada 100.000 
Custo Orçado (70.000) 
Resultado Orçado 30.000 
Margem Orçada 30%
Qtde de Unidades 10 
ANO 19X1
 Comercialização de 4 unidades
 Recebimento de 20% dos recebíveis dos contratos comercializados
 Realização de 10% dos custos orçados
 Pagamento de 50% das obrigações relativas aos custos, inclusive custo com mão de obraConsiderar 3,65% de alíquota combinada de PIS e COINS
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Como forma de melhor demonstrar a melhor posição societária das demonstrações contábeis, 
já existia, no entanto, uma norma do Conselho Federal de Contabilidade, a Norma Brasileira de 
Contabilidade NBC T 10.5 – Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Imobiliárias, 
aprovada pela Resolução CFC n° 963/03. 
EMPRESA X - Empreendimento Y
BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.19X1
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 40.700 CIRCULANTE 28.992 
Bancos 4.500 Contas a Pagar e Provisões 3.500 
Recebimentos 8.000 Custos realizados a pagar 7.000 
Pagamentos (3.500) Pagamentos (3.500) 
Contas a Receber 32.000 Tributos a Recolher 292 
Vendas 40.000 Obrigação de Construir - Custo Orçado 25.200 
Recebimentos (8.000) Custo orçado das unidades vendidas 28.000 
Custos totais realizados (7.000) 
Imóveis a comercializar 4.200 Custos proporcionais às unidades não vendidas 4.200 
REF 9.600 
Receita Futura 32.000 
Vendas 40.000 
Receita do Ano - recebimentos (8.000) 
Custo Futuro (22.400) 
Custo orçado das unidades vendidas (28.000) 
Custo do Ano - recebimentos 5.600 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Resultado do Ano 2.108 
TOTAL DO ATIVO 40.700 TOTAL DO PASSIVO 40.700 
EMPRESA X - Empreendimento Y
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O ANO FINDO EM 31.12.19X1
RECEITA BRUTA - Receitas dos Empreendimentos 8.000 
 ( - ) Deduções sobre Receitas - Tributos (292) 
 ( - ) Custos dos Empreendimentos (5.600) 
Resultado do Ano 2.108 
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
6 
Essa norma determinava que: 
 
As receitas, custos e despesas devem ser reconhecidos mensalmente, respeitando, em especial, os 
Princípios da Oportunidade e da Competência. 
 
Nas atividades de compra e venda de direitos reais sobre imóveis, a receita deve ser reconhecida no 
momento da assinatura do título translativo (instrumento público ou particular de compra e venda), 
independentemente do recebimento do valor contratado. 
 
Os recebimentos ocorridos antes do momento determinado por esta norma, para o reconhecimento da 
receita, devem ser registrados como adiantamentos de clientes. 
 
Nas vendas de unidades imobiliárias em fase de construção, mesmo não iniciadas, ou de unidades de 
loteamento com obras de infra-estrutura em andamento, ..., a receita deve ser reconhecida pela 
produção, como se aplica nos contratos de longo prazo para o fornecimento de bens ou serviços, ..., e de 
acordo com as seguintes regras: 
• Deve ser encontrada a proporção dos custos incorridos até o momento da apuração, em relação ao 
custo total previsto até a conclusão da obra; 
• O custo total previsto até a conclusão da obra deve compreender os custos incorridos até o 
momento da apuração, e os custos orçados e contratados a serem incorridos a partir daquele 
momento; 
• A proporção apurada deve ser aplicada ao preço de venda, em conformidade com o contrato; 
• A receita a ser reconhecida deve compreender o valor encontrado, deduzido do total das receitas já 
reconhecidas, relativas à unidade vendida 
• O custo do imóvel vendido, a ser confrontado com a receita apurada, deve compreender somente 
os custos registrados no período de apuração daquela receita; 
• A contrapartida da receita reconhecida no período deve ser uma conta apropriada do ativo 
circulante ou realizável a longo prazo; 
• Os recebimentos superiores ao saldo dos créditos a receber, devem ser registrados no passivo 
circulante ou no exigível a longo prazo, como adiantamento de clientes. 
 
A adoção dessa norma era mandatória para empresas que desejassem ou precisassem 
apresentar demonstrações contábeis de acordo com os Princípios de Contabilidade, o que 
inclusive se disseminou nos últimos anos com o crescimento muito relevante do mercado e em 
especial com a busca cada vez mais constante de empresas de construção e incorporação 
imobiliária pelo financiamento do seu crescimento através do mercado de capitais, onde as 
empresas têm de seguir as regras da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, as quais não 
aceitavam a Contabilidade Fiscal pelo Regime de Caixa. 
 
A aplicação dessa norma segue procedimentos equivalentes ao que hoje deve ser efetuado 
com base no CPC, o que veremos no tópico seguinte. 
 
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
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3 CONTABILIDADE A PARTIR DO CPC 
 
A partir da edição da Lei 11.638/07, passamos a conviver com um cenário salutar, qual seja: 
• Aplicação das normas contábeis editadas pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis, das quais se destaca o CPC 17 – Contratos de Construção, que veremos em 
detalhe a seguir em tópico específico; e 
• Convivência das “duas contabilidades”, a partir da criação do RTT – Regime Tributário de 
Transição, que veio com a edição da Lei 11.941/09, a qual criou mecanismos para que as 
empresas não tenham qualquer reflexo fiscal de aumento ou mesmo de redução da carga 
tributária a partir da adoção do CPC na sua contabilidade societária. 
 
Tanto para a Construção Civil, quanto para as empresas de Construção e Incorporação 
Imobiliária, podemos dizer que aquelas que adotarem as práticas recomendadas e vistas como 
as mais adequadas aos seus negócios, estarão em pleno atendimento aos Princípios Contábeis 
adotados no Brasil, mas também em linha com as práticas de contabilidade internacionais, 
exceto por um comentário que faremos mais à frente em tópico específico sobre alguma 
divergência ainda existente na contabilidade de Construção e Incorporação Imobiliária. 
 
Resumimos então que a base conceitual adequada à contabilidade de contratos de construção 
é a seguinte: 
• Contratos de Construção - CPC 17 – Contratos de Construção; e 
• Construção e Incorporação Imobiliária - Norma Brasileira de Contabilidade ITG 02 – 
Contrato de Construção do Setor Imobiliário, aprovada pela Resolução CFC n° 1266/09. 
 
 
 
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
8 
4 CPC 17 (IAS 11) – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL 
 
A contabilidade dos contratos de construção envolve questões do tipo quando a receita deve 
ser contabilizada e como medir a receita a ser registrada, levando-se em conta que os períodos 
de inicio e término destes contratos normalmente ocorrem em períodos contábeis distintos. 
 
Podemos então considerar uma dose elevada de complexidade e de subjetividade, em virtude 
da necessidade de se confiar nas estimativas de receitas, custos e andamento até a conclusão, 
e do princípio de reconhecimento de prejuízos quando aparente. 
 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC emitiu o Pronunciamento Técnico CPC 17 – 
Contratos de Construção, a partirdo IAS 11, norma internacional contábil que trata do 
assunto, com o objetivo de estabelecer o tratamento contábil das receitas e despesas 
associadas a contratos de construção. 
 
Tal Pronunciamento foi aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da 
Resolução CFC 1.171/09 e pela Comissão de Valores Mobiliários, mediante a Deliberação CVM 
576/09, com seus efeitos a serem a partir de 1º de janeiro de 2010 e às demonstrações do 
exercício de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstrações 2010 para fins de 
comparação. 
 
Há também aprovações específicas da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (Despacho 
4.722/09), da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar (IN 37/09) e da SUSEP – 
Superintendência de Seguros Privados (Circular 408/10). 
 
 
4.1 CONCEITOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO 
 
Contrato de construção é um contrato especificamente negociado para a construção de ativo 
ou de combinação de ativos que sejam inter-relacionados ou interdependentes em função da 
sua concepção, tecnologia e função, ou do seu propósito ou uso final. Entre os exemplos de 
tais contratos estão os da construção de refinarias e de outras partes complexas de fábricas ou 
de equipamentos. 
 
O contrato de construção pode ser negociado para a elaboração de ativo único, tal como uma 
ponte, um edifício, uma barragem, um oleoduto, uma estrada, um navio ou um túnel. Por 
outro lado, pode também tratar da construção de diversos ativos que estejam intimamente 
interrelacionados ou interdependentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou 
do seu propósito ou uso final. 
 
Os requisitos da norma são usualmente aplicados separadamente a cada contrato de 
construção. Porém, em certas circunstâncias, é necessário separar os componentes 
identificáveis de um único contrato ou de um grupo de contratos a fim de refletir a substância 
de um contrato ou de um grupo de contratos. 
 
Os contratos de construção geralmente são por administração ou por empreitada. 
 
 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
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Contrato por administração (ou de custo mais margem - cost plus) é um contrato de 
construção em que o contratado é reembolsado por custos projetados e aprovados pelas 
partes – ou de outra forma definidos – acrescido de percentual sobre tais custos ou por 
remuneração pré-fixada. 
 
Contrato por empreitada (ou de preço fixo) é um contrato de construção em que o contratante 
concorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré-fixada, por unidade concluída que, em 
alguns casos, estão sujeitos às cláusulas de custos escalonados. 
 
 
4.2 RECEITAS E CUSTOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO – DEFINIÇÕES E CONTEÚDOS 
 
A receita do contrato deve compreender: 
(a) a quantia inicial da receita acordada no contrato; e 
(b) as variações decorrentes de solicitações adicionais, as reclamações e os pagamentos de 
incentivos contratuais: 
• na extensão em que for provável que venham a resultar em receita; e 
• estejam em condições de serem confiavelmente mensurados. 
 
A receita do contrato é medida pelo valor justo da retribuição recebida ou a receber. A 
mensuração da receita do contrato pode ser afetada por incertezas que dependem do 
desfecho de acontecimentos futuros. As estimativas necessitam muitas vezes ser revistas à 
medida que os acontecimentos ocorrem e as incertezas se resolvem. Por isso, a quantia da 
receita do contrato pode aumentar ou diminuir de um período para o outro. Por exemplo: 
(a) contratante e contratado podem acordar variações ou reivindicações que aumentem ou 
diminuam a receita do contrato em período subsequente àquele em que o contrato foi 
inicialmente acordado; 
(b) a quantia da receita acordada em contrato de preço fixo pode aumentar em consequência 
de cláusulas de aumento de custos; 
(c) a quantia da receita do contrato pode diminuir como consequência de penalidades 
provenientes de atrasos imputáveis ao contratado relativos à conclusão do contrato; ou 
(d) quando o contrato de preço fixo está relacionado à conclusão de cada unidade, a receita 
do contrato aumenta na proporção das unidades concluídas. 
 
Uma variação corresponde a uma instrução dada pelo contratante para uma alteração no 
escopo do trabalho a ser executado segundo o contrato. Tal variação pode conduzir a um 
aumento ou a uma diminuição na receita do contrato. Uma variação é incluída na receita do 
contrato quando: 
(a) for provável que o cliente aprovará a variação e o valor cobrado; e 
(b) a quantia da receita puder ser confiavelmente mensurada. 
 
Caminha nessa mesma linha equivalente a consideração na receita do contrato, de incentivos 
contratuais pagos pelo contratante, se os níveis de desempenho especificados previamente 
 
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forem atingidos ou excedidos. Como exemplo, podemos citar bônus pagos pela conclusão 
antecipada do contrato. 
 
Reivindicação é uma quantia que o contratado procura cobrar do contratante ou de uma 
terceira parte como reembolso de custos não incluídos no preço originalmente contratado. A 
mensuração da quantia da receita proveniente de reivindicações está sujeita a um alto nível de 
incerteza e depende muitas vezes do desfecho das negociações. Por isso, as reivindicações 
somente devem ser reconhecidas como receitas do contrato quando: 
(a) as negociações tiverem atingido um estágio de tal forma avançado que seja provável que 
o cliente aceitará a reivindicação; e 
(b) a quantia que provavelmente for aceita pelo cliente puder ser confiavelmente 
mensurada. 
 
Os custos do contrato devem compreender: 
(a) os custos que se relacionem diretamente com um contrato específico; 
(b) os custos que forem atribuíveis à atividade de contratos em geral e puderem ser alocados 
ao contrato; e 
(c) outros custos que forem diretamente debitáveis ao cliente, nos termos do contrato. 
 
Os custos atribuíveis diretamente a um contrato específico incluem: 
(a) custos de mão-de-obra no local da execução do contrato, incluindo sua supervisão; 
(b) os custos de materiais usados na construção; 
(c) a depreciação de ativos imobilizados utilizados no contrato; 
(d) os custos para levar ou retirar do local os ativos imobilizados e os materiais necessários à 
execução da obra; 
(e) os custos de aluguel de instalações e equipamentos; 
(f) os custos de concepção e de assistência técnica que estejam diretamente relacionados 
com o contrato; 
(g) os custos estimados de retificar e garantir os trabalhos, incluindo os custos esperados de 
garantia; e 
(h) reivindicações de terceiros. 
 
São exemplos de custos que podem ser atribuíveis à atividade de contratos em geral e 
imputados a contratos específicos: 
(a) seguros; 
(b) concepção e assistência técnica que não estejam diretamente relacionadas a um contrato 
específico; e 
(c) gastos gerais de construção. 
 
 
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Tais custos são imputados usando métodos que sejam sistemáticos e racionais e sejam 
aplicados consistentemente a todos os custos que tenham características semelhantes. A base 
para imputar tais custos é baseada no nível normal da atividade de construção. 
 
Os custos debitáveisao contratante, desde que especificados contratualmente, podem incluir 
alguns gastos gerais de natureza administrativa e de desenvolvimento. 
 
 
4.3 RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E CUSTOS DOS CONTRATOS 
 
Quando a conclusão do contrato de construção puder ser confiavelmente estimada, a receita e 
a despesa/custo (transferência do custo para o resultado) associada ao contrato de construção 
devem ser reconhecidas tomando como base a proporção do trabalho executado até a data do 
balanço. 
 
No caso de contrato por empreitada (ou de preço fixo), a conclusão da construção pode ser 
confiavelmente estimada quando estiverem satisfeitas as seguintes condições: 
(a) a receita do contrato puder ser mensurada confiavelmente; 
(b) for provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a empresa; 
(c) os custos para concluir o contrato, tanto quanto a proporção executada até a data do 
balanço, puderem ser confiavelmente mensurados; e 
(d) os custos atribuíveis ao contrato puderem ser claramente identificados e confiavelmente 
mensurados de forma que possam ser comparados com estimativas anteriores. 
 
Para contratos por administração, sua conclusão pode ser confiavelmente mensurada quando 
estiverem satisfeitas todas as seguintes condições: 
(a) for provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade; 
e 
(b) os custos atribuíveis ao contrato, sejam ou não reembolsáveis, puderem ser claramente 
identificados e confiavelmente mensurados. 
 
O reconhecimento da receita e dos custos referentes à fase de conclusão de um contrato é 
muitas vezes referido como o método da percentagem completada. Segundo esse método, a 
receita contratual deve ser proporcional aos custos contratuais incorridos em cada etapa de 
medição. Esse método proporciona informação útil sobre a extensão da atividade e 
desempenho do contratado durante a execução do contrato. 
 
Pelo método da percentagem completada, também chamado de POC, que vem da sigla 
Percentage of Completion, a receita do contrato é reconhecida na demonstração do resultado 
nos períodos contábeis em que o trabalho for executado, o mesmo ocorrendo com os custos 
do trabalho com os quais se relaciona. 
 
A fase de execução de um contrato pode ser determinada de várias maneiras. A entidade deve 
usar o método que mensura de forma mais confiável o trabalho executado. Dependendo da 
natureza do contrato, os métodos podem incluir: 
 
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(a) a proporção dos custos incorridos até a data, em contraposição aos custos estimados 
totais do contrato; 
(b) medição do trabalho executado; e 
(c) execução de proporção física do trabalho contratado. 
 
Um contratado pode ter incorrido em custos que se relacionem com a atividade a ser 
executada futuramente. Tais custos devem ser reconhecidos no ativo, desde que seja provável 
que venham a ser recuperados. 
 
A entidade está geralmente em condições de fazer estimativas confiáveis após assinar um 
contrato que estabeleça: 
(a) os direitos e deveres de cada uma das partes, no que diz respeito ao ativo a ser 
construído; 
(b) a remuneração a ser paga; e 
(c) a forma e os termos de liquidação. 
 
Para tanto, usualmente é necessário que a entidade possua registros financeiros e contábeis 
confiáveis e sistema orçamentário eficaz. A entidade revê, e quando necessário revisa, as 
estimativas da receita e custos do contrato, à medida que o trabalho progride. Isso não 
significa que a conclusão do contrato não possa ser estimada confiavelmente. 
 
Quando for provável que os custos totais do contrato venham a exceder a receita total do 
contrato, a perda esperada deverá ser reconhecida imediatamente no resultado. 
 
 
4.4 IMPLICAÇÕES CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIAS 
 
4.4.1 CONTÁBEIS 
 
Como vemos, considerando as características dos contratos de construção, o desafio da 
contabilidade nesse tipo de negócio, como já comentado, envolve questões sobre: (i) quando a 
receita deve ser contabilizada? e (ii) como medir a receita a ser registrada?; levando-se em 
conta que os períodos de inicio e término destes contratos normalmente ocorrem em períodos 
contábeis distintos. 
 
Logo, contabilmente, a adoção do POC, mediante cálculo da receita na proporção dos custos 
incorridos até a data, em contraposição aos custos estimados totais do contrato, atende 
plenamente o Princípio contábil da Competência, proporcionando certa “estabilidade” da 
receita e principalmente do resultado. 
 
Alinhado ao Orçamento Empresarial, provê uma visão importante do ponto de vista da 
contabilidade como informação para tomada de decisão, quando da avaliação de um “Direito 
de Faturar / Receber” (Underbilling) ou de uma “Obrigação de Fazer” (Overbilling). 
 
 
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Podemos simplificar dizendo que a Receita Realizada (ou Receita Reconhecida) e o Resultado 
do Exercício serão determinados pelo valor do Custo Incorrido e pela Margem Orçada, sendo 
absolutamente fundamental a assertividade na contabilização dos custos (principalmente 
provisão e estimativas) e no acompanhamento orçamentário. 
 
Vejam a seguir dois exemplos práticos, que ajudam também a entender o significado das 
palavras em inglês: Underbilling e Overbilling: 
 
EXEMPLO DE UNDERBILLING (R$): 
DESCRIÇÃO ORÇADO REALIZADO 
REALIZADO COM 
AJUSTE POC 
 Faturamento 2.000.000 1.200.000 1.200.000 
 Ajuste POC - - 106.667 
 Receita Realizada 2.000.000 1.200.000 1.306.667 
 Custo (1.500.000) (980.000) (980.000) 
 Resultado 500.000 220.000 326.667 
 Margem POC 25,00% 18,33% 25,00% 
 
Registro contábil do ajuste: 
Db – Contas a Receber (Ativo Circulante) R$ 106.667 
Cr – Receita de Serviços (Demonstração do Resultado) R$ 106.667 
 
EXEMPLO DE OVERBILLING (R$): 
DESCRIÇÃO ORÇADO REALIZADO 
REALIZADO COM 
AJUSTE POC 
 Faturamento 2.000.000 1.500.000 1.500.000 
 Ajuste POC - - (193.333) 
 Receita Realizada 2.000.000 1.500.000 1.306.667 
 Custo (1.500.000) (980.000) (980.000) 
 Resultado 500.000 520.000 326.667 
 Margem POC 25,00% 34,67% 25,00% 
 
Registro contábil do ajuste: 
Db – Receita de Serviços (Demonstração do Resultado) R$ 193.333 
Cr – Outros Passivos (Passivo Circulante) R$ 193.333 
 
 
 
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4.4.2 FISCAIS 
 
IRPJ/CSLL e PIS/COFINS 
 
No Brasil, podemos dizer que há uma adequada inter-relação que entre contabilidade e 
legislação tributária, por conta da IN SRF 21/1979, da qual apresentamos a seguir alguns 
trechos para conhecimento: 
“(...) 
3. Produção em Longo Prazo. 
O contrato de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de 
bens e serviços a serem produzidos,com prazo de execução física superior a doze meses, 
terá seu resultado apurado, em cada período-base, segundo o progresso dessa execução. 
 3.1 - Preço predeterminado é aquele fixado contratualmente, sujeito ou não a 
reajustamento, para execução global: no caso de construções, bens ou serviços divisíveis, o 
preço predeterminado é fixado contratualmente para cada unidade. 
3.2 - A apuração do resultado em cada período-base, e sua inclusão na determinação do 
lucro líqüido, será feita ainda que não ocorrida a transferência de propriedade e 
independentemente de ter sido ou não recebido ou faturado qualquer adiantamento do 
preço. 
(...) 
5. Critérios Alternativos de Avaliação de Andamento. 
Na produção em longo prazo o progresso da execução será aferido por um dos seguintes 
critérios, à opção da pessoa jurídica: 
I - segundo a percentagem que a execução física, avaliada em laudo técnico de medição 
subscrito por um ou mais profissionais, com ou sem vínculo empregatício com a empresa, 
habilitados na área especifica de conhecimento, representar sobre a execução contratada; 
II - segundo a percentagem que o custo incorrido no período-base representar sobre o 
custo total orçado ou estimado, reajustado. 
(...) 
11. Disposições Finais. 
11.1 - Outros Contratos. Os contratos de administração de bens móveis ou im6veis, de 
construção por administração e de garantia de funcionamento de bens vendidos, 
independentemente do prazo neles fixado, terão seus resultado computados anualmente, 
ainda que para a sua execução seja necessário o incorrimento de custos ou despesas 
operacionais, observado, quanto à estes e às receitas, o regime de competência. 
(...)” 
 
Vemos, então, que essa Instrução Normativa dá suporte aos tributos administrados pela atual 
RFB – Receita Federal do Brasil, aplicáveis aos contratos de construção, e que os seguintes 
tributos: (i) das Pessoas Jurídicas  Imposto sobre a Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido (CSLL); e (ii) dos Contratos  Contribuição para o PIS e Contribuição para a 
COFINS; têm suas bases de cálculo determinadas pelas informações contábeis (receitas, custos 
e despesas = resultado), registradas pelo regime de competência, com a adoção do CPC 17. 
 
 
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Como contabilmente a receita e o resultado são determinados por essa metodologia, a 
apuração dos tributos sobre a receita (PIS e COFINS) e sobre o resultado (IRPJ e CSLL) é 
diretamente afetada pelo uso do POC. O efeito “caixa”, por sua vez, decorre via desembolso 
desses tributos, quando aplicável. 
 
Destaque-se que a apuração do PIS e da COFINS deve se dar pelo regime cumulativo, às 
alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, incidentes sobre a receita apurada pelo Regime de 
Competência. 
 
Podemos ainda dizer, que quaisquer erros nesses elementos comentados anteriormente 
(custo incorrido e margem orçada) são determinantes dos valores a serem desembolsados 
com esses tributos, e que ao registrar um custo incorrido na contabilidade, estamos, por 
margem orçada, determinando uma receita e um resultado tributáveis, podendo ou não esses 
valores já terem sido tributados/antecipados pelos faturamentos. 
 
Ressalte-se o comentado quando à situação de Regime de Caixa para as empresas, receitas e 
resultados de obras e contratos de Construção e Incorporação Imobiliária. 
 
Nesse caso, é importante destacar que os tributos federais são apurados sobre as receitas e 
resultados apurados sob esse regime, com destaque para a situação de que as empresas 
tributadas pelo Imposto de Renda com base no Lucro Real, deve ter o PIS e a COFINS apurados 
pelo regime da não cumulatviidade, com incidência das alíquotas de 1,65% e 7,6%, 
respectivamente, incidentes sobre a receita apurada pelo Regime de Caixa, mas deduzidos 
créditos decorrentes de muitos custos relacionados. 
 
ISS 
 
A exceção aos impactos e conseqüências fiscais, é claro, fica então restrita ao ISS – Imposto 
sobre Serviços, que é um tributo de âmbito municipal, com base legal sustentada em uma Lei 
federal - Lei Complementar 116/03, e com aplicação suportada nos Regulamentos e 
Municipais, em geral sustentados por Leis, mas também por Decretos dos municípios em 
termos de regulamentação. 
 
As legislações municipais não estabelecem procedimentos equivalentes àqueles recepcionados 
pela legislação federal. Apenas está previsto que o ISS deverá ser calculado sobre os serviços 
efetivamente prestados, mas, na prática, por simplificação da maioria das prefeituras, sobre as 
notas fiscais emitidas com base nas medições aprovadas. 
 
Logo, a receita apurada com a adoção da Metodologia do POC  CPC 17  IN 21/79 não é 
base de apuração do tributo municipal / ISS, a qual será aquela determinada em atenção às 
normais fiscais municipais aplicáveis. 
 
 
4.4.3 SOCIETÁRIAS 
 
A análise conseqüente, pois, caminha na mesma linha do comentado para o Fisco, sendo que 
nesse caso restrito a resultado. 
 
 
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Da mesma forma que o POC é determinante para a apuração do resultado e dos tributos 
incidentes sobre esse (IRPJ/CSLL), o é também para a apuração dos dividendos dos acionistas, 
os quais são incidentes sobre uma base apurada conforme Lei das S/A, mas que parte 
necessariamente do lucro contábil do exercício. 
 
Na mesma linha, qualquer erro nesses elementos, que determinem erro no resultado, gera 
impacto direto nos dividendos dos acionistas. 
 
 
4.5 A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DO ORÇAMENTO E SEU ACOMPANHAMENTO 
 
Como pudemos ver as premissas básicas para definição dos resultados dos contratos de 
construção, estão resumidas no orçamento. 
 
Uma vez que os parâmetros para o cálculo da receita reconhecida envolvem os custos 
incorridos, custos orçados totais e receita orçada total, é de vital importância que o orçamento 
represente, o mais fidedignamente possível, a expectativa de realização dos contratos em 
determinados momentos. 
 
É fundamental que o orçamento dos contratos não seja visto apenas como elemento base do 
cálculo do POC, e sim como instrumento de controle e ferramenta de gestão administrativa e 
financeira, auxiliando na tomada de decisões gerenciais. 
 
A premissa importante é que o orçamento seja elaborado na visão de instrumento de gestão e 
que a partir dele sejam feitas as considerações necessárias para o cálculo do POC e não que 
seja preparado com esse fim específico. 
 
A comparação entre o orçado e o realizado e sua correlação ao cronograma físico-financeiro 
da obra, servem de parâmetro para avaliar a necessidade ou não de revisão do orçamento. 
 
Temos como recomendação à boa aplicação da Metodologia do POC, que o orçamento deve 
ser revisto sempre que se identifique variação relevante em seus parâmetros, devendo 
apenas, é claro, evitar revisões nos meses de janeiro e fevereiro, períodos auditados e/ou mais 
facilmente passíveis de fiscalização. Deve ser revisto semestralmente, ou antes, quando 
ocorrerem desvios significativos. 
 
 
 
 
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4.6 A NECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFUNDO DO CONTRATO E DO NEGÓCIO 
 
4.6.1 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DO CONTRATOO entendimento do contrato é a base, não só para definição da receita orçada, mas para o 
entendimento do projeto como um todo. 
 
Nele, e em seus anexos, estão descritos os principais indicadores, que servirão de parâmetro 
para o planejamento da obra, seja do ponto de vista físico, financeiro e estratégico. 
 
A seguir destacaremos algumas das principais cláusulas contratuais e seus impactos 
orçamentários e consequentemente sobre o cálculo do POC: 
 
PREÇO DO CONTRATO: 
 
O preço do contrato é a base inicial da receita orçada. A sua análise pode identificar itens que, 
apesar de mensurados, não representam receitas que necessariamente serão realizadas. Estes 
valores não devem compor a receita orçada, até que sejam realizadas (se forem!). 
 
Como exemplo, podemos citar as verbas destinadas às chuvas e seus impactos, que venham a 
causar interrupções ou outros custos adicionais às obras. Estes valores, apesar de previstos 
em contrato e comporem o preço global, não devem ser considerados no orçamento, devido à 
incerteza de sua realização. 
 
Da mesma forma, custos previstos, associados a essas receitas, também não devem compor o 
orçamento. 
 
PRAZO DE EXECUÇÃO: 
 
O prazo previsto para execução das obras, bem como os prazos parciais, são referências para o 
planejamento dos trabalhos, pois são a base para os cronogramas físico e financeiro. 
 
O acompanhamento dos prazos parciais identifica possíveis distorções entre o avanço físico e o 
financeiro da obra, indicando necessidade ou não de revisões orçamentárias. 
 
Na maioria das vezes os prazos, mesmos os parciais, estão vinculados a multas pelo não 
cumprimento, o que acarreta acréscimos de custos e a necessidade de revisão do orçamento. 
 
É importante ressaltar, que aditivos de prazo, mesmo quando não vinculados a aumento do 
valor do contrato, implicam em aumento de custos e estes devem ser considerados, não 
devendo vincular o reajuste do orçamento a negociações posteriores no valor do contrato. 
 
FORMAS DE PAGAMENTO: 
 
A forma de pagamento dos contratos, diz respeito principalmente à definição dos períodos de 
medição dos serviços executados, dos prazos para faturamento e do respectivo pagamento. 
 
 
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Em grande parte dos contratos, o período definido de medição difere da competência da 
emissão da fatura. Ex: Período definido do dia 26 do mês anterior até o dia 25 do mês da 
medição e o faturamento após 7 dias da aprovação da medição pelo cliente. 
 
Ressaltando apenas que normalmente as primeiras medições e faturas são acordadas para 
emissão em períodos diferenciados, no intuito de evitar grandes descompassos entre custos e 
receitas. 
 
Quando da emissão da medição em uma competência e da fatura em outra, não se deve 
efetuar a provisão do faturamento no mês da medição, via registro de Boletim de Medição 
(Direitos a Faturar), conforme já comentado. 
 
REAJUSTAMENTOS: 
 
Os reajustamentos ocorrem anualmente, conforme previsto em contrato, em datas pré-
estabelecidas, e baseados em fórmulas e índices específicos ligados aos serviços, materiais e 
equipamentos necessários à realização da obra. 
 
A prática recomendada é a do reconhecimento do reajuste no mês subsequente ao 
“aniversário” do contrato ou proposta, conforme acordado entre as parte. 
 
Vale salientar que a não disponibilização dos índices definidos no contrato pelos órgãos 
reguladores, não justifica a intempestividade no reconhecimento do reajustamento, mesmo 
porque, muitas vezes os contratos autorizam o reajuste com base nos índices de meses 
anteriores à data base, até que sejam definidos os do mês base e então efetuadas as devidas 
correções. 
 
Também é válido lembrar que mesmo o aumento da receita por reajuste, implica em revisão 
dos custos orçado, salvo quando esta já tenha sido efetuada anteriormente. 
 
BÔNUS E PENALIDADES: 
 
Normalmente estão associados ao cumprimento de metas como redução de prazos ou de 
custos. 
 
Conforme comentado no CPC 17, o reconhecimento das receitas e dos custos pode se dar 
quando mensuráveis e com alta probabilidade de ocorrência. No entanto, a recomendação 
vem pelo registro desses eventos apenas quando autorizado mediante formalização 
documental hábil, no caso da receita. 
 
E, considerando o grau de incerteza até que se tenha a garantia formal, os bônus e as 
penalidades não devem ser reconhecidos na determinação da receita orçada. 
 
 
 
 
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4.6.2 ENTENDIMENTO DO NEGÓCIO 
 
Atrelado aos aspectos contratuais é de vital importância o entendimento do negócio como um 
todo e não apenas como um projeto isolado. Muitas vezes a realização de receitas e custos 
está vinculada a fatores externos que precisam ser observados e acompanhados. 
 
Como exemplo, podemos citar as variações nas políticas de câmbio e monetária, gerando 
impactos diretos em contratos que, por exemplo, necessitam importar materiais para revenda 
ou aplicação. 
 
Através do entendimento e do planejamento do negócio, pode-se analisar os impactos no 
andamento do contrato, tomando proativamente medidas para minimizá-los. 
 
Para tanto, é primordial que as empresas utilizem ferramentas de controle por contrato/obra, 
que possam gerar informações de qualidade no processo de tomada de decisões gerenciais. 
 
Os controles utilizados devem englobar ferramentas que possam mensurar e acompanhar o 
avanço físico da obra, os custos incorridos e a incorrer e as receitas incorridas e a incorrer, 
associando-os para melhor demonstrar a situação real dos contratos. Tudo isso na visão 
permanente de vislumbrar o resultado e margem finais esperados, com as devidas revisões 
orçamentárias conseqüentes. 
 
 
 
 
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20 
5 ORIENTAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DO CPC PARA CONTABILIZAÇÃO DE EMPRESAS 
IMOBILIÁRIAS 
 
Conforme apresentado anteriormente, as empresas de Construção e Incorporação Imobiliária, 
para aplicabilidade à melhor avaliação e atendimento societário e regras da CVM – Comissão 
de Valores Mobiliários, devem seguir a Norma Brasileira de Contabilidade ITG 02 – Contrato de 
Construção do Setor Imobiliário, aprovada pela Resolução CFC n° 1266/09. 
 
Vide resumo das definições da referida Norma: 
“(...)17. ... Nesse caso, se todos os critérios do item 14 da NBC TG 30 – Receitas forem 
continuamente atendidos à medida que a construção avança, a entidade deve reconhecer 
a receita pelo percentual de evolução da obra. As exigências da NBC TG 17 – Contratos de 
Construção aplicam-se, em geral, ao reconhecimento da receita e dos correspondentes 
custos e despesas.” 
 
Na aplicação prática da Metodologia do POC, em especial aquela que utiliza como base para 
reconhecimento da receita a evolução do custo incorrido, a área de incorporação imobiliária 
apresenta um desafio adicional, o qual está relacionado ao fato de que em um só 
empreendimento há vários contratos de venda firmados, e não apenas um como na 
construção civil. Ainda mais, há o fato de que nem todas as unidades vendidas são exatamente 
iguais, em tamanho. 
 
Como forma de suplantar essa barreira, a aplicação prática determina a utilização de um 
denominadorcomum, em geral a metragem quadrada, propiciando um confronto entre a 
metragem vendida e a metragem total, o que permite determinar os valores de receita orçada, 
custo orçado, custo incorrido e também os valores de venda, para as unidades vendidas, 
quando então a Metodologia é aplicada e a receita realizada das unidades vendidas é 
confrontada com o somatório dos valores recebidos das vendas efetuadas. 
 
Caso a Receita Realizada das Unidades Vendidas seja superior ao saldo acumulado dos Valores 
Recebidos das Unidades Vendidas, teremos a clara apresentação de um Contas a Receber. No 
caso contrário, o que se apresenta, passível de reclassificação para o Passivo Circulante, é um 
saldo de Adiantamento de Clientes. 
 
Vejamos essa situação com os dados equivalentes ao apresentado anteriormente na 
demonstração da contabilidade fiscal de empresas de construção e incorporação imobiliária: 
 
 
Empresa X
Empreendimento Y R$
Receita Orçada 100.000 
Custo Orçado (70.000) 
Resultado Orçado 30.000 
Margem Orçada 30%
Qtde de Unidades 10 
 
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ANO 19X1
 Comercialização de 4 unidades
 Recebimento de 20% dos recebíveis dos contratos comercializados
 Realização de 10% dos custos orçados
 Pagamento de 50% das obrigações relativas aos custos, inclusive custo com mão de obra
 Considerar 3,65% de alíquota combinada de PIS e COINS
ORÇAMENTO DAS UNIDADES VENDIDAS
Receita Orçada Vendidas 40.000 
Custo Orçado Vendidas (28.000) 
Resultado Orçado Vendidas 12.000 
Margem Orçada 30%
Qtde de Unidades Vendidas 4 
Custo Incorrido Total (7.000) 
Custo Incorrido Vendidas (2.800) 
Custo Orçado Vendidas (28.000) 
% Custo Realizado - Avanço 10%
Receita Orçada Vendidas 40.000 
Receita Realizada Vendidas 4.000 
EMPRESA X - Empreendimento Y
BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.19X1
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 4.700 CIRCULANTE 3.646 
Bancos 4.500 Contas a Pagar e Provisões 3.500 
Recebimentos 8.000 Custos realizados a pagar 7.000 
Pagamentos (3.500) Pagamentos (3.500) 
Contas a Receber (4.000) Tributos a Recolher 146 
Receita Realizada 4.000 
Recebimentos (8.000) 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Imóveis a comercializar 4.200 Resultado do Ano 1.054 
TOTAL DO ATIVO 4.700 TOTAL DO PASSIVO 4.700 
 
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22 
 
 
 
Essa é a sistemática vigente atualmente, onde as empresas efetuam essas contabilizações 
básicas, em um registro contábil societário diverso daquele fiscal anteriormente apresentado, 
sendo aquele a base de apuração dos tributos federais sobre receita (PIS e COFINS) e resultado 
das empresas (CSLL e IRPJ), sendo essa convivência das duas contabilidades suportada no RTT 
– Regime Tributário de Transição. 
 
Dentro, porém, do nível em que se encontra o processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras às práticas contábeis internacionais (IFRS/IASB), há uma divergência 
prática desse processo anterior ainda adotado no Brasil e aquele defendido e em vigor 
conforme a prática internacional equivalente, que se resume principalmente no momento em 
que a venda da unidade pode efetivamente ser contabilizada. 
 
Instrumentos de Interpretações e Orientações do CPC já foram emitidos nos últimos anos, 
sendo que a situação atual é a seguinte, conforme a Orientação CPC – OCPC 04, o qual trata da 
aplicação da Interpretação Técnica – ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária 
Brasileiras: 
“(...) 21. Controle, riscos e benefícios: a entidade pode transferir ao comprador o controle, 
os riscos e os benefícios da propriedade do imóvel em construção em seu estágio atual de 
acordo com a evolução da obra. Nesse caso, ... à medida que a construção avança, a 
entidade deve reconhecer a receita pelo percentual de evolução da obra. As exigências do 
Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção aplicam-se, em geral, ao 
reconhecimento da receita e dos correspondentes custos e despesas a medida que a 
prestação do serviço é realizada. Este é um ponto vital a ser observado, ou seja, se houver 
transferência contínua dos riscos e benefícios significativos sobre o imóvel em construção, 
o reconhecimento da receita e custos deve ser efetuado à medida que ocorre a 
transferência desses riscos e benefícios significativos ao amparo do Pronunciamento 
Técnico CPC 30.” 
EMPRESA X - Empreendimento Y
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O ANO FINDO EM 31.12.19X1
RECEITA BRUTA - Receitas dos Empreendimentos 4.000 
 ( - ) Deduções sobre Receitas - Tributos (146) 
 ( - ) Custos dos Empreendimentos (2.800) 
Resultado do Ano 1.054 
 
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23 
6 EXERCÍCIO EM CONTA “T” – PRÁTICA CONJUNTA PARA ENTENDIMENTO DOS ELEMENTOS 
E REFLEXOS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
Dados do contrato e principais fatos ocorridos:
 - o contrato foi assinado em janeiro de 19X1
 - o prazo de construção é de três anos (termina em 19X3)
 - a receita total do contrato é de R$ 40.000.000 
 - os custos incorridos:
19X1 - R$ 5.000.000 
19X2 - R$ 7.000.000 
19X3 - R$ 8.000.000 
 - a Construtora Beta recebeu um adiantamento de R$ 28.000.000 
 por ocasião da assinatura do contrato;
 - o faturamento:
19X1 - R$ 4.000.000 , a ser abatido integralmente do adiantamento
19X2 - R$ 23.000.000 , a ser abatido integralmente do adiantamento
19X3 - R$ 13.000.000 , a ser abatido do adiantamento o valor de R$ 1.000.000 
em julho de 19X3
De forma a simplificar o exercício, não faremos apuração do ISS sobre o faturamento.
 A Construtora Beta S/A firmou um contrato de empreitada com Industrias Minerva S/A, para 
construção de uma fábrica. 
 
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DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
24 
 
ANO 19X1 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1) Adiantamento recebido
(2) Custos incorridos (e pagos) no ano 19X1
(3) Faturamento do ano 19X1
(4) Compensação do faturamento com o adiantamento
(5) Determinação da receita do ano 19X1 (R$ mil):
 x Receita Total => 5.000 x 40.000 = 10.000 
20.000 
(6) Cálculo da provisão para PIS/COFINS:
Receita do Ano x Alíquota PIS/COFINS => 10.000 x 3,65% = 365 
(7) Encerramento das contas de resultado e apuração dos saldos das contas patrimoniais
(8) Transferência do resultado do ano para Lucros Acumulados
Custo Incorrido X1
Custo Total
Ano 19X1 - em milhares de reais
(1) 28.000 5.000 (2) 28.000 (1) 365 (6)
(4) 4.000 
 ---------- ---------- ----------
Dr 23.000 Saldo Saldo 24.000 Cr Saldo 365 Cr
(3) 4.000 4.000 (4)4.000 (3) 10.000 (5)
(5) 4.000 (7) 10.000 
 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
- Saldo Saldo - Saldo - 
(5) 6.000 (6) 365 (2) 5.000 5.000 (7)
365 ´(7)
 ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
Dr 6.000 Saldo - Saldo - Saldo
4.635 (8) (7) 5.000 10.000 (7)
(7) 365 
 ---------- ----------
 ---------- 4.635 
Saldo 4.635 Cr (8) 4.635 
 ---------- ----------
Saldo - 
Lucros Acumulados
Bancos
Faturas a Receber Receita do Ano
 Adiantamento de 
Cliente 
 Provisão para 
PIS/COFINS 
 Receita de Contratos 
de Longo Prazo 
 Direitos a Faturar - 
Underbilling 
 Despesa de 
PIS/COFINS Custos do Ano
 Encerramento de 
Contas de Resultado 
 
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DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
25 
 
 
 
CIRCULANTE CIRCULANTE
Bancos 23.000 Adiantamento de Cliente 23.000 
Direitos a Faturar - Underbilling 6.000 Provisão para PIS/COFINS 365 
29.000 23.365 
NÃO CIRCULANTE
Adiantamento de Cliente 1.000 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros Acumulados 4.635 
TOTAL DO ATIVO 29.000 TOTAL DO PASSIVO 29.000 
Receita do Ano 10.000 
Despesa de PIS/COFINS (365)
Custos do Ano (5.000)
Resultado do Ano de 19X1 4.635 
ATIVO PASSIVO
CONSTRUTORA BETA S/A - BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.19X1
CONSTRUTORA BETA S/A - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO ANO 19X1
 
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CONSTRUÇÃO 
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Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
26 
ANO 19X2 
 
 
 
 
 
(1) Saldos finais do Ano 19X1
(2) Pagamento do PIS/COFINS
(3) Custos incorridos (e pagos) no ano 19X2
(4) Faturamento do ano 19X2
(5) Compensação do faturamento com o adiantamento
(6) Determinação da receita do ano 19X2 (R$ mil):
 x Receita Total => 12.000 x 40.000 = 24.000 
20.000 
Receita realizada acumulada - Receita realizada X1 = 24.000 10.000- = 14.000 
(7) Cálculo da provisão para PIS/COFINS:
Receita do Ano x Alíquota PIS/COFINS => 14.000 x 3,65% = 511 
(8) Encerramento das contas de resultado e apuração dos saldos das contas patrimoniais
(9) Transferência do resultado do ano para Lucros Acumulados
Custo Total
Custo Incorrido X1+X2
Ano 19X2 - em milhares de reais
(1) 23.000 365 (2) 24.000 (1) 365 (1)
7.000 (3) (2) 365 511 (7)
(5) 23.000 
 ---------- ---------- ----------
Dr 15.635 Saldo Saldo 1.000 Cr Saldo 511 Cr
(4) 23.000 23.000 (5) 17.000 (4) 14.000 (6)
(6) 14.000 (8) 14.000 
(6) 3.000 
 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
- Saldo Saldo - Saldo - 
(1) 6.000 (7) 511 (3) 7.000 7.000 (8)
6.000 ´(4) 511 (8)
 ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
- Saldo - Saldo - Saldo
4.635 (1) 3.000 (6) (8) 7.000 14.000 (8)
6.489 (9) (8) 511 
 ---------- ----------
 ---------- ---------- 6.489 
Saldo 11.124 Cr Saldo 3.000 Cr (9) 6.489 
 ---------- ----------
Saldo - Cr
 Adiantamento de 
Cliente 
 Provisão para 
PIS/COFINS Bancos
 Receita de Contratos 
de Longo Prazo Faturas a Receber Receita do Ano
 Obrigação de Construir 
- Overbilling 
 Direitos a Faturar - 
Underbilling 
 Despesa de 
PIS/COFINS Custos do Ano
Lucros Acumulados
 Encerramento de 
Contas de Resultado 
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
CIRCULANTE CIRCULANTE
Bancos 15.635 Adiantamento de Cliente 1.000 
Obrigação de Construir - Overbilling 3.000 
Provisão para PIS/COFINS 511 
4.511 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros Acumulados
 Resultado do ano 6.489 
 Resultado acumulado 4.635 
11.124 
TOTAL DO ATIVO 15.635 TOTAL DO PASSIVO 15.635 
Receita do Ano 14.000 
Despesa de PIS/COFINS (511)
Custos do Ano (7.000)
Resultado do Ano de 19X2 6.489 
CONSTRUTORA BETA S/A - BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.19X2
ATIVO PASSIVO
CONSTRUTORA BETA S/A - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO ANO 19X2
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
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Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
28 
 
ANO 19X3 
 
 
 
 
 
 
(1) Saldos finais do Ano 19X2
(2) Pagamento do PIS/COFINS
(3) Custos incorridos (e pagos) no ano 19X3
(4) Faturamento do ano 19X3
(5) Compensação do faturamento com o adiantamento
(6) Determinação da receita do ano 19X3 (R$ mil):
 x Receita Total => 20.000 x 40.000 = 40.000 
20.000 
Receita realizada acumulada - Receita realizada X1+X2 = 40.000 24.000- = 16.000 
(7) Cálculo da provisão para PIS/COFINS:
Receita do Ano x Alíquota PIS/COFINS => 16.000 x 3,65% = 584 
(8) Recebimento do saldo faturas a receber
(9) Encerramento das contas de resultado e apuração dos saldos das contas patrimoniais
(10) Transferência do resultado do ano para Lucros Acumulados
Custo Incorrido X1+X2+X3
Custo Total
Ano 19X3 - em milhares de reais
(1) 15.635 511 (2) 1.000 (1) 511 (1)
(8) 12.000 8.000 (3) (2) 511 584 (7)
(5) 1.000 
 ---------- ---------- ----------
Dr 19.124 Saldo Saldo - Saldo 584 Cr
(4) 13.000 1.000 (5) 13.000 (4) 16.000 (6)
(6) 13.000 (9) 16.000 
12.000 (8)
 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
- Saldo Saldo - Saldo - 
(6) 3.000 3.000 (1) (3) 8.000 8.000 (9)
(7) 584 584 (9)
 ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
Saldo - - Saldo - Saldo
11.124 (1) (9) 8.000 16.000 (9)
7.416 ´(10) (9) 584 
 ---------- ----------
 ---------- 7.416 
Saldo 18.540 Cr (10) 7.416 
 ---------- ----------
Saldo - 
 Despesa de PIS/COFINS Custos do Ano
 Obrigação de Construir - 
Overbilling 
Lucros Acumulados
 Encerramento de 
Contas de Resultado 
 Adiantamento de 
Cliente 
 Provisão para 
PIS/COFINS Bancos
 Receita de Contratos de 
Longo Prazo Faturas a Receber Receita do AnoUFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
29 
 
 
CIRCULANTE CIRCULANTE
Bancos 19.124 Provisão para PIS/COFINS 584 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros Acumulados
 Resultado do ano 7.416 
 Resultado acumulado 11.124 
18.540 
TOTAL DO ATIVO 19.124 TOTAL DO PASSIVO 19.124 
Receita do Ano 16.000 
Despesa de PIS/COFINS (584)
Custos do Ano (8.000)
Resultado do Ano de 19X3 7.416 
CONSTRUTORA BETA S/A - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO ANO 19X3
CONSTRUTORA BETA S/A - BALANÇO PATRIMONIAL - 31.12.19X3
ATIVO PASSIVO
 
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CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
30 
7 CASES EM OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
7.1 CONTRATO COM UNDERBILLING 
 
Em novembro de 2007 foi celebrado um Contrato para a construção de uma Unidade de 
Energia Eólica, na vila de Mangue Seco, município de Jandaíra – BA, no valor de R$ 
327.907167, com data-base (P0) no mês de setembro de 2007 (atualizado até agosto de 2007). 
 
O reajustamento ocorreu através da variação acumulada de índice médio decorrente da 
aplicação de fórmula paramétrica com índices de custos diversos, apurados anualmente no 
mês de setembro. 
 
Posteriormente foram celebrados aditivos, conforme segue: 
 
1º aditivo, assinado em abril de 2008: 
• Cessão de direitos e obrigações relativos a parte dos serviços a serem executados no valor 
total de R$ 43.485.987(P0). 
 
Reivindicação de prorrogação de prazo e aumento do valor do contrato (claim): 
• No mês de novembro de 2008 entrou em fase de negociação a prorrogação do prazo 
contratual em mais 180 dias e de aumento do valor global do contrato para R$ 
402.345.649 (P0). 
 
2º aditivo, assinado em dezembro de 2008: 
• Prorrogação do prazo para conclusão das obras em mais 180 dias. 
 
3º aditivo, assinado em fevereiro de 2009: 
• Aumento do valor do contrato em decorrência da prorrogação do prazo totalizando R$ 
396.718.543 (P0), ou R$ 353.232.556 já abatida a cessão de abril de 2008. 
 
Ocorreu um reajustamento no período de vigência do Contrato, conforme segue: 
 
Mês Reajuste Anual 
Setembro/2008 10,28% 
 
 
 
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CONSTRUÇÃO 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
31 
Até o mês de maio/2009, o faturamento ocorreu da seguinte forma: 
 
 Composição do Valor Faturado 
Mês 
Valor do 
Contrato (P0) 
Back-log (P0) 
Valor Faturado 
(P0) 
Reajuste 
Total Fatura 
CNO 
dez/07 327.907.167 313.739.901 14.167.266 - 14.167.266 
jan/08 327.907.167 295.701.005 18.038.896 - 18.038.896 
fev/08 327.907.167 281.059.121 14.641.883 - 14.641.883 
mar/08 327.907.167 266.235.199 14.823.922 - 14.823.922 
abr/08 284.421.180 204.666.926 18.082.286 - 18.082.286 
mai/08 284.421.180 189.869.519 14.797.407 - 14.797.407 
Sub-1 284.421.180 189.869.519 94.551.661 - 94.551.661 
 
jun/08 284.421.180 169.065.144 20.804.374 - 20.804.374 
jul/08 284.421.180 148.495.058 20.570.087 - 20.570.087 
ago/08 284.421.180 132.563.658 15.931.400 - 15.931.400 
set/08 284.421.180 112.952.833 19.610.825 2.015.993 21.626.818 
out/08 284.421.180 96.621.136 16.331.697 1.678.898 18.010.595 
nov/08 284.421.180 74.184.039 22.437.098 2.306.534 24.743.631 
dez/08 284.421.180 55.633.111 18.550.928 1.907.035 20.457.963 
Sub-2 284.421.180 55.633.111 228.788.069 7.908.460 236.696.529 
 
jan/09 284.421.180 39.340.364 16.292.747 1.674.894 17.967.641 
fev/09 353.232.556 95.650.756 12.500.984 1.285.101 13.786.085 
mar/09 353.232.556 77.017.645 18.633.111 1.915.484 20.548.595 
abr/09 353.232.556 59.045.002 17.972.643 1.847.588 19.820.231 
mai/09 353.232.556 38.180.126 20.864.876 2.144.909 23.009.785 
Totais 353.232.556 38.180.126 315.052.430 16.776.437 331.828.867 
Sub – Subtotais 
 
Demonstração da composição do Valor do Contrato, nos moldes da planilha de apuração do 
POC, em cada um dos seguintes dois momentos: 
 
(1) Ao final do mês de maio/2008: 
Descrição R$ 
Contrato 327.907.167 
(+) Aditivos 
 Aditivo 1 (43.485.987) 
Total 284.421.180 
 
 
 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
32 
(2) Ao final do mês de dezembro/2008: 
Descrição R$ 
Contrato 327.907.167 
(+) Aditivos 
 Aditivo 1 (43.485.987) 
 (+) Reajustamentos 
 Setembro/2008 13.627.544 
Total 298.048.724 
 
Apuração de Margem e Receita (orçadas e realizadas) para cada um dos dois momentos a 
seguir, com informação do valor do Ajuste POC considerando que: 
 
(1) Maio/2008: 
• Custo total incorrido até o mês - R$ 75.696.557 
• Custo total orçado - R$ 213.088.348 
 
 ORÇADO INCORRIDO REALIZADO 
Receita Orçada(*) / Faturada 284.421.180 94.551.661 94.551.661 
Ajuste POC 6.484.854 
Receita realizada 101.036.515 
Custo Orçado / Incorrido (213.088.348) (75.696.557) (75.696.557) 
Resultado no Canteiro 71.332.832 18.855.104 25.339.958 
Margem no Canteiro 25,08% 19,94% 25,08% 
(*) Receita orçada igual ao Valor do Contrato apurado conforme resposta equivalente do 
item anterior. 
 
(2) Dezembro/2008: 
• Custo total incorrido até o mês - R$ 190.542.470 
• Custo total orçado - R$ 229.630.267 
 
 ORÇADO INCORRIDO REALIZADO 
Receita Orçada(*) / Faturada 298.048.724 236.696.529 236.696.529 
Ajuste POC 10.618.169 
Receita realizada 247.314.698 
Custo Orçado / Incorrido (229.630.267) (190.542.470) (190.542.470) 
Resultado no Canteiro 68.418.457 46.154.059 56.772.228 
Margem no Canteiro 22,96% 19,50% 22,96% 
(*) Receita orçada igual ao Valor do Contrato apurado conforme resposta equivalente do 
item anterior. 
 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
33 
 
7.2 CONTRATO COM OVERBILLING 
 
Em junho de 2007 foi celebrado um Contrato de construção da Usina Hidrelétrica de São 
Miguel no valor de R$ 153.280.209, com data-base (P0) no mês de abril de 2007 (atualizado 
até março de 2007). O reajustamento deve ocorrer através da variação acumulada do IGP-M, 
apurados anualmente no mês de abril. 
 
Posteriormente foram celebrados aditivos, conforme segue: 
 
1º aditivo, assinado em janeiro de 2008: 
• Alteração do preço do contrato para R$ 218.208.230. 
 
2º aditivo, assinado em julho de 2008: 
• Autorização para faturamento direto de parcelas dos serviços subcontratados no valor 
total de R$ 21.406.094 (P0). 
 
3º aditivo, assinado em novembro de 2008: 
• Ampliação do escopo de trabalhos, ocasionando em aumento do valor Contrato no 
montante de R$ 18.598.118 (P0). 
 
Claim, negociação iniciada em dezembro de 2008: 
• No mês de dezembro de 2008 entrou em fase de negociação claim no valor R$ 21.074.891 
(P0) com boas chances de êxito, segundo expectativas da Equipe Dirigente. 
 
4º aditivo, assinado em março de 2009: 
• Aceitação por parte do cliente de claim, aumentando o valor do Contratopara R$ 
257.881.239 (P0). 
 
Ocorreram dois reajustamentos no período de vigência do Contrato, sendo: 
 
Mês Reajuste Anual Acumulado 
Abril/2008 11,01% 11,01% 
Abril/2009 22,86% 36,39% 
 
 
 
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MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
34 
Até o mês de maio/2009, o faturamento ocorreu da seguinte forma: 
 
 Composição do Valor Faturado 
Mês 
Valor do 
Contrato (P0) 
Back-log 
(P0) 
Valor Faturado 
(P0) ** 
Reajuste 
Faturamento 
Direto * 
Total Fatura 
CNO 
Jul/07 153.280.209 129.054.997 24.225.212 - - 24.225.212 
Ago/07 153.280.209 110.886.088 18.168.909 - - 18.168.909 
Set/07 153.280.209 88.931.990 21.954.098 - - 21.954.098 
Out/07 153.280.209 74.245.456 14.686.534 - - 14.686.534 
Nov/07 153.280.209 62.132.850 12.112.606 - - 12.112.606 
Dez/07 153.280.209 52.981.408 9.151.442 - - 9.151.442 
Jan/08 218.208.230 102.920.079 14.989.350 - - 14.989.350 
Fev/08 218.208.230 97.469.406 5.450.673 - - 5.450.673 
Mar/08 218.208.230 89.141.990 8.327.416 - - 8.327.416 
Abr/08 218.208.230 81.874.427 7.267.563 800.159 - 8.067.722 
Mai/08 218.208.230 72.789.973 9.084.454 1.000.198 - 10.084.652 
Jun/08 218.208.230 66.733.670 6.056.303 666.799 - 6.723.102 
Jul/08 218.208.230 62.995.468 3.738.202 411.576 (1.634.150) 2.515.628 
Ago/08 218.208.230 54.702.721 8.292.747 913.031 (2.279.239) 6.926.539 
Sub-1 218.208.230 54.702.721 163.505.509 3.791.763 (3.913.389) 163.383.883 
 
Set/08 218.208.230 51.071.861 3.630.860 399.758 (2.043.051) 1.987.567 
Out/08 218.208.230 41.848.502 9.223.359 1.015.492 (2.480.089) 7.758.762 
Nov/08 236.806.348 53.437.919 7.008.701 771.658 (1.814.485) 5.965.874 
Dez/08 236.806.348 43.546.628 9.891.291 1.089.031 (2.167.232) 8.813.090 
Sub-2 236.806.348 43.546.628 193.259.720 7.067.702 (12.418.246) 187.909.176 
 
Jan/09 236.806.348 36.937.812 6.608.816 727.631 (3.349.382) 3.987.065 
Fev/09 236.806.348 27.139.880 9.797.932 1.078.752 (3.351.398) 7.525.286 
Mar/09 257.881.239 35.294.388 12.920.383 1.422.534 (4.643.880) 9.699.037 
Sub-3 257.881.239 35.294.388 222.586.851 10.296.619 (23.762.906) 209.120.564 
 
Abr/09 257.881.239 20.472.555 14.821.833 5.393.665 - 20.215.498 
Mai/09 257.881.239 8.813.209 11.659.346 4.242.836 - 15.902.182 
Totais 257.881.239 8.813.209 249.068.030 19.933.120 (23.762.906) 245.238.244 
Sub – Subtotais 
(*) Inclui reajustamento. 
(**) Valor total da medição e igual ao somatório das faturas próprias e das faturas dos subcontratados. 
 
 
 
UFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
35 
Demonstração da composição do Valor do Contrato, nos moldes da planilha de apuração do 
POC, em cada um dos seguintes dois momentos: 
 
(1) Ao final do mês de agosto/2008: 
Descrição R$ 
Contrato 153.280.209 
(+) Aditivos 
 Aditivo 1 64.928.021 
 (+) Reajustamentos 
 Abril/2008 9.814.533 
(-) Faturamento Direto (Aditivo 2) (21.406.094) 
(-) Reajuste Faturamento Direto (2.356.811) 
Total 204.259.858 
 
(2) Ao final do mês de dezembro/2008: 
Descrição R$ 
 Contrato 153.280.209 
 (+) Aditivos 
 Aditivo 1 64.928.021 
 Aditivo 3 18.598.118 
 (+) Reajustamento – Abril/2008 11.862.186 
 (-) Faturamento Direto (Aditivo 2) (21.406.094) 
 (-) Reajuste Faturamento Direto (2.356.811) 
 Valor do Contrato 224.905.629 
 
Apuração de Margem e Receita (orçadas e realizadas) para cada um dos dois momentos a 
seguir, com informação do valor do Ajuste POC considerando que: 
 
(1) Agosto/2008: 
• Custo total incorrido até o mês - R$ 101.777.038 
• Custo total orçado - R$ 169.515.387 
 
DESCRIÇÃO ORÇADO INCORRIDO REALIZADO 
Receita Orçada(*) / Faturada 204.259.858 163.383.883 163.383.883 
Ajuste POC (40.746.265) 
Receita realizada 122.637.618 
Custo Orçado / Incorrido (169.515.387) (101.777.038) (101.777.038) 
Resultado no Canteiro 34.744.471 61.606.845 20.860.580 
Margem no Canteiro 17,01% 37,71% 17,01% 
(*) Receita orçada igual ao Valor do Contrato apurado conforme resposta equivalente do 
item anterior. 
 
 
UFBA – UNIVERSIDADE FEREDERAL DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO E ESTRUTURAS 
CONTABILIDADE DE CONTRATOS DE 
CONSTRUÇÃO 
PÓS-GRADUÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS 
Gestão Financeira nas Empresas e Empreendimentos 
 
MATERIAL TEXTO 
 
 
 
 
36 
(2) Dezembro/2008: 
• Custo total incorrido até o mês - R$ 137.153.879 
• Custo total orçado - R$ 182.663.703 
 
DESCRIÇÃO ORÇADO INCORRIDO REALIZADO 
Receita Orçada (*) / Faturada 224.905.629 187.909.176 187.909.176 
Ajuste POC (19.037.753) 
Receita realizada 168.871.423 
Custo Orçado / Incorrido (182.663.703) (137.153.879) (137.153.879) 
Resultado no Canteiro 42.241.926 50.755.297 31.717.544 
Margem no Canteiro 18,78% 27,01% 18,78% 
(*) Receita orçada igual ao Valor do Contrato apurado conforme resposta equivalente do 
item anterior. 
 
 
* * * * 
	1 INTRODUÇÃO
	2 CONTABILIDADE ANTES DO CPC
	2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL
	2.2 CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA
	3 CONTABILIDADE A PARTIR DO CPC
	4 CPC 17 (IAS 11) – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL 
	4.1 CONCEITOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
	4.2 RECEITAS E CUSTOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO – DEFINIÇÕES E CONTEÚDOS
	4.3 RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E CUSTOS DOS CONTRATOS
	4.4 IMPLICAÇÕES CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIAS
	4.4.1 CONTÁBEIS
	4.4.2 FISCAIS
	4.4.3 SOCIETÁRIAS
	4.5 A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DO ORÇAMENTO E SEU ACOMPANHAMENTO
	4.6 A NECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFUNDO DO CONTRATO E DO NEGÓCIO
	4.6.1 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DO CONTRATO
	4.6.2 ENTENDIMENTO DO NEGÓCIO
	5 ORIENTAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DO CPC PARA CONTABILIZAÇÃO DE EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
	6 EXERCÍCIO EM CONTA “T” – PRÁTICA CONJUNTA PARA ENTENDIMENTO DOS ELEMENTOS E REFLEXOS CONTÁBEIS
	7 CASES EM OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
	7.1 CONTRATO COM UNDERBILLING
	7.2 CONTRATO COM OVERBILLING
	1 INTRODUÇÃO
	2 CONTABILIDADE ANTES DO CPC
	2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL
	3 CONTABILIDADE A PARTIR DO CPC
	4 CPC 17 (IAS 11) – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL
	4.1 CONCEITOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
	4.2 RECEITAS E CUSTOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO – DEFINIÇÕES E CONTEÚDOS
	4.3 RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E CUSTOS DOS CONTRATOS
	4.4 IMPLICAÇÕES CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIAS
	4.4.1 CONTÁBEIS
	4.4.2 FISCAIS
	4.4.3 SOCIETÁRIAS
	4.5 A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DO ORÇAMENTO E SEU ACOMPANHAMENTO
	4.6 A NECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFUNDO DO CONTRATO E DO NEGÓCIO
	4.6.1 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DO CONTRATO
	4.6.2 ENTENDIMENTO DO NEGÓCIO
	5 ORIENTAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DO CPC PARA CONTABILIZAÇÃO DE EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
	6 EXERCÍCIO EM CONTA “T” – PRÁTICA CONJUNTA PARA ENTENDIMENTO DOS ELEMENTOS E REFLEXOS CONTÁBEIS
	7 CASES EM OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
	7.1 CONTRATO COM UNDERBILLING
	7.2 CONTRATO COM OVERBILLING

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